Quando as Testemunhas de Jeová (daqui para frente indicadas pela sigla TJs) resolvem combater uma doutrina bíblica da qual discordam, partem para a acusação de que tal ensino é de origem pagã. Assim acontece com a doutrina da natureza imaterial do homem (alma e espírito) entidade que sobrevive à morte do corpo em estado consciente.
“Alguns clérigos da cristandade, para apoiarem o ensino babilônico pagão e o estado grego pagão, que diz ser a alma humana imortal e que ela não morre com o corpo, citam as palavras: “Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma”. Param aí, em vez de citar todas as palavras de Jesus, porque o versículo Mateus 10.28 prossegue, dizendo: “Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno [Geena] a alma [psique] e o corpo”. Portanto, não é impossível ao Deus Todo-poderoso destruir a alma humana, eliminá-la da
existência.Coisas Em Que É Impossível Que Deus Minta, p.145.
Para reforçar sua posição de que a doutrina do inferno de tormento eterno e consciente também é de origem pagã citam:
Também os hindus, os budistas e os muçulmanos ensinam que o inferno é um lugar de tormento. Não é de admirar que aqueles a quem se ensinou isso costumem dizer que, se o inferno é um lugar tão ruim assim, nem querem falar sobre ele.
Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p.81.
Feito isso, pensam poder argumentar facilmente e introduzir suas heresias sem mais receio de serem rejeitados, ao ensinarem de modo oposto ao que a BÍblia diz sobre o assunto, porque já conseguiram, de princípio, fazer crer que aceitar a Bíblia é estar do lado do paganismo.
Mas, o que esquecem de dizer, é que a autoridade religiosa dos seus ensinos não está realmente na Bíblia, mas naquilo que ensinou o seu líder fundador Charles Taze Russell.
A doutrina do inferno, como lugar de tormento de castigo eterno, é assim negada pelas razões que a Sociedade Torre de Vigia esclarece:
ORGANIZADO O TESTEMUNHO DO NOVO MUNDO
“Com menos de vinte anos de idade Charles Taze Russell, o redator, tinha sido membro da Igreja Congregacional e crente fervoroso na doutrina da tortura eterna das almas condenadas num inferno de fogo e enxofre literais. Mas, ao tratar de converter ao cristianismo um conhecido descrente, ele próprio foi derrotado na sua posição sectária e impelido ao cepticismo. Avidamente começou a investigar as religiões pagãs em busca da verdade sobre o propósito de Deus e o destino do homem. Provando que todas essas não eram satisfatórias, e antes de deixar por completo a investigação religiosa, ele empreendeu a pesquisa nas Escrituras Sagradas do ponto de vista cético, então livre das falsas doutrinas religiosas dos sistemas sectários da cristandade”. A Sentinela, março de 1953, p.39.
Como se vê, a doutrina do inferno é negada pelas TJs como consequência do ensino do seu líder fundador, que passou a interpretar a Bíblia do ponto de vista do cético, que é um incrédulo. O que o apóstolo Paulo diz do homem incrédulo ou homem natural?
“Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co. 2.14).
E para que se não diga que há exagero na afirmação de que tais doutrinas são produto do ensino do seu lider fundador, citamos o Anuário das Testemunhas de Jeová de 1976, p. 106, onde se lê:
Em essência, mostramos que a Sociedade é uma organização inteiramente religiosa; que os membros aceitam como seus princípios de crença a santa Biblia, conforme explicada por Charles T. Russell; que C. T. Russell, durante sua vida, escreveu e publicou seis volumes de Estudos das Escrituras, e, já em 1896 prometeu o sétimo volume, que trataria de Ezequiel e de Revelação; que, no seu leito de morte, declarou que outrem escreveria o sétimo volume; que, pouco depois de sua morte, a comissão executiva da Sociedade autorizou C. J. Woodworth e George H. Fischer a escrever e apresentar o manuscrito para consideração, sem qualquer promessa sendo feita a respeito de sua publicação; que o manuscrito sobre Revelação foi terminado antes que os Estados Unidos entrassem na guerra, e que todo o manuscrito do inteiro livro (exceto o capítulo sobre o Templo) estava nas mãos do impressor.
Anuário das Testemunhas de Jeová, 1976, p. 106.
Perguntam as TJs no livro Raciocínio à Base das Escrituras, p. 386:
SÃO AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ UMA SEITA OU UM CULTO? – Há os que definem seita com um grupo que se desagregou de uma religião estabelecida. Outros aplicam o termo a um grupo que segue determinado líder ou mestre humano. Raciocínios à Base das /escrituras, p. 386.
Quem é o líder humano que as TJs obedecem cegamente? Denominam um grupo de homens sediado no Brooklyn, Nova Iorque, EUA, como o “servo fiel e discreto” – a autoridade maior das TJs, e ressaltamos: maior autoridade que a Bíblia Sagrada, que dizem obedecer acima de tudo:
O SERVO DESIGNADO NA SUA VOLTA
A agência que o Senhor usa para distribuir ou dispensar a Sua verdade é chamada o seu “servo fiel e prudente”. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo! Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier [eltón], achar servindo assim (Mateus 24:45-47, Almeida). Isto claramente mostra que o Senhor usaria uma só organização, e não uma multidão de diferentes seitas em conflito para distribuir a sua mensagem. O “servo fiel e prudente” é uma companhia que segue o exemplo do seu Chefe. Esse “servo” é o restante dos irmãos espirituais de Cristo. O profeta de Deus os identifica, dizendo: “Vós sois minhas testemunhas, diz Jehovah, o meu servo a quem escolhi”— Isaías 43:10 Seja Deus Verdadeiro, p.188.
E dizem também as TJs:
Como conheceríamos o caminho da verdade se não tivesse havido a ajuda da organização? Podemos realmente passar sem a orientação da organização de Deus? Não, não podemos! — Veja Atos 15:2,28,29; 16:4,5. A Sentinela, 15 de julho de 1983.
Segundo as TJs, o que acontece se nos ativermos só à Bíblia?
Dizem que basta ler exclusivamente a Bíblia, quer em particular, quer em pequenos grupos em casa. Mas, o que é estranho, é que por meio de tal ‘leitura da Bíblia’, voltaram novamente para trás, para as doutrinas apóstatas que os comentários dos clérigos da cristandade estavam ensinando há 100 anos. A Sentinela, 1 de junho de 1982, p. 28.
I – A Natureza Do Homem
A criação do homem é descrita em Gênesis 2.7: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida [em hebraico nesheman Khayim]; e o homem foi feito alma vivente”. O homem foi, pois, formado de duas naturezas:
- A natureza material – o corpo;
- A natureza imaterial – o espírito e a alma.
Que foi que Deus criou? A natureza material (o corpo) ou a natureza imaterial (o espírito e a alma)?
Em primeiro lugar, nota-se que Deus formou o homem da matéria já existente, isto é, o corpo ou o homem exterior (2Co. 4.16). O corpo desse homem não foi criado no sentido de que fora gerado do nada. Gênesis 2.7 diz que foi formado do pó da terra, isto é, duma matéria já existente.
Mas, a natureza imaterial, ou o homem interior (2Co. 4.16), o indivíduo Adão, ou seu espírito e alma, foram criados pelo fôlego de Deus. “Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc. 12.1). Então, o homem exterior é o corpo e o homem interior é o espírito e a alma:
“E todo o vosso espírito, e alma [homem interior] e corpo [homem exterior], sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts. 5.23). Embora distintos – espírito e alma –(Hb. 4.12), nunca são separados.
Vejamos o que Paulo tem a dizer sobre essas duas naturezas – material e imaterial – do homem:
”Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co. 4.16-18).
“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação que é do céu; se todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espirito. Pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (porque andamos por fé e não por vista. Mas temos confiança e desejamos deixar este corpo para habitar com o Senhor. Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes” (2Co. 5.1-9).
Os contrastes apresentados neste longo trecho da Bíblia devem ser distinguidos (contrastes, dizemos; não contradições):
1º Contraste – v. 16 – “homem exterior” e “o homem interior”. O homem exterior é o corpo – o homem físico; o homem interior é o homem imaterial – o espírito e a alma.
2º Contraste – v. 16 – “corromper” e “renova”. O homem exterior vai se desgastando com o tempo, tornando-se decrépito; mas o homem “interior” se “renova” de dia em dia.
3º Contraste- v. 17 – “leve” contrastada com “peso”;
4º Contraste – v. 17 – “tribulação” contrastada com “glória”;
5º Contraste – v. 17 – “momentânea” contrastada com “eterno”;
6º Contraste – v. 18 – “coisas que se veem” em oposição com “as que se não veem”. Este contraste é de grande importância, pois está em conexão com o emprego da palavra grega AIOONIOS, e está em relação com a palavra “temporais” (v. 18). Temporais significa fugaz, passageiro, transitório; e eterno significa sem fim, permanente, duradouro.
7º Contraste – v. 1 – “nossa casa terrestre deste tabernáculo” contrastada com “casa não feita por mãos, eterna, nos céus”.
8º Contraste – v. 1 “se desfizer” contrastada com “eterna, nos céus”;
9º Contraste – v. 2-3- “revestidos” e/ou “vestidos” contrastado com “nu” (sem o corpo) e “vestidos” ou “revestidos” estar com o corpo ressuscitado. As naturezas material e imaterial são separadas pela morte; e o espírito e alma (imaterial) como entidade espiritual não está completa. Aí é que reside a razão porque o homem precisa ressuscitar, pois o homem foi criado como um todo – espírito, alma e corpo (1Ts. 5.23). A morte física é algo inatural e o estado do homem “despido” (2Co. 5.1) não é um estado completo, pelo que então a ressurreição se torna imprescindível.
10º Contraste – v. 6 – “estamos no corpo” contrastado com “ausentes do Senhor”.
11º Contraste – v. 7 – “por fé” é contrastada com “por vista”;
12º Contraste – v. 8 – “deixar este corpo” contrastando com “habitar com o Senhor”.
Quando Deus disse a Adão, em Gênesis 2.17, “certamente morrerás” estava dizendo que Adão cessaria de existir no mesmo dia em que ele comesse do fruto da árvore proibida? Qual o significado da palavra MORTE?
Se LUZ significa VIDA – “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo. 1.4-5) então a MORTE é simbolizada pelas TREVAS e alienação de Deus.
“E a condenação é esta: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo. 3.19-21).
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe. 2.9).
“Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt. 25.30).
