O Decreto da Dupla
Predestinação de Calvino:
“Porque ele (Deus) não criou todos em
igual condição, mas ordenou uns para a vida eterna e os demais para a
condenação eterna” (Instituta Vol 3, Pg 41, Editora Cultura Cristã, Ed 2006)
“Ele dispensa e ordena, por Seu
conselho, que alguns, desde o ventre de sua mãe, sejam certa e seguramente
destinados à morte eterna, para que o Seu Nome seja glorificado na perdição
deles.”
(Institutas, vol. 3, art. 21, pg. 52)
Deus ordenou a
queda de Adão:
Deus não só viu de antemão a queda do
primeiro homem e nela a ruína de sua posteridade, mas também por seu próprio
prazer a ordenou. [1] João Calvino
Embora sua perdição de tal maneira depende da
predestinação divina, a causa e a substância dela (perdição) estão ambas neles (homens)….. Portanto, o homem cai porque assim o ordenou a providência de Deus; no entanto, cai por falha sua. [2] João CalvinoMesmo a queda de Adão, e através dele
a queda da raça, não foi por acaso ou acidente, mas foi assim ordenada no
secreto conselho de Deus. [3] Loraine Boettner
Certamente, se Deus não quisesse a
queda, Ele poderia, e sem dúvida a teria evitado; mas Ele não a impediu:
portanto Ele a desejou. E se Ele a desejou, Ele certamente a decretou. [4]
Jerome Zanchius
Claramente foi da vontade de Deus que
o pecado entrasse neste mundo, caso contrário não teria entrado, pois nada
acontece, exceto o que Deus eternamente decretou. Além disso, houve mais do que
uma simples permissão, pois Deus só permite coisas que realizam o seu
propósito. [5] A.W. Pink
Deus não apenas tinha um
pré-conhecimento perfeito do resultado da experiência de Adão; não só seu olho
onisciente viu Adão comer do fruto proibido, mas decretou de antemão que ele
deveria fazê-lo. [6] A.W. Pink
Também, os calvinistas frequentemente
afirmam que Adão foi livre antes da queda. Mas, novamente, eu sempre falo de
liberdade com relação a Deus, e desta perspectiva, eu diria que Adão não teve
nenhuma liberdade, seja qual for, nem mesmo antes da queda. Ser “livre” para pecar
é irrelevante. A questão é se Adão era livre de Deus para escolher permanecer
livre do pecado – ele não era. Além disso, eu não diria que Deus permitiu Adão
cair, mas que Deus causou a queda. Muitos calvinistas também discordariam de
mim sobre isso. [7] Vicent Cheung
A queda não afetou
os eleitos:
Os eleitos eram “filhos” desde toda a
eternidade, e decretados para assim ser por toda a eternidade. Eles não
perderam a filiação com a queda, nem por qualquer corrupção em sua natureza
derivada desta queda. Eles continuam sendo “filhos”, embora filhos pecadores,
e, como tal, justamente expostos a ira. No entanto, esta relação não poderia
ser revogada por quaisquer atos posteriores no tempo: unidos a Cristo desde
toda a eternidade, eles sempre foram um com Ele. [8] A.W. Pink
Assim, enquanto todos caíram em Adão,
nem todos caíram igualmente. Os não-eleitos caíram de modo a serem condenados,
sendo deixados a perecer em seus pecados, porque eles não tinham relação com
Cristo — Cristo não tinha conexão com eles como o Mediador da união com Deus.
Os não-eleitos tiveram sua plenitude em Adão, seu cabeça natural. Mas os
eleitos tiveram todas as bênçãos espirituais concedidas a eles em Cristo, seu
cabeça gracioso e glorioso (Ef 1:3). Eles não poderiam perdê-las. [9] A.W.
