Ministério Público abre investigação contra Igreja Universal por suposta cobrança de dízimo à presos.
A Igreja Universal do Reio de Deus (IURD) está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado do Mato Grosso por causa de denúncias feitas contra a denominação em sua atuação dentro de presídios. De acordo com a denúncia, os presos que não pagam dízimo à Igreja Universal estão sofrendo discriminação na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.
De acordo com as denúncias, para o preso mudar de ala ou ter algumas outras regalias dentro da penitenciária ele precisa pagar o dízimo para os integrantes da IURD. As investigações começaram depois de uma vistoria na penitenciária, durante a qual um presidiário afirmou ter ficado de “castigo” por não ter dinheiro para pagar o dízimo.
“Os caras cobram e quem não paga não tem direito nem à água gelada e quem paga tem até filme pornô”, disse o detento, de acordo com o portal de notícias 24 Horas News.
Confirmando as denúncias de extorsão, o promotor Célio Wilson de Oliveira, da Vara de Execuções Penais, falou sobre o trabalho de investigação e afirmou que “as investigações estão se prolongando mais do que se imaginava”.
O Ministério Público já conseguiu comprovar que o dízimo era realmente cobrado e quem estivesse em dia com o pagamento se tornava “intocável”, podendo fazer de tudo, como se estive em casa. As investigações incluíram a apreensão de computadores, documentos de registros contábeis e objetos que pastores da Universal estavam usando dentro da penitenciária.
O promotor Joelson de Campos Maciel falou sobre o assunto. Segundo ele, o trabalho das igrejas dentro das penitenciárias não pode estar relacionado ao pagamento de contribuições financeiras, prática que é proibida pelo CNPC (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária), ele afirma ainda que “a igreja que tem que ajudar o preso e não o preso que tem que ajudar a igreja”.
Mais um capitulo.
Promotor
que investiga a Igreja Universal por obrigar detentos a darem dízimo apresenta
provas do suposto esquema.
A investigação contra a Igreja Universal do Reino
de Deus, que estaria cobrando dízimos de detentos de um presídio em Cuiabá,
Mato Grosso, teve um novo capítulo no último dia 17/04.
O promotor Célio Wilson, responsável pelo caso
apresentou provas de que pessoas da liderança da Igreja Universal estariam
envolvidas com o esquema de cobranças feitas para manter os detentos dentro da
ala evangélica do presídio, que abriga 340 pessoas.
Foram apreendidos no Centro de Ressocialização de
Cuiabá, envelopes com cédulas de Real e boletos bancários em nome da Universal,
além de um extrato bancário em nome de um preso, que apresentava saldo bancário
de R$ 43.289,74.
-“Esse dízimo era destinado à igreja e recolhido
quatro vezes por semana”, afirmou o promotor Wilson, em entrevista à TV Centro
América.
O representante dos agentes prisionais, João
Batista Pereira de Souza, afirmou que “o esquema era tão poderoso que alguns
servidores se viram obrigados a fechar os olhos, para não serem punidos,
transferidos para outra unidade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Graça e Paz de Cristo, será um prazer receber seu comentário. Jesus te abençoe.