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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Tratando os traumas emocionais


INTRODUÇÃO

Por que o suicídio na adolescência está crescendo?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos, e muitas vezes, esse ato é visto como uma “ousadia irreverente”, falta de responsabilidade, inconsequência e até mesmo fraqueza.

Muitos motivos são colocados como responsáveis pelo aumento do suicídio na adolescência, como: as drogas; a timidez; o fracasso escolar; problemas de relacionamento familiar, sentimental e sexual; todavia, esses fatores se mostram mais potentes se vierem acompanhados da depressão, que se apresenta como a principal causa de suicídio nessa faixa etária.

O suicídio não acaba com o sofrimento! Pelo contrário, esse ato traz diversas consequências materiais e espirituais. E é nosso dever como formadores de opiniões prevenir o quadro e oferecer ajuda. Brade conosco: Viver é Melhor!

(Provérbios 17:17) – “Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão.”

É preciso atentarmos para esta realidade e reafirmar a importância de ajudar as pessoas que pensem nesta possibilidade, reduzindo o acesso a meios de tirar a própria vida.

Para isso, é preciso entender as razões que levam ao suicídio na juventude e adolescência e os seus impactos.

SEPARAMOS ALGUNS ASSUNTOS RELEVANTES, PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO DESTE POST.

1- COMO FICO SABENDO QUANDO UM JOVEM OU ADOLESCENTE ESTÁ TENTANDO TIRAR A SUA VIDA?

1.1 QUANDO ELE FALA SOBRE O ASSUNTO.

Quando alguém fala em suicídio, é preciso ficar atento, acreditar no que a pessoa está falando. Porque quando ela chega a falar, é porque essa ideia já não sai da cabeça dela, e tocar no assunto é uma maneira de pedir um socorro, mesmo que indiretamente.

Precisamos criar um olhar diferenciado com as pessoas à nossa volta para conseguir identificar as mudanças de comportamento, os sinais de alerta. Às vezes alguém tira sua vida e todos falam: ‘nossa, mas ele não tinha nada’. Tinha sim!

Muitas vezes tratamos este problema como uma besteira, frescura, e isso fecha uma porta para pessoa tentar conversar com a família, e falar sobre como ela se sente.

2- QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINAIS E COMPORTAMENTOS QUE ESTE JOVEM OU ADOLESCENTE TRANSMITE?

Os principais sinais de alerta e comportamentos descritos abaixo não devem ser considerados isoladamente. Não há uma “receita ou regra” para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.

Observaremos dois tipos de sinais, o verbal e o comportamental.

– SINAIS DE ALERTA VERBAIS

“Resolverei o problema de vocês”

“Em breve, vocês não precisarão se preocupar comigo”

“Se isso acontecer novamente, prefiro estar morto”

“Não aguento mais!”

“Eu sou mesmo um fracassado e inútil”

“Estou cansado dessa vida, não quero continuar”

“Eu não consigo aguentar isso”

“Quero sumir!”

– SINAIS DE ALERTA COMPORTAMENTAIS

Automutilação

Isolamento

Perturbações no sono (excessivo ou insônia)

Dificuldade de concentração

Irritabilidade, intensa raiva, desejo de vingança

Medos e preocupações

Pensamentos sobre morte ou sobre morrer

Culpa, vergonha e cobranças por não ter atingido expectativas

Oscilação de humor, pessimismo, desesperança, desespero, desamparo

Ansiedade, dor psíquica e stress acentuado

Sensação de estar preso e sem saída

Desfazer-se de objetos importantes

Despedir de parentes e amigos

3- QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO QUE AGRAVAM O ATO SUICIDA?

A ideação suicida nem sempre dá origem a um comportamento suicida, mas ela é um fator de risco para o comportamento suicida. Diversos fatores normalmente interagem antes de a ideação suicida se tornar comportamento suicida. Com grande frequência existe um distúrbio da saúde mental subjacente e um evento estressante que desencadeia o comportamento.

