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quarta-feira, 8 de maio de 2024

O Marasmo do Adventismo

 

I – História

No livro “Administração da Igreja” p. 26, CPB, lemos: Somos Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: Não!Não!Não nos envergonhamos.

Por que os Adventistas do Sétimo Dia (ASD) se envergonhariam de seu nome adotado em assembléia realizada em Battle Creek, a 28 de setembro de 1860? Eles mesmos dão a resposta, declarando:

O movimento do advento na América foi originado por homens que estavam desejosos de receber a verdade, quando esta a eles chegasse. Aceitaram-na sinceramente e “segundo a mesma” vieram, esperando ser dentro em breve transladados. Depois do grande desapontamento, todos caíram em

trevas (“Fundadores da Mensagem”, p. 9 – Everett Dick, CPB).

Entre esses homens que deram origem ao movimento adventista estava William Miller. Em 1816, estudando o livro de Daniel, ele interpretou que Daniel 8.14 tinha ligação com a segunda vinda de Jesus e a fixou para 1843. Depois mudou para 22 de outubro de 1844 e ainda dessa vez a segunda vinda de Jesus não se consumou.

QUESTIONAMENTO

Os ASD costumam questionar: Como admitir que William Miller fosse adventista, se a Igreja Adventista do Sétimo Dia só foi organizada no dia 28 de setembro de 1860, portanto, alguns anos depois de Miller ter fixado a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844? Não admitem, pois, qualquer ligação com William (ou Guilherme) Miller, declarando que isso é uma grande inverdade e que não passa de informações grosseiramente deturpadas sobre a origem denominacional adventista (“Carta da Escola Bíblica”, de Nova Friburgo, RJ, de 12-12-00). Chegam a ponto de afirmar que: Os Adventistas nunca marcaram uma data para a Volta de Jesus. Foram os Mileritas (seguidores de Guilherme Miller, um pregador batista) que fizeram isto. Eles anunciaram que Jesus viria no ano de 1843; depois, deduziram que seria em 1844; como os Adventistas do Sétimo Dia iriam marcar uma data, se eles ainda não existiam? Surgimos como movimento organizado no ano de 1863 (declaração constante da carta em apreço).

Da mesma forma como as Testemunhas de Jeová anunciam a data de 1914 como centro de sua doutrina, quando Cristo voltou invisivelmente e passou a reinar no céu, a data de 22 de outubro de 1844, fixada por William Miller para a segunda vinda de Cristo, é parte importante do sistema doutrinário dos ASD. Afirmamos: estão umbilicalmente ligados a Miller que deu origem aos adventistas na outra América. No livro, “Fundadores da Mensagem”, no capítulo que aborda a biografia de William Miller, ele é tratado como Pai do Movimento Adventista.

Logo, a razão pela qual explicam os Adventistas do Sétimo Dia não se envergonhar do seu nome é porque havia razão para isso. Embora a palavra Advento signifique vinda, e todos os cristãos evangélicos de um modo geral aceitem a doutrina da segunda vinda de Cristo, os Adventistas do Sétimo Dia foram além do que está escrito (1 Co 4.6) e por intermédio de Miller marcaram data para esse acontecimento.

Imaginem só, hoje declaram: Quando marcaram datas para a volta de Cristo, os adventistas nem existiam! Por que inventarem uma mentira dessas? (“Carta da Escola Postal”, p. 2, de 13-12-00).

CÁLCULOS CRONOLÓGICOS

No já citado livro, “Fundadores da Mensagem”, pp. 21-23, Guilherme Miller fixou, com base em Dn 8.14, a data da volta de Cristo para o ano de 1843, estabelecendo a seguinte doutrina com relação a esta vinda:

  • Que Cristo voltaria de maneira pessoal e visível, nas nuvens do céu, por volta de 1843;
  • Que os justos ressuscitariam incorruptíveis e os justos vivos seriam transformados pela imortalidade, sendo ambos levados juntos para reinarem com Cristo em uma nova Terra;
  • Que os santos seriam apresentados a Deus;
  • Que a terra seria destruída pelo fogo;

5.Que os ímpios seriam destruídos e seus espíritos conservados em prisão até sua ressurreição e condenação;

  • Que o único milênio ensinado na Bíblia eram os mil anos que se seguiriam à ressurreição.

Nada acontecendo no dia marcado (22-3-1843), foi mudada a data para 22-10-1844 (“Fundadores da Mensagem”, p. 39). Tal data (22-10-1844) passou e não se deu a volta de Cristo. Ora, é possível imaginar o escárnio dos opositores contra os seguidores de Miller diante desse fracasso profético? Não é preciso conhecer muito a Bíblia para saber-se que ninguém está autorizado a marcar data para o dia da volta de Cristo (Mt 24.36; Mc 13.31-32; At 1.7).

Como então Guilherme Miller chegou àquela data de março de 1843?

Pelo estudo de Dn 8.14 chegou ele à seguinte interpretação:

  • Interpretou que o santuário a ser purificado era a terra;
  • Que a purificação se fazia pelo fogo, concluindo que a terra seria purificada pelo fogo da vinda de Jesus 2 Pe 3.9-10;
  • Interpretou que as 2300 tardes e manhãs seriam dias, mas não literais e sim dias proféticos, valendo cada dia por um ano com base em Nm 14.34; Ez 4.6;
  • Fixou como ponto de partida o ano 457 a.C. para a restauração da cidade de Jerusalém com base em Dn 9.25 citando como base bíblica Ed 7.11-26;
  • Quando não se deu a volta de Jesus em 1843 aumentou um ano considerando que tinham decorrido apenas 2299 anos a partir de 457 a.C. até 1843, ficando assim assentado 22-10-1844 como a data fatal. Essa sugestão foi de Samuel Snow, um seguidor de Miller.

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Entendemos que a interpretação correta de Dn 8.14 E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado é a seguinte:

  • O carneiro com duas pontas – Dn 8.3 representava o rei da Média e Pérsia – v. 20;
  • O bode – Dn 8.5 representava o rei da Grécia – v. 21;
  • A derrota que o bode (rei da Grécia) infligiu ao carneiro (Média e Pérsia) – vv. 7- 8 representava a vitória da Grécia sobre a Média e a Pérsia;
  • Com a morte de Alexandre, representado pela quebra do grande chifre ou e substituído pelos quatro chifres que saíram do bode, – v. 8 – indica a divisão do reinado de Alexandre entre seus quatro generais – v. 22 (Ptolomeu, Seleuco, Lisímaco e Cassandro);
  • O chifre pequeno que surgiu de um dos chifres – v. 9 – (um rei feroz de cara) – v. 23 representava Antioco Epifâneo, vv. 11-12;
  • Antioco Epifâneo, governador da Síria entre 175 e 164 a.C., profanou o santuário ou o templo de Jerusalém – v. 11 – e substituiu por sacrifícios pagãos de animais imundos e ídolos pagãos (1 Macabeus 1.21-24), os sacrifícios prescritos na lei (Nm 28.1-3);
  • O santuário ou o templo de Jerusalém foi purificado depois de 1150 dias (2300 vezes os sacrifícios diários celebrados de tarde e manhã foram suprimidos), Nm 28.1-3.

Entretanto, tal interpretação não quiseram aceitar os seguidores de Miller com o texto de Dn 8.14 e, então, surgiu Hirã Edson que disse ter tido uma visão: Vi distinta e claramente que o nosso sumo sacerdote, em vez de sair do lugar santo do santuário celeste, para vir à terra no dia do sétimo mês, ao fim dos dois mil e trezentos dias, entrava naquele dia pela primeira vez no segundo compartimento do santuário e tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes de voltar a terra (“Administração da Igreja”, p. 20, CPB). Com esta explicação foi contornada a tormenta, e os Adventistas do Sétimo Dia prosseguem sua existência religiosa. Esta interpretação do santuário celestial, onde Cristo entrou em 22 de outubro de 1844, iniciando a obra do Juízo Investigativo e do Santuário Celestial, não passa de duas heresias para uma Igreja que se ufana de ser a Igreja Remanescente.

II – Igreja Remanescente

Mas, o que significa este título Igreja Remanescente?

No livro “Subtilezas do erro”, p. 30, 1a edição, CPB, se explica: O Espírito de Profecia é o que segundo as Escrituras, a par com a guarda dos mandamentos de Deus, seria o característico da Igreja Remanescente. Compare-se Ap 12.17 a 19.10. Este dom consiste precipuamente em dar ao povo de Deus mensagens diretas e específicas… Os testemunhos orais ou escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito, no fundo e na forma. Tudo quanto disse, escreve, foi puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato (destaque nosso).

Como poderíamos provar que o que escreveu a Sra. White foi puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato?

TESTANDO ELLEN GOULD WHITE

Pesquisando suas obras, vemos que ela escreveu muito. Declara o livro “Subtilezas do erro”, p. 30 que: Calcula-se que tenha escrito cerca de 25 milhões de palavras. Dos seus 88 anos de vida, 71 foram dedicados à obra de Deus.

Vejamos algumas de suas profecias a ensinos:

  • Por algum tempo depois da decepção de 1844 mantive, com o corpo do advento, que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo (“Mensagens Escolhidas”. Ellen Gould White. CPB, 1985, p. 63).

NOTA: Como se vê, uma declaração equivocada sobre um assunto que envolve tão grande responsabilidade. E como se eu saísse por aí a proclamar que no próximo ano Jesus estaria chegando à Terra. A porta da graça continua aberta até hoje – Is 55.7; 2 Co 6.2; Tt 2.11-13.

  • Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão seu próprio interesse em acudir, e haverá guerra geral (“Subtilezas do erro” p. 42, 1a edição, CPB) (destaque nosso).

NOTA: Ela usou o verbo no futuro haverá e não no condicional haveria. E não houve.

  • Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de, Jesus… Ao declarar Deus a hora, verteu sobre nós o espírito Santo a nosso rosto brilhou com esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do Monte Sinai (“Primeiros Escritos”, Ellen Gould White, CPB, 1967, p. 15).

NOTA: O interessante é que o próprio Jesus desconhecia o dia da sua volta, mas a Sra. White sabia. Que privilégio! Quando pressionada pelos seus oponentes sobre a hora, informou o seguinte: Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da visão (“Mensagens Escolhidas.” Ellen Gould White. CPB, 1985, p. 76).

  • Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo: alguns, pastos para os vermes, alguns sujeitos às sete últimas pragas, alguns estarão vivos e permanecerão na Terra para serem trasladados por ocasião da vinda de Jesus: (“O Testemunho de Jesus”, p. 108) (destaque nosso).

Resposta Apologética:

Essa profecia foi feita numa reunião de manhã cedo, em Battle Greek, Michigan, em 1856. Se diminuirmos 1856 de 2001, teremos, como resultado, 145 anos. Porventura, existe alguém vivo daquela reunião aguardando a volta de Cristo?

Ora, se a Igreja Adventista do Sétimo Dia pretende ser a Igreja Remanescente, por que alega possuir o dom de profecia na pessoa da Sra. White e que caracterizaria a Igreja nos últimos dias e se as profecias da Sra. White se mostram falsas, pois nenhuma se cumpriu, o que dizer da Igreja Adventista do Sétimo Dia? Diríamos que não é uma Igreja verdadeira e que não é aquilo que apregoa: a única igreja que está na brecha reparando as roturas doutrinárias da apostasia. E o faríamos com a autoridade da Palavra de Deus em Dt 18.20-22; Jr 14.14; 28.1-3; 15-17; Ez 13.1-6. E repetimos — não é a Igreja verdadeira que proclama ser — não só porque as suas profecias não se cumpriram, mas porque os seus adeptos colocam a autoridade da Sra. White em pé de igualdade com a própria Bíblia. Isso é característica de uma seita.

IGREJA ADVENTISTA – UMA SEITA

Dizem: A pessoa que acusa nossa igreja de ser uma seita demonstra grande falta de conhecimento de nossa doutrina e não sabe o que é uma seita (p. 2 da carta citada). Ora, sabemos que dentre as muitas definições dessa palavra, também significa um grupo que segue determinado líder humano.

A Igreja da Unificação é uma seita, porque segue Sun Myung Moon, que alega ter recebido revelação do próprio Jesus (“O Princípio Divino”).

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias é uma seita, porque segue as revelações de Joseph Smith quando, segundo ensinam, ele foi orar em 1820 e o Pai Celestial e Jesus Cristo lhe apareceram. Sua Igreja foi organizada em 6 de abril de 1830, dez anos mais tarde.

A Ciência Cristã é uma seita, porque segue as revelações de Mary Baker Eddy com seu livro “Ciência e Saúde Com a Chave das Escrituras”.

As Testemunhas de Jeová são uma seita, porque seguem as profecias de Charles Taze Russell. Ele estudou com os adventistas por cinco anos e fundou seu grupo em 1870 em Allegheny Pensilvânia, EUA. O título Testemunhas de Jeová só foi adotado a partir de 1931 com o segundo presidente John F. Rutherford. Era Russell Testemunha de Jeová?

E os adventistas do Sétimo Dia por que são uma seita? Porque seguem a orientação profética de Ellen Gould White que era integrante do movimento de Miller, cujos escritos são de valor igual ao dos escritores bíblicos.

Mais uma característica de seita é o exclusivismo. E os ASD não deixam de manifestar essa característica, dizendo: No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha tapando o muro e restaurando os lugares assolados… (“Testemunhos Seletos”, II 2a edição, 1956, p. 356).

COMO IDENTIFICAR SE A IASD E OU NÃO UMA SEITA

As quatro operações fundamentais da aritmética nos ajudam a identificar a Igreja Adventista do Sétimo Dia:

Adição: Os ASD dão aos escritos de EGW a mesma autoridade dos escritores da Bíblia;

Subtração: Subtraem da pessoa de Jesus sua natureza humana imaculada, ensinando que Ele tem natureza pecaminosa e o declaram, com relação à sua natureza divina, a posição rebaixada do arcanjo Miguel;

Multiplicação: Afirmam crer na obra da redenção efetuada por Cristo, mas a declaram incompleta e ensinam que a guarda do sábado implica salvação e que os benefícios da obra de Cristo só nos serão imputados caso estejamos vivendo em harmonia com a lei, que, no caso, é guardar o sábado;

Divisão: Colocam a fidelidade a Deus condicionada à fidelidade à Igreja Adventista do Sétimo Dia, como a igreja remanescente, acrescentando que no mundo só existe uma igreja que presentemente está tapando as brechas e restaurando os lugares assolados.

PROSELITISMO

Diz EGW:

Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus quer que eles se salvem.

Nossos ministros devem buscar aproximar-se dos ministros de outras denominações (“Testemunhos Seletos”, vol. II. p. 386, 2a edição – 1956).

Resposta Apologética:

Sempre temos afirmado que os adventistas não são evangélicos e se juntam a nós com intuitos proselitistas. Isso é declarado por EGW que recomenda a aproximação a ministros evangélicos orientando-os para que se salvem. Como poderiam nos ajudar se eles próprios não podem afirmar que têm vida eterna? Enquanto isso, Jesus promete àqueles que nele crêem terem já a vida eterna (Jo 5.24; 1 Jo 5.11-13).

III – Fonte de Autoridade Religiosa

Como prova de que a autoridade de EGW é inquestionável citamos a Revista Adventista de fevereiro de 1984, p. 37:

CREMOS QUE: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto desta inspiração, têm aplicação a autoridade especial para os adventistas do sétimo dia.

NEGAMOS QUE: A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.

Sem qualquer constrangimento afirmam: Ao passo que, apesar de nós desprezarmos o pensamento dos pioneiros, nós aceitamos como regra de fé a Revelação — Velho Testamento; Novo Testamento e Espírito de Profecia (“A Sacudidura e os 144.000”, p. 117).

Na brochura, “A orientação profética no Movimento adventista”, p. 108, lemos: Pouca atenção tem sido dada à Bíblia, e o Senhor nos deu uma luz menor; para guiar homens e mulheres a uma luz maior. Segundo a Sra. White é vedado a todos o direito de examinar e duvidar de suas falsas profecias. Disse ela no livro: Primeiros Escritos: Disse o meu anjo assistente — Ai de quem mover um bloco ou mexer um alfinete dessas mensagens (“Primeiros Escritos”, Ellen Gould White. CPB Publicadora Brasileira, 1967, p. 258). Entretanto, a Bíblia, com mais autoridade, abre campo para o exame livre de suas profecias – 1 Ts 5.21; S1 119.105,130.

O que está dito pela Igreja Adventista do Sétimo Dia é muito grave. A autoridade dos escritos de Ellen Gould White quanto à inspiração é igual a dos escritores da Bíblia.

No texto de Hb 1.1 onde consta: Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, a de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, é mudado para indicar que hoje já não fala pelo mesmo meio, Seu Filho Jesus Cristo, mas nos fala hoje de modo diferente, ou seja, pelos escritos de EGW.

Podemos escolher entre ler os escritos, por exemplo, de Paulo, que afirma: Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor (1 Co 14.37) ou ler os escritos de Ellen Gould White, acerca dos quais está escrito: Embora os profetas da antigüidade fossem humanos, e mente divina e a vontade de um Deus infalível estão suficientemente representadas na Bíblia. E o mesmo Deus fala por meio dos escritos do espírito de profecia. Estes livros inspirados, tais como “O Desejado de Todas as Nações”, “O Conflito dos Séculos” e “Patriarcas e Profetas”, são certamente revelações divinas da verdade sobre as quais deveríamos depender completamente (“Orientação Profética No Movimento Adventista”; Associação Ministerial da Divisão Sul-americana, Publicações de E. G. White, 1965 p. 45) (destaques nossos). Depois de tantos elogios lançados sobre Ellen Gould White quanto à sua inspiração divina em igualdade com os escritores da Bíblia, os adventistas procuram diminuir o impacto de suas declarações, citando seu escrito: Pouca atenção tem sido dada à Bíblia, e o Senhor nos deu uma luz menor, para guiar os homens e mulheres a uma luz maior (“O Colportor Evangelista”, p. 125).

Resposta Apologética:

Entretanto, ela mesma ensina que não carecemos de uma luz menor que nos conduza a uma luz maior.

Diz ela:

Não carecemos da pálida luz da verdade para tornar compreensíveis as Escrituras. Semelhantemente poderíamos supor que o Sol do meio-dia necessitasse da bruxuleante candeia da Terra para aumentar-lhe o fulgor. (“Testemunhos Seletos” vol. III. Ellen G. White, CPB; 5a edição 1985 p. 236).

