O físico apresentou evidências que apontam o criacionismo como o
modelo mais coerente da origem do universo.
“É impossível provar cientificamente que Deus existe. Da mesma
forma, é impossível provar cientemente que Deus não existe”. A frase dita
pelo físico Adauto Lourenço durante o Encontro Nacional de
Universitários ressalta que essa discussão não é uma questão científica,
mas filosófica.
Por muitos anos, Lourenço foi conhecido como um evolucionista
teísta, uma linha de pensamento que busca conciliar a criação de Deus e a
teoria da evolução. Há 20 anos, o físico mudou seu posicionamento para o
chamado criacionismo — não por causa de uma conversão, mas diante da quantidade
de evidências científicas que o convenceram.
Lourenço observa que o relato da criação do mundo no livro de
Gênesis não contradiz a ciência. “A ciência não é contra a Bíblia, mas
posicionamentos científicos sim. Ciência é conhecimento. Não é a ciência que
não acredita em Deus, são os cientistas que não acreditam em Deus”, afirma.
De acordo com o modelo evolucionista, se o universo tivesse sido
surgido a partir do “Big Bang”, as galáxias mais distantes da Terra deveriam
estar menos organizadas, pois elas teriam levado um longo tempo para serem
formadas espontaneamente. No entanto, evidências científicas refutam essa
afirmação e dão respaldo ao criacionismo.
“Se o universo tivesse surgido espontaneamente, olhando logo em
seu início — estudando objetos a 13 bilhões de anos-luz — veríamos coisas
começando a se formar. Mas não é isso o que a ciência tem descoberto. Uma
publicação científica, em 1994, mostrou que as galáxias distantes são
surpreendentemente semelhantes em muitos aspectos e suas descendentes
consideravelmente mais próximas. Não estamos vendo galáxias nascendo, estamos
vendo galáxias morrendo”, explica.
“Não deveria haver galáxias maduras no início do universo, mas
elas estão lá”, Lourenço acrescenta. “Isso significa que o modelo evolucionista
está errado. Não estou tratando de religião, isso é publicação científica. O
universo em seu início já era completo, complexo e perfeitamente funcional”.
Além disso, cientistas descobriram em 2011 a presença de água
nos lugares mais distantes do universo. “É mais uma demonstração de que havia
água no universo desde as eras primordiais”, disse a publicação científica. “O
interessante é que a Bíblia já dizia que no início, ‘o Espírito de Deus pairava
sobre as águas’. Eles apenas estão provando a Bíblia”, disse Lourenço.
A natureza e seu autor
“Quando nós estudamos a natureza, a natureza não fala nada
diferente daquilo que a Bíblia diz. O autor é o mesmo. O problema é que, muitas
vezes, nós não sabemos ler a natureza, porque colocamos uma lente diferente
para enxergá-la”, explica.
O criacionista destaca que não é observada evolução em animais
com características semelhantes, mas sim a existência de espécies diferentes.
“Para a evolução acontecer, teria que haver mutação — surgimento de novo material
genético, novos órgãos, novas funções, novas estruturas”, esclarece.
Lourenço observa que os dois modelos têm as sua propostas, mas a
evidência científica apoia o criacionismo. “Segundo Darwin, ‘todos os seres
orgânicos que já existiram na Terra provavelmente descendem de uma forma
primordial, na qual a vida foi primeiramente soprada’”, disse ele, fazendo
referência a Gênesis 2:7.
O cientista também defendeu que a Bíblia está correta em todo o
seu conteúdo, conforme comprova o estudo conhecido como “Eva Mitocondrial”. “A
Bíblia diz que todo ser humano veio de uma única e mesma mulher, assim como
mostrou o estudo do DNA mitocondrial publicado em 1980”, destaca.
Ele ainda observa que a Bíblia é coerente entre o seus 40
autores, mesmo tendo sido escrita em 3 continentes diferentes ao longo de 1.600
anos. “Nenhum outro livro tem essa característica”, afirmou.
A cronologia bíblica é uma questão importante, que muitas vezes
é negligenciada, segundo Lourenço. “Quando o pai de Noé nasceu, Adão ainda
estava vivo. Isaque estava vivo quando o filho de Noé, Sem, faleceu. Isso
mostra que as informações da criação foram passadas de uma geração para a outra
e que existia uma ligação muito próxima daqueles que transmitiram a informação
que hoje nós temos”.
“Toda a ciência devidamente estabelecida e toda a Bíblia
corretamente interpretada, nunca entrarão em contradição”, o físico conclui.
Fonte: Guiame
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