Os eventos estressantes incluem:

Morte de um ente querido

Suicídio na escola ou em outro grupo de adolescentes

Perda de um namorado ou uma namorada

Mudança de um ambiente familiar (como da escola ou da vizinhança) ou de amigos

Humilhação por familiares ou amigos

Sofrer bullying na escola

Cyberbullying: a violência virtual que machuca mais que uma surra

Insucesso na escola

Problemas com a lei

4- DIANTE DE UMA PESSOA SOB RISCO DE SUICÍDIO, O QUE SE DEVE FAZER?

Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.

Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento.

Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa

Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.

Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

5- COMO TRATAR OS TRAUMAS EMOCIONAIS?

Para tratar os traumas emocionais é muito importante ter equilíbrio emocional, pois o equilíbrio emocional pode contribuir com tratamento para o suicídio. Em casos mais graves é importante obter ajuda com orientação psiquiátrica ou psicológica é algo necessário, embora geralmente não é algo que os adolescentes desejem – a menos que estejam deprimidos e pensando em suicídio ou pelo menos desejando que eles mesmos estivessem mortos.

É importante ver os sinais de alerta como sérios, e não como “forma de chamar a atenção” e serem ignorados.

O desequilíbrio emocional é caracterizado pelas alterações de humor e facilidade em “sair do eixo” diante de acontecimentos negativos e imprevistos.

5.1- QUATRO DICAS PARA SUPERAR O DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL

TRABALHE AS CAUSAS

Preste atenção no que está causando o seu desequilíbrio emocional. Somos muitas vezes levados a esconder problemas e fazer de conta que nada está acontecendo. Tente descobrir o que está te deixando com o emocional abalado e encontre alternativas de entrar novamente no eixo.

Um excelente método para isso é buscar ajuda especializada na figura do psicólogo, ele será um importante aliado na busca por autoconhecimento além de te ajudar a lidar com diversos outros fatores de caráter emocional.

TENTE MANTER A SUA AUTOCONFIANÇA

Não permita que seu estado de desequilíbrio emocional abale sua autoconfiança. Não associe o problema emocional com o que você é, (suas qualidades e talentos).

Não permita que sua autoestima e sua autoconfiança fiquem abaladas e procure separar o “joio do trigo”. Você é um filho de Deus que está passando por um problema que precisa ser resolvido.

Encontre forças necessárias para isso!

(Efésios 6:10) – “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.”

ESTEJA NO CONTROLE DE SUAS EMOÇÕES

Seus colegas de escola ou de qualquer lugar, não tem culpa de seu estado emocional andar meio desequilibrado, portanto, controle suas emoções.

Cuidado para não “soltar os cachorros” no colega. Domine a raiva, a tristeza ou qualquer reação que te faça agredir injustamente o colega ou equipe.

Cuidando com palavras ditas por impulso. A melhor atitude diante de uma condição emocional em desequilíbrio é procurar ajuda com alguém de confiança para conversar.

PROCURE ESTAR AO LADO DE PESSOAS OTIMISTAS

Ninguém gosta de estar ao lado de pessoas negativas, que reclamam o tempo todo. Pessoas negativas geram ambientes negativos.

Se você está sempre com pensamentos negativos, isso vai piorar ainda mais o quadro emocional.

Tente pensar positivo e emanar energias positivas para o universo. Seu emocional irá agradecer.

CONCLUSÃO

Pensamentos e sentimentos de querer acabar com a própria vida podem ser insuportáveis e pode ser muito difícil saber o que fazer e como superar esses sentimentos, mas existe ajuda disponível.

É muito importante conversar com alguém que você confie. Não hesite em pedir ajuda, você pode precisar de alguém que te acompanhe e te auxilie a superar esse momento difícil.

E se necessário for peça ajuda a especialistas!

Foto Pr Alessandro com o titulo

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