Criticando os que pretendem juntar à Bíblia outra fonte de autoridade religiosa, afirma ela contraditoriamente: A verdade divina é encontrada em Sua palavra. Os que pensam deverem buscar noutra parte a verdade presente precisam converter-se. Têm hábitos errôneos para emendar, caminhos maus que abandonar (“Testemunhos Seletos”, Vol. II. Ellen G. White, CPB, p. 236).

Quem precisa de uma luz menor, quando tem uma luz maior?

SEGREGAÇÃO RACIAL

Diz EGW: Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento entre jovens cristãos de raças branca e preta, direi que nos princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e confusão… Que o irmão de cor se case com uma irmã de cor que seja digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em matrimônio a um irmão de cor se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção (“Mensagens Escolhidas”, vol. II. p. 344).

Resposta Apologética:

A igreja adventista se vangloria de ser a igreja remanescente em virtude de possuir o espírito de profecia na pessoa de EGW. Seria essa igreja segregacionista como foi EGW? Obedece a igreja adventista essa orientação de EGW concordando com esse “esclarecimento dado da parte do Senhor”? Pedro, quando entrou em casa de Cornélio, declarou: Reconheço por que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Por outro lado, lemos em 1 Sm 16.7 que o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos (a cor da pele), porém o Senhor olha para o coração. Quando um crente adventista de cor pretender casar-se com uma jovem branca ou vice-versa deve lembrar-se que o Senhor não está dirigindo nessa direção, se realmente acreditar nas revelações de EGW.

Se como dizem os adventistas, Ellen Gould White nada escreveu que não se encontra na Bíblia, então fiquemos com a Bíblia. Se, porém, escreveu algo fora da Bíblia, como realmente escreveu, então rejeitemos seus ensinos. Tenhamos presente Ap 22.18 que proíbe qualquer acréscimo à Bíblia:

Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro.

IV – Juízo Investigativo (ou RedençãoIncompleta)

No livro “O Grande Conflito” se lê: … antes que se complete a obra de Cristo para a redenção do homem, há também uma expiação para tirar também o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito, pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de sua solene obra – purficar o santuário (“O Grande Conflito.” Ellen Gould White. CPB, 1971, p. 420) (destaque nosso).

Ainda lemos na página 421: Destarte, os que seguiram a luz da palavra profética, viram que em vez de vir Cristo à terra, ao terminarem em 1844 os 2300 dias, entrou ele então no lugar santíssimo do santuário celeste, a fim de levar a efeito a obra final da expiação, preparatória à sua vinda (destaque nosso).

Resposta Apologética:

Os Adventistas do Sétimo Dia estão errados quanto a:

tempo — 2. lugar — 3. trabalho de Cristo.

  • tempo: A data indicada para começar a contagem dos 2300 anos de Daniel 8.13-14 deveria ser contada a partir da ordem para reedificar Jerusalém (Dn 9.25). Essa ordem é contada a partir de 445 a.C. (Ne 2.1-8) e não 457 a.C. (“Meditações Matinais”, 1970, p. 165, CPB; “Dicionário da Bíblia”, John Davis, p. 65). Em 457 a.C. Esdras foi enviado a Jerusalém, conforme Ed 7.11, com a missão de providenciar a ornamentação do templo (7.15-17, 19-24). A ordem para reedificar Jerusalém — repetimos — ocorreu em 445 a.C. (20” ano do reinado de Artaxerxes) quando Neemias foi enviado à cidade para restaurá-la.
  • lugar: Jesus entrou no santo dos santos do santuário celestial 40 dias depois da sua ressurreição (At 1.3, 9-11) e não em 22-10-1844. O livro de Hebreus foi escrito em 64 a.D. e o escritor declara que Cristo já entrara no santo dos santos quando o livro foi escrito — (Hb 6.19-20 c.c. Lv 16.2; Nm 7.89; 1 Sm 4.4; 2 Rs 19.15; Êx 26.33); Hb 9.23-24; 10.19-20; 8.1; Ap 3.21; Ef 1.20-22;
  • trabalho de Cristo: Cristo concluiu sua obra de redenção na cruz (Cl 2.14-17) e, ao subir ao céu, esta obra já estava terminada definitivamente — Hb 1.3; 9.12-14,24;10.10-12.

V – Pecados Colocados Sobre Satanás

No livro, “O Ritual do Santuário”, lemos: Quando, portanto, os dois bodes eram postos perante o Senhor no dia da expiação, representavam Cristo a Satanás . … Satanás não somente arrostou o peso e castigo de seus próprios pecados, mas também dos pecados da hoste dos remidos, os quais foram colocados sobre ele, e também deve sofrer pela ruína de almas por ele causadas (“O Ritual do Santuário”, M. L. Andreasen. CPB, 1983, pp. 168, 314) (destaque nosso) .

…o bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados . … Quando Cristo, pelo mérito de Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de Seu povo, ao encerrar-se o Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado a dos pecadores (“O Grande Conflito”, p. 421, CPB), (destaque nosso).

Resposta Apologética:

Em Lv 16.1-5 eram apresentados dois bodes para expiação dos pecados. Satanás não é nossa oferta para o pecado. Foi Cristo e não Satanás quem carregou nossos pecados – Is 53.4-6,11-12 comparado com Mt 8.16-17; Jo 1.29; 1 Pe 2.24; 3.18. Não era só o bode expiatório que fazia expiação pelo pecado. Eram os dois bodes – Lv 16.10. Azazel – pode ser traduzido por afastamentoremoção, ou emissário. Logo, colocar os pecados sobre o bode para Azazel seria para afastamento. O sentido tipológico da cerimônia do Dia da Expiação pode ser assim interpretado: a) que tendo a morte do primeiro bode efetuada uma plena redenção do pecado do povo, nisso representando Cristo; b) a maldição devida pelos pecados era removida para nunca mais alcançar de novo aqueles que os cometeram. Aceitar a explicação dos Adventistas do Sétimo Dia sobre o bode emissário transferiria a obra de Cristo para o diabo. Ele seria um co-salvador, o que é uma perversão da obra redentora de Cristo na cruz – 2 Co 5.21; Hb 10.18. Arrazoemos se não é assim:

  • Os pecados dos crentes são lançados no santuário do céu e lá ficam;
  • Os pecados do santuário celestial são transferidos depois para Cristo e tornam-se dele;
  • Estes pecados de Cristo, na sua segunda vinda, são lançados sobre Satanás e ficam-lhe a pertencer;
  • Quando Satanás for aniquilado, também os pecados o serão. Satanás, entretanto, não será aniquilado, mas castigado eternamente no lago de fogo (Mt 25.41; Ap 20.10);
  • A suma, a essência do plano da salvação dos Adventistas do Sétimo Dia é: O Salvador não é Cristo e sim Satanás. Esse ensino é outro evangelho – Gl 1.8-9;
  • Se os adventistas aceitam esse inclassificável ensino como sendo de fato o plano da salvação preparado por Deus, fica nítido seu grande desvio doutrinário. E, sem dúvida, ensino herético, próprio de uma seita.

VI – A Natureza Pecaminosa de Jesus

Diz EGW: Por quatro mil anos estivera a raga a decrescer em forças físicas, vigor mental a moral; a Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação (“O Desejado de Todas as Nações”, Ellen Gould White. Editora CPB. 37a edição, p. 82). Outro livro adventista Estudos Bíblicos, (CPB. Edição 1979, pp. 140/41) confirma esse ensino da natureza pecaminosa de Jesus, dizendo: Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa, caída. De sua parte humana, Cristo herdou exatamente o que herda todo o filho de Adão — uma natureza pecaminosa.

Resposta Apologética:

Incrível! Os adventistas admitem um salvador com uma natureza pecaminosa. Um salvador com uma natureza humana degenerada! Pode Jesus realmente salvar-nos com uma natureza humana pecaminosa? Jesus foi concebido sem pecado como lemos em Mt 1.18-23. José tencionava abandonar Maria, secretamente, quando a viu grávida, mas foi informado, em sonhos, para não fazê-lo, pois o que nela estava gerado era do Espírito Santo. O mesmo se lê em Lc 1.30-35 quando o anjo Gabriel informou que ela conceberia virginalmente. O Jesus da Bíblia era santo, inocente, imaculado (Hb 7.26). Não se pode negar a real natureza humana de Jesus: sentia fome, sede, cansaço, sono, derramou sangue e suor. Era um homem completo no sentido físico e negar a natureza humana de Jesus é estar mancomunado com o anticristo (1 Jo 4.1-3; 2 Jo 7). Não podemos ir ao extremo a ensinar que Ele tinha natureza humana caída, pecaminosa como a nossa. E outro Jesus (2 Co 11.4).

VII – Sono da Alma ou Mortalidade da Alma

No livro “Subtilezas do Erro”, página 217 CPB lemos: O que o homem possui é o fôlego da vida ou vida (o que dá animação ao corpo), que lhe é retirado por Deus, quando expira. E o fôlego é reintegrado ao ar, por Deus. Mas não é entidade consciente ou o homem real como querem os imortalistas.

