Conteúdo do Artigo
1
– Introdução.
2
– A centralidade do sábado no adventismo.
3
– Refutação Bíblica: A salvação vem Somente por meio de Cristo.
4
– O sábado: Uma sombra das coisas futuras.
5
– Os escritos de Ellen White e os pioneiros adventistas.
6
– Sábado e legalismo: uma mistura perigosa.
7
– Numerologia e práticas ocultismo no adventismo.
8
– Tradução da numerologia do sábado.
9
– O verdadeiro evangelho está centrado em Cristo.
10
– Referências Bíblicas.
11
– Referências dos escritos de Ellen White.
12
– Referências dos pioneiros adventistas.
Introdução
A Igreja Adventista do Sétimo Dia considera o sábado como um dos pilares centrais de sua teologia, enfatizando sua importância em termos escatológicos (relacionados ao fim dos tempos). Essa doutrina é promovida constantemente pelo Instituto de Pesquisa Bíblica (IPB) da organização e por figuras de destaque, como Angel Manuel Rodríguez, que liga a observância do
sábado à salvação. No entanto, essa ênfase no sábado pode desviar o foco do verdadeiro evangelho, que está centrado unicamente em Jesus Cristo. Neste artigo, examinamos criticamente os argumentos apresentados pelos adventistas, refutando sua posição teológica com base nos ensinamentos bíblicos e destacando o perigo de colocar o sábado no centro da fé cristã.A Centralidade do
Sábado no Adventismo
Angel Manuel
Rodríguez, ex-diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica, apresenta o sábado como
um sinal de lealdade a Deus e também como um elemento crucial do evangelho
eterno. Em um de seus artigos publicados na Adventist Review (julho-setembro
de 2024), ele afirma: “O sábado faz o quê? Atesta a validade do evangelho
eterno” (IPB, julho de 2024).
Esse ponto de vista
está alinhado com as declarações de Ellen White no livro Testemunhos
para a Igreja, Volume 6, onde ela escreve: “O sábado é a grande prova de
lealdade, pois é o ponto de verdade especialmente controvertido” (p. 352).
Segundo White, a observância do sábado se torna o teste final para os cristãos,
marcando aqueles que serão fiéis a Deus nos últimos dias.
Refutação Bíblica:
A Salvação Vem Somente por Meio de Cristo
Embora a teologia
adventista coloque o sábado como parte essencial do evangelho, a Bíblia ensina
que a salvação vem somente pela fé em Jesus Cristo. Na carta aos Gálatas, Paulo
aborda diretamente o problema de adicionar exigências ao evangelho. Em Gálatas
1:6-9, ele alerta contra qualquer “outro evangelho” que se desvie da mensagem
da salvação pela graça, dizendo: “Mas, ainda que nós ou um anjo do céu vos
pregue outro evangelho além do que vos temos pregado, seja anátema.”
Essa passagem é uma
refutação direta à posição adventista, que alinha o sábado com o evangelho. Em
nenhum lugar do Novo Testamento o sábado é mencionado como parte do evangelho
ou como condição para a salvação. Pelo contrário, o foco está na obra consumada
de Cristo na cruz, conforme descrito em 1 Coríntios 15:1-4: “Agora, irmãos,
quero lembrar-lhes o evangelho que vos preguei… que Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia.”
O Sábado: Uma
Sombra das Coisas Futuras
O sábado, como
parte da Antiga Aliança, servia como uma sombra do descanso que viria por meio
de Jesus Cristo. Colossenses 2:16-17 fala diretamente sobre isso: “Portanto,
ninguém vos julgue por causa de comida ou bebida, ou com respeito a dias de
festa, ou lua nova, ou sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo
é de Cristo.” O sábado era um símbolo que apontava para o descanso encontrado
em Cristo (Hebreus 4:9-10).
