A vida é dom de Deus concedido ao homem. Toda
concessão continua sendo de domínio do seu proprietário. Por isso não é de
competência humana, decidir o momento em que a vida será extinta. Além disso, o
conceito de misericórdia aplicado à eutanásia é equivocado, pois o exercício
daquele implica em prestar socorro até as últimas consequências. O ser humano sentindo-se
incapaz de lidar com suas próprias frustrações busca refugio na morte.
A palavra “eutanásia” vem de dois termos gregos: eu, com significado de “boa” e thánatos, que significa “morte”. Do que resulta o termo eutanásia, surgindo a idéia de “boa morte”. Tal conceito é aplicado aos casos de “morte misericordiosa”, seja por autorização da família do enfermo, ou pela sua própria autorização.
Em 1 Coríntios 15.26, Paulo escreve dizendo que o
“último inimigo que será aniquilado é a morte. Sabemos que o homem era imortal
desde sua criação, porém o pecado trouxe em consequência a morte, de acordo com
a palavra do próprio Deus que avisou Adão e Eva, que se pecassem desobedecendo
eles morreriam (Gênesis 2.17).
O posicionamento bíblico quanto o uso da eutanásia
é claro e preciso. Encontramos nos mandamentos de Deus a ordem dizendo “não
matarás” (Êxodo 20.13). Daí a ação do médico, tirando a vida do paciente,
equipara-se a um assassinato; a um homicídio. A eutanásia é um crime contra a
vontade de Deus, conhecido tradicionalmente, e contra o direito de vida do ser
humano. “O Senhor é quem tira a vida e quem a dá; faz descer à sepultura e faz
tronar a subir dela” (1 Samuel 2.6).
Há uma possibilidade de cura milagrosa através da
fé em Cristo e da perseverante oração. E se Deus quiser realizar um milagre? “A
fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não
se vêem. Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho” (Hebreus 11.1,2). A
fé passa por cima de todas as impossibilidades e “sem fé é impossível agradar a
Deus” (Hebreus 11.6).
O juramento de Hipócrates, proclamado pelos
médicos, deve ser considerado, pois os mesmos não devem “dar remédio letal a
quem quer que peça, tampouco… fazer alguma alusão a respeito”. Qualquer
argumento em favor da eutanásia, alegando que deixar alguém sofrendo sem a
mínima perspectiva de sobrevivência é menos moral do que acelerar a morte para
tal pessoa é falacioso e não tem base bíblica. Além disso, levamos em
consideração que o consentimento da vítima não exclui a intenção criminosa.
Nas Escrituras, encontramos o registro de alguns
casos de suicídio. Em todos eles, vemos que seus protagonistas foram pessoas
que deixaram de lado a voz do Senhor, e desobedeceram a sua palavra:
O exemplo de Saul. Foi rei fracassado, que deixou o
Senhor, e foi em busca de uma médium espírita (1 Samuel 28.1-19).
O exemplo de Aitofel. Foi um conselheiro de
Absalão, orgulhoso, que se matou por ver que sua palavra fora suplantada por
outro (2 Samuel 17.23).
O exemplo de Zinri. Um rei sem qualquer temor de
Deus, que usurpou o trono por traição e matança, e que por fim se matou, quando
se viu derrotado pelo exército inimigo (1 Reis 16.18,19).
O exemplo de Judas Iscariotes. Após trair Jesus,
foi dominado por um profundo remorso, e, ao invés de pedir perdão ao Senhor, se
enforcou.
A vida é Sagrada e somente Deus pode dar vida e
tirar a vida. Moisés pediu a Deus que tirasse sua vida (Números 11.15). O
profeta Elias também fez o mesmo pedido a Deus (1 Reis 19.4) e da mesma forma o
profeta Jonas (Jonas 4.8). Deus não atendeu a nenhum destes pedidos.
Não há conforto algum na morte sem Deus. Pelo
contrário, a morte do ímpio representa uma condenação eterna. Somente a
confiança em Deus e a convicção da eterna redenção em Cristo poderá nos trazer
conforto.
Os motivos que condenais nas Sagradas Escrituras
são:
Devemos amar a nós mesmos (Mateus 22.39; Efésios
5.29).
É falta de confiança em Deus, visto que Ele pode
resolver tudo (Romanos 8.38,39).
Devemos lançar as nossas ansiedades sobre o Senhor,
e não na morte (1 Pedro 5.7).
Fonte: Shemá
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Graça e Paz de Cristo, será um prazer receber seu comentário. Jesus te abençoe.