As TJs, embora ensinem o aniquilamento, concordam que a MORTE experimentada por Adão e Eva no Éden foi realmente a alienação de Deus, pois dizem sobre o episódio do Éden:
Assim, por comerem do fruto proibido, adão e Eva se retiraram da sujeição ao governo de Deus. Passaram a agir por conta própria, fazendo o que é “bom” ou “mau” segundo suas próprias inclinações. Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 101.
No Novo Testamento, a palavra grega THANATOS é usada 111 vezes para morte. O Vine’s Expository Dictionary no verbete THANATOS declara:
Como declara o dicionarista “MORTE” é o oposto à vida; nunca denota inexistência. Como vida espiritual é existência consciente em comunhão com Deus, assim morte espiritual é uma existência consciente da separação de Deus”.
A respeito da morte espiritual a Bíblia refere-se frequentemente:
“Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me. Deixa aos mortos sepultar os seus mortos” (Mt. 8.22).
“Porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido e foi achado” (Lc. 15.24).
“Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef. 2.5).
“Mas a que vive em deleites, vivendo está morta” (1Tm. 5.6).
“Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte” (1Jo. 3.14).
As TJs esforçam-se para sustentar sua crença de que a morte é inexistência e dizem:
Em termos simples, a morte é o contrário da vida. A Bíblia mostra isso em Eclesiastes 9:5,10. Segundo a versão Almeida revista e corrigida, estes versículos rezam: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma”.
Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 77.
Refutando a crença das TJs que morte é inexistência, devemos ter presente que ao adotarmos um princípio de interpretação de determinada passagem bíblica, devemos aplicá-lo a todo o texto. Se entendemos de Eclesiastes 9.5-10 que “os mortos não sabem coisa nenhuma” no seu sentido absoluto, então é mister entender também que [os mortos] “nem tampouco eles têm jamais recompensa”.
Desde que as TJs interpretam o texto no sentido absoluto, são forçados a admitir que não há nenhuma recompensa para os mortos e, assim, devem negar a possibilidade da imortalidade como um dom de Deus para os justos, segundo creem. Sendo assim, não deve haver ressurreicão dos justos como recompensa. E, desde que Abraão, Isaque e Jacó estão mortos e “os mortos não tem jamais recompensa”, não devem eles ressuscitar, ficando anulada a promessa de Mateus 16.27 e Apocalipse 22.12. Concordam com isso as TJs? É óbvio, pois, que há restrição na interpretação de Eclesiastes 9.5-10. E essa restrição dos mortos não saberem nada está restrita em Eclesiastes 9.6, quando afirma que não sabem coisa nenhuma “nem coisa alguma que se faz debaixo do sol”. Não porque não saibam coisa nenhuma, mas porque entraram em outra diferente realidade, ou outra dimensão (Ap. 6.9-11).
Procurando reforçar sua crença de que a morte é inexistência, as TJs citam ainda:
Isto significa que os mortos não podem fazer nada e não podem sentir nada. Não têm mais pensamento algum, conforme a Bíblia declara: “Não confieis nos nobres, nem no filho do homem terreno, a quem não pertence a salvação. Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste diâ perecem deveras os seus pensamentos” (Salmo 146:3,4).Poderá Viver Para Sempre…, p. 77.
Ainda erram as TJ ao citar o Salmo 146.3-4, pois no hebraico a palavra para pensamentos é ESTONATH, que tem o significado de propósito, desígnio. No dia em que o homem morre, seus pensamentos ou propósitos perecem. E por que? Não porque os mortos estejam inconscientes ou inexistentes, mas porque a morte tornou impossível concretizar os planos do homem enquanto vivo. Assim, seus desígnios ou projetos perecem, isto é, ficam frustrados. Exemplo disso vemos em Lucas 12.16, onde o homem rico viu frustrado seu plano de construir celeiros para recolher os seus bens e não pôde levar a cabo suas intenções (Lc. 12.16-20).
Em Isaías 55.7 lemos: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos”. Devemos entender do texto que alguém ao converter-se deve deixar de existir porque deixou os pensamentos antigos? Mas, como é próprio das TJs, ao querer fazer valer seus ensinos da inexistência do homem na morte, continuam:
Na morte, o espírito do homem, sua força de vida, que é sustentada pela respiração, “sai”. Deixa de existir. De modo que os sentidos do homem, a audição, a visão, o tato, o olfato e o paladar, que dependem de sua capacidade de pensar, param todos. Segundo a Bíblia, os mortos entram num estado de inconsciência total. Poderá Viver Para Sempre… p. 77.
Entendem que o espírito do homem não tem personalidade, não passando de “sua força de vida, que é sustentada pela respiração”. Com a morte, o homem não pode ver (visão), ouvir (audição), sentir o sabor (paladar), falar etc., pois segundo entendem o espírito do homem é apenas “sua força de vida”.
Ora, a Bíblia ao falar da natureza de Deus, diz que Deus é Espírito (Jo. 4.24). Eis o que dizem as TJs da natureza de Deus como espírito:
AS QUALIDADES DE DEUS E PORQUE DEVEMOS ADORAR SÓ A ELE
O que nos conta a própria Bíblia sobre Deus? Ela nos diz que “Deus é Espírito” (João 4:24). Um espírito não se compõe de carne e sangue, nem de outras substâncias materiais que possamos ver ou sentir por meio dos sensos humanos. A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, p. 19.
E depois, definindo a natureza do espírito do homem, afirmam as TJs:
O espírito é simplesmente a força de vida que faz com que a pessoa viva. O espírito não tem personalidade, nem pode fazer o que a pessoa faz. Não pode pensar, falar, ouvir, ver ou sentir. Neste sentido, pode ser comparado à corrente elétrica da bateria dum automóvel.
A Verdade Que Conduz à Vida Eterna p. 39.
Ora, vejamos a que conclusão podemos chegar, a partir dessas duas declarações:
Deus é Espírito (Jo. 4.24).
Um espírito não tem personalidade, nem pode fazer o que a pessoa faz. Não pode pensar, falar, ouvir, ver ou sentir.
Logo, quem é o Deus das Testemunhas de Jeová?
Em Hebreus 12.9 lemos: ”Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao PAI DOS ESPÍRITOS para vivermos?”.
Se Deus é Pai dos nossos espíritos, nossos espíritos devem ter semelhança com o Espírito de Deus: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn. 1.26-27).
Podemos ver a imagem de Deus no homem do modo seguinte:
- na nossa natureza moral: o senso de certo e errado;
- na nossa natureza estética: o amor à beleza;
- na nossa natureza intelectual: o desejo de conhecer a verdade, a habilidade do raciocínio, a fala, e outros meios de comunicação;
- na nossa natureza espiritual: o desejo de adorar e a capacidade de ter comunhão com Deus;
- na nossa natureza criadora: o desejo de melhorar o ambiente que nos cerca. Ohomem constrói barragens, arranha céus, movimenta máquinas, gera e aproveita a eletricidade etc.
Estas coisas provêm da natureza de Deus e tornam o homem tão diferente dos animais irracionais.
O homem foi criado com uma medida dos atributos de Deus.
Certificai-vos de Todas as Coisas, p. 102.
As TJs, que são excentricamente materialistas, comparam o homem com um automóvel, seu motor, a corrente elétrica da bateria, mas se esquecem da pessoa do motorista, que é o mais importante, pois o automóvel com todos os seus pertences inconscientes, sem vontade, nem inteligência, não pode por-se em movimento, virar à direita ou à esquerda, nem acender faróis, buzinar, frear etc. Vejamos:
“Na verdade, há um espírito no homem; e a inspiração do Todo-poderoso os faz entendidos” (Jó 32:8).
“Porque qual dos homens sabera as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está?” (1Co. 2.11).
Dentro de sua insistência característica, prosseguem as TJs:
No estado morto, tanto os humanos como os animais estão na mesma condição de inconsciência total. Note como a Bíblia salienta este ponto: “Como morre um, assim morre o outro; e todos eles têm apenas um só espirito, de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal, pois tudo é vaidade. Todos vão para um só lugar. Todos eles vieram a ser do pó e todos eles retornam ao pó” (Eclesiastes 3:19,20). O “espírito” que faz os animais viver é o mesmo que faz os humanos viver. Quando este “espirito”, ou invisível força de vida sai, tanto o homem como o animal voltam ao pó do qual foram feitos.
Poderá Viverá Viver Para Sempre… p. 77.
Salomão está apenas afirmando que a morte traz para os corpos – tanto do homem como do animal – a ida para um único lugar, a sepultura. É o que está dito no verso 20: “Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó, e ao pó tornarão”. No v. 21 Salomão fala da parte do homem que sobrevive à morte – o espírito do homem – estabelecendo que após a morte o homem sobe, como se lê em Eclesiastes 12.7: “O pó volta à terra, como o era, e o espírito volta a Deus, que o deu”. A expressão original sugere um espírito com personalidade, não um “fôlego de vida” impessoal. Com efeito, faz-se essa descoberta ao consultar a versão grega da LXX, onde a preposição “a” não tem sido traduzida no grego usando “eis” (a, em, para) senão traduzida pela partícula ”prós” (kai to pneuma epistrpse PROS ton Theon os edokenauto), cujo significado literal é “encontrar-se no mesmo lugar”, isto é, “cara a cara” com outra pessoa e estar em comunicação com ela em um verdadeiro intercâmbio de impressões.
Em Lucas 23.16 Jesus disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. De novo, em Atos 7.59 podemos ler que Estêvão fez a mesma oração, porém a Jesus: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. Se o espírito do homem fosse simplesmente o seu “fôlego de vida” ou “força de vida” que anima seres humanos e animais, isto não ocorreria. Mas, ainda assim, dizem as TJs:
O espírito é algo invisível, porém, ativo, uma força ativa como o vento. No caso do homem, uma força ativa invisível que move a alma humana visível, terrena.
Coisas Em Que É Impossível Que Deus Minta, p. 148.
Indicam ainda as TJs que a palavra espírito tem os seguintes significados na Bíblia:
A popular versão de João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida da Bíblia, traduz a palavra hebraica rúah por “espírito, viração, vento, sopro, animo, ira, fora de si (espírito, margem), assopro, respirar, bafo, soprar, respiração, respiro, fôlego, (long) ânimo, coração, hálito, banda, direções, ar, mas nunca por ‘alma’. Coisas Em Que É Impossível Que Deus Minta, p. 149.
Recusam-se a indicar que em algumas passagens a palavra “espírito” (do grego pneuma) identifica a parte do homem que se separa do corpo como entidade consciente e inteligente. Assim é que lemos com esse sentido:
“Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo…” (Dn. 7.15).
