Neste estudo bíblico, serão abordados muitos (se não todos) os dogmas e
conceitos da Igreja Católica, tais como: rezas, mandamentos, batismo,
confissão, penitência, Papa, perpétua virgindade de Maria, mãe de Deus,
imaculada Conceição da virgem Maria, Assunção da Virgem Maria, purgatório,
eucaristia, confirmação (crisma), sagrado matrimônio, ordens sagradas,
veneração de imagens, veneração de relíquias, intercessão dos santos e objetos
litúrgicos católicos.
O objetivo é trazer para você, prezado(a) leitor(a), se esses conceitos
e dogmas adotados e determinados pela Igreja Católica são corretos diante
da vontade de Deus. Para isso, peço que você tenha em mãos a Bíblia de sua
preferência para ler e confirmar todas as passagens que serão citadas neste
estudo.
NÃO É OBJETIVO causar intrigas e julgar qualquer pessoa, pois Deus ama
todas as pessoas igualmente. Eu, que escrevo este estudo, quero deixar claro
que passei 19 anos da minha vida (desde o nascimento) na Igreja Católica sem
saber o porquê de muitas coisas, pois não fui ensinado a ler a Bíblia, porém
Deus me deu a oportunidade de conhecer a verdade, que é a Palavra Dele para
nós, e hoje posso escrever este estudo, para que as pessoas que o leiam possam
ter seus olhos abertos, assim como os meus também foram, e enxergar que só há
um caminho para a salvação, Jesus, pois Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade
e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6
Caso você tenha mais dúvidas em relação a qualquer assunto em relação ao
Catolicismo ou a qualquer outra religião ou seita, envie um e-mail para o
endereço estudos@viveremverdade.com.br, e iremos responder suas dúvidas
fundamentados na Palavra de Deus.
Ore a Deus, neste momento, pedindo que você compreenda tudo o que você
irá ler.
Caso queira, ore assim: “Deus, eu inicio a leitura deste estudo falando
com o Senhor e pedindo que abra o meu entendimento para compreender, refletir e
questionar tudo que irei ler, pois quero conhecer a verdade absoluta que é a
Sua vontade. Senhor, repreenda toda tentativa de Satanás de impedir que eu
compreenda o que irei ler. Ajuda-me, Espírito Santo, durante esta leitura. Eu
Lhe peço e agradeço. Amém”.
Igreja Católica
O termo “católico” significa, em
grego, UNIVERSAL. A Igreja Católica considera-se única, fazendo uma comparação
com a Arca de Noé no versículo de Gênesis 7:1, para afirma que “fora da Igreja
não há salvação (…) ela é figurada pela Arca de Noé, a única que salva do
dilúvio.”.
Gênesis 7:1
“Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque
tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.”
Porém, a arca não simboliza nenhuma igreja ou organização religiosa, mas
a salvação, oferecida na pessoa de Jesus Cristo. Ele é a nossa arca, a nossa
salvação. Leia em Atos 4:12 e Hebreus 7:25.
Atos 4:12
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum
outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
Hebreus 7:25
“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele [Jesus] se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”
Papa
Na Igreja Católica, o Papa é
reconhecido como autoridade suprema e é considerado sucessor do apóstolo Pedro.
Além disso, o Papa é considerado infalível. Esse dogma foi definido no Concílio
Vaticano I.
Para afirmar que os papas são sucessores do apóstolo Pedro, considerado
o primeiro Papa pela Igreja Católica, são os usados os versículos de Mateus
16:15-19. A Igreja Católica diz que Pedro foi o primeiro papa e governou por 25
anos em Roma.
Mateus 16:15-19
“Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro,
respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo,
disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne
e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o
que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra
será desligado nos céus.”
Porém, Pedro não há fundamentação bíblica ou histórica que afirma que
Pedro foi o primeiro papa. A expressão “sobre esta pedra” relaciona-se com a
resposta de Pedro, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. É sobre Cristo que a
Igreja foi edificada, e não sobre Pedro. Jesus afirmou que Ele mesmo era a
pedra (Mateus 21:42).
Mateus 21:42
“Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os
edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi
feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos?”
Essa afirmação é uma interpretação voraz de Salmos 118:22.
Salmos 118:22
“A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.”
O próprio Pedro identificou Jesus como a pedra em Atos 4:8-12 e 1 Pedro
2:4-6.
Atos 4:8-12
“Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais do povo, e
vós, anciãos de Israel, Visto que hoje somos interrogados acerca do benefício
feito a um homem enfermo, e do modo como foi curado, Seja conhecido de vós
todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em
nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada
por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum
outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado
entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
1 Pedro 2:4-6
“E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos
homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas,
sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.”
Se Pedro foi papa durante 25 anos, então existe algo errado, já que esse
apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, por volta de 67 ou 68 dC. Se você
subtrair 25 anos de 67 ou 68, encontrará o ano de 42 ou 43 dC. Nessa época, não
havia ocorrido ainda o Concílio de Jerusalém (Atos 15), que se deu mais ou
menos no ano de 48 dC, ou um pouco depois. Pedro participou do concílio, mas
foi Tiago quem o realizou e presidiu (Atos 15:13, 19). Em 58 dC, Paulo escreveu
a epístola aos romanos e, no capítulo 16, mandou saudação para muita gente em
Roma, mas Pedro sequer é mencionado. Por outro lado, Paulo chegou à Roma no ano
62 dC e foi visitado por muitos irmãos. Todavia, nesse período, não há nenhuma
menção a Pedro ou a algum Papa.
Atos 28:30-31
“E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara,
e recebia todos quantos vinham vê-lo; Pregando o reino de Deus, e ensinando com
toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento
algum.”
O apóstolo Paulo escreveu 4 cartas de Roma: Efésios, Colossenses,
Filemon (62 dC) e Filipenses (entre 67 e 68). Pedro não é mencionado em nenhuma
delas. Novamente, não se tem notícia desse suposto papa. Assim, não existe
fundamento bíblico e nem subsídio histórico para consubstanciar a figura do
papa.
Ainda sobre o poder concedido a Pedro em Mateus 16:15-19, estaria Jesus
outorgando autoridade para que outras pessoas a exercessem de forma única como
outra cabeça da Igreja? A mesma autoridade concedida a Pedro por Jesus foi dada
também a todos os apóstolos em Mateus 18:18.
Mateus 18:18
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no
céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.”
O capítulo 18 de Mateus, especificamente no versículo acima, mostra que
não foi dado nada a Pedro que também não tenha sido dado aos outros discípulos.