Resposta Apologética:

Vejamos uma série de textos bíblicos que contestam a doutrina do sono da alma:

  • O espírito não morre nem dorme na morte do homem. Dormir se refere ao corpo – Mt 27.52 e não à alma – Dt 34.5-6, comparado com Mt 17.1-3;
  • O espírito se separa do corpo na hora da morte e continua a viver consciente de si mesmo e com todas as suas faculdades depois da morte, seja ímpio ou justo. Quando é cristão vai estar com Cristo no céu: 2 Co 5.6-8; Fp 1.21-23; Lc 23.43; At 7.59; 2 Co 12.2-4 c.c. At 14.19; Hb 12.23; Ap 6.9-11. Se é ímpio vai para o Hades estar em tormento – Lc 16.22-25; 2 Pe 2.17.
  • Para provar que não procede afirmar que o espírito do homem é o seu fôlego de vida ou o ar que respiramos e que é reintegrado à atmosfera por ocasião da morte física, basta substituir a palavra espírito nas referências bíblicas pela palavra fôlego ou sopro e ver o resultado: o texto fica sem sentido — Mc 2.8; 8.12; At 17.16; Jo 13.21; 2 Co 7.1; 1 Pe 3.4; Mt 26.41.

VIII – Os Dois Concertos

Os Adventistas do Sétimo Dia insistem em dizer que a lei – o decálogo para eles – é obrigatória para todos os cristãos. E assim perguntam: Por que os cristãos guardam apenas nove mandamentos da lei quando a lei são os dez mandamentos? Citam a seguir Tg 2.10 para afirmar que os cristãos são transgressores da lei porque não guardam o sábado do quarto mandamento.

Resposta Apologética:

Os Dez Mandamentos faziam parte do Antigo Concerto que abrangia os cinco livros da Bíblia conhecidos como o Pentateuco com 613 mandamentos a não apenas dez — Dt 4.12-13; 9.8; Êx 34.27-28. O Antigo Concerto foi abolido por Cristo. Vejamos as provas:

O Antigo Concerto foi dado a Israel na saída do Egito, junto ao monte Sinai – Êx 19.1-6; Hb 9.18-20. O povo Israelita, por sua vez, aceitou as condições do Antigo Concerto e assim foi firmado entre Deus a Israel – Ex 24.1-8. Logo, o concerto foi feito entre Deus a Israel: Deus propôs- Ex 19.3,6 — Israel aceitou – Ex 24.3-8 e não todos os homens – Sl 147.19-20. Como o povo não guardou o concerto, apesar de ter prometido que assim o faria, Deus prometeu um Novo Concerto – Jr 31.31-34; Zc 11.10; Mt 27.3-10; Jr 3.16. Este Novo Concerto foi estabelecido por Jesus, como declara o escritor de Hebreus. Lemos isso em Hb 8.6,13; 10.7-9. Também em 2 Co 3.3-14 Paulo reitera a abolição do Antigo Concerto.

Façamos as seguintes considerações:

  • A promessa de Deus foi cumprida e o Novo Concerto foi anulando o Antigo Concerto foi estabelecido;
  • Israel rejeitou a Jesus, o mediador do Novo Concerto, e agora foi o Novo Concerto tornado internacional – Jo 1.12; Gn 12.3;
  • O Novo Concerto é melhor que o Antigo Concerto e está contido em melhores promessas – Hb 8.6;
  • O primeiro era repreensível – Hb 8.7; isto é, não alcançou o fim desejado;
  • Este Concerto Novo é melhor, pois está escrito no coração – Hb 8.10-11;
  • Sendo estabelecido o Novo Concerto, o primeiro envelheceu – Hb 8.13 e foi posto de lado e com ele certamente o sábado que lhe é parte integrante – Cl 2.16-17;
  • Hb 12.18-24 falando aos crentes em Jesus diz que eles não chegaram ao monte Sinai (onde foi dado o primeiro concerto), mas ao monte Sião através de Jesus, o mediador de uma Nova Aliança;
  • O mesmo é repetido em Gl 4.21-26 na tipologia entre as duas mulheres de Abraão, Sara e Agar. A figura empregada de lançar fora a escrava Agar significa lançar fora o Antigo Concerto. Logo, o sábado e outros preceitos cerimoniais como comer, guardar dias de festa, lua nova eram parte integrante desse concerto e não são mais obrigatórios para o cristão.

Outros Argumentos

Os Adventistas do Sétimo Dia costumam argumentar da seguinte maneira para dar sustentação à guarda do sábado:

Podemos então matar? Cobiçar a mulher do próximo? E assim fazem com todo os Dez Mandamentos. A resposta óbvia do cristão é: Não! Não, a cada mandamento citado. Depois continuam eles com ar triunfante: E podemos quebrar o sábado. Esperam eles que, como dissemos a cada mandamento citado um não, logo no sábado e nossa resposta deveria ser Não. Entretanto, podemos responder afirmativamente, Sim! Podemos violar o sábado. Aí eles se surpreendem e indagam: Mas como se sua resposta foi negativa para nove mandamentos que não devem ser violados? Por que afirma para o quarto mandamento, sim, que pode ser violado? Aí tomamos a palavra e repetimos a mesma indagação deles, mas antes fazendo a leitura de Mt 12.5: Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam serra culpa? Depois do que perguntamos: Os sacerdotes podiam matar no templo e ficar sem culpa? Podiam roubar? podiam adorar ídolos? E eles sempre respondem não!

Então consideramos: podiam violar o sábado e ficar sem culpa? Aí o adventista não dá resposta. E por quê? Porque Jesus ensinou que aos sábados os sacerdotes violavam o sábado para atender as exigências dos sacrifícios: a) rachavam lenha; b) carregavam água; c) acendiam fogo, o que era vedado pela lei.

Ora, se o sábado fosse de natureza moral, poderia ficar subordinado aos sacrifícios e holocaustos que eram preceitos rituais? Naturalmente se isto acontecia era porque sua natureza era inferior, cerimonial ou ritual, pois não é possível uma lei moral ficar subordinada a uma lei cerimonial. Agora, se os sacrifícios foram abolidos – Jo 19.30; Mt 19.30; Hb 7.12-18, obviamente o sábado também.

IX – A Divisão da Lei em Dois Sistemas: a Lei Moral e a Lei Cerimonial

Dizem os Adventistas do Sétimo Dia no folheto “Leis em Contraste”, pp. 2/3: A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamados Lei de Deus. …O mesmo não se dá com a Lei Cerimonial, freqüentemente chamada de Lei de Moisés.

Estabelecem as seguintes diferenças entre uma e outra lei: Afirmam que a Lei Cerimonial foi abolida a que e Lei Moral permanece em vigor e obrigatória.

LEI MORAL

Foi proferida por Deus

Foi escrita pelo dedo de Deus em tábuas de pedra

Foi colocada dentro da arca

Deverá permanecer firme para sempre

Não foi destruída por Cristo

Devia ser engrandecida por Cristo

LEI CERIMONIAL

Foi ditada por Moisés

Foi escrita por Moisés num livro

Nenhuma coisa aperfeiçoou

Foi posta ao lado da arca

Foi cravada na cruz

Foi ab-rogada por Cristo

Foi tirada por Cristo

Resposta Apologética:

As expressões Lei de Deus e Lei de Moisés são sinônimas e não se trata de Leis distintas como afirmam os Adventistas do Sétimo Dia. Em Is 33.2 se lê de um só Legislador e, assim, tanto os Dez Mandamentos quanto os livros de Moisés foram dados por um só Legislador – Deus, por intermédio de Moisés. E de Deus, pois foi dado por Ele e é de Moisés, pois foi dado por Moisés.

Basta ler Ne 8.1, 3, 8, 14, 18 onde a mesma Lei é chamada de Lei de Deus e Lei de Moisés, indistintamente. Para que vejamos com maior clareza o erro adventista, oferecemos os seguintes contrastes:

O Adventista do Sétimo Dia diz: A Lei moral são os Dez Mandamentos. Entretanto, encontramos preceitos morais fora do decálogo ou na chamada lei cerimonial dos adventistas. Exemplos:

Em Gl 3.10 se declara que é maldito quem não permanecer em todas as coisas escritas no Livro da Lei. Esse texto aparece em Dt 27.26. Lendo esse capítulo a partir do versículo 15 vamos encontrar preceitos morais dentro da lei cerimonial assim colocada pelos adventistas.

  • Lendo Mc 7.10 citando Moisés encontramos esse mandamento dentro dos Dez Mandamentos – Êx 20.12. Um preceito cerimonial – escrito por Moisés – dentro da lei moral dos adventistas.
  • Lendo Jo 7.19, de novo citando Moisés, encontramos esse mandamento dentro dos Dez Mandamentos – Êx 20.13. Um preceito cerimonial – porque escrito por Moisés – dentro da lei moral dos adventistas.
  • Jesus ensinou em Mt 22.37-39 que os dois maiores mandamentos são: amar a Deus e amar ao próximo. Ambos fazem parte do livro da Lei colocado ao lado da Arca, Dt 31.26. Esses dois mandamentos acham-se em Dt 6.5 e Lv 19.18. O Livro da Lei continha os cinco primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco.

Admitimos que se os Adventistas do Sétimo Dia estivessem certos na sua interpretação, estaríamos desobrigados de amar a Deus sobre todas as coisas e de amar ao próximo como a nós mesmos. A circuncisão é chamada Lei do Senhor, Lc 2.21-24. A Bíblia declara a abolição de todo o sistema da Lei em Rm 6.14; 7.4; Gl 2.19, 24-25; 3.19; 4.21-30; Ef 2.14-17; 2 Co 3.6-11. Se a lei foi abolida, podemos pecar à vontade? Não! – Rm 6.15-17; Gl 5.18-21. A graça de Deus ensina a renunciar à impiedade (Tt 2.11-13).

Como prova de que essa divisão de Lei Moral e Lei Cerimonial é sem base bíblica, citamos os próprios adventistas reconhecendo a improcedência dessa divisão.

Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias categorias: 1) lei moral; 2) lei cerimonial; 3) lei civil; 4) estatutos e juízos; 5) leis de saúde. Esta classificação é em parte artificial (“Lições da Escola Sabatina”, p. 18, 8 de janeiro de 1980, CPB).

O Novo Testamento Não Repete Os Dez Mandamentos

Não há dúvida de que o Novo Testamento cita mandamentos do Antigo Testamento. Cita mandamentos, indistintamente, de toda a Lei de Moisés, mas não repete o quarto mandamento em nenhum lugar. Façamos uma comparação dos Dez Mandamentos dentro do Novo Testamento:

ANTIGO TESTAMENTO

  1. Mandamento – Êx 20.2-3
  2. Mandamento – Êx 20.4-6
  3. Mandamento – Êx 20.7
  4. Mandamento – Êx 20.8-11
  5. Mandamento – Êx 20.12
  6. Mandamento – Êx 20.13
  7. Mandamento – Êx 20.14
  8. Mandamento – Êx 20.15
  9. Mandamento – Êx 20.16
  10. Mandamento – Êx 20.17

NOVO TESTAMENTO

  1. 1 Co 10.19-20
  2. 1 Jo 5.21
  3. Tg 5.12
  4. Não existe
  5. Ef 6.1-3
  6. Rm 13.9
  7. 1 Co 6.9-10
  8. Ef 4.28
  9. Cl 3.9
  10. Ef 5.3

X – A Guarda do Sábado

Escreve Ellen Gould White no livro “O Conflito dos Séculos”: O sábado será a pedra de toque da lealdade: pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não o servem (p. 611, Ellen Gould White. CPB.1971).

Resposta Apologética:

Os 2.11 traz uma profecia sobre a abolição do sábado semanal. Essa profecia foi cumprida em Cristo, como afirma Paulo em Cl 2.14-17; Gl 4.9-10. Diante da clareza do texto de Cl 2.16-17 costumam os adventistas do sétimo dia refutar que a palavra sábados não se refere ao sábado semanal, mas aos sábados cerimoniais ou anuais mencionados em Lv 23.1-39.

Não é correta essa interpretação e damos três razões para refutá-la:

  • Os chamados sábados anuais ou sábados cerimoniais eram chamados festas e já estão incluídos na frase dias de festa de Cl 2.16. Estes dias de festa ou sábados anuais eram designados dias de festas como segue:

Festa da Páscoa – Lv 23.5,7;

Festa dos Asmos – Lv 23.8;

Festa de Pentecostes – Lv 23.15-16;

Festa das Trombetas – Lv 23.23-25;

Festa da Expiação – Lv 23.26,32;

Festa dos Tabernáculos – 1o dia de festa;

Festa dos Tabernáculos – último dia de festa – Lv 23.34-36.

  • A fórmula dias de festa, luas novas e sábados é a fórmula para indicar os dias sagrados anuais, mensais a semanais: 1 Cr 23.31; 2 Cr 2.4; 8.13; Ez 45.17; Os 2.11.
  • As palavras sábado, sábados e dia de sábado (singular) ou (plural) ocorrem 60 vezes no Novo Testamento. Em 59 casos os Adventistas do Sétimo Dia reconhecem tratar-se do sábado semanal e apenas um caso eles negam, justamente o de Cl 2.16. Dizem: Os termos Sábado, sábados e dia de Sábado ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento, e em cada caso exceto um, refere-se ao sétimo dia. Em Cl 2.16 a 17, faz-se referência aos sábados anuais relacionados com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de Cristo (“Estudos Bíblicos”, p. 378, CPB). Se dermos à palavra sábado o sentido de semanal em Cl 2.16 teremos em apoio da nossa interpretação 59 referências reconhecidas por eles. Ao darem a Cl 2.16 o sentido de sábados anuais ou cerimoniais não encontram nenhuma referência que apóie sua interpretação. E por que assim argumentam? Porque teriam de reconhecer que o sábado foi abolido na cruz Rm 10.4.

Ainda dizem os Adventistas do Sétimo Dia que a expressão meus sábados indica a distinção entre sábados semanais e sábados cerimoniais, o que não é bíblico. Ambas as expressôes são utilizadas para indicar os mesmos sábados – sábados semanais. São de Deus – meus sábados – porque foram dados por Ele, e são dos judeus – seus sábados – porque foram dados para eles. Vejamos meus e seus aplicados na Bíblia:

a . O Templo – Is 56.7 comparado com Mt 23.38 (minha casa, vossa casa);

  • O mesmo Deus indicado por meu Deus e vosso Deus – Jo 20.17;
  • Os mesmos sacrifícios e holocaustos são chamados de meus e vossos de Nm 28.2 comparado com Dt 12.6.

Os Adventistas do Sétimo Dia são culpados de galatanismo, quer dizer, o conceito de em parte o homem se salva pelas obras de Cristo e em parte por sua própria fidelidade em guardar o sábado.

Diz EGW no livro “O Conflito dos Séculos”:… verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a Lei de Deus, seus pecados serão riscados, e eles próprios havidos por dignos de vida eterna (p. 487, CPB-1971). Ensinam assim, sistematicamente, sobre a guarda do sábado, enquanto que Paulo, em suas treze Epístolas, só menciona o sábado uma vez em Cl 2.16, e mesmo neste único caso, para declará-lo como abolido.

Guardam o sábado realmente os Adventistas do Sétimo Dia? Está escrito em Gl 3.10 que é maldito aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no Livro da Lei para fazê-las. E, quanto ao sábado, a lei estabelece:

  • Que ninguém devia sair de sua casa em Êx 16.29;
  • Proibia acender o fogo nas casas em Êx 35.3;

Os adventistas não saem das suas casas nos sábados? Não acendem fogo em suas casas nesse dia? O veredicto da Bíblia é maldito – Gl 3.10; Rm 2.23.

XI – A Adoração a Deus no Domingo

Dizem os Adventistas no Folheto “Porque se Guarda o Domingo”, p. 3: O domingo, segundo o Dicionário Webster chama-se assim (dia do sol), porque era antigamente dedicado ao sol ou a seu culto.

Resposta Apologética:

Os adventistas afirmam que o domingo é de origem pagã pelo fato de ser esse dia pronunciado e escrito em inglês Sunday e que esse vocábulo significa dia do Sol e que, portanto, o domingo é um dia paganizado. Esquecem-se de que, por exemplo, em inglês escreve-se sábado Saturday, e que isto significa dia de Saturno, um deus do paganismo, e havia verdadeiras orgias celebradas em sua honra no dia de sábado. Assim seria o sábado tão pagão quanto o domingo dado a sua etimologia inglesa: dia do Sol e dia de Saturno. Entretanto, convém ter presente que a guarda do domingo não se prende ao decreto de Constantino nem de nenhum papa, muito embora os adventistas costumem fazer citações neste sentido como se a Igreja Católica tivesse autoridade de reger sobre os crentes. O que é crença no catolicismo é que a Igreja Católica foi a primeira Igreja fundada por Cristo e que Pedro foi o seu primeiro papa e que sua autoridade parte do exemplo dos primitivos cristãos que guardavam o primeiro dia (domingo) em lembrança da ressurreição de Jesus. Mas, quem é o responsável pela observância do primeiro dia da semana como dia do Senhor? A resposta só pode ser uma: O próprio Senhor Jesus Cristo.

Vejamos:

  1. Profeticamente o Sl 118.22-24 fala da pedra rejeitada pelos edificadores.
  2. Esta Pedra é tipo do Senhor Jesus – Mt 21.42; At 4.11-12. Quando iniciou seu ministério reivindicando ser o Filho de Deus (Jo 5.17-18; 8.56-59); e foi rejeitado pelos judeus. Esta rejeição se deu numa sexta-feira – Mt 27.22.
  3. A outra parte da profecia tornou-se cabeça de esquina, Sl 118.22, foi cumprida no dia da ressurreição de Cristo, que se deu no primeiro dia da semana [domingo] (Mc 16.9; Mt 28.1; Jo 20.1). Diz a profecia acerca desse dia: Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele. A alegria se fez presente no coração dos discípulos neste dia – Sl 118.24 comparado com Jo 20.19-20. Assim, Jesus deu exemplo de comemorar solenemente o dia, eis que:
  4. Ressuscitou pela manhã de domingo – Jo 20.1;
  5. Apareceu à tarde do dia aos discípulos – Jo 20.19-20; f. Apareceu oito dias depois, isto é, no domingo seguinte aos mesmos discípulos, já Tomé presente – Jo 20.26;
  6. Neste primeiro dia desceu o Espírito Santo – At 2.1-4 prometido por Jesus em Jo 14.16, 26; 15.26 comparado com Lv 23.15-16.

O cômputo para contagem da Festa de Pentecostes se dava a partir do dia seguinte ao sábado, ou seja, o domingo – Lv 23.15. Faça-se a contagem a partir de um domingo: 1, 8,15, 22, 29, 36, 43, 50. Jesus foi crucificado e morto numa sexta-feira – Mc 15.42; Jo 19.31 – e ressuscitou no domingo, ou seja, sete semanas vezes sete dias: 49 dias mais um igual 50 (7 X 7+1=50): Pentecostes. Ê a guarda do domingo o sinal da BESTA ou 666?

