TEOLOGIA COACHING É UM VENENO

A falsa promessa do “melhor dessa terra”

A teologia coaching tem se infiltrado em muitos púlpitos com um discurso sedutor: o de que o cristão merece desfrutar do melhor desta vida. Porém, essa ideia contradiz a realidade vivida pelos discípulos e mártires ao longo da história da Igreja. Ao invés de conforto e prosperidade, muitos enfrentaram perseguições, prisões e até a  morte. Essa teologia ignora a centralidade da cruz e transforma o Evangelho em uma mensagem triunfalista, desconectada do chamado bíblico ao sofrimento por amor a Cristo. É uma teologia que acaba banhando a cruz de Cristo com ouro.

 

Sucesso terreno e bênçãos sem fim

Uma das maiores distorções da teologia coaching é igualar bênção de Deus com

status, fama e riquezas. Se esses fossem, de fato, sinais da aprovação de Deus, os bilionários e celebridades da mídia seriam os maiores exemplos de espiritualidade. Essa visão além de  antibíblica, transforma o cristianismo em uma busca por recompensas terrenas e não pela eternidade com Deus. A bênção virou o bezerro de ouro dessa geração.

Motivação humana no lugar da cruz de Cristo

Mensagens motivacionais que agradam o ego humano estão substituindo a verdadeira pregação do Evangelho, que nos chama ao arrependimento e à negação de si mesmos. A cruz, símbolo do nosso chamado à santidade, tem sido trocada por frases de efeito, técnicas de autoajuda e promessas vazias. Essa falsa teologia alimenta uma fé rasa e antropocêntrica, onde o centro não é mais Cristo, mas o próprio homem e seus desejos. Basta ver o meio neopentecostal e as técnicas seculares usadas nos cultos.

 

A espiritualidade do "crente cabeça”

Frases como “o crente tem que ser cabeça e não cauda” alimentam uma espiritualidade triunfalista, onde o sofrimento é visto como sinal de fracasso. No entanto, Jesus nos ensinou o contrário: que bem-aventurados são os humildes, os perseguidos, os que choram e servem. A verdadeira fé cristã está disposta a amar e servir mesmo sendo injustiçada. O maior no Reino de Deus não é o mais exaltado, mas o que se faz servo de todos. Ser próspero não é um sinal da fidelidade de Deus, se fosse assim os bilionários seriam servos de Cristo.

 

Voltemos ao Evangelho

Diante desses perigos, é urgente que a Igreja volte à centralidade das Escrituras. A teologia coaching é uma heresia moderna que distorce o verdadeiro Evangelho e afasta o povo de Deus da cruz. Precisamos discernir entre palestras motivacionais e a pregação bíblica que transforma corações. Cristo não prometeu facilidade, mas  garantiu sua presença eterna. Que a nossa fé esteja firmada n'Ele, e não nas ilusões deste mundo.

Conclusão

Satanás foi o primeiro a pregar o coaching do ego: prometeu a Eva que ela seria como Deus, mas entregou queda e morte. Hoje, a teologia coaching repete essa mentira com outra embalagem, exalta o eu, promete sucesso e despreza a cruz. O verdadeiro Evangelho não diz “seja como Deus”, mas “seja imitador de Cristo”: humilde, obediente e servo.