Quanto à infalibilidade do Papa, a Bíblia diz em Romanos 3:23 que:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;”
Se todos nós pecamos, como pode haver alguém infalível? Somente aquele
não pecou é infalível. A Bíblia relata que Jesus passou pelas mesmas tentações
que nós, porém, sem pecado.
Hebreus 4:15
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem
pecado.”
O que mais impressiona em relação à determinação da Igreja Católica
sobre o cargo de papa é que o homem que se torna papa não era infalível antes
de assumir o cargo. Logo que assume o cargo, torna-se infalível.
Dogmas
A Igreja Católica definiu em diversos
concílios vários dogmas a respeito do ser humano, de Maria, do papa, da morte,
do céu, do inferno, do purgatório, dentre outros assuntos.
Um dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível,
inquestionável e “absolutamente segura sobre a qual não pode pairar nenhuma
dúvida“. Uma vez proclamado, nenhum dogma pode ser revogado ou negado nem mesmo
pelo Papa ou por decisão de um Concílio. Todo católico é obrigado a aderir,
aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira irrevogável. Dentre os dogmas
mais recentes estão a Imaculada Conceição (1854) e a Assunção de Nossa Senhora
(1950).
Dogmas sobre o ser humano
Um dogma sobre o ser humano é: “O
homem é formado por corpo material e alma espiritual”, ou seja, 2 partes (corpo
e alma). Porém, a Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 5:23 “E o mesmo Deus de paz
vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo.”. A Bíblia diz que o homem é formado por 3 partes e não por 2, como
afirma a Igreja Católica. Para conhecer mais sobre essas 3 partes que forma o
ser humano, aconselho a leitura do livro “O Homem Espiritual”, de Watchman Nee.
Dogmas marianos (sobre Maria)
Perpétua Virgindade de Maria
Para a Igreja Católica, Maria foi virgem perpetuamente. A Perpétua Virgindade
de Maria ensina que Maria é virgem antes, durante e depois do parto. Este dogma
mariano é o mais antigo da Igreja Católica e Oriental Ortodoxa, que afirma a
“real e perpétua virgindade mesmo no ato de dar à luz ao Filho de Deus feito
homem.” Assim Maria foi sempre Virgem pelo resto de sua vida, sendo o
nascimento de Jesus como seu filho biológico, uma concepção milagrosa.
Porém, não é isso que a Bíblia diz. Em Lucas 2:7, 23, a Igreja Católica
diz que o termo primogênito não significa que a mãe de Jesus tenha tido outros
filhos após ele.
Lucas 2:7
“E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o
numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.”
Lucas 2:23
“(Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito
será consagrado ao Senhor);”
O termo primogênito não implica necessariamente que Maria tenha tido
outros filhos. No entanto, o texto está bastante claro, considerando outros
textos bíblicos que ela realmente teve outros filhos. Lucas 8:19 refere-se aos
irmãos de Jesus.
Lucas 8:19
“E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se
dele, por causa da multidão.”
Marcos 6:3 refere-se aos irmãos de Jesus, fornecendo o nome de 4 deles,
além de citar que ele tinha também irmãs.
Marcos 6:3
“Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José,
e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se
nele.”
A Igreja Católica ainda diz que os irmãos de Jesus citados na Bíblia são
primos na verdade. O Catolicismo interpreta assim para sustentar sua doutrina.
Porém, leia Mateus 12:46-50.
Mateus 12:46-50
“E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus
irmãos, pretendendo falar-lhe. E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua
mãe e teus irmãos, que querem falar-te. Ele, porém, respondendo, disse ao que
lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? E, estendendo a sua mão
para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; Porque,
qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e
irmã e mãe.”
O Catolicismo interpreta de maneira errada o termo IRMÃOS. Assim, eles
acreditam que Jesus não tinha irmãos no verdadeiro sentido dessa palavra e o
grau de parentesco que ela dá. No entanto, esse raciocínio não desfruta de
nenhum apoio das escrituras. A Bíblia é clara ao afirmar que Jesus tinha 4
irmãos, além de várias irmãs (Mateus 13:55, Marcos 3:31-35, Marcos 6:3, Lucas
8:19-21, João 2:12, João 7:2-10, Atos 1:14, 1 Coríntios 9:5, Gálatas 1:19).
Portanto, Maria não permaneceu virgem. Esse conceito só passou a fazer parte da
teologia muitos séculos depois de Jesus.
Mãe de Deus
A Igreja Católica diz que Maria é
verdadeiramente a mãe de Deus encarnado em Jesus Cristo. A definição como Mater
Dei (em latim) ou Theotokos (em grego) foi afirmada por diversos padres da
Igreja nos três primeiros séculos, como Inácio (107), Orígenes (254), Atanásio
(330) e João Crisóstomo (400). O Terceiro Concílio Ecumênico, realizado em
Éfeso decretou esta doutrina dogmaticamente em 431. A visão contrária,
defendida pelo patriarca de Constantinopla, Nestório, era que Maria devia ser
chamada de Christotokos, que significa “Mãe de Cristo”, para restringir o seu
papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza
divina. A Bíblia se refere à Maria como a mãe de Jesus enquanto ele esteve aqui
na terra.
João 2:1-2
“E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava
ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as
bodas.”
Imaculada Conceição da Virgem Maria
A Igreja Católica diz que Maria foi
concebida sem pecado original. Sua Imaculada Conceição relata que a concepção
de Maria, a mãe de Jesus, foi feita sem qualquer mancha de pecado original, no
ventre da sua mãe. Assim, desde o primeiro momento da sua existência, ela foi
preservada por Deus do pecado que aflige a humanidade, pois ela é “cheia de
graça divina” (forma como foi chamada pelo Anjo Gabriel). Também relata que ela
viveu uma vida completamente livre de pecado.
Mas não é isso que a Bíblia diz:
Para esclarecer a falsidade desse dogma, basta relembrarmos o mesmo
princípio utilizado para justificar a infalibilidade do papa. “Todos pecaram”,
inclusive Maria. Ela, sem dúvida, foi uma mulher bem-aventurada, mas pecou como
todos nós. Somente um homem não pecou, Jesus, aquele que assumiu os nossos
pecados, morreu e ressuscitou para que pudéssemos ser reconciliados com Deus.
Romanos 3:23-24
“23Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 24sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo
Jesus,”
Hebreus 4:15
“15Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”
Assunção da Virgem Maria
A Igreja Católica afirma que a virgem
Maria, no fim de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória
celestial. Este dogma foi proclamado ex cathedra pelo Papa Pio XII, no dia 1º
de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus: “Depois
de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da
Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua
peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor
do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e
alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos
bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos
e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre
Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e
alma à glória do céu”.