É digno de nota que o espírito de Daniel sentiu aflição, e para tanto seria necessário que tivesse inteligência e também sensibilidade, o que só é próprio de uma personalidade. Um “fôlego de vida”, uma “força de vida”, um “assopro”, um “vento”, um “ânimo”, uma “respiração” etc. não poderiam experimentar aflição ou outra qualquer emoção.
“A universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb. 12.23).
Poderiam as TJs referir-se ao texto em apreço lendo “ao fôlego dos justos”, “a força de vida dos justos”, “ao vento dos justos”, “ao ânimo dos justos”, “a respiração dos justos”???
“Eu fui arrebatado em espírito [assopro, vento, ânimo, respiração, fôlego de vida, força de vida] no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igreja que estão na Ásia” (Ap. 1.10-11).
“Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito [assopro, vento, ânimo, respiração, fôlego de vida, força de vida], no Evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós” (Rm. 1.9).
“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito [vento, ânimo, respiração, fôlego de vida, força de vida] que somos filhos de Deus” (Rm. 8.16).
Deus ilumina o homem pela comunicação da sua verdade ao seu espírito, sendo o espírito do homem aquela parte do ser humano ao qual Deus, que também é Espírito (João 4.24) comunica a sua vontade.
Se ‘ruach’ ou ‘pneuma’ significasse simplesmente “vento”, “fôlego”, “força de vida”, “ânimo”, “respiração” bastaria substituir a palavra espírito por qualquer das palavras citadas e não haveria diferença de sentido. Mas, façamos um teste e veremos que aberrações resultarão substituir a palavra espírito nos seguintes textos bíblicos: Mt. 26.41; Lc. 23.46; Jo. 4.24; 1Co. 5.5; 2Co. 7.1. Corretamente, dizem as TJs:
A Bíblia Sagrada faz diferença entre “alma” e “espírito”. Em Hebreus 4:12 lemos “A palavra de Deus é viva e exerce poder, é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma [psiqué] e do espírito [pneuma]”.
Coisas Em Que É Impossível Que Deus Minta, p.148.
Indicam ainda corretarnente que a palavra alma é mencionada 852 vezes na Bíblia (750 vezes no Velho Testamento e 102 no Novo Testamento):
Naturalmente, os escritores originais da Bíblia não a chamaram de alma. Os escritores hebraicos, desde o profeta Isaías até o profeta Zacarias, chamavam-na de “néfes”, e esta palavra ocorre 750 vezes nas Escrituras Hebraicas inspiradas. Quando estas Escritruras Hebraicas foram traduzidas para o grego comum, nos últimos três séculos antes de nossa Era Comum, produzindo-se assim o que é conhecido por Versão dos Setenta grega (ou Septuaginta), os tradutores usaram a palavra grega psiqué para a palavra hebraica néfes. Ao se escreverem as Escrituras Gregas Cristãs, no primeiro século de nossa Era Comum, os escritores inspirados continuaram a usar a palavra psiqué, e esta palavra ocorre 102 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs. A Bíblia Sagrada, portanto, tem muito a dizer sobre o que se chama “alma”, falando dela, ao todo 852 vezes. Coisas Em que É Impossível Que Deus Minta, p.135.
Erram, entretanto, as TJs, quando limitam o emprego da palavra alma com os sentidos de: 1) a própria pessoa; 2) a vida da pessoa; 3) o sangue da pessoa.
Cada ”néfes” significa “cada homem” (Êxodo 12:16); toda nefés que significa toda pessoa (Levítico 7:27; 17:15; 23:29); “a néfes que” significa “aquele que, o homem que” (Levítico 7:20,27; Números 15:30). Néfes significa também “vida” (282 vezes); “néfes do homem” significa “a vida do homem” (Gênesis 9:5) e “em (ou por) tua néfes” significa “tua vida está em jogo” (Gênesis 19:17). E quanto a néfes, em Gênesis 9.4-5; Levítico 17:11 diz: “a alma (estritamente distinta da noção grega sobre a alma), cuja sede está no sangue”. Quanto a néfes em Gênesis 1:20 diz: a substância que respira, fazendo o homem e os animais seres viventes.
Coisas em Que É impossível que Deus Minta, p. 143.
4) E igualam a alma dos homens à alma dos animais:
5) E dizem que a alma humana morre, como a alma dos animais:
“A alma que pecar — ela é que morrerá”, explica Ezequiel 18:4 e 20. E, se recorrer a Josué 10:28-39, encontrará sete lugares em que se fala da alma como sendo morta ou destruída.
Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 79.
6) Mas as TJs admitem que:
Minha néfes significa “eu” (Gênesis 27:4,25; Isaías 1:11); “tua néfes” significa “tu” (Gênesis 27:19,31; Isaías 43:4; 51:23); “sua néfes” significa “ele, ele mesmo”(Números 30:2; Isaías 53:10); “sua néfes” significa “ela, ela mesma.” (Números 30:5-12); “nossa néfes” significa “nós, nós mesmos” (Salmo 124). Coisas em Que É Impossível Que Deus Minta, p. 142/143.
A Bíblia emprega, como vimos, a palavra alma com vários sentidos, reconhecidos até mesmo pelas TJs. Assim, ocorre com a palavra alma o que ocorre com a palavra leite, que também é empregada com vários sentidos:
- a) leite – com o sentido de líquido branco, alimento (Gn. 8);
- b) leite – com o sentido de bênção material (Nm. 14.8);
- c) leite – com o sentido de alimento espiritual (1 2.2).
O primeiro sentido da palavra alma acima é literal, e os os dois últimos são figurados.
A Bíblia emprega a palavra alma com o sentido de pessoa? A resposta é sim! Exemplos: Gênesis 46.27; Êxodo 1.5; Atos 27.37 e muitos outros textos.
A Bíblia limita o emprego da palavra alma ao significado unicamente de ‘pessoa’? Não! Se assim fosse, em todas as referências bíblicas onde encontramos a palavra alma, poderíamos substituí-la pela palavra pessoa e o sentido seria o mesmo. Façamos algumas provas substituindo a palavra alma por pessoa:
“Produzam as águas abundantemente répteis de pessoa vivente” (Gn. 1.20).
“Produza a terra pessoa vivente conforme a sua espécie…” (Gn. 1.24).
“Derramou o segundo anjo a sua taça sobre o mar. O mar tornou-se em sangue como de um morto, e morreu toda a pessoa vivente das que estavam no mar” (Ap. 16.3).
Assim sendo, vemos que nem sempre a Bíblia usa a palavra alma como pessoa, e quando o faz é no sentido figurado. Não basta ter um corpo e uma vida, como os animais, para ser uma pessoa racional.
A Bíblia emprega a palavra alma com o sentido de vida ou vidas? Sim. Exemplos:
“Escapa-te, por tua alma” – TNM (Gn. 19.17).
“…essa alma terá de ser decepada de diante de mim” – TNM (Lv. 22.3).
As palavras alma e vida são distintas? Sim. Para provar que tais palavras são distintas, leiamos:
“Para desviar a sua alma da cova, e a sua vida de passar pela espada” (Jó 33.18).
“A sua alma se vai chegando à cova, e a sua vida ao que traz morte” (Jó 33.22).
“Pois a minha alma já teve bastante calamidades, e a minha própria vida, entrou até em contato com o SEOL” (Sl. 88.3).
A Bíblia emprega a palavra alma com o sentido de sangue? Sim. Exemplos:
“Pois a alma de todo tipo de carne é o seu sangue pela alma nele” (Lv. 17.14).
“Apenas toma a firme resolução de não comer o sangue, porque o sangue é a alma” (Dt. 12.23).
A Bíblia limita a palavra alma ao significado de sangue? Não. Exemplos:
“Ó Jeová, meu Deus, por favor, faze a alma [sangue] deste menino voltar para dentro dele. Jeová escutou finalmente a voz de Elias, de modo que a alma [sangue] do menino voltou para dentro dele e este reviveu” (1Rs. 17.21-22). O menino havia morrido de morte natural e não havia perdido o sangue. O sangue estava todo no seu corpo. Logo, o sentido da palavra alma não pode limitar-se ao sangue.
Ocorre na Bíblia a expressão alma mortal? Não!
Ocorre na Bíblia a expressão corpo mortal? Sim! Exemplos:
”Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências” (Rm. 6.12).
“Aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm. 8.11).
A morte da alma é espiritual, isto é, aquela que se dá enquanto temos vida fisica:
“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” (Ef. 2.1). “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef. 2.5).
“A alma que pecar, essa morrerá” (Ez. 18.4). Isto significa morrer fisicamente e entrar num estado de aniquilamento, ou é viver fisicamente separado de Deus por causa do pecado, como aconteceu com Adão no Éden? Se fosse morte física e estado de inconscienciência, como poderia o verso 21 dizer: “Mas se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá”.
Mas, reconhecem as TJs o sentido literal da palavra alma, ao afirmarem: “Minha néfes significa “eu”, tua néfes significa “tu”; sua néfes significa “ele, ele mesmo”; sua néfes significa “ela, ela mesma”.
Ora, eu, tu, ele, nós são pronomes pessoais, o que indica que a alma é uma personalidade, ou uma entidade consciente e inteligente, que sobrevive à morte do corpo:
“Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt. 10.28). É óbvio que nessa passagem Jesus está ensinando que a morte do corpo não implica na morte da alma. A alma pode deixar o corpo por ocasião da morte física, como se vê em Gênesis 35.18: “E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu)…”
Ainda pela providência de Deus, a alma pode retornar para ressuscitar o corpo que está morto:
“Ó Senhor meu Deus, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele. E o Senhor ouviu a voz de Elias, e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu” (1Rs. 17.21-22).
Vejamos ainda a passagem paralela de Mateus 10.28:
“E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois não tem mais o que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei” (Lc. 12.4).
Manifestamente, uma alma que não pode ser morta quando o corpo é morto, é uma alma imortal, ou uma alma que sobrevive à morte do corpo, e se é a alma de um cristão, vai estar com Cristo:
“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas, e foi-Ihes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conserves e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram” (Ap. 6.9-11).
Mas, as TJs têm um modo particular de interpretar Mateus 10.28, segundo sua doutrina do aniquilamento do homem, e dizem:
Há um exemplo nas Escrituras Gregas onde a palavra “alma” evidentemente se usa como o equivalente de todo o direito à vida. Este se acha em Mateus 10.28: “Não temaes aos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer na Gehenna tanto a alma como o corpo”. A substância deste texto é que devemos temer a Deus, porque ele pode destruir não somente o corpo (a vida presente) senão também a futura. A destruição na Geena aqui mencionada quer dizer a morte da qual não há ressurreição para a vida futura como uma alma. Seja Deus Verdadeiro, p. 62.
