1-Introdução
2-As diretrizes do Concilio de Jerusalém
3- A liberdade em Cristo segundo
Paulo
4- Vivendo sob a influencia do Espírito
santo
5- Reflexões sobre a observância de
Dias
6- Conclusão: Abraçando a
liberdade em Cristo
Introdução
Queridos irmãos e irmãs adventistas, é com carinho e respeito que compartilho estas reflexões sobre a graça de Deus e a nova aliança em Cristo. Meu desejo é que
possamos juntos explorar as riquezas das Escrituras e aprofundar nosso entendimento do amor incondicional de Deus.As Diretrizes do Concílio de
Jerusalém
Começemos nossa jornada revisitando um momento crucial na história da
igreja primitiva: o Concílio de Jerusalém. Este evento, registrado em Atos 15,
nos oferece insights valiosos sobre como os primeiros cristãos lidaram com
questões de lei e graça.
**Atos
15:28-29 (NVI)**
> “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês nada além
das seguintes exigências necessárias: que vocês se abstenham de comida
sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da
imoralidade sexual. Vocês farão bem se evitarem essas coisas. Passem bem!”
Neste concílio, os apóstolos, guiados pelo Espírito Santo, estabeleceram
diretrizes básicas para os cristãos gentios. É notável a simplicidade dessas
orientações, focadas em questões práticas de convivência e testemunho, sem
impor o peso da lei mosaica.
A Liberdade em Cristo Segundo Paulo
O apóstolo Paulo, em suas cartas, elabora profundamente sobre o tema da
liberdade em Cristo. Suas palavras nos convidam a uma nova compreensão de nossa
relação com Deus.
**Romanos
6:14-15 (NVI)**
> “Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da
lei, mas debaixo da graça. E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da
lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum!”
Paulo deixa claro que estar sob a graça não é uma licença para pecar.
Pelo contrário, é um chamado a uma vida transformada pelo amor de Deus.
**Gálatas
2:19-20 (NVI)**
> “Pois, por meio da lei, eu morri para a lei, a fim de viver para
Deus. Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus,
que me amou e se entregou por mim.”
Nestas palavras, Paulo expressa uma profunda verdade: nossa identidade e
vida estão agora em Cristo. Não vivemos mais sob o jugo da lei, mas na
liberdade do amor de Deus.
**Romanos
7:4,6 (NVI)**
> “Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a lei, por meio do
corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a
fim de que frutifiquemos para Deus. […] Mas agora, morrendo para aquilo que
antes nos aprisionava, fomos libertados da lei, para servir em novidade de
espírito, e não na caducidade da letra.”
Paulo enfatiza que nossa morte para a lei nos liberta para servirmos a
Deus de uma maneira nova, guiada pelo Espírito, e não por regras externas.
**1
Coríntios 6:12 (NVI)**
> “‘Tudo me é permitido’, mas nem tudo convém. ‘Tudo me é permitido’,
mas eu não deixarei que nada me domine.”
Este versículo nos lembra que nossa liberdade em Cristo vem acompanhada
de responsabilidade. Somos chamados a usar nossa liberdade com sabedoria,
sempre buscando o que é melhor para nós e para os outros.
Vivendo sob a Influência do Espírito
Santo
Na nova aliança, somos chamados a viver sob a orientação do Espírito
Santo. Esta é uma mudança fundamental em relação à antiga aliança.
**Gálatas
5:16 (NVI)**
> “Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os
desejos da carne.”
Viver pelo Espírito não é apenas uma opção, mas o caminho para uma vida
verdadeiramente cristã.
**2
Coríntios 3:6 (NVI)**
> “Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não
da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.”
Esta passagem ressalta a diferença entre a letra da lei e o Espírito que
dá vida. Na nova aliança, somos chamados a uma relação viva e dinâmica com
Deus.
**João
14:26 (NVI)**
> “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu
nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes
disse.”
Jesus promete que o Espírito Santo será nosso guia e professor, nos
lembrando de Suas palavras e nos ensinando a viver de acordo com a vontade de
Deus.
**Romanos
8:14 (NVI)**
> “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de
Deus.”
Ser guiado pelo Espírito é uma marca da nossa identidade como filhos de
Deus. Não é uma questão de seguir regras, mas de viver em comunhão íntima com
nosso Pai celestial.
**Efésios
5:18 (NVI)**
> “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se
encher pelo Espírito.”
Paulo nos exorta a buscarmos continuamente ser cheios do Espírito Santo,
permitindo que Ele guie e transforme nossas vidas.
Reflexões sobre a Observância de Dias
Um tema que frequentemente gera discussões é a observância de dias especiais.
Paulo aborda esta questão em várias de suas cartas.
**Colossenses
2:16-17 (NVI)**
> “Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou
bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas
novas ou dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a
realidade, porém, encontra-se em Cristo.”
Paulo ensina que as práticas religiosas do Antigo Testamento eram
sombras que apontavam para Cristo. Agora que temos a realidade em Cristo, não
devemos julgar uns aos outros com base nessas observâncias.
**Gálatas
4:9-11 (NVI)**
> “Mas agora que vocês conhecem a Deus, ou melhor, são conhecidos por
Deus, como é que estão voltando àqueles fracos e miseráveis princípios
elementares? Querem ser escravizados por eles outra vez? Vocês estão observando
dias especiais, meses, temporadas e anos! Temo que os meus esforços por vocês
tenham sido inúteis.”
Paulo expressa preocupação com aqueles que voltam a se prender a
observâncias religiosas como meio de alcançar a justiça. Ele nos lembra que
nossa relação com Deus é baseada na graça, não em rituais ou calendários.
**Romanos
14:5-6 (NVI)**
> “Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere
iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria
mente. Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz.”
Este texto nos ensina a respeitar as convicções uns dos outros quanto à
observância de dias, reconhecendo que o importante é a motivação do coração.
Conclusão: Abraçando a Liberdade em
Cristo
**Gálatas
5:1 (NVI)**
> “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam
firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.”
Queridos irmãos e irmãs, a mensagem central do evangelho é a liberdade
que temos em Cristo. Esta liberdade não é uma licença para pecar, mas um
convite para viver plenamente no amor e na graça de Deus.
Entendo que para muitos de vocês, a observância do sábado e outras
práticas são expressões sinceras de sua fé e amor por Deus. Não é minha
intenção diminuir o valor dessas práticas em sua caminhada espiritual. No
entanto, convido-os a refletir sobre o significado mais profundo dessas
observâncias à luz da nova aliança em Cristo.
Lembrem-se: nossa salvação e aceitação por Deus não dependem de nossas obras
ou observâncias religiosas, mas unicamente da graça de Deus manifestada em
Cristo Jesus. Vivamos, portanto, na liberdade que Ele nos concedeu, guiados
pelo Espírito Santo, expressando nosso amor a Deus e ao próximo de maneiras que
reflitam a transformação que Cristo operou em nós.
Que possamos continuar a crescer juntos na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, apoiando-nos mutuamente em amor e
respeito, enquanto buscamos viver vidas que honrem a Deus em tudo o que
fazemos.
Que a paz e a graça de nosso Senhor Jesus Cristo estejam com todos
vocês.
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