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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A problemática do Batismo Infantil

 


1. O Batismo infantil não é ensinado no Novo Testamento.

Não há nem sequer um só claro exemplo, nas Escrituras do Novo Testamento, de uma criança sendo batizada. Para se encontrar evidências para essa prática, deve-se ler tentando inserir dentro das Escrituras algo que nela jamais aparece.

“Para alguns, o batismo infantil é uma doutrina por implicação. Faz-se a implicação de que, em cinco lares no NT que foram visitados pela salvação, deve ter havido criancinhas. Esses foram os lares de Cornélio (Atos 10), de Lídia (Atos 16), do carcereiro Filipense (Atos 16), de Crispo (Atos 18) e de Estefânio (I Cor 1:16)” (A Igreja de Deus: Um Simpósio).

O caso de Cornélio: “afirma-se no verso 24 de Atos 10 que os que estavam reunidos com ele na casa eram seus parentes e amigos próximos. Depois, no verso 33, Cornélio diz [a Pedro] ‘…estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado.’ No verso 44 o Espírito Santo veio sobre todos que ouvem a Palavra. Sabemos, por outras Escrituras, que, no NT, o Espírito Santo opera dessa forma somente sobre os que creram. Os que estavam reunidos eram capazes de ouvir [entendendo] os comandos de Deus de modo a crerem e obedecerem” (Ibid.). Afirma-se especificamente, em Atos 11:17, que os que foram salvos e batizados com Cornélio foram os que “creram no Senhor Jesus Cristo”. Obviamente eles não eram bebezinhos.

Lídia e sua família (Atos 16.14-15): Nada é dito sobre crianças nessa passagem e é altamente improvável que essa mulher comerciante tão ocupada teria bebês. Não há nenhuma evidência [sólida], aqui sobre qualquer prática de batismo infantil.

O carcereiro Filipense e sua família (Atos 16.30-34): Essa passagem diz claramente que Paulo falou a Palavra de Deus para toda a família (v.32) e que toda a família creu (vs.32-33). Isto não poderia ter sido dito a respeito de criancinhas.

A família de Crispo (Atos 18.8): Os que foram salvos e batizados em sua família eram todos crentes, pois lemos: ““E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa …” (At 18:8). Nós não lemos sobre a idade dos membros da família de Crispo, mas lemos que cada um deles creu no Senhor. Obviamente eles não eram criancinhas.

A família de Estefânio (I Cor 1.16). Novamente, nada é realmente dito sobre criancinhas presentes ou batizadas. Em I Cor 16:15 lemos que os familiares “dedicaram a si mesmos para o servir aos santos”. Isto não poderia ser dito sobre criancinhas.

15 E rogo-vos, ó irmãos (tendes conhecido a família de Estéfanas, que é as primícias de Acaia, e que dedicaram a si mesmos para o servir aos santos), (Tradução Literal do Texto Tradicional)

“Ninguém tem o direito de inserir o que é omitido nas Escrituras, somente para subjetivamente [por mero exercício de imaginação, “wishfull thinking”, raciocínio forçado que fantasia para alcançar seus propósitos]dar forças a uma suposta doutrina, e ignorar o claro ensino de muitas outras partes da Palavra de Deus” (Ibid.).

2. O Batismo infantil é contrário ao ensino do Novo Testamento sobre o batismo.
O batismo infantil usa um modo errado: aspersão, ao invés de imersão. O Batismo infantil usa a errado pessoa sendo batizada: bebezinhos sem a capacidade de crer e nascer de novo. O batismo infantil tem o propósito errado: impor salvação ou bênçãos espirituais.

3. O Batismo infantil afirma ou implica que a salvação ou a bênção espiritual pode ser imposta através de ritual ou através da fé de outra pessoa.
Isto contrasta com Salmos 49.7-8. A Bíblia diz que todas as bênçãos de salvação são recebidas através da fé [pessoal, claro] em Jesus Cristo (Atos 15.8-11; 16:30-31, Ef 2.8-10; II Tim 3.15). Recebemos a vida eterna pela fé pessoal (Jo 1.12). Recebemos a justificação e a paz com Deus através da fé pessoal (Rm 5.1). Recebemos o Espírito Santo pela fé pessoal (Ef 1.12-14).

4. O Batismo infantil implica em que a igreja pode impor a salvação e a bênção a quem quiser, independente da vontade ou fé do indivíduo.

