R: Quem primeiro fala no assunto diretamente é João Batista. As passagens são
Mateus 3:11; Marcos 1:8; Lucas 3:16 e João 1:33. O que deixa claro sua
legitimidade como doutrina fundamental cristã.
Como João Batista se refere a este batismo, ou
seja, como ele coloca os termos?
R: Sempre, em todas as passagens, ele faz uma COMPARAÇÃO entre o batismo que
ele, João, praticava, apenas com água e para arrependimento, com o batismo que
seria ministrado por Jesus Cristo, com o Espírito Santo e para salvação.
João fez questão de ressaltar essa diferença. Posteriormente, como se verá, os
apóstolos também identificaram essa distinção básica entre o batismo de João e
o de Jesus.
Ao falar em batismo com Espírito Santo, João
Batista cita a manifestação de algum dom especial, algum sinal externo que
viesse evidenciar o fato?
R: Não. Mesmo porque o termo batismo com o Espírito Santo desaparece com João,
só reaparecendo novamente no livro de Atos dos Apóstolos. E então finalmente
silencia para sempre, demonstrando que não havia, até então, nenhuma dúvida
sobre o assunto.
As manifestações espirituais da Igreja sofreriam um duro golpe com os
Montanistas (Séculos II e III). A partir daí a Igreja inicia uma história de
bloqueio as manifestações espirituais.
Além de João Batista, quem mais nos evangelhos
faz menção sobre o assunto?
R: Ninguém. Nenhuma citação. O que não invalida a doutrina.
Em relação ao Espírito Santo, quais são os
termos verdadeiramente bíblicos utilizados nos evangelhos para evidenciar sua
ação?
R: “cheio” (Lucas 1:15); como “revestimento” (Lucas 24:9); advindo diretamente
de Cristo (João 20:22); como poder descido ou recebido do céu (Atos 1:8).
No último capítulo de Marcos Jesus Cristo fala
em quantas manifestações de poder sobrenatural?
R: Cinco: expulsar demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes,
sobreviver à bebida mortífera e impor as mãos sobre os enfermos para que sejam
curados.
Em algum momento Jesus Cristo refere-se a uma
destas manifestações como sendo mais especial do que a outra?
R: Não. E nem poderia, pois seria uma contradição, visto que todas são
operações do mesmo poder: seu próprio nome, não havendo como classificá-las em
maior, ou melhor.
Ainda neste mesmo capítulo ele utiliza-se da
palavra “batismo”. Do que ele está falando?
R: Obviamente do batismo em águas. Não resta a menor dúvida. O batismo dos 3
mil no dia de Pentecostes e o ocorrido entre Felipe e o eunuco não deixam a
menor dúvida.
Como Jesus Cristo refere-se ao batismo com
Espírito Santo em nível de ação?
R: Ele chama de REVESTIMENTO DE PODER. É simples de entender. Basta comparar
Atos 1:5 com Atos 1:8.
Como a Bíblia descreve o relatado?
R: As Sagradas Escrituras descreve um “enchimento” (Atos 2:4), em concordância com
o que já havia dito anterior mente (Lucas 1:15)
O que aconteceu em seguida?
R: Os que estavam no cenáculo falaram novas línguas, conforme já estava predito
no capítulo 16 de Marcos.
Eles – os que estavam no cenáculo – sabiam o
que estavam dizendo?
R: A Bíblia responde claramente isso: “E todos foram cheios do Espírito Santo, e
começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas
as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se
uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria
língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê!
não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos,
cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (At 2.4-8)
Em que línguas os apóstolos e os outros
falaram?
R: Segundo a Bíblia, neste caso, falaram grego, árabe, latim e ainda outras
línguas de nações distintas que ali se encontravam (Atos 2.9-11)
O milagre do revestimento de poder ou
derramamento do Espírito tal qual aconteceu inicialmente (pentecostes) se
repetiu mais aonde?
R: na casa de Cornélio (Atos 10.45,46) e em Éfeso (Atos 19.6).
Na casa de Cornélio a Escritura refere-se ao
acontecido como sendo o quê?
R: A Bíblia diz claramente, é que receberam um dom (Atos 10.45), o que aliás
permanece de acordo com a Palavra, conforme II Coríntios 12.b
O que aconteceu afinal na casa de Cornélio?
R: O Espírito Santo caiu sobre os que ouviam a Palavra (Atos 10.44).
Em Éfeso, quais foram as manifestações de
poder?
R: A Bíblia mostra duas: falaram em língua e PROFETIZARAM. (Atos 19.6).
Como a Bíblia classifica Estevão?
R: Homem cheio de fé e do Espírito Santo (Atos 6.5), cheio de poder e operador
de prodígios e de grandes sinais (Atos 6.8).
Estevão obteve de Deus um privilégio único em
todo o Novo Testamento, excetuando-se a visão do apóstolo João. Que privilégio
foi esse?
R: Ele viu os céus abertos, a Glória de Deus e o Filho do homem em pé à sua
direita (Atos 7.55,56). Como vemos, mais profunda só a visão na Ilha de Patmos.
