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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Mateus 16.19 declara que Pedro foi o primeiro Papa


Mateus 16:19 – este texto prova que Pedro foi o primeiro papa e recebeu de cristo autoridade para perdoar pecados?
Após Pedro confessar que Jesus é o Filho de Deus, Jesus disse: “E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt. 16.19). De acordo com o ensino católico “a frase “as chaves do Reino dos céus” significa suprema
autoridade na terra sobre o império terreno de Deus. A pessoa que possui o poder sobre as chaves, possui o poder absoluto de permitir que alguém adentre o império de Deus, ou o exclua dele, e o poder de perdoar pecados deve também ser obrigatoriamente incluído no poder das “chaves”.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O dogma católico de Pedro ter sido o primeiro papa é acompanhado da afirmação que seu episcopado em Roma durou 25 anos. Entretanto, registros históricos não dão apoio para essa informação (Bíblia Apologética, ICP, 2000, p. 926):
  1. Pedro foi martirizado no reinado de Nero, nos anos 67-68. Subtraindo-se dessa data 25 anos chegamos aos anos 42-43. O Concílio de Jerusalém (At. 15) aconteceu no ano 48 e vemos que Pedro ainda permanecia naquela cidade.
  2. O apóstolo Paulo escreveu aos romanos no ano 58. No capítulo 16 manda saudações para diversas pessoas e Pedro não é mencionado.
  3. Paulo chegou a Roma no ano 62, foi visitado por muitas pessoas, e Pedro não é mencionado.
  4. Paulo escreveu quatro epístolas em Roma: Efésios, Colossenses e Filemons no ano 62 e Filipenses nos anos 67-68. Pedro não é mencionado em nenhuma delas, nem há notícia de seu suposto pontificado.
Outra coisa importante na questão do papado é a forma de sucessão por eleição, que não tem nada em comum com os critérios específicos para o apostolado, conforme lemos em At. 1.22; ICoríntios 9.1 e 15.5-8, restando claro que não é possível haver sucessão apostólica em Roma ou em qualquer outra igreja (Bíblia Apologética, ICP, 2000, p. 927).
O fato dos discípulos de Jesus terem recebido poder para pronunciar o perdão, ou reter pecados, por meio de Cristo não é questionado. O que se questiona é se esse é um poder singular de propriedade exclusiva daqueles que foram oficialmente ordenados, como os sacerdotes católicos. Não existe absolutamente nada nesse texto que indique que seja assim. É importante observar que Jesus deu esse mesmo poder a todos os apóstolos (Mt. 18.18), não somente a Pedro. De fato, todos aqueles que proclamam o Evangelho possuem o mesmo poder, porque o Evangelho “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.10). Verdadeiramente, Paulo definiu o Evangelho em termos de Cristo morrendo e ressuscitando “por nossos pecados” (ICo. 15.1-4). Então cada pregador do Evangelho, clérigo ou leigo, tem o poder de falar, baseado no fato de uma pessoa aceitar a morte de Cristo e a sua ressurreição em favor de si, que os pecados dessa pessoa estão perdoados. Semelhantemente, todos aqueles que evangelizam podem dizer àqueles que rejeitam o Evangelho que os seus pecados estão retidos.
Os católicos reivindicam que o sacerdócio do Antigo Testamento é de algum modo “traduzido” para um sacerdócio neotestamentário, baseado em Hebreus 7.12. De fato, no Novo Concerto apenas um sacerdote é necessário, o nosso grande Sumo Sacerdote Jesus Cristo (Hb. 7-8). A tarefa deixada para todos os demais sacerdotes (isto é, para todos aqueles que creem) é ministrar o Evangelho (IICo. 3-4).
É fato que em nenhuma passagem do Novo Testamento os líderes da igreja são chamados “sacerdotes”, mas sim “presbíteros”, “anciãos” ou “bispos”, que foram exortados pelo apóstolo Pedro (IPe. 5.2-4). A instituição hierárquica do sacerdócio católico romano como um todo, como uma classe especial de homens dotados de poderes sacerdotais especiais para perdoar pecados, e para transformar os elementos da comunhão de fato no corpo e no sangue de Cristo, é contrária ao ensino desses versos, onde: 1) nenhuma pessoa é descrita como sacerdote, nem possui poderes sacerdotais, exceto o Sumo Pastor, que é o próprio Cristo; 2) Pedro refere-se a si mesmo como “eu, que sou também presbítero com eles” (IPedero 5.1); 3) os líderes do rebanho são chamados de presbíteros, e não sacerdotes; 4) estes são descritos como subpastores e não como senhores absolutos da Igreja; 5) eles não possuem nenhum poder especial de ligação, e devem liderar através do bom exemplo, e não por constrangimento. O espírito no qual todo esse ensino está imbuído é contrário aos poderes sacerdotais reivindicados pela Igreja Católica Romana.
Compilação preparada pela irmã Maria Cândida

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