ALGUNS MALEFÍCIOS DA BEBIDA ALCOÓLICA NO V.
TESTAMENTO
A Bíblia descreve a histórias de vários homens
que se envolveram com as bebidas alcoólicas. Alguns eram maus, mas outros eram
homens de fé e comissionados por Deus. O fato de alguns desses homens terem
bebido não nos coloca na liberdade de fazermos o mesmo. O grande salmista Davi
foi um homem ricamente abençoado e devemos fazer de tudo para sermos também
chamados de “homens segundo o coração de Deus”. Todavia, não devemos pensar em
adulterar só porque a Bíblia relata essa triste fraqueza de Davi (Livro de
Samuel). Deus permitiu e relatou a queda de Davi para que nós tirássemos lições
e não fizéssemos o mesmo. Vejamos alguns desses casos infelizes, onde homens de
Deus se envolveram com a Bebida Alcoólica:
– O CASO DE NOÉ: A Bíblia descreve os maus efeitos da bebida embriagante na
história de Noé (Gn.9:20-27). Ele plantou uma vinha, fez a vindima, fez vinho
embriagante e bebeu. Isso o levou à embriaguez, à imodéstia, à indiscrição e a
tragédia familiar em forma de uma maldição imposta sobre Canaã.
– O CASO DE LÓ E SUAS FILHAS: Nos tempos de Abraão, o vinho
embriagante contribuiu para o incesto que resultou na gravidez das filhas de Ló
(Gn.19:31-38).
– O CASO DOS FILHOS DE ARÃO: Nadabe e Abiú entraram no templo
com seus incensários, mas por terem bebido bebidas fortes saiu fogo de diante
do Senhor e os consumiu (Lv.10). Deus ainda chamou os seus sacrifícios de “fogo
estranho”.
– OS PROFETAS E SACERDOTES NA ÉPOCA DE ISAÍAS: “Mas também estes
cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o
sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos do
vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na visão, e tropeçam
no juízo (Is.28:7)”.
ALGUNS MALEFÍCIOS DA BEBIDA ALCOÓLICA NO N.
TESTAMENTO
– A EMBRIAGUEZ DOS CORÍNTIOS: A Igreja que Paulo havia recém
formado em Corinto estava, por falta de conhecimento, cometendo alguns
sacrilégios. Eles estavam usando vinho fermentado na Santa Ceia e isso não
agradou nem a Deus, nem o apóstolo (ICor.11:21). Paulo disse que isso não era
digno de nenhum louvor (ICor.11:17), mas sim de grande vergonha. Isso foi
chamado de comer e beber indignamente ( ICor.11:29). Foi causa de mortes antes
do tempo de alguns cristãos (ICor.11:30). Esse é o lucro de uma Igreja
que deixa que se introduza tamanha maldade em seu meio.
– A BEBIDA ALCOÓLICA NA IGREJA DE ÉFESO: Na Igreja dos efésios
havia, provavelmente, um grupo de crentes que não haviam recebido o batismo com
o Espírito Santo e Paulo descreve o motivo em Ef.5:18: “E não vos embriagueis com
vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito,”. Esse grupo de
irmãos achava normal beber e ser cristão, mas a prova que isso é impossível é
bradada por Paulo: “não vos embriagueis”. O Espírito não fica onde há sujeiras
e embriaguez.
O VINHO USADO NA CEIA DO SENHOR
No tocante à Ceia do Senhor os três primeiros escritores dos
Evangelhos empregam a expressão “fruto da vide” (Mt.26:19; Mc.14:25; Lc.22:18).
O vinho não fermentado é o único “fruto da vide” verdadeiramente natural ,
contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói
boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado
não é produzido pela videira.
O Senhor instituiu a Ceia quando Ele e seus discípulos estavam
celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa em Êx.12:14-20 proibia, durante a semana
daquele evento, a presença de “seor” (Êx.12:15), palavra hebraica para fermento
ou qualquer agente fermentador. Seor, no mundo antigo, era frequentemente
obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além
disso, todo o “hametz”, ou seja, qualquer coisa fermentada era proibida
(Êx.13:7; Êx.12:19). Deus dera esta lei por ser a fermentação o símbolo da
corrupção e pecado (ICor.5:7-8), sendo exatamente isso o que causa a bebida alcoólica
no Homem.