Com o arrazoado acima, corpo significa “vida presente” e alma significa “vida futura”. Mas, onde se encontram na Bíblia “corpo” com o sentido de vida presente? E “alma” com o sentido de vida futura? Vida natural ou vida física é do grego bio. Vida futura ou vida eterna é zoen aionios, enquanto alma é do grego psiché (Jo. 3.16,36; 5.24; 6.47; 1Jo. 5.12-13).
Ainda lemos em Apocalipse 20.4: “vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus… e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos”.
Temos ainda os seguintes informes sobre a alma no Vine’s Expository Dictionary, p. 1077:
Mas, o que a Bíblia relata que acontece com a parte imaterial do homem (espírito e alma), no intervalo entre a morte e a ressurreição?
“Foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-Ihes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram” (Ap. 6.11).
II – SIGNIFICADO BÍBLICO DAS PALAVRAS SEOL, HADES, GEENA E TÁRTARO
SEOL
Seria o SEOL a sepultura? As TJs ensinam que o SEOL é a sepultura:
E, porque ensinam que SEOL e HADES correspondem à “sepultura comum da humanidade”, contrariando totalmente a Bíblia, chegam ao ridículo de afirmar:
“INFERNO, LUGAR DE DESCANSO E ESPERANÇA” – Seja Deus Verrdadeiro, p. 67.
Estão corretas as TJs quando entendem que o vocábulo hebraico SEOL corresponde ao vocábulo grego HADES? Sim!
Estão corretas as TJs quando ensinam que SEOL e HADES correspondem à “sepultura comum ou individual da humanidade”? Não!
E damos a seguir as razões porque SEOL e HADES não pode ser a sepultura comum ou individual da humanidade:
1). SEOL não pode ser confundida com a sepultura, porque para a palavra ‘sepultura’ são usados os vocábulos hebraicos KEBER, K’BOORAH e GA-DISH, como as próprias TJs
Certificai-vos de Todas as Coisas, edição 1960, p. 190.
E no livro Ajuda para Entendimento das Escrituras, p. 1510, lemos o que é sepultura:
Em Isaías 14.19 keber não pode ser visto como sinônimo de SEOL. O rei é lançado fora da sepultura (keber) com o propósito de entrar no SEOL (v. 9 e 10). Nessas referências bíblicas, SEOL e KEBER são opostos e não sinônimos.
2). Na LXX, SEOL nunca é traduzida como MNEMA, que é a palavra grega para sepultura. KEBER é traduzida para MNEMA 36 vezes e TAPHOS 45 vezes. Mas KEBER nunca é traduzida para HADES, assim, como SEOL nunca é traduzida para MNEMA.
Mnema (grego), túmulo (português)
Mar. 5:2,3: “Veio dos túmulos um homem, o qual tinha ali a sua morada, e nem mesmo com cadeias podia já alguém segurá-lo”.
Luc. 23:53: “E, tirando-o da cruz, envolveu-o em um pano de linho e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ninguém havia sido sepultado”.
Atos 2:29: “Irmãos, é-me permitido dizer-vos ousadamente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até hoje”.
Veja-se também Atos 7:16 e Apo. 11:9. Certificai-vos de Todas as Coisas p. 191.
3). KEBER e SEOL são sempre contrastadas e nunca equiparadas. KEBER é o lugar do corpo, enquanto SEOL ou HADES é o lugar do espírito e da alma (Lc. 16.22-25).
4). SEOL ou HADES é um lugar não visto, enquanto a sepultura é na superfície da terra, um lugar visto por qualquer ser humano. SEOL é o lugar invisível, ou o mundo invisível (Isaías 14.9). SEOL ou HADES é um lugar oposto ao céu, sendo o céu o lugar mais alto e o SEOL ou HADES o lugar mais baixo (Sl. 139.7-8; Am. 9.2).
Esta palavra grega foi transliterada em Português nas dez vezes que ocorre (Mateus 11:23; 16:18; Lucas 10:15; 16:23; Atos 2:27-31; Revelação 1:18; 6.8; 20:13,14). Significa literalmente “o lugar não visto”. TNM, edição 1967, Apêndice, p.1426.
5). Enquanto os corpos estão inconscientes na sepultura, os que se acham no SEOL são vistos como seres conscientes:
“Até mesmo o SEOL, embaixo, ficou agitado por tua causa, para encontrar-se contigo ao entrares. Todos eles respondem e te dizem: Foste tu mesmo também debilitado igual a nós? E a nós que te tornaste comparável?” (Is. 14.9-10).
“Os principais homens dos poderosos falarão do meio do SEOL até mesmo a ele, com os seus ajudantes” (Ez. 32.21).
“Rodearam-me as próprias cordas do SEOL; confrontaram-me os laços da morte” (2Sm. 22.6).
“E acharam-me as próprias circunstâncias aflitivas do SEOL. Continuei a encontrar aflição e pesar” (Sl. 116.3).
“Na minha aflição clamei a Jeová e ele passou a responder-me; do ventre do SEOL clamei por ajuda” (Jn. 2.2).
6). Enquanto KEBER é usada com relação a sepultamento, SEOL não o é. Pode-se sepultar alguém na sepultura (KEBER), mas não se pode sepultar alguém no SEOL (Gn. 23.4,6,9,19,20; 49.30).
7). Enquanto KEBER é encontrado no plural (sepulturas – Êx. 14.11) SEOL nunca é encontrado no plural.
Em grego, a palavra comum para sepulcro é táphos (Mat. 28:1), relacionado com o verbo thápto, que significa “enterrar” (Mat. 28:21,22). As palavras mnéma (Luc. 23:53) e mnemeion (Luc. 23:55) referem-se a um túmulo ou a um túmulo memorial.
Uma vez que tais vocábulos hebraicos e gregos se referem a um lugar singular de sepultamento, ou sepulcro, são amiúde empregados no plural, como se referindo a muitos de tais sepulcros. Por conseguinte, distinguem-se da palavra hebraica sheohl e de seu equivalente grego haides, que se referem à sepultura comum de toda a humanidade ou domínio da sepultura, e, assim sendo, são sempre empregadas no singular. Ajuda Para Entendimento das Escrituras, p. 1540.
8). Enquanto uma sepultura/pode ser localizada num lugar específico (Êx. 14.11), SEOL nunca é localizado, porque de qualquer lugar SEOL se torna acessível, por ocasião da morte de alguém.
9). Enquanto alguém pode possuir sua própria sepultura (Gn. 23.4-20), em nenhum lugar da Bíblia se encontra que alguém possa ter o seu próprio SEOL.
10). Enquanto alguém pode pocar numa sepultura (Nm. 19.18), não se encontra na Bíblia que alguém possa tocar no SEOL.
11). Enquanto alguém ao tocar numa sepultura fica contaminado (Nm. 19.16) a Bíblia nunca fala de alguém ser declarado imundo por tocar no SEOL.
12). Enquanto se pode remover ou tirar corpos ou ossos da sepultura (2Rs. 23.16), a Bíblia nunca fala de alguém remover algo do SEOL.
13). Enquanto se pode ornamentar uma sepultura (Gn. 35.20), o SEOL nunca pode ser ornamentado.
14). Enquanto alguém pode roubar algo de uma sepultura (Jr. 8.1-2), o SEOL nunca pode ser roubado ou profanado pelo homem.
15). O SEOL é um lugar onde alguém podia reunir-se com os seus parentes Gn. 15.15; 25.8; 35.29; 37-35; 49.33; Nm. 20.24-28; 31.2; Dt. 32.50; 34.5; 2Sm. 12.23).
16). O SEOL é visto como um lugar de duas diferentes seções ou lugares, existindo um em contraste com o outro, as partes mais baixas do SEOL (Dt. 32.22; Lc. 16.22-25). Esta figura de linguagem implica que existiam divisões entre os justos e os injustos depois desta vida. Os maus são declarados como estando nas partes “mais baixas”, enquanto que os justos são vistos nos lugares “mais altos” do SEOL ou HADES.
HADES
Encontramos o significado da palavra grega HADES no Novo Testamento como se aponta abaixo:
1). HADES não significa morte, porque a palavra grega para morte é thanatos. Isto pode ser visto com mais clareza em Apocalipse 1.18, onde HADES e morte aparecem juntas e não são vistas como sinônimas.
2). HADES não é a sepultura, porque as palavras gregas para sepultura são MNEMA e MNEMEION, como se lê no Vine’s Expository Dictionary, p. 512.
3). HADES não é o inferno, isto é, o lugar de punição eterna final para os maus, porque a palavra grega usada para inferno, no Novo Testamento, é GEENA.
4). HADES não é o céu, isto é, o lugar onde os espíritos e as almas dos justos vão após a morte, para esperar a ressurreição do corpo, porque a palavra grega para céu é OURANOS.
5). A interpretação judaica para SEOL foi a base para a narrativa de Jesus em Lucas 16.19-31. O homem rico foi diretamente para o HADES (v. 23). A frase “Seio de Abrão”, para onde os anjos levaram Lázaro (v. 22-23) precisa ser interpretada como a seção ou divisão do HADES reservada para os justos, para onde Jó almejava ir: “Quem me dera que me escondesses no SEOL… que me fixasses um limite de tempo e te lembrasses de mim” (Jó 14.13).
Estão certas as TJs quanto afirmam que Jó não pretendia ir para a divisão do SEOL onde havia castigo consciente, mas pretendia ir para o ‘Seio de Abraão’ onde havia descanso:
Sim, pessoas boas vão para o SEOL. Por exemplo, tome Jó, que é conhecido pela sua fidelidade e integridade para com Deus. Quando estava sofrendo muito, pediu a Deus que o ajudasse. Sua oração está registrada em Jó 14:13: “Quem me dera que me escondesses no SEOL, que me fixasses um limite de tempo e te lembrasses de mim!” Agora, imagine: Se o SEOL fosse um lugar de fogo e tormento, desejaria Jó ir para lá e passar o tempo ali até que Deus se lembrasse dele?
Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 82.
6). Antes da ascenção de Cristo, tanta justos como os maus iam para o SEOL ou HADE. Os primeiros na parte”mais alta” e os segundos nas partes “mais baixas”.
