Maria é um dos personagens mais fascinantes do
Novo Testamento. Cultuada e adorada por uns a ponto de ter sido alçada na
qualidade de deusa ou semi-deusa, ou simplesmente ignorada por outros que não
meditam na importantíssima missão que a virgem de Nazaré cumpriu exemplarmente.
Assim
como João Batista, Pedro, Tiago, João Evangelista, Paulo, Etc. Maria ocupa um
lugar proeminente na teologia neotestamentária, no entanto, em nenhuma
hipótese, por mais bem intencionada que seja, podemos descentralizar a história
da Redenção da figura de Jesus, porque é Ele que é o Cristo. É o seu sangue que
é a Nova Aliança, derramado em favor de muitos (e não de todos). É o seu
sacrifício na cruz que aplaca a ira de Deus. É a sua missão que eficaz e
eficientemente conduz o homem a Deus. Na história da Redenção Jesus é o
protagonista inigualável. Todos os outros (incluindo Maria), foram coadjuvantes
(leia-se: cooperadores) desse roteiro divino.
Não
pretendo discorrer neste artigo sobre a soberania de Deus na concepção e
encarnação de Cristo, mas pretendo extrair algumas considerações sobre essa
figura santa e amada por Deu e, que deve ser amada por todos aqueles que se
proclamam cristãos, a saber: Maria de Nazaré, a mãe do salvador.
Uma das
mais absurdas idéias que geralmente se tem dos protestantes é que não gostam de
Maria ou que até nutrem pesados e negativos sentimentos por ela. Todavia isso
se dá pelo julgamento precipitado e precoce que costumeiramente fazemos por não
conhecermos o que é diferente de nós, por ignorarmos grupos que diferem do
nosso modo de pensar e compreender o mundo. Como protestante que sou estudante
da Escrituras Sagradas, obra na qual tenho dedicado minha vida, e sendo,
também, pesquisador da história eclesiástica, posso afirmar que nenhum
sentimento há por Maria que não seja o respeito, a admiração e o amor na
ortodoxia e na ortopraxia protestante. Afirmo, ainda, que o verdadeiro
protestante, o evangélico ama a Maria e a tem no mais elevado conceito na
galeria dos heróis da fé.
Porém,
a amamos pelo que ela é, e isso está mais do que explícito na Palavra de Deus.
Maria não é deusa, nem semideusa, nem co-redentora, nem intercessora, etc. Ela
é, sim uma agraciada e santa serva de Deus que se colocou submissa para que a
Obra do Senhor se efetivasse no mundo, nos dando assim, notáveis exemplos de
fé, coragem, humildade e serviço.
Por
isso a amamos!
Amamos
Maria por sua fé. Uma fé que reside no Deus que prometera através das profecias
ministradas pelos seus santos profetas, que o próprio Altíssimo faria morada no
homem. Fé no Deus de Israel, único Deus, que não podia, não pode, nem poderá
jamais ser representado por qualquer imagem de escultura ou coisa semelhante.
Fé no Deus que torna possível o que é impossível para resgatar os seus
escolhidos.
Que
possamos ter a fé que Maria praticou no Deus que a salvou.
Amamos
Maria por sua coragem. Não um arroubo histérico a ponto de sair pulando e
gritando “aleluias” e “glórias” e em meio a bravatas orgulhosamente declarar
“Deus falou comigo!” “Deus falou comigo!”. Coragem verdadeiramente cristã, pois
o quadro a sua frente era trágico e sombrio, uma jovem virgem desposada de um
respeitável cidadão acha-se grávida antes do casamento. O que lhe esperava era
a execração social e o apedrejamento. Mas, mesmo em face de tamanho desafio,
aquela jovem coloca-se nas mãos de Deus confiando inteiramente naqu’Ele que a
comissionava: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua
vontade” (Lucas 1.38). Coragem essa que faria corar qualquer apologeta
de hoje, moldados numa teologia meramente circunstancial.
Que
possamos ter a coragem de Maria.
Amamos
Maria por sua humildade. Muitas vezes quando alguém fala alguma coisa acerca da
Maria geralmente o seu comentário não ultrapassa o parto de Jesus. No entanto,
o exemplo de humildade da jovem de Nazaré perpassa toda a sua vida. Além de
reconhecer Deus como seu salvador pessoal, Maria nunca se apropria de qualquer
posição que de alguma forma viesse a suplantar o Filho ou qualquer dos
apóstolos. E quando, mesmo sem ter ainda uma dimensão exata do que lhe
acontecera era despertada por Cristo, e humildemente guardava no coração
aquelas verdades. Maria tinha plena consciência que Ele era o Salvador, o
Cristo e, assim, como João Batista, sabia que importava que ele (Jesus)
crescesse e todos os demais diminuíssem.
Que
possamos ter a humildade de Maria.
Amamos
Maria pelo seu serviço. Mais do que qualquer outra pessoa, Maria foi uma serva,
na expressão máxima da palavra. Entregou-se inteiramente a sua missão sendo uma
mãe exemplar no cuidado, no carinho e no amor por seu filho. E quando o
ministério público de Cristo se manifestou, lá estava Maria, não ordenando, não
querendo fazer do filho um mero milagreiro, mas preparando as ferramentas e
servindo ao Mestre. O seu serviço deixa-nos um mandamento eterno para todos os
povos, principalmente os cristãos. Em Canaã, não opera o milagre, crê no Filho
e apontando para Jesus, exorta: “Fazei tudo que Ele vos disser” (João
2.5).
Que
possamos servir a Jesus como Maria.
Oh!
Maria santa! Maria mãe de Jesus que o povo evangélico ama e procura seguir o
seu exemplo de fé operosa, de coragem testemunhal, de humildade verdadeira e de
serviço constante, revelando o mais profundo dom de Deus: o amor! Maria de
Nazaré, não a das imagens e estátuas, não a Maria das rezas e mantras, não a
Maria da adoração ritualista e pagã. Mas, a serva do Deus Altíssimo cujo ensino
ecoa não apenas em nossos ouvidos, mas em nossos corações e consciência que
Cristo Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida e que, portanto, é a Ele que
devemos seguir, assim como ela seguiu.
Amamos
Maria, João, Pedro, Tiago, Paulo...Símbolos e exemplos da fé evangélica que de
uma vez por todas foi dada aos santos.
N’Ele,
em quem reside toda a plenitude de Deus.
Fonte: http://auxilio-doalto.blogspot.com.br/2012/05/maria-e-um-dos-personagens-mais.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Graça e Paz de Cristo, será um prazer receber seu comentário. Jesus te abençoe.