Já percebeu o leitor que dificilmente os Adventistas do Sétimo dia consignam nos livros atribuídos à escritora Ellen Gould White o seu nome por inteiro? Quase sempre é abreviado para Ellen G. White. E por quê? Porque, a soma dos valores das letras desse nome dá 666 em algarismos romanos e pode ser feita uma comparação com o número 666, o número da besta de Ap 13.18.

Os adventistas fazem declarações para amedrontar os crentes menos informados, citando os dizeres da coroa Papa VICARIUS FILII DEI. Vejamos o valor das letras em algarismo romano:

CÔMPUTO ADVENTISTA:

V  I  C  AR  IUS     F  I  L  I  I     D  E  I

5+1+100+1+5     1+50+1+1+500+1=666

Naturalmente, esse cômputo é errado mesmo que se aceitasse essa interpretação, pois o I ao lado do V (IV) de Vicarius acima somam 4 e não 6. Seriam 6 se o V estivesse antes de I(UI), o que não é o caso. Assim o cômputo correto da soma dos valores das letras do título papal seria:

CÔMPUTO CORRETO:

V  I  C  AR  IUS     F  I  L  I  I     D  E  I

5+1+100+4             1+50+1+1+500+1=664

POSSÍVEL CÔMPUTO COM O NOME DA SRA. WHITE:

E  L  L  E  N    G  O  U  L  D    W  H  I  T  E

50 + 50       +       5+50 + 500   +   5+5+1     = 666

[W= 5+5 (VV)]

O correto é que o primeiro dia da semana é chamado Dia do Senhor em Ap 1.10. E o que significa esta expressão? Significa o primeiro dia da semana ou domingo (Dominus Dies) – O dia da ressurreição vitoriosa de Jesus dentre os mortos – Rm 4.25. Comparemos algumas traduções com a João Ferreira de Almeida, Revista Atualizada a Revista Corrigida:

  1. Um dia de domingo fui arrebatado em espírito – Tradução da Vulgata. Pe. Matos Soares.
  2. Eu fui arrebatado em espírito um dia de domingo – Antônio Pereira de Figueiredo.
  3. Num domingo, caindo em êxtase – Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

Provas Adicionais dos Pais da Igreja

  • Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram e uma novidade de confiança, não mais guardando o sábado, porém vivendo de acordo com o Dia do Senhor (Inácio, 100 a.D).
  • Nós guardamos o dia oitavo com alegria, no qual também Jesus ressurgiu dos mortos e tendo aparecido ascendeu ao céu (Barnabé, 120 a.D).
  • No dia chamado domingo há uma reunião num certo lugar de todos os que habitam nas cidades ou nos campos e as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas são lidos (Justino Mártir,140 a.D).
  • Num dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos (Bardesanes, 180 a.D).

SELO OU SINAL DE DEUS PARA NOSSOS DIAS

E a guarda do sábado o selo de Deus nos dias atuais? A nossa resposta é: Não! Os adventistas dizem que sim. Tal ensino é um dos mais absurdos. Colocam-se os adventistas como melhores intérpretes da Bíblia. Colocam-se acima de Jesus e dos apóstolos, pois quando foi que Jesus ensinou isto ou ensinou algum escritor inspirado do Novo Testamento? O Israel natural segundo a carne possuía dois selos:

1.A guarda do sábado – Êx 31.17;

2.A circuncisão – Gn 17.9-14

O povo de Deus hoje, entretanto, não tem mais estes sinais identificadores com povo de Deus. Ef 1.13; 2 Tm 2.19; 2 Co 6.17.

XII – Exame das Principais Passagens Bíblicas Usadas pelos Adventistas do Sétimo Dia para Provar Suas Doutrinas

1 – Gn 26.5: Portanto Abraão obedeceu a minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.

Dizem que Abraão guardou os preceitos de Deus, logo, guardou o sábado.

Resposta Apologética:

Não diz o texto que esses preceitos, estatutos e leis fossem os Dez Mandamentos (entre os quais se acham o sábado).

Vejamos alguns dos mandados, preceitos e estatutos que Deus deu a Abraão:

1.Que saísse da sua terra – Gn 12.1;

2.Que andasse na sua presença e fosse perfeito Gn 17.1-2

3.Que guardasse o concerto da circuncisão Gn 17.9-11;

4.Que ouvisse Sara, sua mulher, para deitar fora sua serva Gn 21.12;

5.Que sacrificasse seu filho Isaque – Gn 22.2;

6.Que permanecesse na terra que Deus lhe dissesse – Gn 26.2-3.

2 – Êx. 16.22, 30: E aconteceu que ao dia colheram pão em ombros, dois ômeres para cada um … Assim repousou o povo no sétimo dia.

Esta passagem relata que Israel foi ordenado a guardar o sétimo dia, não colhendo nele o maná, e isto antes que chegasse ao Sinai, onde o decálogo foi dado mais tarde. Dizem que o sábado foi dado antes do Sinai e assim sua obrigação de guardá-lo existe desde o princípio do mundo.

Resposta Apologética:

  1. Deus, desde que tirou Israel do Egito, começou a educá-lo dando-lhe sua lei – Êx 16.4;
  2. No versículo 5 revela como Deus dá instruções a Moisés para ordenar ao povo que colhesse o dobro do maná no 6 dia, para não colhê-lo no 7;
  3. Êx 15.25 diz que Deus lhes deu estatutos e uma ordenação e não no princípio do mundo;
  4. Êx 20.10-12, Deus diz que tirou Israel do Egito e lhe deu (não restaurou) os sábados como sinal entre Deus e Israel. Quando? Na ocasião os tirou do Egito (v. 10). Onde? No deserto (vv. 10-11). Aqui a data e o lugar da origem do sábado e também o povo a quem foi dado;
  5. Em Dt 5.15, se diz que Deus ordenou aguarda do sábado em memória da libertação do povo do Egito. Isto mostra que a guarda do sábado é exclusivamente israelita – SI 147.19-20.

3 – Êx 20.1-17: Então falou Deus todas estas palavras, dizendo…

Dizem que o decálogo é perfeito e superior ao resto da Lei de Moisés.

Resposta Apologética:

Os Dez Mandamentos não foram escritos em pedras por serem superiores aos outros, mas para servirem de testemunha visível do concerto que Deus fez com Israel. Por isso as duas tábuas de pedras são chamadas de:

  1. Tábuas do testemunho – Ex 31.18, 25;
  2. A arca na qual foram postas – Arca do testemunho – Êx 40.5;
  3. O tabernáculo onde a Arca era guardada é chamado de Tabernáculo do testemunho – Êx 38.21;

d.Era costume erigir-se naquele tempo uma testemunha visível para testemunhar qualquer acontecimento solene – Gn 28.18; 31.48; 21.27,30. Assim Deus com Israel. Seria impossível escrever todo o Pentateuco em tábuas de pedras e transportá-lo pelo deserto;

  1. O decálogo não é completo, pois não proíbe bebedice, a ingratidão, a ira, a depravação.

4- Êx 31.16-17: Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua. Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou; e restaurou-se.

Esta passagem diz que o sábado é um concerto perpétuo e um sinal entre Deus e os filhos de Israel. Sendo, pois, perpétuo, logo ainda está em vigor – dizem eles.

Resposta Apologética:

Se somos obrigados a guardar o sábado por ser denominado um concerto perpétuo, então somos também obrigados e guardar:

  • A Páscoa – estatuto perpétuo – Êx 12.14;
  • Lavar as mãos e os pés – estatuto perpétuo – Êx 30.21;
  • Celebrar as festas – estatuto perpétuo – Lv 23.21.

Os próprios adventistas admitem que estas coisas foram abolidas.

5 – Dt 31.26: Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliança do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti.

A lei escrita por Moisés, isto é, todo o Pentateuco, menos o decálogo que foi escrito por Deus, foi posta ao lado da Arca do concerto do Senhor nosso Deus. O arrazoado que fazem é que sendo esta lei posta ao lado da arca, difere da colocada dentro da arca, sendo a colocada dentro da arca moral e a posta ao lado da arca cerimonial.

Resposta Apologética:

A lei é uma só, mesmo aquela chamada cerimonial pelos adventistas contém preceitos morais e eternos. Basta ler: Êx 22.21-22; Lv 19.2,16; 18.13; Êx 23.2. Que parte da lei foi considerada mais importante por Jesus? Basta ler: Mt 22.36-40. O primeiro dos mandamentos pela importância é citado em Dt 6.5 e o segundo está em Lv 19.18. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei, inclusive o decálogo que é dependente. Se fosse válida a divisão da lei em duas leis feitas pelos adventistas, hoje estaríamos desobrigados a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós próprios, pois estes fazem parte da lei que Moisés escreveu e colocou ao lado da Arca.

6 – Sl 19.7: A Lei do Senhor é perfeita.

Dizem que isto se refere ao decálogo, que é perfeito que por isso não pode ser mudado.

Resposta Apologética:

A grande falácia em todos os argumentos que dão está no fato de afirmarem que lei significa só o decálogo e nada mais. Quando Davi fala da lei nos Salmos sempre se refere à lei de Moisés, porque ele como rei era obrigado a ter uma cópia dela e lê-la diariamente (Dt 17.15-19) a meditar nela de dia e de noite (Sl 1.2). Assim, o Sl 119, sempre citado pelos adventistas não se refere só ao decálogo, mas como diz o versículo 128, por isso estimo todos os teus preceitos acerca de tudo… A mesma explicação se deve dar com relação às citações de Pv 28.9; Ec 12.13-14, pois quem escreveu o livro de Provérbios e Eclesiastes foi Salomão que era rei e tinha a mesma obrigação do seu pai Davi.

