Os muçulmanos veem nessa referência ao “Consolador” (do grego paracleto) uma profecia sobre a vinda de Maomé, porque o Alcorão (Sura 61.6) refere-se a ele como “Ahmad” (periclytos – o louvado), que os muçulmanos tomam como sendo a correta tradução do termo paracleto.
A Ciência Cristã também reivindica ser o Consolador. Mary Baker Eddy certa vez ostentou: “Entendo que esse Consolador é a Divina Ciência”, a seita Ciência Cristã que ela fundou. Mary também alegou que “quando a Ciência do cristianismo se manifestar, ela vos conduzirá em toda a verdade” (Eddy, 55,271).
O Espiritismo afirma ser o Consolador. “Reconhecemos que
o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo, a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda acha-se por essa forma realizada, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador” (Allan Kardec, Obras Completas, A Gênese, 1985, p. 912).RESPOSTA APOLOGÉTICA: 1- Maomé Não É o Consolador. Não existe absolutamente nenhuma base para concluir que o Consolador (paracleto), aqui mencionado por Jesus, seja Maomé. Dos 5.366 manuscritos gregos do Novo Testamento, sequer um deles contém o termo periclytos (“o louvado”), como os muçulmanos reivindicam que esse termo deveria ser lido. Jesus claramente identifica o Consolador como sendo o Espírito Santo, e não Maomé. Jesus se refere a “aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará” (Jo. 14.26).
O Consolador foi dado aos discípulos de Jesus (“vós”, v. 16), mas Maomé não. O Consolador iria habitar com eles “para sempre” (v. 16), mas Maomé morreu há treze séculos. Jesus disse aos discípulos: “…vós o conheceis” (o Consolador, v. 17), mas eles não conheciam Maomé, que nasceu 600 anos depois.
Jesus disse aos seus apóstolos que o Consolador “estará em vós” (v. 17). Maomé não esteve “em” nenhum dos apóstolos de Jesus, em nenhum sentido. O Consolador seria enviado “em meu [Jesus] nome” (Jo. 14.26). Nenhum muçulmano crê que Maomé tenha sido enviado por Jesus, em seu nome. O Consolador que Jesus enviaria não falaria “de si mesmo” (Jo. 16.13), ao passo que Maomé constantemente testifica sobre si mesmo no Alcorão (Sura 33.40). O Consolador glorificaria Jesus (Jo. 16.14), e Maomé alega suplantar a Jesus na condição de profeta mais recente. Finalmente, Jesus afirmou que o Consolador viria “não muito depois destes dias” (At. 1.5) e Maomé veio 600 anos depois.
2- A Ciência Cristã Não É o Consolador. Está claro, tanto pelas palavras de Jesus, como pelo contexto, que Ele não estava se referindo a Mary Baker Eddy ou à Ciência Cristã fundada por ela. Em primeiro lugar, Jesus refere-se ao Consolador como “Ele” — e não “ela” (no feminino, como fez Mary Baker Eddy). Jesus identificou o Consolador como “o Espírito da verdade” já no verso seguinte, João 14.17. Um pouco mais adiante, o Consolador é chamado de “o Espírito Santo” (v. 26), identificado com o Pai e o Filho na Santa Trindade (Mt. 28.19; IICo. 13.13). Não existe absolutamente nenhuma evidência de que o Consolador seja qualquer outra pessoa senão Deus, o Espírito Santo.
3- O Espiritismo Não É o Consolador. No Livro de Atos, capítulo 2, lemos que Jesus cumpriu a promessa de enviar o Consolador cinquenta dias após a Sua ressurreição, por volta do ano 33 da era cristã. Os kardecistas dizem que o espiritismo foi fundado por Allan Kardec, e elegeram a data da publicação de O Livro dos Espíritos, em 1857, como fundação da sua religião, que também chamam de ciência e filosofia. Com o Mestre Divino aprendemos que o Consolador não é uma confraria, não é uma religião, não é uma doutrina, não é um conjunto de doutrinas e também não é uma filosofia.
O Senhor Jesus disse que o Consolador O glorificaria. O espiritismo faz o contrário: destituiu Jesus de sua glória e o rebaixou a um homem mortal, que se sobressai dos demais apenas por possuir um caráter elevado que merece ser imitado.
O Senhor Jesus afirmou que o Consolador viria convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. O espiritismo diz que o pecado não existe, chama a reencarnação de justiça de Deus e afirma que jamais haverá o dia do juízo (Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Editora Petit, 2ª edição, 2001, p. 96).
O Senhor Jesus deixou claro que o Consolador é UM. Allan Kardec chama de “consolador” um conjunto que inclui a doutrina espírita e o sem número de ‘espíritos’ que se manifestam aos que os invocam, incluídos aí os espíritos levianos, ignorantes, maliciosos, inconsequentes, zombeteiros, embusteiros, trapaceiros e enganadores, que costumam usar o nome de personalidades da História para atrair e prender a atenção dos incautos (Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Editora Petit, 2ª edição, 2001, p. 31). Que tipo de consolo se pode esperar desses espíritos?
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Texto Base: Resposta às Seitas, Norman L. Geisler e Ron Rhodes, CPAD, 1997. Texto adaptado e compilado pelo Pr. Edison Miranda da Silva e Maria Candida Alves.
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