O próprio Papa Pio XII deixou liberadamente em aberto se Maria foi
elevada aos céus após sua morte ou ainda em vida. Não há nenhuma referência na
Bíblia de que Jesus “aumentou a glória de Maria” e de que ela subiu aos céus.
Dogmas sobre as últimas coisas
A Igreja Católica também define
dogmas em relação ao céu, ao inferno e ao suposto purgatório.
O céu
A Igreja Católica diz que “As almas
dos justos que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de
pecado entram no céu“.
O inferno
A Igreja Católica diz que “O inferno
é uma possibilidade graças a nossa liberdade. Deus nos fez livres para amá-lo
ou para rejeitá-lo. Se o céu pode ser representado como uma grande ciranda onde
todos vivem em plena comunhão entre si e com Deus, o inferno pode ser visto
como solidão, divisão e ausência do amor que gera e mantém a vida. Deve-se salientar
que a vontade de Deus é a vida e não a morte de quem quer que seja. Jesus veio
para salvar e não para condenar. No limite, Deus não condena ninguém ao
inferno. É a nossa opção fundamental, que vai se formando ao longo de toda
vida, pelas nossos pensamentos, atos e omissões, que confirma ou não o desejo
de estar com Deus para sempre. “
Não é assim que a Bíblia diz:
Marcos 16:16
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”
João 3:18
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”
Observe que aquele não crê em Jesus já está condenado. Analise ainda
nesse versículo que existem apenas 2 caminhos: salvação ou condenação. Porém, a
Igreja Católica define uma terceira opção chamada de PURGATÓRIO. Logo abaixo,
fazemos uma análise bíblica sobre o purgatório, provando a sua inexistência.
O purgatório
A Igreja Católica diz que “As almas
dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais (leves)
ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao purgatório. O purgatório é
estado de purificação”.
Segundo a Igreja Católica, o Purgatório não é um nível intermédio entre
o Inferno e o Paraíso, mas uma última oportunidade de purificação/conversão
onde as pessoas que morreram em estado de graça (isto é, não estão manchados
pelo pecado mortal e, portanto, já estão destinadas ao Paraíso), mas ainda
precisariam se preparar para ter capacidade de ver Deus face a face no Céu.
Este fato justifica-se pela existência nas almas destas pessoas de manchas
originadas pelos pecados veniais (ou leves) e pelas penas temporais devidas ao
pecado, nomeadamente dos pecados mortais, cujas culpas já estão previamente
perdoadas por Deus, sacramentalmente ou não.
A existência do Purgatório foi teorizada no pontificado do Papa Gregório
I, em 593, com base no livro de 2ª Macabeus 12.42-46. O Concílio de Florença,
realizado em 1439, aprovou a doutrina, que foi confirmada depois no Concílio de
Trento, em 1563 (nesse concílio, a Igreja Católica definiu que os livros
apócrifos, incluindo Macabeus, fariam parte da Bíblia). Livros apócrifos (1ª e
2ª Macabeus, por exemplo) são livros que NÃO foram reconhecidos como
divinamente inspirados por Deus, ou seja, não representam a verdade que é a Palavra
de Deus. A Igreja Católica inseriu esses livros em sua Bíblia para justificar
sua doutrina. São livros apócrifos: Judite, Tobias, Baruque, Eclesiástico (não
é Eclesiastes), Sabedoria de Salomão, I e II Macabeus, além de trechos que
foram adicionados aos livros de Ester e Daniel.
A Igreja Católica também se baseia em alguns trechos dos Evangelhos, que
sugerem a existência de penas de gradações variadas, não eternas, para
justificar a existência do Purgatório.
Lucas 12:45-48
“Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir;
e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a
embriagar-se, virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa
hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. E
o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme
a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez
coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que
muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais
se lhe pedirá.”
O trecho destacado em negrito é usado pela Igreja Católica para
justificar a existência do purgatório, porém essa interpretação é um enorme
equívoco em relação à interpretação bíblica, pois o Catolicismo retira o
versículo do contexto para apoiar sua doutrina. Nos versículos acima, Jesus
ensinou que aquele que o conhecer será mais cobrado do que aquele que não o
conhecer. Um dos motivos para essa maior cobrança é que todos que conhecem a
Jesus receberam Dele uma missão que está em Marcos 16:15: “pregar o evangelho a
toda criatura”.
Marcos 16:15
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura.”
Outro motivo para haver maior cobrança sobre aqueles que conhecem a
Jesus está em Tiago 4:17.
Tiago 4:17
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.”
Aquele que conhece a Jesus conhece o caminho da Salvação e, se não se
preparar para a volta Dele para buscar a igreja, significa que optou,
conscientemente, por não se preparar. Já aquele que não conhece Jesus e,
consequentemente, não conhece o caminho da Salvação, não sabe como se preparar.
Mateus 5:25-26
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele,
para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te
entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira
nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.”
A Igreja Católica usa o texto de Mateus 5:25-26 para defender a doutrina
do purgatório. Diz a Igreja Católica que Jesus nos dá a entender que, após a
caminhada da vida presente (a via), pode haver um cárcere (metáfora), de onde o
réu (o homem) sai depois de ter expiado por completo. Porém, não é isso que a Bíblia
diz.
Os versículos em pauta nos mostram um quadro em que o Senhor Jesus trata
da relação do homem com o seu inimigo, ou seja, o devedor e seu credor (compare
com Lucas 12:58-59). A palavra “adversário” aqui não se refere ao diabo e o
termo prisão ou cárcere nada tem a ver com o purgatório. O texto, na verdade,
refere-se ao acerto de contas, ou reconciliação, entre os homens. Assim, a
humildade de espírito pode nos livrar de muitos dissabores, mesmo quando
estamos errados. No sentido espiritual, a única maneira de o homem pagar suas
dívidas é aceitando o Senhor Jesus como único e suficiente Salvador (João 8:32,
João 14:6, Colossenses 2:13).
João 8:32
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
João 14:6
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai, senão por mim.”
Colossenses 2:13
“E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa
carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,”
Segundo a Igreja Católica, a purificação no Purgatório traz grande
sofrimento para as almas que o habita, mas difere grandemente do sofrimento
terrestre, na medida em que estas almas têm a certeza de que entrariam,
brevemente ou não, no Paraíso. A Igreja Católica ensina que os habitantes da Terra
(os vivos), através de sacrifícios, sofrimentos, orações, missas e boas obras e
indulgências, podem ajudar os seus irmãos que estão no Purgatório a aliviarem o
seu sofrimento e acelerarem a sua purificação. Daí o conceito de comunhão dos
santos.
