“O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado
puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros.” (Hebreus 13:4 NVI).
Um argumento muito comum contra o sexo anal entre homossexuais é que há
numerosos riscos de saúde envolvidos. Esses riscos são apresentados por
pastores evangélicos e líderes pró-família como uma razão forte para
desestimular as pessoas do sexo anal homossexual.
Os riscos são reais e verdadeiros, mas não limitados aos
homossexuais. Qualquer indivíduo que se engaje em sexo anal corre os
mesmos riscos. Uma mulher, casada ou não, que recebe analmente o pênis de um
homem é tão vulnerável a esses riscos quanto um homossexual.
Em seu livro “Sexual Sabotage” (Sabotagem Sexual), publicado por WND
Books em 2010, a escritora americana-judia Judith A. Reisman, lidando com o que
ela rotulou de variadas condutas pervertidas, cita que “11% dos indivíduos
casados participam de sodomia anal pelo menos uma vez.” Essa percentagem
provavelmente é muito menor, pois, como Reisman deixa claro, sua fonte, o
Instituto Kinsey, exagera em suas afirmativas sexuais e infla seus números
sexuais. Esse instituto é notório por sua defesa descarada de atos e conduta
homossexual.
Exageradamente, só 11 por cento das mulheres casadas se envolvem em sexo
anal pelo menos uma vez.
Provavelmente, os homens casados cristãos que exigem que suas esposas se
submetam a esse tipo de sexo ficam silenciosos na igreja e em seu testemunho
cristão sobre fatores de risco do sexo anal para homossexuais. Eles estão
certos sobre seu silêncio. Afinal, de que adianta homens casados que fazem isso
o condenarem entre homossexuais se os riscos são exatamente os mesmos para quem
não é homossexual?
Em ambos os casos, eles estão envolvidos em sodomia, palavra que, de acordo com o
Dicionário Macmillan de Língua Inglesa (2ª edição, 2007), é definida como “um
ato sexual em que um homem coloca seu pênis dentro do ânus de outra pessoa.”
Então o sexo anal, praticado por homossexuais ou não, é sodomia.
Há numerosos riscos de saúde no sexo anal, e a relação anal é a forma
mais arriscada de atividade sexual por várias razões, inclusive as seguintes:
Diferente da vagina, os tecidos do ânus não são elásticos. Isso
significa que o ânus pode facilmente rasgar, o que coloca o parceiro que recebe
o pênis em perigo de abscessos anais, hemorroidas ou fissuras (um rasgo muito
grande). A penetração pode rasgar o tecido dentro do ânus, permitindo que
bactérias e vírus entrem na corrente sanguínea. A natureza frágil do tecido
anal facilita que DSTs e bactérias entrem na corrente sanguínea. Um rasgo muito
pequeno pode provocar, entre muitas outras infecções bacterianas, endocardite
bacteriana, levando bactérias fecais na corrente sanguínea até chegar às
válvulas do coração.
O tecido dentro do ânus não está bem protegido como a pele fora do ânus.
Nosso tecido externo tem camadas de células mortas que servem como uma barreira
de proteção contra infecções. O tecido dentro do ânus não tem essa proteção
natural, que o deixa vulnerável a rasgos e à disseminação de infecções.
O ânus foi feito para segurar as fezes. O ânus é cercado por um músculo
anelar, chamado de esfíncter anal, que aperta depois que defecamos. Quando o
músculo está apertado, a penetração anal pode ser dolorosa e difícil. Sexo anal
repetitivo pode levar ao enfraquecimento do esfíncter anal, dificultando
segurar as fezes até você poder chegar ao banheiro.
O ânus está cheio de bactérias. Ainda que ambos os parceiros não tenham
uma infecção ou doença sexualmente transmissível, as bactérias que normalmente
vivem no ânus podem potencialmente infectar o parceiro que cede. Praticar o
sexo vaginal depois do sexo anal pode também levar a infecções da vagina e do
aparelho urinário.
O sexo anal pode levar outros riscos também. O contato oral com o ânus
pode colocar ambos os parceiros em risco da hepatite, herpes, HPV e outras
infecções. Para os casais heterossexuais, a gravidez pode ocorrer se o sêmen
for depositado perto da abertura da vagina.
Ainda que ferimentos graves do sexo anal não sejam comuns, podem
ocorrer. Hemorragia depois do sexo anal pode ser devido a uma hemorroida ou
rasgo, ou algo mais sério como uma perfuração (furo) no cólon. Esse é um
problema perigoso que exige atenção médica imediata. O tratamento envolve
estadia hospitalar, cirurgia e antibióticos para impedir uma infecção.
O Dr. Stephen Goldstone, um homossexual assumido e autor de “The Ins and
Outs of Gay Sex: A Medical Handbook for Men” (Os Prós e Contras do Sexo Gay: Um
Manual Médico para Homens), publicado pela Editora Dell de Nova Iorque em 1999,
disse em seu livro:
“Exatamente como o músculo do seu esfíncter interno involuntariamente
relaxa quando as fezes entram no seu reto, involuntariamente se contrai quando
um pênis ou outro objeto tenta entrar a partir do lado de fora… Um rasgo anal
pode ocorrer durante a fase inicial do sexo anal precisamente porque seu
parceiro força a entrada do seu pênis num esfíncter fechado. Pense no seu pênis
como um aríete, contra o qual o seu esfíncter interno não é páreo.”
O Dr. Goldstone é professor-assistente clínico de cirurgia na Faculdade
de Medicina Mount Sinai e especialista em “questões de saúde de homens gays” e
“desordens do ânus e reto.”
