Estamos vivendo uma verdadeira loucura na esfera da família. A
sociedade precisa colar os pedaços da família brasileira com urgência, e nós,
os cristãos, em particular, precisamos reparar nossos laços familiares para não
haver interferências negativas nas responsabilidades ministeriais, muitas
vezes afetadas por preocupações vindas do lar. Mas, como resolver problemas
dessa grandeza? O que pode ser feito?
Em primeira instância, discutir assuntos de interesse geral, com
a participação de todos, trazendo edificação para o seio da Igreja e integração
entre os campos espiritual e familiar de cada membro.
Creio que Deus tem reservado o melhor para os seus fiéis. No
Salmo 42.7a encontramos, claramente, um alerta: “Um abismo chama outro abismo”. O impulso inicial que
motiva o cristão a promover um conserto com Deus vem da liderança. É necessário
ter fidelidade ao Senhor, para que se possa levar outros à obediência. A
autoridade da Igreja deve ser leal, servindo de exemplo para qualquer pessoa.
Os caminhos do púlpito não podem ser confundidos com uma plataforma para
alcançar objetivos que fujam à dedicação de nossas vidas em benefício do reino
de Deus.
O fato é que há um descompasso entre a família e a Igreja, entre
a emoção e a razão. Isto nos mantém afastados da realidade e longe das bênçãos
do Senhor. O bom relacionamento familiar favorece a nossa comunhão com Deus.
Uma das piores consequências geradas pela separação entre a vida espiritual e a
familiar é a infidelidade matrimonial. É o reflexo de quem busca competir com o
mundo, sendo levado pela corrente da corrupção, onde ser fiel é ser ingênuo.
Outro perigo que cerca a família é a revolução formada com a
popularidade do sexo. Ele entra nos lares através da mídia, na quantidade de
artigos e palestras sobre o assunto, sem contar nas fotos e propagandas, que
usam o nudismo, provocando uma atmosfera de maldades e aumentando a distância
que liga as pessoas à santidade de Deus.
Devem ser considerados, ainda, com certo respeito, o contato dos
pais com os filhos, o papel da mulher na sociedade, a liberdade que a família
usufrui, enfim tudo isso é herança de gerações anteriores. A história não
começou agora. Então, qual a lição que podemos tirar das experiências vividas?
O que temos plantado nos dará condições de colhermos um futuro melhor?
Toda a sociedade sofre a crise da falta de confiança e é preciso
construir uma base sólida para o futuro. Somos vítimas da violência. A perda
salarial, o desemprego e a crise na família marcam o início do fim. É tempo de
unir as nossas forças, levar a sério as questões da família — onde estão
escondidos os maiores problemas de cada ser humano. Sem dúvida, depois que a
Igreja cresceu, os pastores deixaram de visitar os lares. Entretanto, o meio
familiar dos crentes precisa de reparos, de conserto, de perdão e do amor
levado pelo afeto pastoral.
Não deixar os crentes ociosos surte grande efeito para o
crescimento espiritual de cada um. É importante que renasça um verdadeiro
incentivo ao evangelismo, ao estudo da Palavra de Deus e a frequência à Escola
Dominical. Formar grupos de visitas, cuidar da obra social, despertar nos
membros a vontade de envolver-se nas compras de livros e revistas, distribuir
literaturas e organizar bibliotecas, estimulando a leitura, são exemplos de
ações que, ao serem promovidas na igreja, fazem com que todos se sintam úteis
na obra do Senhor. É essencial também a formação de líderes pelos cursos
básicos e aperfeiçoamento através de seminários, valorizando os doutores da
Igreja no conhecimento da Bíblia Sagrada.
Investir em projetos da área familiar, gastar naquilo que pode
mudar a qualidade de vida das pessoas é gratificante. Vamos orar pela família
dos pastores do Brasil. Segundo a Bíblia, Deus é amor. Temos que zelar pela
família com responsabilidade, afinal, tudo o que Deus faz é perfeito. Ele sabe
o quanto precisamos desse alívio. Através do nosso relacionamento familiar,
podemos nos sentir bem e perceber que filhos, esposas e maridos também somam a
mesma felicidade. Neste pouco tempo que nos resta até a volta do Senhor,
precisamos investir na família. Nós, cristãos, temos a Palavra de Deus nas
mãos: a mais preciosa ferramenta, capaz de sanar e reparar as arestas
familiares. O único capaz de mudar o coração do homem é Jesus Cristo.
Pb. Espedito Siqueira dos Santos
Assembleia de Deus em S. José
dos Campos/SP
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