Segundo o Catolicismo, no fim do mundo, o Purgatório desaparecerá, com
todas as almas que lá se encontram a entrarem no Paraíso, depois de longas
purificações.
A Bíblia não fala em nenhum lugar de Purgatório. O Catolicismo usou essa
definição para receber as indulgências das pessoas (muitas em dinheiro) para
que seus familiares fossem salvos.
Como vimos anteriormente, Jesus definiu apenas 2 caminhos: salvação ou
condenação. Veja nos versículos abaixo.
Lucas 16:19-31
“Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo,
e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo
mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; E desejava
alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham
lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos
anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no
inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro
no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a
Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque
estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que
recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é
consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre
nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam,
nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o
mandes à casa de meu pai pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho,
a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão:
Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se
algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe
disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que
algum dos mortos ressuscite.”
Por meio da parábola acima, Jesus ensinou que não há como os que
morreram e foram condenados passarem alcançarem a salvação, ou seja, Jesus
ensinou que não existe um meio-termo como o purgatório.
Mateus 25:45
“Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um
destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o
tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”
O malfeitor crucificado ao lado do Senhor Jesus, tomado pelo
arrependimento, recebeu a remissão dos pecados e a promessa da eminente ida
para os céus. Cristo não disse: “Passe uma temporada no purgatório,
purifique-se e venha aos céus!”. As palavras do Senhor foram:
Lucas 23:43
“…em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”
Jesus perdoou todos os nossos pecados por meio de seu sangue derramado
na cruz.
1 João 1:7
“O sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado.”
A purificação dada por Cristo é suficiente para restaurar por completo
nossa vida, transformando-nos em novas criaturas:
2 Coríntios 5:17
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
já passaram; eis que se fizeram novas.”
Só pela graça do Senhor Jesus somos salvos, por meio da fé e jamais
exclusivamente pelas obras de justiça que possamos fazer.
Leia em Efésios 2:8-9.
Efésios 2:8-9
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é
dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”
Não é por meio de rezas, boas ações, auto flagelação, penitências ou
qualquer outra obra que somos salvos. Conquistamos a salvação se acreditarmos
que Jesus Cristo veio como homem, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou ao
3º dia e está assentado à direita de Deus.
A obra que Jesus fez na cruz aperfeiçoou para sempre todos os que creem
Nele.
Hebreus 10:14
“Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.”
Ao contrário do que a Igreja Católica defende, não é possível uma pessoa
viva interceder por outra pessoa que já morreu nesta terra.Leia em Salmos
49:6-9.
Salmos 49:6-9
“Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas
riquezas, nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o
resgate dele (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se
esgotariam antes); por isso, tampouco viverá para sempre ou deixará de ver a
corrupção;”
Para haver o purgatório, seria necessário que houvesse diferença entre
pecados, porém Deus não faz distinção de pecados.
Tiago 2:10
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto,
tornou-se culpado de todos.“
Se você contar uma “mentirinha” é pecado, do mesmo jeito que se você
xingar os seus pais ou matar uma pessoa. O que tem que ficar claro é que tudo o
que você planta, você colhe.
Romanos 6:23
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.”
Portanto, a suposta distinção entre pecados mortais e veniais (leves) é
arbitrária e absurda.
A Igreja Católica usa o texto de Mateus 12:32 para apoiar a doutrina do
Purgatório. Interpretam que os pecados podem ser perdoados tanto nesta vida
quanto na futura.
Mateus 12:32
“E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á
perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado,
nem neste século nem no futuro.”
Segundo o texto, Jesus está afirmando que não há perdão, em tempo nenhum
e em nenhuma circunstância, à blasfêmia contra o Espírito Santo. Ou seja, não
há perdão para quem, consciente e deliberadamente, rejeita a presença e o poder
do Espírito Santo. Esse perdão é definitivamente impossível, pois é o Espírito
Santo a pessoa pela qual a graça salvadora pode ser comunicada (João 16:7-13).
Ao rejeitá-lo, o pecado fica exposto à ira temporal e eterna, e sofrerá as
consequências no dia do julgamento final.
Há apenas 2 caminhos: salvação e condenação. A salvação está disponível
ao homem enquanto ele viver (Isaías 55:6-7, Mateus 5:25-26).
Isaías 55:6-7
“Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se
converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque
grandioso é em perdoar.”
Quem purifica o homem do pecado não é o fogo do purgatório, mas sim o
precioso sangue de Jesus (1 João 1:7, Apocalipse 1:5).
Apocalipse 1:5
“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito
dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos amou, e em seu
sangue nos lavou dos nossos pecados,”
Sacramentos
Para viver em santificação, o católico é obrigado a participar e receber
os sacramentos e a conhecer a vontade de Deus.
São estes os sacramentos da Igreja Católica:
Batismo
Confissão
Eucaristia
Confirmação ou Crisma
Sagrado Matrimônio
Ordens Sagradas
Unção dos enfermos
Batismo
Na Igreja Católica, o batismo é dado
às crianças e a convertidos adultos que não tenham sido antes batizados
validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido
pela Igreja Católica, contanto que seja feito pela fórmula: “em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo“). A rigor, todo cristão pode, nessa fórmula, batizar
validamente alguém, nomeadamente em situações urgentes.
Mas a Bíblia não ensina assim. A Igreja Católica usa o versículo João
3:5 para dizer que nascer da água é entendido como batismo infantil, que deve
ser ministrado à criança depois do nascimento, sob pena de, morrendo sem
batismo, ir para o limbo. Se for adulto que morre sem batismo, vai para o
Purgatório.
João 3:5
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.”
Façamos uma análise bíblica desses argumentos.
É mandamento de Jesus batizar e negligenciar isso é pecado (Mateus
28:19, Marcos 16:15-16). Mas, admitir que o batismo regenera, não. O que
aconteceu na casa de Cornélio mostra a falsidade dessa doutrina, a chamada
regeneração batismal, porquanto esses crentes se converteram totalmente, tendo
sido batizados com o Espírito Santo de forma notável, inteiramente à parte de
qualquer rio externo, incluindo o batismo em água (Atos 10:34-48). Nascer da
água significa nascer de novo pela fé ao ouvir a Palavra de Deus (Efésios
5:26). Pedro se refere a ser de novo gerado pela palavra (1 Pedro 1:23). O
mesmo fez Tiago 1:18. Por outro lado, o Espírito Santo atua através da Palavra
e promove a regeneração convencendo do pecado, da justiça e do juízo (João
16:7-11). O batismo se efetua como testemunho público. Em 1 João 4:1-3 lemos
que aquele que nega que Jesus se fez carne é anticristo. Isso é repetido em 2
João 7.