Pink
Deus é o autor do
pecado:
“… Eu digo isso, se isso é tudo o que
se entende por ser o autor do pecado, e não nego que Deus é o autor do pecado”
( Edwards, The Works Of Jonathan Edwards, P. 76)
“… Portanto, devemos concluir que
Deus preordenou o pecado”. (Sproul, Eleitos de Deus, Pg 22)
Deus move as línguas dos homens para
blasfemar. [10] Franciscus Gomarus
Nem mesmo a obra do pecado parte de
qualquer outra pessoa a não ser Deus. [11] Zwinglio
O pecado é um dos eventos “quaisquer”
que “acontecem”, os quais são todos “decretados”. [12] W.G.T. Shedd
Nada acontece contrário ao seu
decreto. Nada acontece por acaso. Até o mal moral, que ele abomina e proíbe,
ocorre “pelo determinado conselho e presciência de Deus.” [13] W.G.T.
Shedd
Todas as coisas, incluindo até mesmo
as ações malévolas dos homens perversos e dos demônios – são trazidas à
existência de acordo com o propósito eterno de Deus. [14] JG Machen
É até bíblico dizer que Deus
preordenou o pecado. Se o pecado estivesse fora do plano de Deus, então nem uma
única questão importante da vida seria governada por Deus. [15] Edwin H.
Palmer
Predeterminação significa o plano
soberano de Deus, pelo qual Ele decide tudo o que está a acontecer em todo o
universo. Nada neste mundo acontece por acaso. Deus está por trás de tudo. Ele
decide e faz com que todas as coisas aconteçam. Ele não está sentado à margem
pensando, e talvez temendo, o que vai acontecer a seguir. Não, Ele
predeterminou tudo “segundo o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11): o
movimento de um dedo, a batida de um coração, o riso de uma menina, o erro de
um datilógrafo – até mesmo o pecado [16] Edwin H. Palmer
A oração não muda
as coisas:
Sabemos que Deus predestinou todas as
coisas que acontecem. Ele faz todas as coisas conforme o conselho de Sua própria
vontade. É difícil reconciliar a oração e a vontade imutável de Deus. [17]
James O. Wilmoth
A oração não muda as coisas, nem a
oração muda Deus ou Sua mente. [18] David S. West
O que Deus predestinou acontecer
sempre acontece conforme Ele propôs, e por mais que alguém ore, nada vai mudar
isto. Não, a oração não muda as coisas; entretanto, ela nos muda. [19] Dan
Phillips
Ninguém pode crer na gloriosa
doutrina bíblica da predestinação e acreditar que a oração muda as coisas. As
duas são incompatíveis. Elas não se harmonizam. Se uma é verdadeira, a outra é
falsa. Visto que a predestinação é verdadeira, segue, como a noite segue o dia,
que a oração não muda as coisas. [20] Joseph Wilson
Deus criou pessoas
para o propósito expresso de destruí-las:
A Doutrina da Predestinação
logicamente sustenta que alguns são predestinados à morte tão verdadeiramente
como outros são predestinados à vida. [21] Loraine Boettner
Chamamos predestinação o eterno
decreto de Deus pelo qual houve por bem determinar o que acerca de cada homem
quis que acontecesse. Pois ele não quis criar a todos em igual condição; ao
contrário, preordenou a uns a vida eterna; a outros, a condenação eterna.
Portanto, como cada um foi criado para um ou outro desses dois destinos, assim
dizemos que um foi predestinado ou para a vida, ou para a morte. [22] João
Calvino
Uma vez que está na mão de Deus a
disposição de todas as coisas, estando em seu poder a escolha da salvação e da
morte, Ele ordena que entre os homens nasçam aqueles destinados à morte certa
desde o ventre de sua mãe, para que, por meio de sua condenação, Seu nome seja
glorificado. [23] João Calvino
Um homem não é
salvo porque ele crê em Cristo:
Um homem não é salvo porque ele crê
em Cristo, ele crê em Cristo, porque ele está salvo. [24] Loraine Boettner
O calvinismo é o
evangelho:
Se você não conhece os cinco pontos
do calvinismo, você não conhece o Evangelho, mas alguma perversão dele. […] Se
você não tem um conhecimento e compreensão dos Cinco Pontos do Calvinismo você
está verdadeiramente em escuridão e ignorância de toda a verdade divina. E se
você não tem uma crença inteligente e amor pelos Cinco Pontos do Calvinismo,
você não tem uma religião racional, mas está ligado a superstição e mentira
religiosa. [25] Fred Phelps
O calvinismo é
ambíguo:
“Deus quer que se faça aquilo que Ele proíbe fazer.”