7 – Is 56.1, 6: E os filhos dos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança.

Esta passagem é citada para provar que os crentes gentílicos são obrigados a guardar o sábado, porque diz: E aos filhos dos estrangeiros que se unirem ao Senhor, para o servirem e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando…

Resposta Apologética:

Se esta passagem prova que os gentios devem guardar o sábado, da mesma maneira prova que devem guardar todo o concerto que Deus fez com Israel, oferecendo holocaustos e sacrifícios no altar, no santo monte em Jerusalém – At 8.21.

8 – Is 66.22-23: Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face… e será que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda carne adorar perante mim, diz o Senhor.

Aplicam os adventistas esta passagem a si mesmos e aos seus esforços para todos guardarem o sábado, pois esse será o dia de guarda no futuro.

Resposta Apologética:

Se isto prova que é perpétuo e que deve ser guardado agora, esta mesma passagem também prova que a festa judaica da lua nova é igualmente perpétua e deve ser guardada por todos. Guardam os adventistas a lua nova?

9 – Mt 5.17-19: Não cuideis que vim destruir as leis e os profetas…

Logo o sábado deve ser guardado por fazer parte do decálogo.

Resposta Apologética:

Esta passagem não diz que cada j ou cada til da lei vão permanecer até que o céu e a terra passem, mas diz que não passarão sem que tudo seja cumprido. E o que se lê em Lc 16.16-17: A lei e os profetas duraram até João… Ora, tanto esta passagem quanto a de Mt 5.17-19 ensinam justamente que nalgum tempo a lei passará, isto é, logo que for cumprida. E Jesus disse que Ele veio cumpri-la; logo, já passou. O que Jesus asseverou não é o tempo que a lei há de durar, mas a certeza do seu cumprimento: Lc 24.44; At 13.29; Cl 2.14-16; Rm 10.4. A lei de que fala Jesus não é só o decálogo, mas toda a lei, como vemos:

  1. Jesus fala em Mateus 5 de três mandamentos do decálogo: do sexto mandamento (v. 21); do sétimo mandamento (v. 27), e do terceiro mandamento (v. 33);
  2. Jesus fala de mandamentos fora do decálogo:
  3. olho por olho (Lv 24.20);
  4. amor ao próximo (Lv 19.18);
  5. Jesus, quando fala da Lei, referia-se a todo o Pentateuco (Gênesis ao Deuteronômio – Mt 7.12; 11.13; 22.40; Lc 16.29-31).

Jesus, pois, veio cumprir toda a lei, inclusive o decálogo; logo, já passou a deixa de ser obrigatória a sua observância.

10 – Mt 19.16-22: Guarda os meus mandamentos…

Manda Jesus ao moço rico. Dizem então os adventistas que aqui Jesus ensina que devemos guardar os Dez Mandamentos para termos a vida e como o sábado faz parte do decálogo, logo somos obrigados a guardá-lo.

Resposta Apologética:

É notável que Jesus omite o sábado;

Jesus citou outros mandamentos fora do decálogo;

Se somos obrigados a guardar todo o decálogo porque Jesus Cristo citou apenas cinco mandamentos dele, então somos obrigados a guardar toda a lei de Moisés porque Jesus também citou mandamentos fora do decálogo: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo, que não faz parte do decálogo (Lv 19.18) e Não defraudarás alguém (Mc 10.19) que se acha em Lv 19.13. Se uma parte abrange o todo, certamente os adventistas pecam contra a sua própria argumentação, porque não guardam a lei de Moisés onde se encontram os dois mandamentos fora do decálogo.

11 – Mc 2.28: Assim o Filho do homem até do Sábado é Senhor

Os adventistas empregam esse texto para provar que o sábado é o dia do Senhor.

Resposta Apologética:

Cristo não disse que o sábado era o seu dia, senão que Ele era o Senhor do sábado. Com isto quer dizer que o Filho do homem, como ser humano, era superior ao sábado. O sábado foi dado para satisfazer as necessidades dos homens, e não os homens para satisfazer os sábados. Sendo assim, é superior ao sábado. E sendo superior, pôde em outra ocasião inocentar os discípulos da acusação de transgressores do sábado por colher espigas neste dia (Mt 12.1-8).

12 – Jo 3.13: Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o filho do homem, que está no céu

Mencionam este texto como prova do sono da alma no intervalo entre a morte e a ressurreição.

Resposta Apologética:

Trata-se este texto da conversa entre Jesus e Nicodemos, na qual Jesus lhe faz ver a necessidade do novo nascimento para poder entrar no Reino de Deus no céu. Este ensino produz admiração em Nicodemos a ponto de não poder aceitá-lo (Jo 3.7, 9, 11). Então no versículo 12 Jesus diz: Se vos falei de coisas terrestres (novo nascimento), enão crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? (coisas que o olho não viu – 1 Co 2.9). Ora, está claro que Jesus não estava tratando da morte das pessoas, nem do estado da pessoa após a morte; mas das coisas celestiais e maravilhosas do céu, dizendo que o conhecimento destas coisas não dependia de alguém fora dele, que tivesse subido ao céu e descido para no-las contar. Ninguém desceu do céu senão o Filho do Homem.

13 – At 13.14: E eles, saindo de Perge; chegaram a Antioquia, da Pisídia, e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se.

Relata a passagem onde Paulo entrava nas sinagogas aos sábados e disputava com os fariseus (18.4). Os adventistas dizem então que Paulo guardava o sábado.

Resposta Apologética:

  • Paulo foi criado em todas as observâncias da lei (At 22.3);
  • O grande desejo de Paulo era ganhar os judeus (Rm 9.3-4, 1 Co 9.20-23);
  • Circuncidou a Timóteo (At 16.3) e disse que a circuncisão nada é (1 Co 7.19), observou o Pentecostes (At 20.16), tosquiou a cabeça (At 18.18), fez ofertas da lei (At 21.20-26);
  • Ensinou que todas estas coisas foram abolidas e que ninguém mais estava obrigado a guardá-las (Cl 2.16-17);
  • Paulo apenas aproveitava a reunião dos judeus para pregar-lhes a Jesus.

14 – Rm 3.31: Anulamos, pois, a lei pela fé?…

Dizem os adventistas que a lei são os Dez Mandamentos, e qual não é abolida pela fé, mas estabelecida. O sábado faz parte dos Dez Mandamentos, logo somos obrigados a guardá-lo.

Resposta Apologética:

  • Nada há no texto ou no contexto que se refira ao decálogo;
  • Paulo está argumentando nestes três últimos capítulos que ninguém pode ser justificado pela lei das obras, mas todos podem sê-lo pela lei da fé (Rm 3.27).

Então concluiu que o homem é justificado pela lei sem as obras da lei (v. 28). Assim antecipa que alguém o poderia tachar de homem sem lei (v. 31), o que ele nega. Ensina que a lei foi abolida (Rm 10.4; Cl 2.14-16; 2 Co 3.3-14), dizendo que ele para com Deus não estava sem lei, mas debaixo da lei de Cristo (1 Co 9.21). Em seguida, temos suas declarações em Rm 6.12-14; 7.4; 7.6.

15 – Rm 6.14: Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei e sim da graça.

Os adventistas dizem que estar debaixo da lei é transgredi-la e conseqüentemente estar sob a condenação da lei.

Resposta Apologética:

Se estar debaixo da lei significa tê-la transgredido, então estar debaixo da graça também significa violar a graça, porque a graça exige obediência a condena o desobediente (Tt 2.11-12; Hb 10.28-29). Se estar debaixo da lei significa violá-la, estar em pecado e sob condenação, então, Jesus nasceu em pecado e está sob condenação, pois nasceu debaixo da lei (Gl 4.4).

16 – Rm 7.12: E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.

Argumentam que se refere ao decálogo (Rm 7.7). Paulo falou isto cerca de 60 a.D. achando-se ainda nesse tempo a lei santa, justa, boa e espiritual (v. 14) e teve prazer nela (v. 22); logo ela não foi abolida.

Resposta Apologética::

Paulo, pouco antes, tinha dito que já não estava debaixo da lei (Rm 6.14). Em Rm 7.1-6 fala da mulher ligada ao marido enquanto vivo, mas morto fica livre da lei do marido (v 7). Assim, os crentes estão livres da lei (vv. 4-6). Deixa a lei do marido para com a sua mulher de ser santa, justa, boa quando ele morre a ela deixa de estar sujeita a essa lei? Da mesma maneira, deixa de ser a lei de Deus, santa, justa e boa, por ter Cristo cumprido por nós e já não estarmos sujeitos a ela? De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados (Gl 3.25).

17 – Hb 4.3-11: É evidente de que o repouso de que se trata aqui não foi o do sétimo dia indicado no quarto mandamento, senão o repouso de uma fé em Deus. A idéia central do texto é:

  • Deus repousou depois de haver criado o mundo;
  • Os profetas falaram de antemão de um outro dia (Sl 118.24) em vez do sétimo, para comemorar o repouso maior que se seguiria a uma obra maior do que a criação;
  • A este repouso maior, Josué nunca parou de guiar o seu povo;
  • Jesus havendo terminado sua obra de redenção na cruz (Jo 19.30), repousou Ele mesmo no primeiro dia da semana (Mc 16.9), como Deus havia repousado da sua obra;
  • Na cruz foi abolido o sábado (Oséias 2.11 comparado com Colossenses 2.14-17);
  • Portanto, em comemoração ao glorioso repouso que se seguiu a uma obra maior de redenção, resta guardar um descanso para o povo de Deus. Esse descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30);
  • Foi necessário esse argumento para mostrar ao judeu, que se gloriava no seu sábado, que o cristão tem um descanso melhor a superior ao sábado (Ap 1.10; Sl 118.22-24).

