“Porque todas
as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do
Senhor, até que venha” (1Co 11.26)
Quando o povo
de Israel saiu do Egito, Deus mostrou o Seu poder por intermédio das 10 pragas
que recaíram sobre aquela nação (Êx 7.14; 12.51). Após 430 anos (Êx 12.41),
dentre os quais houve 150 anos de escravidão, Deus ordenou que Moisés
instituísse a “Páscoa” (Êx 12.1-20). Seria uma cerimônia simples, em família,
quando comeriam pão sem fermento, carne assada do cordeiro da Páscoa (cujos
ossos não poderiam ser quebrados) e ervas amargas, como lembrança do tempo da
escravidão, no Egito. Eles deveriam comer prontos para viagem, com a mudança
embalada para saírem da terra da escravidão.
Todo o
simbolismo da Páscoa se traduz na “nova aliança em Cristo”. Jesus é o “cordeiro
pascal” (1Co 5.7-8), como também é o pão sem fermento (sem impurezas ou
pecado). Por meio de seu sangue derramado no Calvário, Ele nos redime da
escravidão do pecado e nos conduz à “terra prometida”, simbolizando a nova
vida, guiada pelo Espírito Santo. A Bíblia diz: “Chegou, porém, o dia dos
ázimos, em que importava sacrificar a páscoa.” (Lc 22.7). “E disse-lhes:
Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça.” (Lc 22.15). “E,
tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu lho, dizendo: Isto é o
meu
corpo, que
por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice,
depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é
derramado por vós.” (Lc 22.19-20).
Jesus
instituiu a Ceia como um “memorial” para que os seus seguidores se lembrassem
de sua morte na cruz em nosso favor e de seu retorno à Terra para implantar o
seu reino glorioso entre nós (1Co 11.23-26). Num cerimonial muito simples,
foram usados o pão e o vinho. O pão simboliza a morte vicária (ou substitutiva)
do Senhor, pagando o alto preço da nossa redenção. O pão é feito de trigo e
água que, misturados, tornam-se uma massa que, por sua vez, é levada ao fogo
para assar. O trigo, na parábola do joio (Mt 13.24-30; 36-43) representa os
filhos de Deus; no caso da Ceia, simboliza Jesus, o Filho de Deus. A água é a
“Palavra de Deus” (Jo 15.3) e também representa o Espírito Santo (Jo 7.38-39).
O mestre
também disse aos discípulos, quando vieram para buscá-lo e apresentá-lo aos
gregos: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na
terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (Jo 12.24).
Portanto, a Ceia nos fala da morte de Jesus e também nos lembra que, como seus
discípulos (seguidores), também temos de “tomar a nossa cruz cada dia” (Mt
16.24; Lc 9.23; 14.27). Ser cristão não é apenas viver por Cristo, mas estar
pronto a morrer por Ele. Isto é uma realidade entre os nossos irmãos nos países
onde há perseguição, entre os novos convertidos que vieram do Islamismo, por
exemplo. Muitos são presos, maltratados, torturados e até mesmo mortos, por
causa da Palavra de Deus e do seu testemunho.
O vinho ou o
suco da uva, outro item importante da Santa Ceia simboliza a vitória do Senhor
e o seu retorno à Terra para reinar. O pão passou pelo fogo, mas o vinho surge
da fermentação do suco extraído das uvas esmagadas. Ou seja, da morte vem a
vida. O vinho é a ressurreição, a esperança do cristão. Portanto, ao tomarmos o
vinho, na celebração da Ceia, estamos anunciando a ressurreição de Jesus e a
sua volta gloriosa como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, aleluia!
Nós também
ressuscitaremos gloriosamente para reinar com Ele (1Jo 3.1-3). Esta é a fé
cristã e a esperança dos salvos (1Co 15.12-54).
Pra. Ângela
Cintra Valadão
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