Marcos 16:16
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.
Observe que Jesus disse na ordem “crer” e “for batizado”. O batismo é um
sinal público de arrependimento. No evangelho de Mateus, vemos que João
Batista, quando batizava com água, chamava as pessoas ao arrependimento.
Mateus 3:1-2
“E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da
Judeia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”
Sendo assim, uma pergunta é pertinente: Como uma criança recém-nascida
pode se arrepender se não possui consciência de seus atos? Os recém-nascidos
não reconhecem seus atos e, consequentemente, não conseguem se arrepender
deles. Portanto, não é correto batizá-los.
Confissão
Na Igreja Católica, confissão,
penitência ou reconciliação envolve a admissão de pecados perante um padre e o
recebimento de penitências (tarefas a desempenhar a fim de alcançar a
absolvição ou o perdão de Deus). Confessar uns aos outros é bíblico, mas não é
necessário confessar com um padre e, muito menos, realizar penitências. Leia em
Tiago 5:16.
Tiago 5:16
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros,
para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.”
A Bíblia nos ensina a confessar e orar uns pelos outros para que sejamos
sarados. Não se faz necessário confessar a um padre, pois quem crê em Jesus
como Senhor e Salvador tem livre acesso a Deus. Veja em Efésios 2:13-16.
Efésios 2:13-16
“Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo
sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua
carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em
ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e
pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as
inimizades.”
Jesus Cristo nos reconciliou com Deus. Neste momento, você pode
confessar seus pecados a Deus com arrependimento sincero e Ele irá perdoá-lo.
Penitência são atos como, jejuns, vigílias, peregrinações que os fiéis –
ou a Igreja – oferecem a Deus, ao Pai Criador, como provas de que estão
arrependidos dos seus pecados; praticados dentre os diversos ramos do
cristianismo – de diferentes formas – com a finalidade de expiação dos pecados;
tendo o significado de um sacrifício pessoal do fiel, pagando um pecado
cometido.
A penitência pode assumir variadas formas, nomeadamente a reparação
proporcional do mal feito, a perseverança na oração e na prática das boas
obras, a leitura e a meditação de passagens da Sagrada Escritura, a vigília, a
auto flagelação, o jejum e a esmola. Antigamente, acreditavam que, com
flagelações no próprio corpo, a alma seria libertada. Essa atitude demonstrava
que a alma era mais importante do que o corpo humano.
Porém, nenhuma penitência ter valor algum diante de Deus, porque tudo
que é feito na carne não pode agradar a Deus. Leia Romanos 8:8.
Romanos 8:6-8
“Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é
vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é
sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus.”
Vimos que o homem é formado por espírito, alma e corpo. Deus fala
conosco no espírito e é somente este que pode agradar a Deus. Nada que é feito
no corpo ou na alma agradam a Deus, pois Ele quer que o ouçamos e que possamos
adorá-lo em espírito e em verdade, como está escrito em João 4:23-24.
João 4:23-24
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade.”
Tudo que é feito no corpo, de nada serve. Neste momento, você pode
perguntar: “E o jejum?”. Jejuar é abster-se de algo que alimenta o corpo.
Assim, o corpo enfraquecido não tem forças para “lutar” contra o espírito, e
este (o espírito), como está diretamente ligado a Deus para aqueles que
aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador, pode entrar em intimidade com Ele
durante a oração. Porém, é necessário deixar claro que essa intimidade com Deus
é conseguida por meio da oração. Jejuar sem orar é passar fome simplesmente, e
passar fome não torna ninguém mais íntimo de Deus nem mais santo.
Aprendendo sobre espírito, alma e corpo, é possível compreendermos que
não há nenhum valor espiritual nas penitências. De nada serve caminhar,
carregar uma cruz ou andar de joelhos dezenas, centenas ou milhares de
quilômetros para cumprir promessas, porque tudo isso é feito no corpo. Deus
somente se agradará se houver adoração no espírito. Em vez de perder seu tempo
com esses sacrifícios no corpo, medite na Palavra de Deus, ore e Ele falará com
você e irá lhe ensinar grandes coisas, como está escrito em Jeremias 29:13.
Jeremias 29:13
“E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso
coração.”
Você não necessita fazer nenhum sacrifício e nenhuma promessa para
receber perdão de pecados ou alguma “graça”, pois o último sacrifício foi feito
por Jesus na cruz, e Ele nos lavou de todos os nossos pecados. Apenas creia
Nele.
Eucaristia
Para a Igreja Católica, a eucaristia
(comunhão) é o sacramento mais importante da Igreja porque os católicos
acreditam que ela relembra e renova o mistério pascal de Cristo, atualizando e
renovando assim a salvação da humanidade. Por isso, recebe também o nome de
Santíssimo Sacramento. Este sacramento está associado também à
transubstanciação, que é a crença de que, após a consagração, o pão e o vinho
oferecidos e consagrados se tornam realmente o Corpo e o Sangue de Jesus
Cristo, sob as aparências de pão e vinho.
Mas a Bíblia não comprova a transubstanciação.
Em Lucas 22:19, Jesus diz para fazermos em memória dele, mas, nem antes
e nem depois desse versículo, Ele falou que o pão e o vinho se transformaram no
corpo e sangue dele. O pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Jesus,
respectivamente.
Em 1 Coríntios 11:23-26 está escrito:
“Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor
Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu
e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em
memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice,
dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as
vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.”
A ceia do Senhor, ou eucaristia para os católicos, é a representação da
ceia que o Senhor Jesus ensinou que fizéssemos em memória Dele. Não ocorre
nenhuma transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Jesus. Jesus
está conosco todos os dias. Ele disse isso em Mateus 28:19-20.
Mateus 28:19-20
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém.”
Sagrado Matrimônio
Sagrado matrimônio é o sacramento que
valida, diante de Deus, a união de um homem e uma mulher, constituindo assim
uma família. Segundo a tradição católica, com base no Evangelho de São Marcos,
o casamento é indissolúvel. Só é permitido um segundo casamento no caso da
morte de um dos cônjuges ou em situações especiais de nulidade do casamento.
Mas Jesus determinou quais são as situações especiais: a maioria dos
líderes religiosos nos dias de Jesus permitiam que um homem se divorciasse de
sua esposa por quase qualquer motivo. Ele chocou os seus ouvintes por ser mais
severo que todas as linhas de pensamento, assim como mexe com os leitores de
hoje em dia. Jesus diz em termos inconfundíveis que o casamento é um
compromisso para a vida inteira. Pode até ser legal (baseado na lei do país)
deixar o seu cônjuge por outra pessoa, mas é adultério aos olhos de Deus.