No Antigo
Testamento, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um
sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante
(Lv.10:8-9). Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus no novo concerto, e
chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hb.3:1). Sendo Ele Sacerdote e
conhecedor da Lei de Deus é lógico que podemos entender que ele não tomou
nenhuma bebida alcoólica e que o vinho da Ceia era puro e sem álcool.
(Bíblia Pentecostal c/ algumas alterações).
A GLÓRIA DE JESUS MANIFESTA ATRAVÉS DO
VINHO
Em João capítulo dois, vemos que Jesus transformou água em
“vinho” nas bodas em Caná. Que tipo de vinho era esse? A resposta deve ser
determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral. Acreditamos
piamente que Jesus fez o mesmo vinho da Ceia, sem nenhum álcool. O objetivo
desse milagre foi manifestar a sua glória (Jo.2:11), de modo a despertar a fé
pessoal e a confiança no Senhor Jesus como filho de Deus, santo e justo, que
veio salvar o seu povo do pecado (Mt.1:21). Sugerir que Cristo manifestou a sua
divindade como filho Unigênito de Deus (Jo.1:14), mediante uma festa de
bebedeira, visto que cada talha (Jo.2:6) comportava por volta de 120 litros
(vezes seis teríamos a quantia de 720 litros), sem contarmos o que já havia
sido consumido. Se o vinho fosse embriagante seria mais que suficiente para
todo mundo sair trançando as pernas e caindo pelas ruas, o que não ocorreu.
Leiamos: Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho (ou fermentado),
quando resplandece no copo e se escoa suavemente(Pv.23:31). É claro que essa
passagem santa e que simboliza a transformação do homem não poderia ser feita
com uma bebida alvoroçadora. O Senhor conhecia muito bem os textos bíblicos que
condenam o vinho embriagante (Pv.20:1), bem como as palavras de Habacuque
2:15-16: Ai daquele que da de beber ao seu próximo, adicionando à bebida o seu
furor, e que o embebeda para ver a sua nudez! Serás farto de ignomínia em lugar
de honra; bebe tu também, e sê como um incircunciso; o cálice da mão direita do
Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua glória.
Poderíamos citar também o testemunho da medicina moderna que
condena veemente todo tipo de consumismo alcoólico. Mesmo em pequena escala a
bebida pode causar sérios danos a saúde. As mulheres mais jovens podem ter o
seu sistema reprodutivo danificado, provocando abortos e nascimentos de bebês
com defeitos mentais e físicos, isso ocorre mesmo em mulheres que consomem o
álcool socialmente.
Veja a estatística que saiu na “Revista Veja” de dezembro de
1998.
EXAMES DE DOSAGEM ALCOÓLICAS EM CADÁVERES MOSTRAM QUE A MORTE
VIOLENTA FREQÜENTEMENTE É PRECEDIDA DE UNS GOLES A MAIS (PERCENTUAL DE VÍTIMAS
FATAIS EM QUE FORAM ENCONTRADAS DOSAGENS ALCOÓLICAS):
Dados do Instituto Médico Legal de São Paulo.
Acreditamos que o Senhor sabia disso e não iria aprovar o
consumo de tais bebidas.
SÓ É PECADO O EMBRIAGAR-SE, MAS BEBER COM
MODERAÇÃO NÃO
Essa tem sido a desculpa mais esfarrapada que já vi, visto
quando um crente quer dar seus “golezinhos”. Sistemas evangélicos dos mais
tradicionais tem se escondido atrás de astuta cilada do diabo, alegando que os
irmãos podem beber, é só não se embriagarem. Mas o que diz a Palavra de Deus,
pois é só ela que nos interessa. Vejamos então os versículos em que a Palavra
nos veta esse malefício:
“ Ai daquele que dá de beber ao seu próximo, adicionando à
bebida o seu furor, e que o embebeda para ver a sua nudez! Serás farto de
ignomínia em lugar de honra; bebe tu também, e sê como um incircunciso; o
cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua
glória” (Hb.2:15-16).
“Mas também estes cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida
forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da
bebida forte, estão tontos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida
forte; erram na visão, e tropeçam no juízo” (Is.28:7).
“Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos
príncipes desejar bebida forte; para que não bebam, e se esqueçam da lei, e
pervertam o direito de quem anda aflito” (Pv.31:4-5).
“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo
aquele que neles errar não e sábio” (Pv.20:1).
“Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho (fermentado),
quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Pv.23:31).
“Beberão, e cambalearão, e enlouquecerão, por causa da espada,
que Eu (o Senhor) enviarei entre eles” (Jr.25:16).
Os textos acima falam por si só e nos deixa claro quanto a
vontade de Deus em relação a bebida alcoólica. Entretanto vamos ainda falar do
sacerdócio cristão.
O SACERDÓCIO CRISTÃO
Falou também o Senhor a Arão, dizendo: Não bebereis vinho
nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da
revelação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso pelas vossas
gerações, não somente para fazer separação entre o santo e o profano, e entre o
imundo e o limpo,(Lv.10:8-10).
De acordo com o texto de Levítico nenhum sacerdote deveria beber
bebida alcoólica, a fim de desempenhar suas funções sacerdotais diante de Deus.
A pergunta é: Isto é também para a Igreja de Jesus? Leiamos: Mas vós sois a
geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que
anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz (IPe.2:9). O apóstolo Pedro está falando a respeito da Igreja de Jesus e
notem que ela é chamada de “sacerdócio real”. Deus levantou uma Igreja
sacerdotal, ou seja, intercessora que ora em favor do mundo. E é claro que o
nosso Deus que da Lei trouxe a graça não mudou seus padrões de santidade e
requer de nós as mesmas coisas. Vejamos ainda: “…e nos fez reino, sacerdotes
para Deus, seu Pai, a Ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos.
Amém” (Ap.1:6).
“…e para o nosso Deus os fizeste reino, e sacerdotes; e eles
reinarão sobre a terra” (Ap.5:10).
Quando aceitamos o Senhor Jesus como sendo nosso único salvador
nos tornamos sacerdotes de Deus. E como tais devemos agir e cumprirmos a sua
Palavra “Não bebereis vinho nem bebida forte”.
Em nossa cidade temos várias casas de recuperação de alcoólatras
e muitas delas não são religiosas. Em conversa com alguns que lideram essas
casas fiquei surpreso com as suas convicções. Eles me disseram que uma das
maiores hipocrisias da sociedade e o “beber socialmente”. Disseram-me que todo
alcoólatra começou com um pequena dose de uma bebida fraca, como a cerveja por
exemplo. Alguns até gostariam que fosse crime o consumo dessas bebidas, visto
que fazem mais mal que outras drogas proibidas.
Como cristão, ao ouvir esses depoimentos, fiquei mais convicto
que devemos nos abster desse veneno que é a bebida. Como sacerdote de Deus, não
tenho dúvidas, e o álcool não entra na minha boca. Meu ministério sacerdotal
não pode ser quebrado por esse repugnante vício. Você que é servo de Deus não
deve se envolver com esse mal e sim tirar os que nele estão envolvidos. Ainda
que a doutrina de sua “Igreja” permita tal mal a Palavra de Deus é mais forte
que todas as doutrinas humanas. E digo mais, se sua igreja aceita o “beber socialmente”
sai dela, pois Deus não está se agradando disso.
O ESPÍRITO SANTO
Acredito que o poder do Espírito Santo te revelará toda verdade
e lhe dará força para você ficar longe das bebidas alcoólicas. Liberdade não é
poder beber, fumar, prostituir, … e tantas outras coisas, mas por opção
escolher não fazer nada disso. O LIBERTO ele se abstém de tudo que pode lhe
fazer mal e observa a Palavra de Deus. Saiba que o poder do Espírito Santo está
em você para te fazer mais do que vencedor.
“Filhinhos , vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque
maior é aquele que está em vós (o Espírito Santo) do que aquele que está no
mundo (IJo.4:4)”.
BIBLIOGRAFIA
A Bíblia Pentecostal, CPAD; Enciclopédia de Dificuldades
Bíblicas, Ed. Vida; Manual Bíblico, Halley.
Autor: PR. JOÃO FLÁVIO MARTINEZ
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