Depois da ascenção de Cristo, o Novo Testamento menciona os cristãos entrando no céu para estar com Cristo (2Co 5.6-8; Fp. 1.21; Ap. 6.9-11); adorando com os anjos no céu (Hb. 12.22-23). O primeiro a entrar no céu após a ascençãode Cristo foi Estêvão (At. 7.59-60). Assim, os cristãos agora não vão para o HADES ao morrer, mas ascendem diretamente para o céu para estar com Cristo. Antes de Cristo ressuscitar e ascender aos céus, os apóstolos assumiam que qualquer que morria ia ao SEOL ou HADES. Paulo usa a linguagem de transição ou mudança, quando fala de Cristo “levando cativo o cativeiro”, isto é, tirando os justos do HADES (seção ou divisão denominada “Seio de Abraão”) e transportando-os para o céu (Ef. 4.8-9). Posteriormente, pois, a ascenção de Cristo, os cristãos vão ao céu por ocasião da morte, a fim de esperar a ressurreição dos corpos (1Co. 15.51-54; Fp. 3.20-21; 1Ts. 4.16-17).
Foi Jesus quem falou sobre um certo homem rico, e também sobre um mendigo chamado Lázaro. Suas palavras são encontradas em Lucas 16.19-31.
As TJs não aceitam jamais que se trate de uma narrativa o texto acima, e assim dão várias interpretações para o que chamam simplesmente de parábola.
Assim, na interpretação acima os dois homens representam duas classes:
- a) “O homem rico representa a ultra-egoísta classe do clero da cristandade”.
- b) “Lázaro representa o restante do ‘corpo de Cristo’ e também aquela classe de pessoas que são de boa vontade”.
Se o HADES é um lugar de descanso, como interpretar que a primeira classe esteja “atormentada pela verdade proclamada” pelas TJs?
Vamos a uma segunda interpretação da Sociedade Torre de Vigia:
Nesta segunda interpretação já ocorreram duas mudanças:
- a) “O rico representava a classe dos líderes religiosos que rejeitaram e depois mataram Jesus”; e não o ‘clero da cristandade’.
- b) “Lázaro representava o povo comum” e não mais “o restante do corpo de Cristo”, isto é, os da classe dos ungidos.
Vamos a uma terceira interpretação da Sociedade Torre de Vigia:
Esta ilustração, evidentemente, dirigia-se aos fariseus como classe, eram semelhantes ao rico. Amavam o dinheiro, bem como o destaque e títulos lisonjeiros.
É Esta Vida Tudo o Que Há, p. 102.
Observe o leitor que na segunda interpretação o rico representava a classe dos líderes religiosos que rejeitaram e mataram Jesus, que incluía os fariseus e os saduceus. Na terceira interpretação o rico representava apenas os fariseus.
Se perguntássemos a uma TJ por que as contradições da interpretação da narrativa de Lucas 16.19-31, a resposta seria: “luz progressiva” e citariam Pedro 4.18. Dizemos nós: luz progressiva ou tapeação progressiva? E tudo por que? Porque dizem:
Qual é o castigo pelo pecado, segundo a Bíblia?
Rom. 6:23: “O salário pago pelo pecado é a morte.”
Após a morte da pessoa, está ela ainda sujeita a castigo adicional pelos seus pecados?
Rom. 6:7: “Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado”.
Raciocínios à Base das Escrituras, p. 196.
Observe leitor o texto base, para declarar que não há castigo adicional depois da morte pelos pecados cometidos nesta vida (Rm. 6.7). 0 corre que o texto não fala do castigo pelos pecados cometidos nesta vida, mas o que ocorre com aqueles que aceitam a Cristo como Salvador e deixam de viver no pecado: Aquele que morreu (para o pecado) foi absolvido do seu pecado (justificado que foi pela fé em Cristo – Hb. 6.3-6). As TJs não deixam de reconhecer o nosso ponto de vista e dizem, ainda, interpretando Lc 16.19-31:
Ao mesmo tempo, tais vivos passam a estar “mortos” para o pecado Lemos: “Considerai-vos deveras mortos no que se refere ao pecado, mas vivos no que se refere a Deus, por Cristo Jesus” — Romanos 6:11.
Visto que tanto o “rico” como “Lázaro”‘ da parábola de Jesus são claramente simbólicos, sua morte logicamente também é simbólica. É Esta Vida Tudo o Que Há?, p. 103.
Com relação a Lucas 16.19-31, as TJs tem andado em “zigue-zague” para lá e para cá, dando diversas interpretações, com o propósito de fugir da única interpretação plausivel – um juízo que se segue imediatamente à morte física (Hb. 9.27).
A que conclusão se chega diante de ensinos tão conflitantes? As TJs têm a resposta:
É assunto sério representar Deus e Cristo de um modo, e depois achar que nosso entendimento dos principais ensinos e das doutrinas fundamentais das Escrituras estava errado, e, daí, retornar às mesmas doutrinas que, por anos de estudo, cabalmente verificamos ser erradas. Os cristãos não podem vacilar — ser indecisos — a respeito de ensinos fundamentais. Que confiança se pode ter na sinceridade ou no critério de tais pessoas?
A Sentinela — 15 de abril de 1977, p. 246.
Vamos agora ao que o historiador Josephus esclarece sobre a narrativa de Lucas 16.19-31.
Quanto ao HADES, onde ficam detidas as almas dos justos e dos injustos, precisamos dizer algo. O HADES é um lugar que nao foi acabado de modo regular – uma região subterrânea, onde não brilha a luz deste mundo.Dessa circunstância, concluímos que o HADES está envolto em trevas perpétuas. Ali ficam as almas em custódia, e seus guardiães são anjos, que distribuem castigos temporários, de acordo com a conduta e às maneiras de cada uma.
Há uma única entrada para essa região inferior, e cremos estarem ali postados um arcanjo e sua hoste angelical. Aqueles que atravessam essa entrada não se dirigem todos para o mesmo lugar. Os justos são guiados para o lado direito, onde têm habitado desde o começo do mundo, ajudados pelos anjos, entre cânticos, para uma região luminosa, e esse lugar chamamos Seio de Abraão.
Quanto aos injustos, são arrastados à força para o lado esquerdo. Dali contemplar o lugar onde se acham os patriarcas e os justos. Assim, ainda que os justos sintam dó dos ímpios, não podem ser admitidos do lado esquerdo; e nem podem os injustos passar para o lado direito, mesmo que se tornem muito ousados.
Esse é discurso atinente ao HADES, onde ficam detidas as almas de todos os homens, até o tempo determinado por Deus, quando todos os homens ressuscitarem dentre os mortos. E isso não mediante a transmigração das almas de um corpo para outro, pois cada qual ressuscitará em seu próprio corpo.
Tendo em vista as interpretações dadas pelas TJs sobre a narrativa de Lucas 16.19-31, ponderamos:
- a) Os fariseus nunca foram objeto de favor especial de Deus como religiosos, de modo que tal conceito pudesse justificar uma ilustração no sentido metafórico;
- b) Jesus conhecia suas crenças sobre a natureza do HADES, assim como com relação à punição eterna, como demonstrado com o “Discurso de Josephus” sobre o HADES, e aproveitou sua forma de crer para despertá-los a não ficarem satisfeitos com as regalias da vida presente, esquecidos dos necessitados;
- c) Se fosse falso o ensino que Jesus transmitiu em Lucas 19-31, ou se o ensino do castigo consciente depois da morte fosse blasfemo e invenção de Satanás, como dizem as TJs, ele certamente nunca usaria tal recurso didático, teria dito que o ensino do castigo consciente depois da morte era falso, e não o usaria para concitar seus ouvintes ao arrependimento e consequente salvação, enquanto nesta vida como última oportunidade.
Dizem ainda as TJ sobre o estado dos mortos no período entre a morte e a ressurreição:
Visto que a Bíblia mostra claramente que os mortos não estão cônscios, esses ensinos não podem ser verdadeiros. Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p.89.
Quando lhes apresentamos Lucas 23.43, retrucam com a sua TNM: “E ele lhe disse: “Deveras, eu Te digo hoje: Estarás comigo no Paraiso”.
E acrescentam no rodapé:
Lucas 23:43′ “Hoje.” Embora coloque uma vírgula no texto grego antes da palavra “hoje” nos manuscritos unciais gr. não se usava vírgula. Em harmonia com o contexto, omitimos a vírgula antes de “hoje” (TNM, p. 1228).
Como se vê na declaração acima, o texto grego por elas adotado traz a vírgula antes de “hoje”. Afirmam em seguida que nos manuscritos mais antigos não existe pontuação, “mas em harmonia com o contexto”, que significa, com a sua forma de crer que “os mortos não estão cônscios”, puseram dois pontos depois de “hoje”. Isso é torcer a Bíblia (2Pe. 3.16) para ajustá-la aos seus ensinos (Ap. 22.18-19).
Negando o estado consciente depois da morte para a classe da “grande multidão” (Ap. 7.9), reconhecem que a partir de 1918 (para Rutherford; 1878 para C. T. Russell) os da classe dos ungidos, ao morrer vão direto para o céu, em perfeito estado de consciência:
À Parte de Deus e de Cristo, a Vida Imortal, se Limita a 114.000 Pessoas: É Apenas para Pessoas Divinas, Celestiais.
Apo. 7:4-3 “Ouvi o número dos que foram com selo assinalados, cento e quarenta e quatro mil, assinalados de todas as tribus dos filhos de Israel”.
Ap. 14:1-3 “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que tinham escrito onome dele e o nome de seu Pai sobre as suas testas. Ouvi uma voz co céu… cantavam um novo cântico e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil”.
Dá-se a Vida Imortal aos Membros do Corpo de Cristo Pela Fidelidade Até a Morte.
Rom. 2:7 “A vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam glória, honra e incorrupção”.
Tia 1:12 “Bemaventurado o homem que suporta a tentação, porque depois de ter sido provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam”.
Os Desta Classe, que Morrem Desde 1918, São Mudados Imediatamente ao Morrer.
1 Cor 15:51,52 “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos mudados, mas todos seremos mudados, num momento, num abrir de abrir e fechar de olhos,ao som da trombeta. A trombeta soará, os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos mudados”. Certificai-vos de Todas as Coisas, p. 364.
Mas existem cristãos, que vivem agora durante a presença invisível de Cristo, que têm esta mesma esperança de governar no céu com Cristo. São os remanescentes, um restante dos 144.000. Quando são ressuscitados? Não há necessidade de que durmam na morte, mas, ao morrerem, ressuscitam imediatamente. Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p.173.
