Já tivemos a desdita de ver muitos católicos se escudando
em Êxodo 25.18; 26.1;1 Reis 6.23; 8.7; Hebreus 9.5; Números 21.8,9, enquanto
“veneravam” os seus “santos”. É que estes versículos registram que Deus mandou
fazer dois querubins (categoria de anjos) de ouro, bem como uma cobra de metal.
Mas eles precisam saber que realmente não é pecado fazer imagens de escultura.
Pecado é prostrar ante seus pés para pedir algo aos “santos” por elas
“representados”. Há, pelo menos, três provas bíblicas de que as coisas sãos
assim:
1ª) Embora seja verdade que em Nm 21.8-9 possamos ler que Deus mandou fazer uma cobra de bronze, não podemos esquecer que em 2 Reis 18.4, está escrito: “Ele destruiu os altos, esmigalhou as estátuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés tinha fabricado: porque os filhos de Israel até então lhe haviam queimado incenso: e a chamou Nohestan” (versão católica Figueiredo). A interpretação é que os israelitas idolatraram a estátua que
Deus mandara fabricar, razão pela qual, o fervoroso e zeloso servo de Deus, que foi Ezequias, a fez em pedaços. Ora, o fato de a Bíblia não nos ensinar a rezar aos mortos (santos), somado a outro fato igualmente relevante de que essa prática se inspira no paganismo, é motivo mais que suficiente para rejeitarmos isso. Imitemos Ezequias!
Mesmo como que entre parênteses, não podemos deixar de
fazer constar que, por dizer Jesus que “E do modo porque Moisés levantou a
serpente, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o
que nele crê tenha a vida eterna” (João 3.14-15), nos leva a crer que a
serpente hasteada por Moisés tipificava a crucificação de Cristo. E a cura
miraculosa que se dava ao simples gesto de olhar a serpente levantada (Números
21.8,9), fala da simplicidade da salvação em Cristo, por meio da fé (Efésios
2.8), sem o auxílio das obras (Efésios 2.9), embora seja para as obras (Efésios
2.10). Como está escrito: “Olhai para mim, e sede salvos, vós, todos os termos
da terra; porque eu sou Deus e não há outro” (Isaías 45.22 – ARA).
2ª) O que nos leva a crer que o Catolicismo é um sistema
idolátrico, não é apenas o fato de os católicos se ajoelharem diante dos seus
“santos” (se bem que só isso bastaria), mas também o fato de rezarem a esses
“santos ”. Assim os católicos seriam idólatras ainda que não usasse uma só
estátua. Os católicos só deixarão de ser idólatras quando orarem como o povo de
Deus tem orado através dos séculos: direto a Deus e exclusivamente a Deus
(Mateus 6.9-13; Atos 1.24-25; 7.59-60; 4,24-30; 2 Coríntios 12.8; Apocalipse
22.20; João 15.16; 14.14; Gênesis 4.26; 18.23-32; 24.12-14; 25.21; 28.20-22;
Juizes 16.28, etc.).
3ª) Realmente não se pode negar que Deus mandou
confeccionar imagens de escultura, mas também é inegável que Ele proibiu essa
prática em Êx 20.4. Certamente este aparente paradoxo se explica informando que
Deus não se opõe ao uso de imagens, contanto que tais estátuas não sejam
imagens dos deuses e usadas no culto às divindades pagãs. Neste caso devem ser
rejeitadas e desdenhadas (Sl 115 [versões protestantes]), e não adaptadas ao
culto cristão, como a Igreja Católica vem fazendo desde o 4º século da Era
Cristã. Sim, leitor, arranjando um “santo” para cada coisa e prostrando aos pés
das suas imagens para suplicar bênçãos, os católicos não estão repudiando o
paganismo, e sim, ajustando-o ao Cristianismo. E só não seria assim se eles
pudessem mostrar na Bíblia que os profetas, Jesus e os apóstolos ensinaram
isso.
PASTOR JOEL SANTANA, leciona Teologia Sistemática,
História Eclesiástica, e Apologética (ou Religiões Comparadas) em vários
Seminários Teológicos no Rio de Janeiro/RJ.
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