18 – Tg 2.10: Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.

Dizem os adventistas que Tiago usa dois dos Dez Mandamentos, logo a lei de que fala é o decálogo, e diz que devemos guardá-la toda, da qual o sábado é uma parte.

Resposta Apologética:

Temos presente que a palavra lei quer dizer toda a lei, e não só o decálogo. Tiago está reprovando o pecado de fazer acepção de pessoas que é transgressão da lei real (Lv 19.18). Este mandamento não é do decálogo. Logo, Tiago referia-se a toda lei de Moisés e nesse caso os mais afetados são os adventistas, pois não sacrificam animais, não guardam as festas, não praticam a circuncisão (Gl 3.10-11).

19 -1 Jo 2.4: Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.

Dizem que quem não guarda o sábado, que está incluído entre os Dez Mandamentos, é um mentiroso.

Resposta Apologética:

Neste texto se diz que os mandamentos são o decálogo? Não. Apenas presumem os adventistas e por causa desta presunção eles chamam mentirosos a todos aqueles que não rezam pela sua cartilha. Nos vv.l-2 vemos que João fala de Jesus Cristo, e o pronome possessivo seus refere-se a Jesus e aos seus mandamentos e não ao decálogo (Jo 13.34; 15.12; 1 Jo 3.23; 4.21; 2 Jo 5). Encontramos no Novo Testamento uma porção de coisas que são chamadas mandamentos: os dois grandes mandamentos Mt 22.36-40, os preceitos de Cristo são chamados de mandamentos (Jo 14.15, 21; 15.10; 13.34; At 1.2). Os ensinos dos apóstolos são chamados mandamentos do Senhor (1 Co 14.37;1 Ts 4.2; 2 Pe 3.2). Logo não se refere à lei antiga que foi abolida por Jesus. E o próprio Jesus nunca mandou guardar o sábado, ao contrário, foi a atitude de indiferença de Jesus com relação ao sábado que o levou a ser perseguido pelos judeus Mt 12.1,13; Jo 5.16,19; 9.16).

20 – Citam o decreto de Constantino sobre o domingo: Ordena-se a todos os juízes, moradores de cidades e operários, repousarem no venerável dia do sol. Nem Jesus nem seus apóstolos cogitaram de tal coisa. Como escreveram inspirados, fizeram, também, alusões à atitude desonesta de Constantino e da igreja apostatada: At 20.29-30; Rm 8.7; 2 Co 2.17; 2 Tm 4.3-4.

Resposta Apologética:

Tem tanto valor esta citação insinuando que Constantino mudou a guarda do sábado para o domingo, quanto tem a jeovista de que a doutrina da trindade teve início com o mesmo Constantino no ano 325 a.D. no Concílio de Nicéia.

Aceitam os adventistas a doutrina da trindade? Sim!

Há muitos que procuram na Bíblia, o termo  Trindade  e por não encontrarem debatem cegamente o assunto. Mas, estejamos certos de que, para se conhecer a Trindade não se necessita de termos, pois a palavra é derivada de três. Se a Bíblia concorda em que a divindade é composta de três: Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo, eis aí a forma da trindade divina (“Livro Doutrinal”).

A palavra não se encontra na Bíblia e foi criada para explicar a doutrina de um só Deus subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.

Estão corretos os jeovistas quando assacam que a doutrina da trindade é de origem pagã porque havia tríade de Deus no paganismo? Concordam com isto os adventistas? E por que agem com parcialidade, assacando que a guarda do domingo como dia de adoração é de origem pagã porque os pagãos adoravam o sol? Tem tanto valor o livro dos adventistas quanto tem valor o argumento dos jeovistas.

O próprio decreto de Constantino no ano 321 a.D., portanto, quatro anos antes do Concílio de Nicéia realizado no ano de 325 a.D., demonstra que Constantino se dirigia aos pagãos para agir como os cristãos e não estes como aqueles, porque, afinal de contas, Constantino se tornara cristão e queria agradar aos cristãos. Até a forma como foi redigido o decreto comprova a nossa assertiva de que este se dirigia aos pagãos e não aos cristãos que já vinham observando o primeiro dia da semana em honra ao dia em que Jesus ressuscitou dos mortos. Vejamos o teor do decreto:

Ordena-se a todos os juízes, moradores de cidades e operários de repousarem no venerável dia do sol.

Constantino não fez só este decreto. Fez outros decretos, todos favorecendo aos cristãos, dado que se tornara cristão. Sincera ou hipócrita e sua conversão, o fato é que ele queria favorecer os cristãos.

Não bastasse isso, João, na ilha de Patmos, ao escrever o Livro de Apocalipse declara no capítulo 1 versículo 10:

Um dia de domingo fui arrebatado em espírito… (Bíblia, tradução de Mattos Soares);

Eu fui arrebatado em espírito um dia de domingo… (Bíblia, tradução Antônio Pereira de Figueiredo);

Num domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz forte… (Bíblia, Edições Paulinas).

Dizem os Adventistas do Sétimo Dia sobre a guarda do domingo pelos cristãos:

Que sucede com os homens citados que guardaram o domingo no passado e a maioria dos que guardam hoje? Guardam-no como uma instituição do papado? – Não (“Subtilezas do Erro”, p. 134 – CPB – 1a edição).

XIII – Jesus É o Arcanjo Miguel

Diz Ellen White: Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe deu vida antes que seu corpo visse a corrupção. Satanás procurou reter o corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou Moisés a levou-o ao Céu. …Satanás maldisse amargamente e Deus, acusando-o de injusto por permitir que sua presa lhe fosse tirada; Cristo, porém, não repreendeu a Seu adversário, embora fosse por sua tentação que o servo de Deus houvesse caído. Mansamente remeteu-o a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te repreenda’ (“Primeiros Escritos”, p. 164, 3a edição, 1988) (destaques nossos).

Resposta Apologética:

Dois erros doutrinários encontramos nessa declaração de EGW:

1) Miguel ressuscitou Moisés, quando é Jesus que ressuscitará os mortos por ocasião da sua vinda, o que ainda não se deu (1 Ts 4.16-17; 1 Co 15.51-54). Se Moisés não provasse a corrupção no seu corpo e já tivesse sido ressuscitado, seria ele as primícias dos mortos: quando, de fato, Jesus foi as primícias dos mortos, Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem (1 Co 15.20).

2) A passagem citada, para afirmar que Jesus não repreendeu seu adversário, o diabo, é Judas 9, que diz: Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Este texto, como lemos, trata de Miguel, o arcanjo, e não de Jesus. É a Jesus que Miguel, o arcanjo, recorre para repreender a Satanás e não a Deus, o Pai. Confunde ela Miguel com Jesus como se ambos fossem a mesma pessoa. Jesus, em sua vida terrena, por várias vezes, repreendeu Satanás e ao passo que Judas 9 afirma que Miguel não pode fazê-lo, invocando a autoridade de Jesus para isso, O Senhor te repreenda. Em Mt 16.23 Jesus repreendeu Satanás com toda a autoridade, dizendo: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo. E não foi esta a única vez que Jesus repreendeu Satanás. Outras vezes isso aconteceu como em Mt 4.10-11 determinando que ele se retirasse. Jesus deu poder aos seus discípulos e seguidores para assim também o fazerem (Lc 10.17-19; Mc 16.17-18). Por fim, Jesus é Criador (Jo 1.3; Cl 1.15-16) e Miguel é criatura celestial, criada pelo próprio Jesus. Os anjos não podem ser adorados (Cl 2.18; Ap 22.8-9) ao passo que Jesus é adorado pelos próprios anjos (Hb 1.6; Ap 5.11-13). Miguel é um dos primeiros príncipes (Dn 10.13) indicando com isso que existem outros iguais a ele; entretanto, Jesus é o Unigênito do Pai, mostrando que não existe outro igual a Ele (Jo 1.14; 3.16). Esse ensino de EGW é francamente herético (2 Pe 2.1-2).

XIV – Os Vários Tipos de Igrejas Adventistas

Igreja Adventista do Sétimo Dia (Movimento de Reforma)

Igreja Adventista do Sétimo Dia (Movimento de Completa Reforma)

Igreja Adventista da Promessa

Igreja Adventista do Sétimo dia Remanescente

Com exceção da Igreja Adventista da Promessa, as demais aceitam a autoridade absoluta de EGW. A Igreja Adventista do Sétimo Dia Remanescente tem nova profetisa por nome Jeanine Sautron, nascida em 1947 e reivindica desde 1985 a autoridade de profetisa sucedendo a EGW. Essa autoridade é reclamada no livro “Sonhos e Visões”. O responsável no Brasil é Oseas Maurer.

A Igreja Adventista da Promessa rejeita a autoridade de EGW e aceita a doutrina pentecostal com relação às manifestações do Espírito Santo para os dias atuais.

Nas demais, as doutrinas são as mesmas sustentadas pelas demais igrejas adventistas.

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Fonte: Série Apologética do ICP, Pr Natanael Rinaldi


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