Jesus ensinou a respeito do divórcio em Mateus 19:9.
Mateus 19:9
“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por
causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.”
Além da morte do cônjuge, a situação acima é a única que pode separar
marido e mulher.
Ordens Sagradas
Na Igreja Católica, as Ordens
Sagradas são recebidas ao entrar para o clero, através da consagração das mãos
com o santo óleo do Crisma e, no rito latino (ou ocidental), envolvem um voto
de castidade enquanto que nos ritos orientais, os homens casados são admitidos
como padres diocesanos, mas não como bispos ou padres monásticos. Em raras
ocasiões, permitiu-se que padres casados que se converteram a partir de outros
grupos cristãos fossem ordenados no rito ocidental. No rito ocidental, os
homens casados podem ser ordenados diáconos permanentes, mas não podem voltar a
casar se a esposa morrer ou se for declarada a nulidade do casamento. O
sacramento das Ordens Sagradas é dado em três graus: o do diácono (desde o
Concílio Vaticano II um diácono permanente pode ser casado antes de se tornar
diácono), o de sacerdote e o de bispo.
Vejamos o que a Bíblia diz sobre isso:
A Bíblia diz que todos os que creem recebem um dom espiritual Dado pelo
Espírito Santo (Romanos 12:3-8 e Efésios 4:7-8) quando nascem de novo (batismo.
Leia sobre batismo neste artigo caso não tenha lido), para a edificação da
Igreja de Cristo.
Romanos 12:3-8
“Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não
pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a
medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos
muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que
somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros
uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é
dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em
ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse
dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com
cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.”
Efésios 4:7-8
“Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de
Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos
homens.”
Além disso, a Bíblia não ensina a fazer voto de castidade (celibato
clerical).
Mateus 8:14
“E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com
febre.”
Em confronto direto com esse versículo, a Igreja Católica declara que
Pedro foi o primeiro Papa e exige o celibato para o sacerdócio. Porém, como podemos
constatar pelo texto, Jesus curou a sogra de Pedro, logo ele era casado. Esse
fato contraria as exigências do catolicismo romano para que seus sacerdotes
vivam no celibato. Em 1 Coríntios 9:5, lemos que, além de Pedro, outros
apóstolos eram casados.
1 Coríntios 9:5
“Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também
os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas (Pedro)?”
Quanto aos bispos e diáconos, Paulo aconselha: “convém que seja casado”
(1 Timóteo 3:2-5, 1 Timóteo 3:12; Tito 1:6-9).
1 Timóteo 3:2-5
“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher,
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho,
não espancador, não cobiçoso de torpe ganancia, mas moderado, não contencioso,
não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);”
O celibato clerical foi instituído em caráter local em 386 por Sirício,
bispo de Roma, e imposto obrigatoriamente pelo papa Gregório VII, em 1074. O
casamento não é um mandamento, mas uma escolha individual. Leia em 1 Coríntios
7:1-6.
1 Coríntios 7:1-6
“Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não
tocasse em mulher; Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria
mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à mulher a devida
benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre
o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido
não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis
um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes
ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos
tente pela vossa incontinência. Digo, porém, isto como que por permissão e não
por mandamento.”
A igreja, o papa, ninguém tem o direito de proibir o casamento, pois ele
é reconhecido por Deus como algo bom para o homem. Leia em Gênesis 2:18 e
Gênesis 2:24.
Gênesis 2:18
“E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
ajudadora idônea para ele.”
Gênesis 2:24
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua
mulher, e serão ambos uma carne.
Unção dos Enfermos
Para a Igreja Católica, a unção dos enfermos é conhecida como “extrema
unção” ou “último sacramento”. Envolve a unção de um doente com um óleo sagrado
dos enfermos, abençoado especificamente para esse fim. Já não está limitada aos
doentes graves e aos moribundos, mas a Igreja recomenda esse sacramento para a
hora da morte.
Neste ponto, a Igreja Católica realiza o procedimento adequadamente,
porém é necessário que haja fé para que o enfermo seja curado. Leia Tiago
5:13-15.
Tiago 5:13-15
“Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante
louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem
sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o
doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão
perdoados.”
Tendo observado os sacramentos da Igreja Católica, vejamos agora os 5
mandamentos do catolicismo.
5 mandamentos da Igreja Católica
1) Participar da
missa aos Domingos e outras festas de guarda.
Na maior parte dos países ocidentais católicos, os dias santos de guarda
são:
Santa Maria, Mãe de Deus – 1 de janeiro
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) – data variável
entre maio e junho: 1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade
Imaculada Conceição de Maria – 8 de dezembro
Natal – 25 de dezembro
2) Confessar-se ao menos uma vez por ano
Pergunte-se: “eu peco uma vez por ano?”
3) Receber o sacramento da Eucaristia, pelo menos na Páscoa
Pergunte-se: “Jesus deu a vida por mim. Devo ter comunhão com Ele
somente uma vez por ano?”
4) Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos
pela Igreja
Dias de jejum: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa
Dias de abstinência de carne: sextas-feiras da Quaresma
Pergunte-se: “Enquanto eu faço essa abstinência, eu oro a Deus?”. Se
você não ora, você só está passando fome.
5) Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as
próprias possibilidades
Pergunte-se: “Quem me dá tudo na vida?” Deus faz tudo por você e deseja
que você creia nisso. A Bíblia ensina sobre dízimos e ofertas um versículo pode
ajudá-lo(a) compreender um princípio eterno de Deus: semeadura e colheita.
2 Coríntios 9:6
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia
em abundância, em abundância ceifará.”
A matemática de Deus é contrária à matemática dos homens. Quando você
acha que está subtraindo e entrega a Deus, Ele soma em sua vida.
Estes cinco mandamentos da Igreja (não confundir com os Dez Mandamentos
da Lei de Deus), na sua forma atual, foram promulgados em 2005 pelo Papa Bento
XVI, quando suprimiu o termo “dízimos” do quinto mandamento (pagar dízimos
conforme o costume), cujo sentido real era, obviamente, contribuição, não
taxação ou imposto.
Veneração de Imagens
A Igreja Católica utiliza vários
argumentos para justificar a idolatria de imagens. Portanto, vamos analisar na
Bíblia qual é a vontade de Deus quanto a isso. Podemos ou não podemos adorar ou
venerar imagens?
A Igreja Católica utiliza o argumento de que Moisés fez uma serpente de
bronze e levantou-a no deserto para justificar o uso no culto sagrado. Leia em
Números 21:4-9.
