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domingo, 14 de março de 2021

O Batismo com o Espírito Santo


Quando, na Bíblia, aparece a primeira voz o termo “batismo com o Espírito Santo”?

R: Quem primeiro fala no assunto diretamente é João Batista. As passagens são Mateus 3:11; Marcos 1:8; Lucas 3:16 e João 1:33. O que deixa claro sua legitimidade como doutrina fundamental cristã.

Como João Batista se refere a este batismo, ou seja, como ele coloca os termos?
R: Sempre, em todas as passagens, ele faz uma COMPARAÇÃO entre o batismo que ele, João, praticava, apenas com água e para arrependimento, com o batismo que seria ministrado por Jesus Cristo, com o Espírito Santo e para salvação. João fez questão de ressaltar essa diferença. Posteriormente, como se verá, os apóstolos também identificaram essa distinção básica entre o batismo de João e o de Jesus.

Ao falar em batismo com Espírito Santo, João Batista cita a manifestação de algum dom especial, algum sinal externo que viesse evidenciar o fato?
R: Não. Mesmo porque o termo batismo com o Espírito Santo desaparece com João, só reaparecendo novamente no livro de Atos dos Apóstolos. E então finalmente silencia para sempre, demonstrando que não havia, até então, nenhuma dúvida sobre o assunto.
As manifestações espirituais da Igreja sofreriam um duro golpe com os Montanistas (Séculos II e III). A partir daí a Igreja inicia uma história de bloqueio as manifestações espirituais.

Além de João Batista, quem mais nos evangelhos faz menção sobre o assunto?
R: Ninguém. Nenhuma citação. O que não invalida a doutrina.

Em relação ao Espírito Santo, quais são os termos verdadeiramente bíblicos utilizados nos evangelhos para evidenciar sua ação?
R: “cheio” (Lucas 1:15); como “revestimento” (Lucas 24:9); advindo diretamente de Cristo (João 20:22); como poder descido ou recebido do céu (Atos 1:8).

No último capítulo de Marcos Jesus Cristo fala em quantas manifestações de poder sobrenatural?
R: Cinco: expulsar demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes, sobreviver à bebida mortífera e impor as mãos sobre os enfermos para que sejam curados.

Em algum momento Jesus Cristo refere-se a uma destas manifestações como sendo mais especial do que a outra?
R: Não. E nem poderia, pois seria uma contradição, visto que todas são operações do mesmo poder: seu próprio nome, não havendo como classificá-las em maior, ou melhor.

Ainda neste mesmo capítulo ele utiliza-se da palavra “batismo”. Do que ele está falando?
R: Obviamente do batismo em águas. Não resta a menor dúvida. O batismo dos 3 mil no dia de Pentecostes e o ocorrido entre Felipe e o eunuco não deixam a menor dúvida.

Como Jesus Cristo refere-se ao batismo com Espírito Santo em nível de ação?
R: Ele chama de REVESTIMENTO DE PODER. É simples de entender. Basta comparar Atos 1:5 com Atos 1:8.

Como a Bíblia descreve o relatado?
R: As Sagradas Escrituras descreve um “enchimento” (Atos 2:4), em concordância com o que já havia dito anterior mente (Lucas 1:15)

O que aconteceu em seguida?
R: Os que estavam no cenáculo falaram novas línguas, conforme já estava predito no capítulo 16 de Marcos.

Eles – os que estavam no cenáculo – sabiam o que estavam dizendo?
R: A Bíblia responde claramente isso: 
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (At 2.4-8)

Em que línguas os apóstolos e os outros falaram?
R: Segundo a Bíblia, neste caso, falaram grego, árabe, latim e ainda outras línguas de nações distintas que ali se encontravam (Atos 2.9-11)

O milagre do revestimento de poder ou derramamento do Espírito tal qual aconteceu inicialmente (pentecostes) se repetiu mais aonde?
R: na casa de Cornélio (Atos 10.45,46) e em Éfeso (Atos 19.6).

Na casa de Cornélio a Escritura refere-se ao acontecido como sendo o quê?
R: A Bíblia diz claramente, é que receberam um dom (Atos 10.45), o que aliás permanece de acordo com a Palavra, conforme II Coríntios 12.b

O que aconteceu afinal na casa de Cornélio?
R: O Espírito Santo caiu sobre os que ouviam a Palavra (Atos 10.44).

Em Éfeso, quais foram as manifestações de poder?
R: A Bíblia mostra duas: falaram em língua e PROFETIZARAM. (Atos 19.6).

Como a Bíblia classifica Estevão?
R: Homem cheio de fé e do Espírito Santo (Atos 6.5), cheio de poder e operador de prodígios e de grandes sinais (Atos 6.8).

Estevão obteve de Deus um privilégio único em todo o Novo Testamento, excetuando-se a visão do apóstolo João. Que privilégio foi esse?
R: Ele viu os céus abertos, a Glória de Deus e o Filho do homem em pé à sua direita (Atos 7.55,56). Como vemos, mais profunda só a visão na Ilha de Patmos.

