INTRODUÇÃO
Por que o suicídio na adolescência está crescendo?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a
segunda causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos, e muitas
vezes, esse ato é visto como uma “ousadia irreverente”, falta
de responsabilidade, inconsequência e até mesmo fraqueza.
Muitos motivos são colocados como responsáveis pelo aumento do suicídio
na adolescência, como: as
drogas; a timidez; o fracasso escolar; problemas de relacionamento familiar,
sentimental e sexual; todavia, esses fatores se mostram mais potentes se vierem
acompanhados da depressão, que se apresenta como a principal causa de suicídio
nessa faixa etária.
O suicídio não acaba com o sofrimento! Pelo contrário, esse ato traz
diversas consequências materiais e espirituais. E é nosso dever como formadores
de opiniões prevenir o quadro e oferecer ajuda. Brade conosco: Viver é Melhor!
(Provérbios 17:17) – “Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da
angústia nasce o irmão.”
É preciso atentarmos para esta realidade e reafirmar a importância de
ajudar as pessoas que pensem nesta possibilidade, reduzindo o acesso a meios de
tirar a própria vida.
Para isso, é preciso entender as razões que levam ao suicídio na
juventude e adolescência e os seus impactos.
SEPARAMOS ALGUNS ASSUNTOS RELEVANTES, PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO
DESTE POST.
1- COMO FICO SABENDO QUANDO
UM JOVEM OU ADOLESCENTE ESTÁ TENTANDO TIRAR A SUA VIDA?
1.1 QUANDO ELE FALA SOBRE O ASSUNTO.
Quando alguém fala em suicídio, é preciso ficar atento, acreditar no que
a pessoa está falando. Porque quando ela chega a falar, é porque essa ideia já
não sai da cabeça dela, e tocar no assunto é uma maneira de pedir um socorro, mesmo que indiretamente.
Precisamos criar um olhar diferenciado com as pessoas à nossa volta para
conseguir identificar as mudanças de comportamento, os sinais de alerta. Às
vezes alguém tira sua vida e todos falam: ‘nossa, mas ele não tinha nada’.
Tinha sim!
Muitas vezes tratamos este problema como uma besteira, frescura, e isso
fecha uma porta para pessoa tentar conversar com a família, e falar sobre como
ela se sente.
2- QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINAIS E
COMPORTAMENTOS QUE ESTE JOVEM OU ADOLESCENTE TRANSMITE?
Os principais sinais de alerta e comportamentos descritos abaixo não
devem ser considerados isoladamente. Não há uma “receita ou regra” para
detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem
se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento
pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos
próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.
Observaremos dois tipos de sinais, o verbal e o comportamental.
– SINAIS
DE ALERTA VERBAIS
“Resolverei o problema de vocês”
“Em breve, vocês não precisarão se preocupar comigo”
“Se isso acontecer novamente, prefiro estar morto”
“Não aguento mais!”
“Eu sou mesmo um fracassado e inútil”
“Estou cansado dessa vida, não quero continuar”
“Eu não consigo aguentar isso”
“Quero sumir!”
– SINAIS DE ALERTA COMPORTAMENTAIS
Automutilação
Isolamento
Perturbações no sono (excessivo ou insônia)
Dificuldade de concentração
Irritabilidade, intensa raiva, desejo de vingança
Medos e preocupações
Pensamentos sobre morte ou sobre morrer
Culpa, vergonha e cobranças por não ter atingido expectativas
Oscilação de humor, pessimismo, desesperança, desespero, desamparo
Ansiedade, dor psíquica e stress acentuado
Sensação de estar preso e sem saída
Desfazer-se de objetos importantes
Despedir de parentes e amigos
3- QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO QUE
AGRAVAM O ATO SUICIDA?
A ideação suicida nem sempre dá origem a um comportamento suicida, mas
ela é um fator de risco para o comportamento suicida. Diversos fatores
normalmente interagem antes de a ideação suicida se tornar comportamento
suicida. Com grande frequência existe um distúrbio da saúde mental subjacente e
um evento estressante que desencadeia o comportamento.