GEENA
O que significa Geena para as TJs? Dizem:
LAGO DE FOGO
O que significa o Lago de Fogo para as TJs? Dizem:
Então, o que é “o lago de fogo”, mencionado no livro bíblico Revelação? Tem significado similar ao da Geena. Não significa tormento consciente, mas, antes, a morte ou destruição eterna.
Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra?, p. 87.
Se geena e lago de fogo têm significado similar, e não significa “tormento consciente”, mas, antes, a morte ou destruição eterna, como explicar que os demônios tenham terror ao lago de fogo?
Os Demônios Aguardam em Terror a Perspectiva de Irem Para o Lago de Fogo
Mat. 8:28,29 “Tendo ele chegado à outra banda, à terra dos gadarenos, dois endemoninhados, em extremo furiosos, de modo que ninguém podia passar por aquele caminho, saindo dos túmulos, vieram-lhe ao encontro. Eles gritaram: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?
Luc. 8:30,31 “Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu-lhe ele: Legião, porque eram muitos os demônios que nele haviam entrado. Estes lhe suplicaram que não os mandasse ir para o abismo. Certificai-vos de Todas as Coisas, p. 197.
A Bíblia registra a história da palavra geena e mostra que o local recebeu esse nome por causa dos sacrifícios de seres vivos que lá se realizavam de modo bárbaro. O Vale dos Filhos de Hinom (Jr. 7.32) tornou-se o nome técnico para designar o lugar de tormento eterno não porque lá fossem lançados o lixo e corpos mortos, mas por causa da adoração do ídolo Moloque, que era feito com sacrifícios Vivos:
“Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no Vale dos Filhos de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores; e fez muitíssimo mal aos olhos do Senhor para o provocar a ira” (2Cr. 33.6).
A maldição do Vale dos Filhos de Hinom pelo rei Josias (2Rs. 23.10) tornou-se associada com a profecia como um quadro do juízo de Deus, que assim visitaria o seu povo (Jr. 7.32). O posterior uso do lugar como depósito de lixo da cidade, onde se lançavam corpos de seres mortos, veio aprofundar o sentido de maldição do lugar, mas o significado primário de ser um lugar amaldiçoado não era por causa disso e sim pelo uso do lugar como local de adoração ao deus Moloque acompanhado com sacrifício de crianças vivas. Por causa da maldição lançada por Josias, o lugar ficou marcado por Jesus como símbolo da punição eterna. Uma geena simboliza a outra geena – o fogo eterno (Mt. 18.9; Mc. 9.43-45).
Vejamos bem: se a GEENA era um símbolo do inferno, então o inferno é real, porque o que simboliza, simboliza algo real e semelhante ao simbolizado. Se a GEENA fora dos muros de Jerusalém simboliza o inferno, então ambas as coisas são reais: tanto o lugar fora de Jerusalém como o próprio inferno.
Que GEENA não é somente um monturo fora de Jerusalém torna-se claro ao lermos Mateus 13.40-42,50. Nesta passagem geena é representada como “fornalha de fogo”. Note-se a semelhança de linguagem ao descrevê-lo como fornalha no ventre de Moloque (2Cr. 28.3; 33.6).
TÁRTARO
Esclarecem as TJs sobre esse lugar:
Existe relação entre 2Pedro 2.4 e Judas 6. Os anjos que não guardaram o seu principado estão retidos em cadeias eternas. A palavra grega para “eterna” é AIDIOS, que também é encontrada em Romanos 1.20, referindo-se ao eterno poder de Deus. Esses anjos estão em cadeias de escuridão eternas. A palavra ZOPHOS refere-se a essas cadeias de escuridão. Nem Pedro nem Judas ensinam que os anjos passaram à inexistência quando foram lançados no Tártaro. Essa classe de anjos entrou em tormento eterno logo após a sua queda, e permanecem nessa condição por toda a eternidade. O Novo Testamento é claro ao ensinar que alguns dos anjos estão em tormento consciente agora, e serão ajuntados aos demônios para o dia do juízo:
“E rogaram-lhe que os não mandassem para o abismo” (Lc. 8.31).
“E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus Filho de Deus? Vieste atormentar-nos antes do tempo?” (Mt. 8.29).
III – PALAVRAS GREGAS EMPREGADAS PARA O ENSINO BÍBLICO DO CASTIGO ETERNO
APOLLUMI
A ideia transmitida por essa palavra não é aniquilamento, mas sim ruína, perdição, tornar-se inservível, como nos exemplos de:
– odres estragados, inservíveis (Lc. 5.37);
– a ovelha perdida, não aniquilada, mas finalmente achada (Lc. 15.4);
– a dracma perdida e posteriormente achada (Lc. 15.8);
– o filho pródigo perdido, mas restaurado (Lc. 15.24);
– a comida que se estraga, perece (Jo. 6.27).
Existe ainda uma passagem bíblica na qual APOLLUMI nunca pode ser traduzida como aniquilamento:
“Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida (psuche), per de-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará” (Lc. 9.24).
“Perder a sua vida” é do grego “apolese teen pshuckeen”. Pode-se traduzir pshucheen por alma, que é a tradução correta. Se APOLLUMI significa aniquilamento, isto constituiria salvação para alguém? Perder a vida, ou alma, precisa, pois, significar outra coisa diferente de aniquilamento: significa submeter-se alguém aos interesses do reino de Deus.
OLETHROS
Esta é outra palavra usada no Novo Testamento para descrever o castigo dos ímpios. Aparece em:
1Coríntios 5.5, onde “para destruição da carne [oletros], para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus”.
1Tessalonicenses 5.3, onde “repentina destruição” é a tradução de aiphnidios olethros;
2Tessalonicenses 1.9, onde ‘eterna perdição’ é a tradução de olethron aioonion;
Se em 1Tessalonicenses 5.3 olethros significasse aniqulamento, como poderia tal pessoa comparecer perante o tribunal de Cristo (2Co. 5.10)?
Duas outras passagens onde olethros é usada para descrever o estado final do ímpio:
“Mas, os que querem ser ricos, caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição [olethron] e ruína [apooleian, derivada de apollumi]” (1Tm. 6.9).
“Os quais por castigo [dikeen] padecerão eterna perdição [olethron aioonion], ante a face do Senhor e a glória do seu poder” (2Ts. 1.9).
Afinal, como pode haver eterno aniquilamento?
Aniquilamento, por definição, precisa ocorrer num momento, pois que sentido pode haver em eterno aniquilamento? O castigo dos ímpios, como se descreve da palavra olethros, significa eterna ruína, perdição, afastamento de Deus.
K0LASIS
Esta palavra ocorre em:
Mateus 25.46: “E irão estes para o tormento eterno [kolasin aioonion], mas os justos para a vida eterna [zooeen aioonion]”.
As TJs traduzem a palavra kolasin por “decepamento”. Por este meio querem interpretar a palavra kolasin com o sentido de aniquilamento.
A palavra kolasin ocorre em:
1João 4.18: “No amor não há temor, mas o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor exerce uma restrição [kolasin echei]”.
Se fossem coerentes, traduziriam “porque o temor exerce um decepamento”, o que não faz sentido.
Aparece ainda a palavra kolasin em Marcos 14.65, onde a expressão kolaziso (da mesma raiz etmológica) descreve o castigo que sofreu Jesus Cristo. Atos 4.10, onde se refere ao castigo sofrido pelos apóstolos nas mãos do Sinédrio. 2Coríntios 12.7, onde se fala das aflições de Paulo no “seu espinho na carne”.
AIOONIOS
Usualmente a palavra é traduzida por “eterno” ou “para sempre”. Aparece a palavra em: Apocalipse 4.9 – “E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre” [eis tous aioonas toon aioonoon] e Romanos 16.26: “Segundo o mandamento do Deus eterno [tou aiooniou Theou]”.
Certamente nenhum aniquilacionista poderia negar que a glória de Deus é sem fim, ou seja, dura toda a eternidade.
Quando a palavra aioonios é usada para descrever o tempo futuro, denota tempo sem fim. A palavra é frequentemente usada para descrever a felicidade futura do povo de Deus. É encontrada em:
João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – descrevendo a vida eterna dos que creem em Cristo;
João 10.28: “dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (zooeen aioonion);
2 Coríntios 4.17: “peso eterno de glória” para os remidos;
2 Coríntios 4.18: as coisas que se não veem são “eternas”, em contraste com as que se veem que são “temporais” (proskaira, durando só por um tempo).
2Timóteo 2.10: “glória eterna” para os remidos pela salvação em Cristo;
Hebreus 9.15: “promessa de herança eterna” para os chamados em Cristo.
Se a palavra aioonios é empregada para descrever a felicidade eterna dos justos, é claro que, empregada ao contrário, descreve o futuro castigo dos ímpios (Mt. 18.8, 25.41; Mc. 3.29; 2Ts. 1.9; Hb. 6.2).
BAZANIZO
Essa palavra é traduzida por “tormento” consciente. É encontrada em Mateus 8.6, para indicar o tormento do paralítico; Mateus 8.29 (e as passagens paralelas Marcos 5.7 e Lucas 8.28), para indicar o tormento dos espíritos imundos; Apocalipse 14.10, “atormentados” para todo o sempre os adoradores da besta; Apocalipse 20.10, para indicar o tormento do Diabo e seus anjos, da besta e do falso profeta (basanis thesontai).
Apocalipse 19.20 declara que a besta e o falso profeta são lançados no Lago de Fogo e Apocalipse 20.10 diz que, depois de mil anos, o Diabo é também lançado e encontra lá, vivos, a besta e o falso profeta. Não tinham sido aniquilados, o que indica que a segunda morte é o afastamento ou banimento eterno de Deus (Ap. 20.1,2,7,10).
Em Mateus 26.24 Jesus falou de Judas, dizendo que seria melhor para ele não ter nascido pelo fato de trai-lo. Agora, se a morte é aniquilamento, por que seria pior para Judas do que para outro traidor? Por que não disse “Seria melhor para ele ter morrido, porque tendo morrido seria como se nunca tivesse nascido?” Mas Jesus não disse, deixando claro que ter nascido e ter morrido como traidor implicava ir para o seu próprio lugar (Atos 1.25).
As TJs concordam conosco com o significado da palavra bazanizo e declaram:
No grego original, a palavra traduzida “serão atormentados” é o tempo futuro da palavra grega basanizõ. Significa primariamente “esfregar na pedra de toque”, por à prova, daí examinar pela tortura (básanos), pedra de toque, tormento”. — The Expository Dictionary of New Testament Words, Volume IV, página 141, por W. E. Vine, publicado por Oliphants Ltd., Londres, Inglaterra.
