A ideia do purgatório tem suas raízes no Budismo e noutros sistemas religiosos da antiguidade. Até a época do Papa Gregório 1, porém, o purgatório não tinha sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista.
“Se alguém pra ferir alguma palavra contra o Filho do homem ser—lhe—a perdoado; mas 8e alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir (Mt 12.32).
“Diqo-vos que toda palavra frívola que pra ferirem 0s homens, dela dará conta no dia do juízo (Mt 12.36).
O escritor católico Mazzarellí faz seus cálculos à base de trinta pecados veniais por dia, e, para cada pecado, um dia no purgatório, perfazendo o grande total de mil e oitocentos anos, caso o pecador tenha sessenta anos de vida na terra, devendo-se acrescentar aos veniais os pecados mortais absolvidos, mas não plenamente expiados.
“1. As que morrem culpadas de pecados menores — que costumamos chamar veniais, e que muitos cristãos cometem — e que, ou por morte repentina ou por outra razão, são chamados desta vida, sem que se tenham arrependido destas faltas ordinárias.
2. As que, tendo sido formalmente culpadas de pecados maiores, não deram plena satisfação deles a justiça divina” (A BASE DA DOUTRINA CATÓL1CA CONTIDA NA PROFISSÃO DE FÉ).
1. Orações pelos mortos – – Ë de se supor que a prática romanista de interceder pelos mortos tem se gerado da falsa interpretação de 1 Timóteo 2.1: Antes de tudo, pois, exorta que se use a prática de suplicas, orações, intercessões, ações de graça , em favor de todos os homens”.
2. As missas são tidas como os principais recursos empregados em beneficio das almas que estão no purgatório; pois, segundo o ensino romanista a missa beneficia não só a alma que sofre no purgatório, como também acumula méritos àqueles que as mandam dizer.
3. Dar esmolas com a intenção de aplicá-las nas necessidades da alma que pena no purgatório, “é jogar água nas chamas que a devoram”. Pretende a Igreja Romana que, “exatamente como a água apaga o fogo mais violento, assim a esmola lava o pecado”. Ainda sobre o purgatório, o Concilio de Trento declarou:
“Desde que a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo, nos sagrados escritos e pela antiga tradição dos Pais, tem ensinado nos santos concílios, e, ultimamente, neste Concilio Ecumênico, que há Purgatório, e que as almas nele retidas são assistidas pelos sufrágios das missas, este santo concilio ordena a todos os bispos a que, diligentemente, se esforcem para que a salutar doutrina concernente ao purgatório — transmitida a nós pelos veneráveis pais e sagrados concílios — seja crida, sustentada, ensinada e pregada em toda parte pelos fiéis de Cristo” (Seção XXV).
O purgatório é não só uma fábula engenhosamente montada; a sua doutrina se constitui num vergonhoso sacrilégio a Deus e desrespeito â obra perfeita efetuada por Cristo na cruz do Calvário. Essa doutrina além de absurda e cruel, supõe os seguintes disparates e blasfêmias:
1. Não obstante Deus declare que já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1), contudo, contradiz a si mesmo quando lança o salvo no purgatório, para expiar os pecados já purgados!
2, Deus não mandaria seus filhos para as chamas do purgatório para satisfazer a sua justiça, já satisfeita pelo sacrifício de Cristo, o qual foi perfeito, completo e capaz!
3. Ao lançar seus filhos no purgatório, Deus está com isso dizendo que o sacrifício do seu Filho foi insuficiente!
4. Jesus, que dos céus intercede pelos pecadores, vê-se impossibilitado de livrar as almas que estão no Purgatório, porque só o Papa possui a chave daquele cárcere!
5. Dizer-se que as almas expiam suas faltas no purgat6rio, é atribuir ao suposto fogo do purgatório o poder do sacrifício de Jesus, e ignorar completamente a obra que Ele efetuou no Gólgota!
Estes e outros disparates provêm dum erro da teologia católica romana que ensina que a obra expiatória de Jesus Cristo satisfez a pena devida aos pecados cometidos antes do batismo, e não daqueles que foram cometidos depois do batismo.
Todas estas incoerências sobre o dogma do Purgatório estão em contradição com as seguintes afirmações Bíblicas:
a. Quanto a perfeita libertação do pecado
….. e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32,36).
b. Quanto à completa libertação do juízo
“Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.2).
c. Quanto à completa justificação pela fé “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de NOSSO Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes;.e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.1,2).
d. Quanto á intercessão de Cristo
“Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pe que is. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 Jo 2.1).
e. Quanto o atual estado dos salvos mortos
“Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estareis comigo no paraíso” (Lo 23.43).
“Então ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois aa suas obras os acompanham” (Ap 14.23).
f. Quanto a bem aventurada esperança do salvo
“Porquanto, para mim o viver e Cristo, e o morrer e lucro. Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.21,23).
“Entretanto estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8).
“Se, porem, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado… ”.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.7,9).
O “purgatório” do crente é o sangue de Jesus Cristo, que nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7). É evidente que a doutrina do purgatório romanista não pode resistir diante deste glorioso fato; dai, não poder ser crida, sustentada e pregada pelos fiéis de Cristo, como exige o Concilio de Trento.
Por: Prof. Paulo Cristiano da Silva
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