Estevão falou em línguas durante seu ministério?
R: Não há relatos.

E quanto a Felipe?
R: Expulsava demônios e curava enfermos (Atos 8.7).

Falou em línguas?
R: Também não.

Em 13 cartas comprovadamente escritas pelo apóstolo Paulo, quantas expõem ou dissecam o assunto “línguas”?
R: Apenas em uma carta, direcionada a uma igreja em particular, enfoca essa questão, no caso, a Carta à igreja de Corinto.

As Cartas aos Hebreus, de Pedro, João – inclusive o Apocalipse – e Judas tocam no assunto?
R: Absolutamente nenhuma delas.

Biblicamente falando, “falar em línguas” é um dom que se manifesta como forma exclusiva de evidência?
R: Falar em línguas, biblicamente falando é um DOM, importante para o Corpo de Cristo como qualquer um dos dons espirituais citados em I Coríntios 12.

A Bíblia orienta literalmente a buscar incansavelmente o batismo com o Espírito Santo?
R: A Bíblia nós ensina a invocarmos a presença de Deus (Jr 29.12).

Que riscos essa prática pode trazer?
R: Ela cria um princípio básico para uma heresia, que é achar que quem não fala em línguas “estranhas” não é salvo.

Mas afinal quem é batizado com o Espírito Santo?
R: Somente a Palavra de Deus pode responder, e o faz claramente em I Coríntios 12:13 “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado de beber de um só Espírito.”.

Ainda assim, este texto pode ser explicado de uma forma mais clara?
R: Este texto literalmente quer dizer que TODOS os que são Santuário de Deus, onde habita o Espírito de Deus (I Coríntios 3.16) e, que possuem um ou mais dons espirituais, que são manifestados por este mesmo Espírito, podem se considerar batizados com o Espírito Santo

Então, ao contrário do que muitos exigem, não é obrigatório falar em línguas para operar prodígios, sinais ou qualquer um dos sons espirituais?
R: Onde a Bíblia afirma isso? Além disso, os sinais são para os que CREEM, falando ou não em línguas, sendo elas próprias – as línguas – parte do conjunto da promessa.

É possível, à luz da Bíblia, confirmar esta afirmação?
R: Facilmente. Basta observar o texto em Atos 4.31, que diz
 “todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus.”

Qual é a verdadeira característica bíblica do batismo espiritual?
R: “Todos vós sois filhos de Deus pela fé em cristo Jesus, pois todos vós que fostes batizados em cristo, vos revestistes de Cristo.” (Gálatas 3:26,27).

O que aconteceu então na conturbada igreja da cidade de Corinto?
R: Assim como nos dias de hoje, elevaram o falar em línguas a uma categoria especial entre os dons – isso gerou problemas.

Pessoalmente, qual era a opinião de Paulo de Tarso?
R: Ele preferia falar cinco palavras que pudessem ser entendidas a falar dez mil em outras línguas. (I Coríntios 14.14)

Como concordar como uma oração feita em línguas?
R: Não só em orações, mas em qualquer circunstância da vida é necessário que se conheça os termos daquilo que se vai concordar. Se ninguém entender o que se está dizendo ou mesmo, conforme orienta própria Bíblia, não tiver quem interprete, é arriscado concordar às cegas, pois a mesma Palavra diz: “
Provai os espíritos” e sabemos que o espírito do profeta é sujeito ao profeta.

Onde a Bíblia orienta para se buscar o dom de línguas ou mesmo o falar em línguas estranhas?
R: Eis a questão. A orientação bíblica é bastante clara. Em I Coríntios 12.31 está escrito: “Portanto, procurai com zelo OS MELHORES DONS.” É claro que está no plural, não? A Bíblia mostra que não há um dom especial, todos são maravilhosos, portanto ela orienta que os busquemos.

Então falar em línguas não confere prerrogativas especiais a quem o possui?
R: Se fosse assim, quem profetiza também deveria receber atenção especial, visto que a Bíblia diz que quem profetiza é maior do que quem fala em línguas (I Co 14).

Como Paulo de Tarso classifica os irmãos que possuem obsessão por falar em línguas ou mesmo elevam este dom a um patamar de superioridade espiritual?
R: Paulo os chama de “meninos no entendimento” (I Coríntios 14.20). Ora, não é pecado ser menino, mas um dia a criança precisa crescer. (I Coríntios 13.11)

CONCLUSÃO

Nos dias de hoje é comum ouvir estudos e pregações onde se afirma categoricamente que quem não fala em línguas não podem tomar a dianteira de um trabalho. Um dos maiores absurdos de nosso tempo.

O Dom de Línguas não é superior a nenhum dos outros dons do Espírito. Exacerbar um desses dons é problemático e perigoso – por isso fiquemos com a simplicidade da Graça de Deus.

Veja o vídeo, bastante edificante e recomendável:



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