(Institutas Livro 1, cap18, art3)
Contra essas visões humanistas, o
Calvinista aceita ambos lados da antinomia. Ele percebe que o que ele defende é
ridículo. É simplesmente impossível para o homem harmonizar esses dois
conjuntos de dados. Dizer, por um lado, que Deus tornou certo tudo o que
acontece e ainda dizer que o homem é responsável por aquilo que ele faz?
Absurdo! Deve ser uma ou outra coisa, mas não ambas. Dizer que Deus preordenou
o pecado de Judas e ainda Judas é o culpado? Insensatez! Logicamente o autor de
O Ladrão Predestinado[1] estava certo. Deus não pode preordenar o roubo e então
culpar o ladrão. E o Calvinista admite francamente que essa posição é ilógica,
ridícula, sem sentido e tola…O Calvinista mantém as duas posições,
aparentemente contraditórias”.[26] Edwin H. Palmer
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[1] João Calvino, Institutas da
Religião Cristã, Livro 3, Capítulo 23, Seção 7
[2] João Calvino, Institutas da
Religião Cristã, Livro 3, Capítulo 23, Seção 8
[3] Loraine Boettner, The Reformed
Doctrine of Predestination, p. 234
[4] Jerome Zanchius, The Doctrine of
Absolute Predestination, Cap. II, Sec. II, Par. 4
[5] A.W. Pink, The Sovereignty of
God, p. 162
[6] A.W. Pink, The Sovereignty of
God, Appendix II, The Case of Adam, p. 283
[7] Vicent Cheung, Autor do Pecado,
p. 15
[8] A.W. Pink, Spiritual Union and
Communion, ‘Mystical Union,’ Pt. 2, Par. 3
[9] A.W. Pink, The Doctrine of
Election, cap. 6 – Sua Natureza
[10] Franciscus Gomarus, conforme
citado por Laurence Vance em O Outro Lado do
Calvinismo, www.arminianismo.com/index.php/categoria…42-o-decreto-de-deus
[11] Ulrich Zwinglio, “On the
Providence of God – Sobre a Providência de Deus”, The Latin Works of Huldreich
Zwingli – As Obras Latinas de Ulrich Zwinglio (Philadelphia: Heidelberg Press,
1922), II:203-204.
[12] W.G.T. Shedd, Calvinism: Pure
and Mixed, p. 32
[13] W.G.T. Shedd, Calvinism: Pure
and Mixed, p. 38-39
[14] JG Machen, conforme citado por
Laurence Vance em O Outro Lado do Calvinismo, p.254
– www.arminianismo.com/index.php/categoria…to-de-deus#_ftnref29
[15] Edwin H. Palmer, The Five Points
of Calvinism, p. 82
[16] Edwin H. Palmer, The Five Points
of Calvinism, p. 24-5
[17] James O. Wilmoth, como citado em O Outro Lado do Calvinismo, p. 276 www.arminianismo.com/index.php/categoria…to-de-deus#_ftnref29
[18] David S. West, como citado em O Outro Lado do Calvinismo, p. 276 www.arminianismo.com/index.php/categoria…to-de-deus#_ftnref29
[19] Dan Phillips, como citado em O
Outro Lado do Calvinismo, p..
277 www.arminianismo.com/index.php/categoria…to-de-deus#_ftnref29
[20] Joseph Wilson, como citado em O
Outro Lado do Calvinismo, p. 277 www.arminianismo.com/index.php/categoria…to-de-deus#_ftnref29
[21] Loraine Boettner, The Reformed
Doctrine of Predestination, p. 104
[22] João Calvino, Institutas da
Religião Cristã, Livro 3, Capítulo 21, Seção 5
[23] João Calvino, Institutas da
Religião Cristã, Livro 3, Capítulo 23, Seção 6
[24] Loraine Boettner, The Reformed
Doctrine of Predestination, p. 101
[25] Fred Phelps, The Five Points of
Calvinism, The Berea Baptist Banner (Mantachie, Miss.: Berea Baptist Church,
1990), 21, 26.
[26] Edwin H. Palmer, The Five Points
of Calvinism [p. 85]
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