Os eventos estressantes incluem:
Morte de um ente querido
Suicídio na escola ou em outro grupo de adolescentes
Perda de um namorado ou uma namorada
Mudança de um ambiente familiar (como da escola ou da vizinhança) ou de
amigos
Humilhação por familiares ou amigos
Sofrer bullying na escola
Cyberbullying: a violência virtual que machuca mais que uma surra
Insucesso na escola
Problemas com a lei
4- DIANTE DE UMA PESSOA SOB RISCO DE
SUICÍDIO, O QUE SE DEVE FAZER?
Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre
suicídio com essa pessoa. Deixe-a
saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu
apoio.
Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de
saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a
um atendimento.
Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais
de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança,
indicado pela própria pessoa
Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se
de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas
de fogo ou medicamentos) em casa.
Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
5- COMO TRATAR OS TRAUMAS EMOCIONAIS?
Para tratar os traumas emocionais é muito importante ter equilíbrio
emocional, pois o equilíbrio emocional pode contribuir com tratamento para o
suicídio. Em casos mais graves é importante obter ajuda com orientação
psiquiátrica ou psicológica é algo necessário, embora geralmente não é algo que
os adolescentes desejem – a menos que estejam deprimidos e pensando em suicídio
ou pelo menos desejando que eles mesmos estivessem mortos.
É importante ver os sinais de alerta como sérios, e não como “forma de
chamar a atenção” e serem ignorados.
O desequilíbrio emocional é caracterizado pelas alterações de humor e
facilidade em “sair do eixo” diante de acontecimentos negativos e imprevistos.
5.1- QUATRO DICAS PARA SUPERAR O DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL
TRABALHE AS CAUSAS
Preste atenção no que está causando o seu desequilíbrio emocional. Somos
muitas vezes levados a esconder problemas e fazer de conta que nada está
acontecendo. Tente descobrir o que está te deixando com o emocional abalado e
encontre alternativas de entrar novamente no eixo.
Um excelente método para isso é buscar ajuda especializada na figura do
psicólogo, ele será um
importante aliado na busca por autoconhecimento além de te ajudar a lidar com
diversos outros fatores de caráter emocional.
TENTE MANTER A SUA AUTOCONFIANÇA
Não permita que seu estado de desequilíbrio emocional abale sua
autoconfiança. Não associe o problema emocional com o que você é, (suas
qualidades e talentos).
Não permita que sua autoestima e sua autoconfiança fiquem abaladas e
procure separar o “joio do trigo”. Você é um filho de Deus que está passando
por um problema que precisa ser resolvido.
Encontre forças necessárias para isso!
(Efésios 6:10) – “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na
força do seu poder.”
ESTEJA NO CONTROLE DE SUAS EMOÇÕES
Seus colegas de escola ou de qualquer lugar, não tem culpa de seu estado
emocional andar meio desequilibrado, portanto, controle suas emoções.
Cuidado para não “soltar os cachorros” no colega. Domine a raiva, a
tristeza ou qualquer reação que te faça agredir injustamente o colega ou
equipe.
Cuidando com palavras ditas por impulso. A melhor atitude diante de uma
condição emocional em desequilíbrio é procurar ajuda com alguém de confiança
para conversar.
PROCURE ESTAR AO LADO DE PESSOAS OTIMISTAS
Ninguém gosta de estar ao lado de pessoas negativas, que reclamam o
tempo todo. Pessoas negativas geram ambientes negativos.
Se você está sempre com pensamentos negativos, isso vai piorar ainda
mais o quadro emocional.
Tente pensar positivo e emanar energias positivas para o universo. Seu
emocional irá agradecer.
CONCLUSÃO
Pensamentos e sentimentos de querer acabar com a própria vida podem ser
insuportáveis e pode ser muito difícil saber o que fazer e como superar esses
sentimentos, mas existe ajuda disponível.
É muito importante conversar com alguém que você confie. Não hesite em
pedir ajuda, você pode precisar de alguém que te acompanhe e te auxilie a
superar esse momento difícil.
E se necessário for peça ajuda a especialistas!
Foto Pr Alessandro com o titulo
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