Números 21:4-9
“Então partiram do monte Hor, pelo caminho do Mar Vermelho, a rodear a
terra de Edom; porém a alma do povo angustiou-se naquele caminho. E o povo
falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que
morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem
fastio deste pão tão vil. Então o SENHOR mandou entre o povo serpentes
ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel. Por isso o povo
veio a Moisés, e disse: Havemos pecado porquanto temos falado contra o SENHOR e
contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós estas serpentes. Então Moisés orou
pelo povo. E disse o SENHOR a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na
sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para
ela. E Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia
que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de
metal, vivia.”
Porém, Deus não estava ensinando a fazer imagens e utilizar objetos para
cultuar. Interpretar dessa forma é um grande equívoco e contraria a vontade de
Deus.
A serpente de metal remetia a Cristo sendo levantado, para que todo
aquele que olhe para Ele seja sarado de seus pecados e tenha a vida eterna.
Leia em João 3:13-16 :
João 3:13-16
“Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem,
que está no céu.
E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do
homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.”
A Bíblia diz que a serpente de bronze não foi feita para ser cultuada,
mas um símbolo para que o povo pudesse olhar com fé e ser curado.
Posteriormente, quando o povo fez daquele símbolo um ídolo, o rei Ezequias a
destruiu. Leia em 2 Reis 18:4.
2 Reis 18:4
“Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e
fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia
os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã.”
Observe que, quando o povo passou a adorar aquela serpente de metal, o
rei Ezequias, que cumpriu a vontade de Deus como está escrito em 2 Reis 18:3,
destruiu aquele objeto.
Deus proibiu seu povo de confeccionar e cultuar imagens, estátuas, etc,
visto que os povos pagãos atribuíam a esses artefatos de barro, madeira ou
outro material corruptível, um caráter religioso. Acreditavam, além do mais,
que a divindade se fazia presente por meio dessa prática. Deus proibiu seu povo
de fundir imagens para cultuá-las.
Leia Êxodo 20:1-5:
“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros
deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas
debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR
teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a
terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.”
Leia também o Salmo 115:1-8. Na Bíblia Católica, é o Salmo 113:1-8 ou
Salmo 113:9-16.
“Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da
tua benignidade e da tua verdade. Porque dirão os gentios: Onde está o seu
Deus? Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou. Os ídolos
deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam;
olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não
cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai
da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos
os que neles confiam.”
Algumas imagens que Deus mandou confeccionar não tinham por objetivo
elevar a piedade de Israel e nem serviam de modelo para reflexão ou conduta.
Eram apenas símbolos decorativos e representativos. Deus mandou fazer a arca da
aliança, mandou confeccionar figuras de querubins no Tabernáculo e no Templo,
entre outros utensílios (1 Reis 6:23-29, 1 Crônicas 22:8-13, 1 Reis 7:23-26),
além de outros ornamentos. Essas figuras, porém, jamais foram adoradas ou
veneradas, ou vistas como objetos de devoção ou adoração. Se os filhos de
Israel tivessem feito isso, Deus mandaria destruí-las. Se o culto aos santos e
a Maria fosse correto, João, que escreveu o último evangelho, aproximadamente
no ano de 100 dC, certamente falaria sobre o assunto e incentivaria tal
prática. No entanto, adverte-nos: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 João
5:21)
Deus não deseja que você adore imagens ou qualquer outro tipo de objeto.
Toda a sua adoração deve ser dada a Ele, o único e verdadeiro Deus, que criou
todas as coisas e também criou você.
Leia também toda a advertência do apóstolo Paulo quanto aos ídolos, em 1
Coríntios 8:1-7:
“Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos
temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica. E, se alguém cuida saber
alguma coisa, ainda não sabe como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse
é conhecido dele. Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos
ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um
só. Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer
na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só
Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. Mas nem em todos há
conhecimento; porque alguns até agora comem, no seu costume para com o ídolo,
coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica
contaminada.”
Outra atitude da Igreja Católica é a veneração de relíquias (objetos).
Vejamos, na Bíblia, se isso faz parte da vontade de Deus.
Veneração de Relíquias
A Igreja Católica usa as seguintes
passagens para justificar a veneração de relíquias: Êxodo 13:19, Êxodo 25:18, 2
Reis 13:21
Utilizando Êxodo 25:18, os católicos apresentam o argumento de que Deus
mandou fazer querubins (imagens de anjos). Portanto, seria justificado usar
imagens na igreja.
Mas não é isso que a Bíblia diz.
As imagens dos querubins na arca do concerto não eram adoradas. Não eram
padroeiras dos hebreus, não intercediam por eles, nem eram a recordação de
alguém que eles amavam. Eram ornamentos e simbolizavam a presença de Deus
(Deuteronômio 10:1-3, 2 Crônicas 5:10, Hebreus 9:4-5)
Utilizando 2 Reis 13:21, a igreja Católica afirma que esse texto
justifica a veneração às relíquias dos santos.
Mas não é isso que a Bíblia diz.
O milagre registrado aqui não promove ou justifica a veneração de relíquias.
Deus usou diversos meios físicos para realizar milagres como, por exemplo, a
vara de Moisés, a serpente de bronze no deserto e a saliva do Senhor para curar
o cego. Mas, em nenhuma ocasião, permitiu-se a idolatria. Ezequias, rei de
Judá, despedaçou a serpente que Moisés fizera, pois o povo estava queimando
incenso (2 Reis 18:4, Romanos 1:25).
Outro fato que faz parte da doutrina da Igreja Católica é acreditar na
Intercessão dos Santos. Vejamos se isso é verdade ou mentira.
Intercessão dos Santos
A Igreja Católica utiliza as
seguintes passagens para justificar isso: Êxodo 20:19, Salmos 103:20-21, Mateus
17:4, Mateus 22:32
Êxodo 20:19
“E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus
conosco, para que não morramos.”
Para justificar a intercessão dos santos, A Igreja Católica diz que
Moisés intercedia pelo povo. Declara ainda que, embora o nome Medianeiro ou
Mediador aplique-se somente a Jesus (1 Timóteo 2:5), e que a mediação de Cristo
é absolutamente necessária, superabundante e suficiente, não carecendo de
auxílio, mesmo assim a Igreja Católica não exclui os medianeiros subalternos e
dependentes de Cristo.
Mas não é isso que a Bíblia diz
Há problemas graves nesse argumento católico. Primeiro, a Bíblia não
reconhece e nem menciona qualquer mediação ao lado da única e suficiente
mediação de Cristo. A Bíblia não fala de mediadores ou medianeiros subalternos,
mas de um só mediador (medianeiro). Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e
a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Os apóstolos deram
testemunho inequívoco disso: “debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre
os homens, pela qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). Leia também 1 Timóteo 2:5
e 1 João 2:1.