O Instituto Médico de Saúde Sexual, fundado pelo escritor evangélico Joe
S. McIlhaney (que é doutor em medicina e um proeminente especialista em
obstetrícia, ginecologia e infertilidade), diz sobre o sexo anal:
“É muito prejudicial para sua saúde e tem muitas possibilidades de
ameaçar a vida.”
“O sexo anal é claramente uma forma perigosa de atividade sexual.”
De acordo com o Dr. David Delvin, do NetDoctor: “O sexo anal (retal)
costumava ser mencionado nas leis inglesas como ‘crime contra a Natureza,’ e
esse termo alarmante é ainda usado nas leis de cerca de nove estados dos EUA. O
sexo anal sempre foi um assunto muito polêmico, e a polêmica que o cerca parece
marcada para continuar nos anos futuros porque a evidência está se acumulando
de que essa prática pode às vezes levar ao câncer anal.”
Ele também diz:
A Sociedade Americana do Câncer declara que ter sexo anal é um fator de
risco para câncer anal tanto em homens quanto em mulheres.
Nossa impressão é que durante o século XXI o sexo anal se tornou mais
comum entre casais heterossexuais, em parte porque eles assistem pornografia em
que essa atividade ocorre com muita frequência.
Um estudo pequeno realizado em 2009 sugeria que na Inglaterra, por volta
de 30 por cento dos DVDs pornográficos mostram relação sexual anal. Muitas
vezes, isso é mostrado como algo que é tanto rotineiro quando indolor para as
mulheres. Na vida real, esse não é o caso. A relação sexual anal é muitas vezes
muito dolorosa para as mulheres, principalmente nas primeiras vezes.
Muitos apontam que pelo fato de que a Bíblia é silenciosa sobre o sexo
anal, é permitido. No entanto, a Bíblia também é silenciosa sobre numerosas
questões importantes de hoje, inclusive maconha e cocaína. Então, elas também
são permitidas? Claro que não, e os críticos são rápidos para frisar os riscos
de saúde do uso de drogas, mas muitos são muito lerdos para reconhecer que um
homem e uma mulher que se engajam em sexo anal correm os mesmos riscos de saúde
que dois homens engajados na mesma atividade sexual.
Vamos ver o “silêncio” da Bíblia:
“O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado
puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros.” (Hebreus 13:4 NVI)
Esse versículo sugere que, além do adultério, a cama conjugal pode ser
contaminada por um número não especificado de atos imorais, deixando claro que
Deus vai jugar os que contaminam suas camas conjugais.
Deus não está silencioso também nesta instrução:
“A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da
imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira
santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os
pagãos que desconhecem a Deus. Neste assunto, ninguém prejudique seu irmão nem
dele se aproveite. O Senhor castigará todas essas práticas, como já dissemos e
asseguramos. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.
Portanto, aquele que rejeita estas coisas não está rejeitando o homem, mas a
Deus, que lhes dá o seu Espírito Santo.” (1 Tessalonicenses 4:3-8 NVI)
Sobre “Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e
honrosa,” a Bíblia Expandida (publicada por Thomas Nelson) diz que essa
passagem pode também ser colocada desse jeito: “Ele quer que cada um de vocês
aprenda a viver com sua própria esposa de uma maneira santa e honrosa.”
Sobre “Neste assunto, ninguém prejudique seu irmão nem dele se
aproveite,” essa passagem pode, de acordo com a Bíblia Expandida, ser colocada
desse jeito: “Não
explore nem tire vantagem de sua irmã cristã” nesse assunto sexual.
Existe exploração com relação ao sexo anal? Alguns anos atrás, uma
proeminente advogada me disse que ela havia feito o divórcio de esposas de seus
maridos, que eram pastores evangélicos. As mulheres estavam sofrendo
enfermidades anais e relacionadas ao ânus e, para evitar as causas por parte de
seus maridos insistentes que não cooperavam, escolheram o divórcio. Quantas
mulheres, indispostas a sacrificar seus casamentos, sacrificam sua saúde para
satisfazer as lascívias anais de seus maridos? Essa lascívia, com sua
consequência na saúde de mulheres cristãs, parece ser um grande problema
silencioso na igreja hoje — mais silencioso do que o suposto silêncio da Bíblia sobre esse assunto.
Muito embora o Primeiro Mandamento de nossa cultura hedonista seja GOZE
O SEXO, o Primeiro Mandamento de Deus, que inclui prazer, tem outra prioridade.
Casais casados engajados em sexo anal não estão colaborando com o
Primeiro Mandamento de Deus para o primeiro casal: Crescer e se multiplicar. A
vagina e o útero são canais adequados para crescer e se multiplicar e trazer
bebês. Um ânus não tem nada a ver com esse mandamento. O sexo anal traz
doenças, problemas de saúde e nenhum bebê. Por isso, os maridos estão
cooperando contra esse mandamento quando escolhem o canal errado e
potencialmente prejudicam a saúde de suas esposas.
Além disso, pelo fato de que o corpo do cristão é o templo do Espírito
Santo, os amantes do sexo anal deveriam enfrentar a realidade de que essa
atividade sexual pode prejudicar esse templo. Contudo, se eles não querem
razões da Bíblia, há abundantes razões médicas para evitar essa atividade e
focar no canal apropriado criado, planejado e abençoado por Deus.
Se eles não querem dar atenção ao bom senso na Palavra de Deus, apelando
para um suposto “silêncio,” o megafone da medicina grita nos ouvidos deles as
consequências da sodomia.
Talvez os 11 por cento das pessoas casadas, de acordo com os números
inflados do enganosos Instituto Kinsey, não se importem com os riscos de saúde
da sodomia, mas os 90 por cento merecem conhecê-los.
Se os homossexuais merecem ser alertados sobre os riscos de saúde da
sodomia, por que as esposas cristãs e seus maridos deveriam ser privados desse
alerta?
Por Júlio Severo
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