A Sentinela, p. 88.
Nas pegadas do seu líder fundador C. T. Russell, as TJs seguem negando a doutrina bíblica do castigo eterno e consciente, apresentando a seguinte argumentação:
“A doutrina dum inferno ardente, onde os iníquos depois da morte são torturados para sempre, não pode ser verdadeira, principalmente por quatro razões: (1) Porque está inteiramente fora das Escrituras; (2) porque é irracional; (3) porque é contrária ao amor de Deus; e (4) porque é repugnante à justiça”. Seja Deus Verdadeiro, p. 78.
Refutemos essas quatro infundadas razões:
- “Porque está inteiramente fora das Escrituras”
Refutação: Só uma referência seria necessária para refutar essa alegação – Mt. 25.41: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”. No livro Certificai-vos de Todas as Coisas, p. 197, lê-se o seguinte título: “Os demônios aguardam com terror a perspectiva de irem para o lago de fogo” – Mt. 8.28-29; Lc. 8.30-31 – vide página 20.
Observe o vocábulo “terror” empregado na citação da literatura da Sociedade Torre de Vigia: “Os demônios aguardam, com terror, a perspectiva de irem para o Lago de Fogo”. Se o inferno está inteiramente fora das Escrituras, não haveria razão para os demônios se aterrorizarem com tal perspectiva infundada. Logo, é porque existe o inferno, daí ficarem aterrorizados.
Outras citações bíblicas sobre o inferno: Mateus 10.28; 13.42,50; 18.8; 25.46; Marcos 9.43-45; 2Pedro 2.4,9; Apocalipse 14.10; 20.10.
- “Porque é irracional”
Refutação: Em primeiro lugar, a questão a ser levantada é: desde quando a razão de qualquer pessoa tem maior valor do que a Palavra de Deus? É preciso que algo seja racional para ser verdadeira? Tal argumento tem fundamentado no sentimentalismo e pressuposição humana, e não na Bíblia. A nossa razão poderia ditar que o homem deveria ser o seu próprio juiz e apontar sua própria penalidade pelo seu pecado cometido? Mas em que lugar se permite ao réu estabelecer sua própria penalidade? Por que um ato de Adão de desobediência trouxe sobre a terra a morte e a destruição de toda a sua posteridade? Por que um homem pode receber a vida eterna pela sua fé em Jesus Cristo? É razoável que um inocente sofresse em lugar do culpado? (Rm. 5.8,12).
- “Porque é contrária ao amor de Deus”
Refutação: Não é contrário ao amor de Deus, porque Deus não é só amor, é também justiça. Com amor dá o céu (Jo. 3.16; Jo. 5.24; Jo. 14.2-3); como justiça, com justiça, dá o inferno (Hb. 12.29).
Não esqueçamos que as TJs chegam à Bíblia com a ideia de que aquilo que ela diz deve harmonizar-se com o seu próprio conceito pessoal. E as TJs chegam à Bíblia com o conceito sobre o inferno de acordo com o ensino do seu fundador e “servo fiel e discreto”, de Mateus 24.45, Charles T. Russell. Como explicam as TJs o fato de Deus ter comissionado Josué a expelir os cananeus, e destruir todos os habitantes daquelas terras, incluindo até mesmo as criancinhas? Não era Ele amor? (Dt. 7.2; Js. 10.40; 1Jo. 4.8). A resposta que as TJs dão é esta:
Então, o que podemos aprender disso? Indica a narrativa, de algum modo, que Jeová não é Deus de amor e alguém que “ama a justiça”, conforme se declara em outra parte da Bíblia? — 1 João 4:8; Salmo 37:28. Não; antes, ensina um princípio vital: que o amor de Deus à justiça tem por parte correspondente o ódio à iniquidade.
É a Bíblia Realmente a Palavra de Deus?, p. 94.
- “Porque é repugnante à justiça”
Refutação: Se castigar corretamente um crime é repugnante à justiça, então as TJs estão certas. Mas, somente Deus sabe como deve castigar corretamente o pecado. O pecador é punido como consequência do seu próprio pecado. Não é assim que as TJs ensinam?
Porque a Bíblia mostra que Deus disse: “Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim os meus caminhos são mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, do que os vossos pensamentos” (Isaías 55:9). A Bíblia mostra, além disso, que todos nós somos imperfeitos, estando sujeitos ao erro (Romanos 3:23). A experiência humana certamente demonstra isso. Então, se a pessoa considerar os assuntos do ponto de vista da mentalidade humana imperfeita, a apresentado bíblica das ações de Deus, em alguns casos, poderá parecer estranha e até mesmo incoerente. Mas, se a Biblia se harmonizasse com o nosso próprio conceito humano limitado, provaria isso que ela é de Deus? Como podemos ser beneficiados ou ajudados por ela se não procurarmos outra coisa a não ser a confirmação de conceitos que já adotamos? É razoável que o livro que é a Palavra de Deus corrija, esclareça e eleve nosso modo de pensar. É a Bíblia Realmente a Palavra de Deus?, p. 92.
E não citam o caso de os israelitas criticarem a Deus pelas medidas punitivas impostas pelos seus pecados?
A Bíblia cita israelitas desobedientes criticando os tratos de Deus e dizendo: “O caminho de Jeová não é acertado.” A resposta que Deus lhes deu foi: “Quanto aos meus caminhos, acaso não são acertados, ó casa de Israel? Não são os vossos caminhos que não são acertados?… [Recuai] de todas as vossas transgressões, e que nada se mostre para vós pedra de tropeço que induz ao erro” — Ezequiel 18: 29,30.
Se reconhecermos que hoje não estamos era condições melhores para agir como juízes de Deus do que aqueles israelitas, então podemos chegar-nos à Bíblia com a esperança de obter genuíno esclarecimento. É a Bíblia Realmente a Palavra de Deus?, p. 93.
Lembrando que a Bíblia nos revela a misericórdia e o amor de Deus, sabemos que Deus não é nenhum monstro cruel e sem sentimentos, que tem prazer em atormentar as pessoas. Se nós realmente O conhecemos, compreendemos que Ele é mais bondoso e amoroso que nós mesmos. Assim, se nos somos incapazes de conciliar a bondade de Deus com os ensinamentos de Jesus, a respeito do castigo eterno, o problema deve estar em nós mesmos, e na nossa compreensão limitada de Deus. Abraão enfrentou um problema idêntico quando soube que Deus ia fazer chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Goraorra. Ele questionou até mesmo perguntando: “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn. 18.25). Assim, as TJs que se irritam contra a doutrina do inferno, e reclamam dizendo que tal ensino “é repugnante à justiça”, deviam seguir o exemplo de Abraão. A solução não está em negar a Biblia, afirmando levianamente que “está inteiramente fora das Escrituras” (Mt. 22.13; 24.50-51; 25.30; Lc. 6.23-25; 12.4-5; 12.46-48; 13.27-28).
Uma pergunta para as TJs: “Se alguém nunca lesse uma publicação da Torre de Vigia, mas lesse apenas as palavras de Jesus, no que ela acreditaria com respeito ao assunto do castigo eterno ou do inferno como lugar de punição? Em que os leitores da Bíblia acreditaram por muitos séculos, antes que o fundador da Sociedade Torre de Vigia – Charles T. Russell – apresentasse no final de 1800 anos a sua doutrina da negação inferno?
IV – A TEORIA DO PURGATÓRIO MILENIAL
As TJs combatem tenazmente o ensino Católico Romano do purgatório, afirmando:
Na realidade, a palavra ”purgatório”, ou a ideia dum purgatório, nem se encontra na Bíblia.
Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p.89.
São tão radicais que afirmam também ser a doutrina do Purgatório mentira do Diabo:
E também é mentira, difundida pelo Diabo, que as almas dos iníquos sejam atormentadas num inferno ou num purgatório. Idem, p. 89 §19.
Mas, dotados do que se chama sentimentalismo piegas ou manhoso, resolveram criar o seu próprio Purgatório – o Purgatório Milenial:
Mas, quem são as pessoas que Jesus disse “que praticaram coisas vis” e que são trazidas de volta “para uma ressurreição de juízo”? A “ressurreição de juízo” é para aqueles cujos corações talvez quisessem fazer o que era direito, mas que morreram sem terem tido a oportunidade de ouvir falar dos propósitos de Deus, ou de aprender o que ele espera dos homens. Muitos destes talvez fossem pessoas decentes. Podem fer sido sinceros na sua crença. Mas, assim mesmo “praticaram coisas vis”. Nunca tiveram oportunidade de saber da justiça de Deus. Estes receberão tal oportunidade. Eles a receberão na “ressurreição do juízo”. Estas pessoas serão trazidas de volta à terra paradisíaca. Serão instruídas na verdade. Mostrar-se-lhes-á o que é correto. Daí serão julgadas segundo o que fizerem. Se obedecerem às ordens de Deus, receberão a vida; se não obedecerem às ordens de Deus, passarão para a morte eterna, assim como aconteceu com Adão depois de ele ter desobedecido deliberadamente a Deus.
Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, p. 229.
As TJs apresentam a “ressurreição do juízo” mencionada em João 5.29 como oportunidade de receber “vida”. A TNM apresenta o texto assim: “e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida; os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento”.
Uma leitura imparcial de João 5.28-29 torna evidente que os destinos daqueles que o texto chama de “justos” e “injustos” já está decidido, aliás de acordo com Mateus 28.18-19 e Marcos 16.15-16.
As palavras de Jesus em João 3.18-21 mostra que a divisão entre os homens já tomou lugar, pois cada homem, por sua própria escolha, tem determinado seu próprio destino pela aceitação ou rejeição de Cristo. Aliás, o v. 20 de João 3 declara:
“Pois quem pratica coisas ruins odeia a luz e não se chega à luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas como tendo sido feitas em harmonia com Deus” – TNM (João 3.20).
A expressão “coisas ruins” (phaulos) é a mesma palavra encontrada em João 5.29. A palavra traduzida por “pratica” (João 3.20) é a mesma palavra grega (prasso) empregada em João 5.29 para ‘fizeram’, apenas com a diferença do tempo do verbo.
Para um leitor imparcial da Bíblia, João 5.28-29 é uma prova irrefutável de que os que “fizeram coisas ruins” não terão uma ressurreição ou julgamento, entendendo-se como uma segunda oportunidade de salvação, durante os mil anos do reinado de Cristo. Tal ensino, sem dúvida, pode ser denominado o PURGATÓRIO DE MIL ANOS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, embora sejam contra o ensino católico do purgatório imediatamente após a morte.