Estevão falou em línguas durante seu
ministério?
R: Não há relatos.
E quanto a Felipe?
R: Expulsava demônios e curava enfermos (Atos 8.7).
Falou em línguas?
R: Também não.
Em 13 cartas comprovadamente escritas pelo
apóstolo Paulo, quantas expõem ou dissecam o assunto “línguas”?
R: Apenas em uma carta, direcionada a uma igreja em particular, enfoca essa
questão, no caso, a Carta à igreja de Corinto.
As Cartas aos Hebreus, de Pedro, João –
inclusive o Apocalipse – e Judas tocam no assunto?
R: Absolutamente nenhuma delas.
Biblicamente falando, “falar em línguas” é um
dom que se manifesta como forma exclusiva de evidência?
R: Falar em línguas, biblicamente falando é um DOM, importante para o Corpo de
Cristo como qualquer um dos dons espirituais citados em I Coríntios 12.
A Bíblia orienta literalmente a buscar
incansavelmente o batismo com o Espírito Santo?
R: A Bíblia nós ensina a invocarmos a presença de Deus (Jr 29.12).
Que riscos essa prática pode trazer?
R: Ela cria um princípio básico para uma heresia, que é achar que quem não fala
em línguas “estranhas” não é salvo.
Mas afinal quem é batizado com o Espírito
Santo?
R: Somente a Palavra de Deus pode responder, e o faz claramente em I Coríntios
12:13 “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo,
quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado de
beber de um só Espírito.”.
Ainda assim, este texto pode ser explicado de
uma forma mais clara?
R: Este texto literalmente quer dizer que TODOS os que são Santuário de Deus,
onde habita o Espírito de Deus (I Coríntios 3.16) e, que possuem um ou mais
dons espirituais, que são manifestados por este mesmo Espírito, podem se
considerar batizados com o Espírito Santo
Então, ao contrário do que muitos exigem, não
é obrigatório falar em línguas para operar prodígios, sinais ou qualquer um dos
sons espirituais?
R: Onde a Bíblia afirma isso? Além disso, os sinais são para os que CREEM,
falando ou não em línguas, sendo elas próprias – as línguas – parte do conjunto
da promessa.
É possível, à luz da Bíblia, confirmar esta
afirmação?
R: Facilmente. Basta observar o texto em Atos 4.31, que diz “todos foram cheios do
Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus.”
Qual é a verdadeira característica bíblica do
batismo espiritual?
R: “Todos vós sois filhos de Deus pela fé em cristo Jesus, pois todos vós que
fostes batizados em cristo, vos revestistes de Cristo.” (Gálatas 3:26,27).
O que aconteceu então na conturbada igreja da
cidade de Corinto?
R: Assim como nos dias de hoje, elevaram o falar em línguas a uma categoria
especial entre os dons – isso gerou problemas.
Pessoalmente, qual era a opinião de Paulo de
Tarso?
R: Ele preferia falar cinco palavras que pudessem ser entendidas a falar dez
mil em outras línguas. (I Coríntios 14.14)
Como concordar como uma oração feita em
línguas?
R: Não só em orações, mas em qualquer circunstância da vida é necessário que se
conheça os termos daquilo que se vai concordar. Se ninguém entender o que se
está dizendo ou mesmo, conforme orienta própria Bíblia, não tiver quem
interprete, é arriscado concordar às cegas, pois a mesma Palavra diz: “Provai os espíritos” e sabemos que o espírito
do profeta é sujeito ao profeta.
Onde a Bíblia orienta para se buscar o dom de
línguas ou mesmo o falar em línguas estranhas?
R: Eis a questão. A orientação bíblica é bastante clara. Em I Coríntios 12.31
está escrito: “Portanto, procurai com zelo OS MELHORES DONS.” É claro que está
no plural, não? A Bíblia mostra que não há um dom especial, todos são
maravilhosos, portanto ela orienta que os busquemos.
Então falar em línguas não confere
prerrogativas especiais a quem o possui?
R: Se fosse assim, quem profetiza também deveria receber atenção especial,
visto que a Bíblia diz que quem profetiza é maior do que quem fala em línguas
(I Co 14).
Como Paulo de Tarso classifica os irmãos que
possuem obsessão por falar em línguas ou mesmo elevam este dom a um patamar de
superioridade espiritual?
R: Paulo os chama de “meninos no entendimento” (I Coríntios 14.20). Ora, não é
pecado ser menino, mas um dia a criança precisa crescer. (I Coríntios 13.11)
CONCLUSÃO
Nos dias de hoje é comum ouvir estudos e pregações onde se
afirma categoricamente que quem não fala em línguas não podem tomar a dianteira
de um trabalho. Um dos maiores absurdos de nosso tempo.
O Dom de Línguas não é superior a nenhum dos outros dons do
Espírito. Exacerbar um desses dons é problemático e perigoso – por isso
fiquemos com a simplicidade da Graça de Deus.
Veja o vídeo, bastante edificante e recomendável:
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