1 Timóteo 2:5
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo homem.”
1 João 2:1
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se
alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”
Se a mediação de Cristo é única, ela exclui qualquer outra mediação.
Cristo é o verdadeiro e único Mediador, o que torna falsos todos os outros
mediadores ou medianeiros. Segundo, a mediação de Moisés não serve como exemplo
da mediação dos santos ensinada pela Igreja Católica. Moisés estava vivo e os
santos da Igreja Católica já morreram e não participam mais das coisas deste
mundo.
Utilizando o Salmo 103:20-21, a Igreja Católica afirma que podemos orar
aos anjos ou àqueles que já morreram.
Salmo 103:20-21
“Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, vós que excedeis em força, que
guardais os seus mandamentos, obedecendo à voz da sua palavra. Bendizei ao
SENHOR, todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais o seu
beneplácito.”
Mas não é isso que a Bíblia diz.
Tanto a natureza poética do livro dos Salmos quanto o contexto indicam
que o salmista está utilizando um recurso literário, falando a respeito da
criação em sua doxologia dirigida a Deus – o alvo é Deus, e não a criação. Além
do mais, é completamente estranho associar este versículo com a intercessão por
intermédio de pessoas mortas. Temos exortações claras que condenam a devoção à
criação e às criaturas (Êxodo 20:2-4, Deuteronômio 6:13-14)
Deuteronômio 6:13-14
“O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.
Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós;”
Utilizando também Mateus 17:1-4, o catolicismo afirma que o encontro dos
discípulos com Moisés e Elias no monte da transfiguração indica que podemos
buscar a intercessão dos mortos, considerados santos.
Mateus 17:1-4
“1 Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João,
seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte,
2 E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as
suas vestes se tornaram brancas como a luz.
3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
4 E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se
queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para
Elias.”
Mas não é isso que a Bíblia diz.
Não encontramos no texto nenhuma menção de oração ou reza dirigida
àqueles profetas durante a transfiguração. Também não houve nenhuma comunicação
entre Moisés e Elias e os discípulos. Eles estavam falando somente com Jesus e
entre si (versículo 3), e não com os discípulos. O texto diz explicitamente:
“Pedro disse a Jesus”, e não a Moisés ou a Elias. Esse encontro foi único. Não
houve precedente para uma comunicação constante com os falecidos. O objetivo da
transfiguração era único: demonstrar a glória de Cristo em seu reino. Existem
boas razões para que os católicos romanos não orem aos mortos. Primeiro,
somente Deus deve ser nosso objeto de oração. Não encontramos nenhuma invocação
a líderes mortos, nem no Antigo nem no Novo Testamento. Oração, entre outras
coisas, é adoração. É um elemento de culto. Portanto, orar a qualquer outro ser
é inadmissível (João 14:13-14).
João 14:13-14
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará
as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu
Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho.”
Usando o versículo Mateus 22:32, a Igreja Católica deseja justificar a
intercessão dos santos e de Maria junto a Deus.
Mateus 22:32
“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus
não é Deus dos mortos, mas dos vivos.”
Mas não é isso que a Bíblia diz.
Jesus afirma que aqueles que já dormiram no Senhor, e que para nós estão
mortos, estão, na verdade, vivos para Deus. Isso elucida a questão da
sobrevivência da alma (Apocalipse 6:9-11), pois Deus é Deus dos vivos e não dos
mortos. O Senhor é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Todos esses homens já
morreram, mas estão vivos para Deus. Não existe apoio escriturístico para a
doutrina da intercessão realizada pelos santos. Os mortos não condenados estão
conscientes no céu, mas não podem entrar em contato com os que estão na Terra.
Logo, não podem ouvir orações dos vivos.
Rezas
Várias religiões não possuem
liberdade e espontaneidade na oração. Pelo contrário, suas orações são palavras
previamente decoradas ou lidas. Usam de vãs repetições.
Mas o que a Bíblia nos ensina sobre isso?
Contrariando esses sistemas de preces e rezas, a Bíblia nos mostra
várias passagens de orações espontâneas ouvidas por Deus (Gênesis 20:17,
Números 11:2, 2 Reis 6:18, Salmos 3:4, Salmos 25:5, Salmos 30:2, Salmos 50:15,
Salmos 62:8, Salmos 120:1, Filipenses: 4:6-7). O Senhor Jesus proibiu esse
método de intermináveis repetições de palavras, escritas ou decoradas. Em
Mateus 6:7-8, Jesus abominou as rezas, manifestadas por repetições.
Mateus 6:7-8
“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que
por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque
vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.”
Se você é católico, já deve ter rezado, assim como eu antes de conhecer
a verdade, um terço ou um rosário e decorado rezas no catecismo. Faça-se uma
pergunta: “Onde estão os meus pensamentos quando rezo o terço ou rosário ou o
credo?”. A oração é a forma de você se comunicar com Deus. Não precisa repetir
nenhuma reza. Apenas fale com Deus como seu amigo. Deus, por meio de Jesus
Cristo, fez-nos livres para falarmos com Ele.
Chegamos ao final de mais um estudo bíblico. Creio que seus olhos foram
e continuarão abertos, em nome de Jesus. Se você deseja conhecer mais sobre
Deus, continue lendo nossos estudos e, principalmente, a Bíblia. Nossos estudos
são apenas uma maneira de abordarmos discussões sobre temas sempre nos pautando
na Bíblia. Não queremos, e buscamos sempre, que nenhuma palavra que escrevemos
esteja fora da verdade que só existe em Deus e na Sua Palavra.
Sinta-se na liberdade de orar a Deus neste momento colocando o que está
no seu coração, pedindo que Ele traga a paz sobre a sua vida. Permita que Ele o
encha com o infinito amor.
Creio que este estudo é um dos mais dolorosos para você, leitor(a), caso
você seja católico(a), pois você sente que perdeu muito tempo até conhecer a
verdade. Eu me sinto assim. Queria ter conhecido Deus e Sua Palavra antes,
mas fiz outras escolhas e não o busquei. Hoje, glorifico a Deus por me permitir
conhecê-lo e pela transformação constante que Ele tem feito em minha vida.
Saiba que já foi escrito na própria Bíblia que todo esse engano criado
pela Igreja Católica e por outras religiões aconteceria. Leia abaixo:
Romanos 1:25
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a
criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”
Deus conhece todas as coisas. Que Ele o(a) abençoe abundantemente, em
nome de Jesus.
Amém!
Fonte: Viver em Verdade
Veja em vídeo (somente áudio) no Youtube
https://www.youtube.com/watch?v=7aUo1Yl_vkk
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