Isto contrasta com Atos 8.36-37. – “36 E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.” (At 8.36-37 BRP)

5. O Batismo infantil resulta em falsa segurança.

Multidões de pessoas que foram batizadas enquanto criancinhas crescem pensando estarem prontas para o Paraíso mesmo nunca tendo nascido de novo através da fé pessoal em Cristo. Eles estão confiando em seu batismo infantil e no fato de serem membros de suas igrejas. Eles são iludidos pelo ensino de suas próprias igrejas. “Este falso evangelho sacramental sempre impediu meus pais de me dizer que eu era um pecador e necessitava de um Salvador. Eles pensavam que eu tinha recebido a vida eterna no batismo. Afirmo enfaticamente haver milhões de Luteranos acreditando na mesma coisa em que meus pais acreditavam e no que fui ensinado e em que acreditei durante muitos anos. Fui salvo aos 45 anos, quando finalmente ouvi o verdadeiro evangelho e cri nele. Acreditamos que milhões de almas estão em enorme risco [de irem para o inferno] por causa desse falso ensinamento” (A Chamada Bereana, agosto 2001).

6. O Batismo infantil resulta em igrejas cheias de membros não regenerados.

Em algumas igrejas a criancinha se torna um membro imediatamente após a cerimônia de batismo. Em outras, a criança não é considerada um membro pleno, mas é admitida como membro em anos posteriores, sem ter mostrado evidência de regeneração. Da mesma forma, o batismo infantil resulta nessas igrejas cheias de membros não verdadeiramente salvos. Isso, é claro, destrói a igreja e é a causa principal da morte espiritual de muitas denominações protestantes.

7. O batismo infantil causa declarações falsas de alguns ministros oficiantes.

“Ele declara uma falsidade quando diz: ‘Eu o batizo’, porque ele não está batizando mas aspergindo. Ele declara uma falsidade quando diz: ‘A criança está regenerada e introduzida no corpo da igreja de Cristo! (Livro Anglicano da Oração Comunitária).’ As criancinhas não nasceram de novo nem são verdadeiros membros da igreja. Ele declara uma falsidade dizendo: ‘Aprouve a Deus regenerar esta criança com Seu Espírito Santo, recebê-la como Seu próprio filho por adoção, e incorporá-la à Sua santa igreja’. Nenhuma dessas coisas pode ser verdadeira para uma criancinha, e nada dessas coisas é concedida pelo batismo (Hiscox, Práticas para Igrejas Batistas).

8. Não há salvação parcial ensinada nas Escrituras.

O batismo infantil ou salva verdadeiramente, ou de todo não salva. Muitas denominações que ainda praticam o batismo infantil acreditam que ele resulta em salvação parcial para a criancinha, e que ela pode mais tarde adicionar obras como o catecismo, a missa e a confissão para ser completamente salva. As seguintes passagens da Bíblia mostram que quando uma pessoa é salva, ela se torna completa e eternamente salva. As mesmas passagens revelam que essa salvação não ocorre através do batismo infantil, mas por uma fé pessoal em Jesus Cristo, com sincero arrependimento (II Cor 5.17; Tit. 3.5-7; Ef 1.3-7; Rm 5.1-2; Col 1.12-14; 1 Jn 5.12-13).

O QUE DEVEMOS FAZER POR NOSSOS FILHOS?

1. Os crentes podem se rejubilar no fato que seus filhos são santificados pelo relacionamento dos seus pais com Cristo (I Cor 7.14). Embora possamos não saber tudo que isso envolve, sabemos que (a) a passagem não fala de santificação por um batismo ritual. Nada aqui é dito ou em qualquer outra passagem do NT sobre a necessidade de batizar crianças antes de elas poderem partilhar da santificação dessa família. (b) As crianças são eternamente salvas se morrerem em infância tenra. O caso do filho de Davi ilustra isto. Após a morte do seu filho, Davi disse que ele um dia iria ter com ele (II Sam 12.22-23). Isto mostra a certeza de Davi de que o bebê estaria salvo com Deus. Se isto era verdade para os filhos dos santos do AT, certamente é verdade para o crente no NT. (c) Num certo momento na vida da criança, ela se torna pessoalmente responsável diante de Deus por seu relacionamento com Jesus Cristo. A Bíblia não diz em que idade ou momento isso ocorre, mas Jesus encoraja as crianças a virem para Ele (Lc 18.16) e ensinou a Timóteo as Escrituras como uma criança com o modo como pode ser salvo (II Tim 3.15).

2. Os pais devem se dedicar a treinar a criança no caminho de Cristo. Não é realmente a dedicação da criança que é essencial; é a dedicação dos pais. Os pais perdem seu tempo se dedicarem seus filhos a Deus numa cerimônia pública e falharem em instruí-los e discipliná-los no caminho correto. Façamos ambas estas coisas! Devemos oferecer nossos bebezinhos a Deus e pedir que Ele abençoe suas vidas e vamos cuidadosamente educá-los para Seu santo serviço.

Adaptado de David Cloud


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