No entanto, a
teologia adventista eleva o sábado além de seu propósito bíblico,
transformando-o em um requisito para a salvação. Essa abordagem contradiz os
ensinamentos do Novo Testamento, onde a ênfase é colocada na obra de Cristo e
não na observância de dias ou rituais específicos. Em Romanos 14:5, Paulo deixa
claro que a observância de dias específicos é uma questão de convicção pessoal:
“Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um
esteja inteiramente seguro em sua própria mente.”
Os Escritos de
Ellen White e os Pioneiros Adventistas
Os escritos de
Ellen White frequentemente elevam o sábado a um status que é difícil de
sustentar biblicamente. Em O Grande Conflito, ela escreve: “O
sábado será a grande prova de lealdade… enquanto a observância do falso sábado
em conformidade com a lei do estado, contrária ao quarto mandamento, será uma
declaração de lealdade a um poder que se opõe a Deus” (p. 605). Essa crença
cria uma forma de “teologia substitutiva” dentro do adventismo, onde o sábado
substitui o papel central de Cristo na redenção.
Pioneiros
adventistas como Joseph Bates e James White também contribuíram para essa
ênfase no sábado. Bates, em sua obra O Sábado do Sétimo Dia: Um Sinal
Perpétuo, argumentava pela natureza eterna do mandamento do sábado,
equiparando-o a um teste de fé verdadeira. No entanto, Bates e seus
contemporâneos frequentemente ignoravam os ensinamentos do Novo Testamento que
enfatizavam a liberdade da Lei Mosaica através de Cristo.
Sábado e Legalismo:
Uma Mistura Perigosa
A insistência na
observância do sábado dentro da doutrina adventista pode levar ao legalismo,
algo condenado em todo o Novo Testamento. Gálatas 5:4 adverte: “Estais
separados de Cristo, vós que procurais justificar-vos pela lei; da graça tendes
caído.” Ao fazer do sábado o centro de sua teologia, os adventistas correm o
risco de se colocar novamente sob o jugo da lei, uma posição que Paulo se opõe
veementemente em suas cartas.
O próprio Jesus
refutou a interpretação legalista do sábado. Em Marcos 2:27, Ele declara: “O
sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” Esta
declaração desmonta a noção adventista de que o sábado é um teste de salvação,
enfatizando que o sábado era um presente para o benefício da humanidade, não um
requisito para a aprovação divina.
Numerologia e
Práticas Ocultistas no Adventismo
Outro aspecto
problemático da interpretação adventista do sábado é o uso de numerologia para
apoiar sua centralidade. O artigo de Angel Manuel Rodríguez na revista do IPB
afirma que a estrutura numérica dos Dez Mandamentos aponta para o sábado como o
centro do decálogo. Esse tipo de interpretação numerológica é estranha à
exegese bíblica e se alinha mais com práticas ocultistas.
Deuteronômio
18:10-12 proíbe explicitamente tais práticas: “Entre ti não se achará quem faça
passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro.” A Bíblia não endossa o uso de
códigos secretos ou numerologia para revelar verdades mais profundas. Em vez
disso, incentiva uma leitura simples das Escrituras, onde a mensagem da
salvação por meio de Cristo é clara e acessível a todos.