Para chegarem a esse ensino do PURGATÓRIO MILENIAL, as TJs ensinam que as palavras gregas krisis e krirma, que se traduzem em português por juízo, condenação (ARC), são traduzidas na TNM por ‘julgamento’ com o sentido de uma segunda oportunidade.
Há duas palavras gregas, dokime e peirasmós, que significam ‘oportunidade’, ‘prova’ ou ‘tentativa’. Porém, nenhum lexicógrafo do idioma grego diria que as palavras ‘krisis’ ou ‘krima’ devem traduzir-se pelas palavras ‘oportunidade’ e ’tentativa’ ou ‘prova’:
Vemos o que diz o The Expository Dictionary of New Nestament, na página 621, sobre tais palavras gregas:
O autor da apístola aos Hebreus, em 10.27, fala do juízo (krisis ou krima) como “certa expectação horrível de juízo”: “Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários”.
Mais os textos abaixo comprovam que o juízo futuro é algo que deve ser evitado já, pela aceitação de Cristo como Salvador único e pessoal, pois existem três razões bíblicas para termos a salvação no presente: a) a promessa de Jesus (Jo. 5.24); a invocação do nome de Jesus (Rm. 10.9.10,13); c) o testemunho,do Espírito Santo junto ao cristão (Rm. 8.16). Logo, para tal, não há mais condenação (Rm. 5.1; 8.1).
“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não se achou lugar para eles” (Ap. 20.11). Como se vê, o juizo é algo tão terrível que a “terra e o céu” fogem da presença do Juiz (At. 17.30-31).
Jesus não empregava a palavra “juizo” ou “julgamento” no sentido que dão as Testemunhas de Jeová, ou seja, como um PURGATÓRIO MILENIAL. Em Mateus 10.15 Ele diz: “Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade”.
A propósito, é de se perguntar às Testemunhas de Jeová sobre o povo de Sodoma e Gomorra: estarão eles dentro desse PURGATÓRIO MILENIAL?
O ensino das Testemunhas de Jeová é tão confuso, que elas falam contraditoriamente sim e não. Vejamos:
O povo da cidade de Sodoma morreu numa chuva de fogo depois de receber uma sentença desfavorável. Em outras ocasiões, outros grupos receberam também sentenças desfavoráveis. Provaram que não mereciam a vida, e não serão ressuscitados. Hoje em dia, porém, está em progresso um julgamento especial. Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, p. 236.
Mas, se Sodoma tivesse tido a oportunidade que Cafarnaum teve, Sodoma teria tido dez ou mais pessoas justas nela, e teria continuado durante os dezenove séculos mais até os dias de Jesus, e então mais alguns. Portanto, o recobro espiritual das pessoas mortas de Sodoma não é irrealizável (Gên. 18:22-32). E Ezequiel 16:46-61 fala de forma esperançosa das pessoas comparadas aos antigos sodomitas. A Sentinela, 5 de setembro de 1965, p. 555.
A Torre de Vigia ensina que haverá um PURGATÓRIO MILENIAL ou uma “segunda oportunidade”. Jesus diz que não. Em quem creremos? A resposta pode ser encontrada também em Mateus 11.22-24; 12.36; Marcos 3.29.
Vejamos agora as palavras gregas que falam de prova ou tentativa:
Como se vê acima dokimé é traduzida por “prova”; dokimion como “teste”:
“Sabendo que a prova da vossa fé obra a paciência” (Tg. 1.3).
“Para que a prova da vossa fé…” (1Pe. 1.7).
Os veementes apelos da Bíblia por um arrependimento e conversão a Deus nesta vida presente, revelam que não há PURGATÓRIO MILENIAL.
“E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb. 9.27) – juízo e não segunda oportunidade.
“Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto” (Hb. 3.7-8).
“Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação: eis aqui agora o tempo aceitável, eis a-qui agora o dia da salvação” (2Co. 6.2).
As palavras “hoje” e “agora” implicam um tempo limitado e que não há segunda oportunidade depois da morte, ou melhor dizendo, PURGATÓRI0 MILENIAL É UM MITO RELIGIOSO INVENTADO por Charles T. Russell e Patherford., segundo presidente da Torre de Vigia. As próprias TJs são a sua sentença, ao dizerem:
Como pode alguém receber hoje uma sentença desfavorável? Pode recebê-la por recusar obedecer a Deus. Pode receber uma sentença desfavorável por continuar ao lado dos líderes religiosos falsos, ou por pecar contra o espírito de Deus. Jesus disse aos líderes religiosos falsos: “Serpentes! Raça de víboras!” Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, p. 236.
Mas, poderá alguém dizer: “Estou convicto de que não há PURGATÓRIO MILENIAL para aquele que houver recusado a oferta gratuita de salvação (Mc. 16.15-16), mas que dizer dos que nunca ouviram a mensagem do evangelho?”
Reconhecemos que este é um problema difícil, mas não podemos ignorar que todos os homens têm algo de luz com respeito a Deus e sua responsabilidade para com Ele:
“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem, pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inexcusáveis” (Rm. 1.20).
Como podem ser inexcusáveis? Porquanto não buscam a Deus nem seguem a luz que tem (Lv. 5.17; Is. 55.6; Jr. 29.13; Mt. 7.7; Rm. 3.11). Depois, devemos levar em conta que todos os homens serão julgados conforme a luz que tiveram (Lc. 12.47-48; Rm. 2.12).
As TJs têm um prazo de mil anos para responder:
“M0STRE-N0S UMA PASSAGEM BÍBLICA QUE ENSINE CLARAMENTE E INDISCUTIVELMENTE QUE OS MORTOS RESSUSCITARÃO E SER-LHES-ÃO DADA A OPORTUNIDADE DE MIL ANOS PARA RECEBEREM VIDA NO PARAÍSO NA TERRA” (Is. 8.20).
VIDA ETERNA (ZOEN AIOONIOS)
Vida eterna é uma possessão presente: “Na verdade verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; e não entrará era condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo. 5.24).
Três bênçãos recebe aquele que crê em Cristo na vida presente:
1) Tem a vida eterna;
2) Não entrará em condenação (na vida futura Rm 8.1);
3) Passou da morte para a vida (Ef 2.1-5; 1Jo.3.13).
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim, tem a vida eterna” (Jo. 6.47).
“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1Jo. 5.11-12).
Devemos entender que existência e vida não são sinônimos. Se assim fosse, poderíamos substituir a palavra “vida” de 1João 5.11-12 pela palavra “existência” e não alteraria o sentido do texto. Entretanto, sabemos que existem pessoas vivas que tem obviamente existência ou vida física (bio) e não tem vida eterna (zoen aioonios). Logo “vida eterna” (zoen aioonios) diz respeito a uma condição de existência consciente de comunhão com Deus, enquanto que o contrário (apenas existência física) é outro tipo de vida consciente de separação de Deus. Logo, há duas diferentes condições de existência: perto de Cristo e afastada de Cristo. Esta última é chamada “morte”.
“Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me. Deixa aos mortos sepultar os seus mortos” (Mt. 8.22).
“Porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido e foi achado” (Lc. 15.24).
Esta condição de vida (zoen aionios), que o cristão possui, não sofre solução de continuidade (Jo. 11.25-26). As TJs admitem a interpretação dada:
Aqueles que aceitaram a Cristo são considerados como vivos. João 5:24 “Em verdade, em verdade vos digo que o que ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, pelo contrário, já passou da morte para a vida.
Certificai-vos de Todas as Coisas, p. 263.
Vida eterna – possessão presente – não deve ser confundida com IMORTALIDADE (ATANÁSIA). As TJs afirmam que:
A palavra grega para “imortalidade”, atanasia, ocorre apenas três vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, mas a palavra nunca é aplicada a almas humanas na terra”.
Coisas Em Que É Impossível Que Deus Minta, p. 146.
E nós concordamos que a palavra “imortalidade” (atanasia) não é empregada para almas humanas. Aceitamos também, como as TJs, que:
Os fiéis seguidores de Jesus Cristo ganham a imortalidade junto com ele nos céus por meio da ressurreiçãodos mortos, sobre a qual o apóstolo Paulo diz o seguinte aos seus condiscípulos: “Nós seremos mudados. Pois isto que é corrutível tem de revestir-se de incorrução e isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir de incorrupção e isto que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: ‘A morte foi tragada para sempre’ (1Coríntios 15:52-54). O imortalidade e a incorrução são coisas que a alma humana não possui. Têm de ser ganhas por se sofrer uma morte sacrificial junto com Jesus Cristo e se participar na sua ressurreição.
Coisas Em Que É Impossível Que Deus Minta, p. 146.
Assim, a palavra “imortalidade” tem a ver com o corpo e não com a alma (Mt. 10.28), pois a palavra alma mortal não ocorre na Bíblia. Ocorre sim a expressão “corpo mortal”:
Rm. 6.12: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências”.
Rm. 8.11: “Aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vos habita”.
2Co. 4.11: “para que a vida de Cristo se manifeste em a nossa carne mortal”.
Agora, se existe uma referência bíblica que prova que alma não pode ser morta quando é morto o corpo, isto prova então a sobrevivência da alma após a morte do corpo.
Mt. 10.28: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno, a alma e o corpo”.
Comparemos com as referências paralelas:
Lc. 12.4-5 “E digo-vos amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois não tem mais o que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei”.
Manifestamente, uma alma que não pode ser morta quando o corpo é morto, significa que essa alma sobrevive à morte do corpo.
A palavra “atanasia” aparece só três vezes na Bíblia:
1Co. 15.53-54 “…isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: A morte foi tragada para sempre” (TNM).
1Tm. 6.16: “O único que tem imortalidade, que mora em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver”.
Então, ATANASIA é formada de a = negação + thanatos = morte, significando IMORTALIDADE.
Por outro lado, a palavra parecida APHIARSIA, significa incorrupção e aparece em:
1Tm. 1.17: “Ora, ao rei da eternidade, incorruptível, invisível, o único Deus, seja honra e gloria para todo o sempre” (TNM).
Rm. 2.7: “Vida eterna aos que estão buscando glória, e honra, e o incorruptibilidade, pela perseverança na obra que é boa” (TNM).
2Tm. 1.10: “Mas agora se tornou claramente evidente pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus, que aboliu a morte, mas lançou luz sobre a vida e a incorrupção por intermédio das boas novas” (TNM).
Escrito por Pr Natael Rinaldi
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