Tradução da
Numerologia do Sábado:
“O Sábado como um
Sinal de Lealdade
O sábado está
literalmente no centro do Decálogo e sua singularidade e especificidade o
transformam em um sinal ideal de lealdade a Deus. Na língua hebraica, o
Decálogo, conforme registrado em Êxodo 20:3-17, consiste de 152 palavras. Para
encontrar seu centro, simplesmente dividimos 152 por dois, e o resultado é
setenta e seis palavras de um lado e setenta e seis palavras do outro. O centro
do Decálogo está localizado no versículo 10. A septuagésima sexta palavra é “o
sétimo” (hashshibi’i), e a septuagésima sexta palavra na outra seção é “sábado”
(shabbat). A frase seguinte está no centro do Decálogo: Mas o sétimo dia é um
sábado “pertencente”, “para” ou “a” Yahweh. Em hebraico, consiste de quatro
palavras:
75 — “mas-o-dia” (Heb. weyom)
76
— “o-sétimo” (Heb. hashshibi’i)
76
— [é] “sábado” (Heb. shabbat) (o verbo implícito “é” é fornecido
pelos tradutores)
75
— “para/pertencente ao SENHOR” (Heb. laYahweh)”
O Verdadeiro
Evangelho Está Centrado em Cristo
Em conclusão, a
ênfase da Igreja Adventista do Sétimo Dia no sábado distorce a mensagem do
verdadeiro evangelho, que está centrado em Jesus Cristo. O uso de numerologia,
combinado com a insistência na observância do sábado como um teste de lealdade,
coloca o adventismo em um território teológico perigoso. Como Paulo adverte em
Colossenses 2:8: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio
de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.”
Os cristãos são
chamados a colocar sua fé somente em Jesus para a salvação, e não na
observância de dias específicos ou rituais. O evangelho é sobre graça, não
sobre as obras da lei (Efésios 2:8-9). Assim, o sábado, embora seja um símbolo
de descanso, não deve eclipsar o verdadeiro descanso encontrado em Cristo. Os
adventistas do sétimo dia que colocam o sábado como medida de fidelidade devem
reconsiderar sua posição à luz dos ensinamentos bíblicos sobre a graça e a
liberdade em Cristo.
Referências
Bíblicas:
1.
Gálatas 1:6-9 – “Estou admirado de que vocês
estejam se afastando tão depressa daquele que os chamou pela graça de Cristo,
para seguirem outro evangelho, o qual não é outro; senão que há alguns que vos
perturbam, e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou
mesmo um anjo vindo do céu vos pregue outro evangelho além do que vos temos
pregado, seja anátema.”
2.
1 Coríntios 15:1-4 – “Agora,
irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que vos preguei, que vocês receberam e
no qual permanecem firmes… que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia.”
3.
Colossenses 2:16-17 – “Portanto,
ninguém vos julgue por causa de comida ou bebida, ou com respeito a dias de
festa, ou lua nova, ou sábados, que são sombras das coisas futuras; mas o corpo
é de Cristo.”
4.
Hebreus 4:9-10 – “Portanto, resta ainda um
descanso sabático para o povo de Deus; pois aquele que entrou no descanso de
Deus também descansou das suas obras, como Deus descansou das suas.”
5.
Romanos 14:5 – “Um faz diferença entre dia e
dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em
sua própria mente.”
6.
Gálatas 5:4 – “Estais separados de Cristo,
vós que procurais justificar-vos pela lei; da graça tendes caído.”
7.
Marcos 2:27 – “O sábado foi feito por causa
do homem, e não o homem por causa do sábado.”
8.
Deuteronômio 18:10-12 – “Entre ti
não se achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro… Pois todo
aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor.”
9.
Efésios 2:8-9 – “Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras,
para que ninguém se glorie.”
10. Colossenses 2:8 – “Tende
cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs
sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não
segundo Cristo.”
Referências dos
Escritos de Ellen White:
1.
Testemunhos para a Igreja, Vol. 6, p. 352 – “O sábado é
a grande prova de lealdade, pois é o ponto de verdade especialmente
controvertido.”
2.
O Grande Conflito, p. 605 – “O sábado
será a grande prova de lealdade… enquanto a observância do falso sábado em
conformidade com a lei do estado, contrária ao quarto mandamento, será uma
declaração de lealdade a um poder que se opõe a Deus.”
Referências dos
Pioneiros Adventistas:
1.
Joseph Bates, O Sábado do Sétimo Dia: Um
Sinal Perpétuo – Argumenta pela natureza eterna do mandamento do sábado e o
equipara a um teste de fé verdadeira.
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