1- Origem histórica da festa do rei Momo
2- A origem do carnaval no Brasil
3- Símbolos carnavalescos
4- Desfiles das Escolas de Samba
5- O carnaval e a igreja católica romana
6- Posição da igreja evangélica no período do carnaval
7- Evangelismo ou retiro espiritual?
8- Curiosidades do carnaval
9- As armas da festa
10- O rei momo no carnaval carioca
11- Pesquisa sobre a opinião da população sobre o Carnaval
Realizada entre o 18 a 19 de dezembro de 2000
12- Bibliografia:
Carnaval - a festa da carne
Porque, se viverdes segundo a
carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo,
vivereis (Rm 8.13)
O carnaval no Brasil, uma das mais conhecidas festas
populares do mundo, é totalmente contrário aos valores cristãos. Mas, por outro
lado, não podemos deixar de considerar que esta festa é uma manifestação
folclórica e cultural do povo brasileiro. Será que o carnaval, na proporção que
vemos hoje – com suas mais variadas atrações, com direito a escândalos e tudo,
envolvendo políticos (quem não se lembra do episódio ocorrido com Itamar
Franco?) e alcançando as camadas mais humildes da sociedade – é o mesmo de
antigamente? Onde e como teve início o carnaval? Qual tem sido a sua
trajetória, desde o seu princípio até os dias atuais? Existem elementos éticos
em sua origem? São perguntas que, na medida do possível, estaremos respondendo
no artigo que segue.
Origem histórica da festa do rei Momo
A palavra
carnaval deriva da expressão latina carne levare, que significa abstenção
da carne. Este termo começou a circular por volta dos séculos XI e XII para
designar a véspera da quarta-feira de cinzas, dia em que se inicia a exigência
da abstenção de carne, ou jejum quaresmal. Comumente os autores explicam
este nome a partir dos termos do latim tardio carne vale, isto é, adeus carne,
ou despedida da carne; esta derivação indicaria que no carnaval o consumo de
carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias do jejum quaresmal -
outros estudiosos recorrem à expressão carnem levare, suspender ou retirar a
carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da
quaresma, ou seja, ao domingo da qüinquagésima, o título de dominica ad carnes
levandas; a expressão haveria sido sucessivamente abreviada para carnes
levandas, carne levamen, carne levale, carneval ou carnaval – um terceiro grupo
de etmologistas apela para as origens pagãs do carnaval: entre os gregos e
romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus
Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis:
de onde vem a forma carnavale.1
Segundo o historiador José Carlos Sebe, ao carnaval
estão relacionadas as festas e manifestações populares dos mais diversos povos,
tais como o purim, judaico, e as saturnálias e as caecas, babilônicas,
manifestações que contribuíram muito para o carnaval atual.
A real origem do carnaval é um tanto obscura. Alguns
historiadores assentam sua procedência sobre as festas populares em honra aos
deuses pagãos Baco e Saturno. Em Roma, realizavam-se comemorações em homenagem
a Baco (deus de origem grega conhecido como Dionísio e responsável pela
fertilidade. Era também o deus do vinho e da embriaguez). As famosas bacanais
eram festas acompanhadas de muito vinho e orgias, e também caracterizadas pela
alegria descabida, eliminação da repressão e da censura e liberdade de atitudes
críticas e eróticas. Outros estudiosos afirmam que o carnaval tenha sido,
talvez, derivado das alegres festas do Egito, que celebravam culto à deusa Isís
e ao deus Osíris, por volta de 2000 a.C.
A Enciclopédia Britânnica afirma: Antigamente o
carnaval era realizado a partir da décima segunda noite e estendia-se até a
meia-noite da terça-feira de carnaval2. Outra corrente de pensamento entende que o
carnaval teve sua origem em Roma. Enquanto alguns papas lutaram para acabar com
esta festa (Clemente, séculos IX e XI, e Benedito, século XIII), outros, no
entanto, a patrocinavam.
A ligação desta festa com o povo romano tornou-se tão
sólida que a Igreja Romana preferiu, ao invés de suspendê-la, dar-lhe uma
característica católica. Ao olharmos para países como Itália, Espanha e
França, vemos fortes denominadores comuns do carnaval em suas culturas. Estes
países sofreram grandes influências romanas. O antigo Rei das Saturnais, o
mestre da folia, é sempre morto no final das antigas festas pagãs.
Vale ressaltar que O festival Dionisíaco expõe
em seu tema um grande contra-senso, descrito na The Grolier Multimedia.
Enciclopédia, 1997: A adoração neste festival é chamada de Sparagmos,
caracterizada por orgias, êxtase e fervor ou entusiasmo religioso. No
entanto, seu significado é descrito no mesmo parágrafo da seguinte forma: Deixar
de lado a vida animal, a comida dessa carne e a bebida desse sangue.
A origem do carnaval no Brasil
O primeiro baile de carnaval realizado no Brasil
ocorreu em 22 de janeiro de 1841, na cidade do Rio de Janeiro, no Hotel Itália,
localizado no antigo Largo do Rócio, hoje Praça Tiradentes, por iniciativa de
seus proprietários, italianos empolgados com o sucesso dos grandes bailes
mascarados da Europa. Essa iniciativa agradou tanto que muitos bailes o
seguiram. Entretanto, em 1834, o gosto pelas máscaras já era acentuado no país
por causa da influência francesa.
Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval
brasileiro é totalmente européia, sendo uma herança do entrudo português
e das mascaradas italianas. Somente muitos anos depois, no início do século XX,
foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma
definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.
Nessa época, o carnaval era muito diferente do que
temos hoje. Era conhecido como entrudo, festa violenta, na qual as
pessoas guerreavam nas ruas, atirando água uma nas outras, através de
bisnagas, farinha, pós de todos os tipos, cal, limões, laranjas podres e até
mesmo urina. Quando toda esta selvageria tornou-se mais social, começou então a
se usar água perfumada, vinagre, vinho ou groselha; mas sempre com a intenção
de molhar ou sujar os adversários, ou qualquer passante desavisado. Esta
brincadeira perdurou por longos anos, apesar de todos os protestos. Chegou até
mesmo a alcançar o período da República. Sua morte definitiva só foi decretada
com o surgimento de formas menos hostis e mais civilizadas de brincar, tais como
o confete, a serpentina e o lança-perfume. Foi então que o povo trocou as ruas
pelos bailes.
Símbolos carnavalescos
Como em
qualquer manifestação popular, o carnaval também se utilizou de formas
simbólicas para aguçar a criatividade do povo e, conseqüentemente, perpetuar
sua história. As fantasias apareceram logo após as máscaras, por volta de 1835,
dando um colorido todo especial à festa. Com o passar dos anos, as pessoas iam
perdendo a inibição e as fantasias, que a princípio eram usadas como disfarce
(por serem quentes demais), foram dando lugar a trajes cada vez mais leves,
chegando ao nível que vemos hoje, de quase completa nudez. Independente das
mudanças, os grandes bailes, portanto, permaneceram realizando concursos de
fantasias, incentivando a competição entre grandes figurinistas e modelos.
Como já foi citado, o primeiro baile de carnaval no
Brasil foi realizado em 1841, na cidade do Rio de Janeiro, e, desde então, não
parou mais. No começo eram apenas bailes de máscaras e a música era a polca, a
valsa e o tango. Havia também coros de vozes para animar a festa. Nota-se que
nem sempre foi tocado o samba, mas modinhas. Os escravos contribuíram com o
carnaval com um estilo de música chamado lundu, ritmo trazido de Angola.
Tal ritmo, no entanto, por ser considerado indecente, limitava-se apenas às
senzalas. Contudo, permaneceu durante todo o século XIX.
Com esta fusão de ritmos nasce o semba, uma
expressão do dialeto africano quibundo. Essa expressão passou por uma
culturação e se tornou o que chamamos hoje de samba. O samba se popularizou nos
entrudos, pois em sua origem este ritmo não era propriamente música, mas
uma dança feita nos quilombos. Todo este contexto histórico nos leva até os
anos 20, ocasião em que nasce aquilo que hoje é chamado de a excelência do
samba, ou seja, o samba de enredo.
O carnaval hoje conta com bailes de todos os tipos,
como o baile à fantasia, baile da terceira idade, matinês para crianças, bailes
de travestis, entre outros. Os embalos musicais destes bailes contam com o bater
dos surdos e o samba é o ritmo predominante. Também toca-se axé music,
um estilo baiano. No carnaval hoje não se dança mais, pula-se.
Desfiles das Escolas de Samba
Iniciou-se no começo do século XX com os blocos, mas
somente nos anos 60 e 70 é que acontece no carnaval brasileiro a chamada Revolução
Plástica, com a participação da classe média na folia e todos os seus
valores estéticos e estilísticos, que viriam incrementar todo o contexto das
escolas de samba.
Os desfiles das escolas de samba são, sem dúvida, o
ponto alto do carnaval brasileiro, turistas vêem de todos os cantos e pagam
pequenas fortunas para assistirem ao desfile. Outras tantas pessoas perdem
noites de sono vendo a festa pela televisão.
A competição entre as escolas de samba é ferrenha, e
não raro ocorrem brigas entre seus líderes (leia-se presidentes) durante a
apuração dos resultados, pois os pontos são disputados um a um, para que, ao
final, se saiba quem foi a grande campeã do carnaval.
Um detalhe importante. A
oficialização do desfile das escolas aconteceu em 1935, com a fundação do
Grêmio Recreativo Escola de Samba. Antes desta data, porém, mais precisamente
em 1930, já se via desfiles nas ruas do Rio de Janeiro.
O carnaval e a igreja católica romana
Devido à sua origem pagã, e pelo fato de ser uma
festa um tanto obscena, a relação entre a Igreja Romana e o carnaval nunca foi
amigável. No entanto, o que prevaleceu por parte da igreja foi uma atitude de
tolerância quanto à essa manifestação, até porque a liderança da igreja não
conseguiu eliminá-la do calendário. A solução, então, foi: se não pode
vencê-los, junte-se a eles. Daí, no século XV, a festa da carne, por
assim dizer, foi incorporada ao calendário da igreja, sendo oficializado como a
festa que antecede a abstinência de carne requerida pela quaresma: Por fim,
as autoridades eclesiásticas conseguiram restringir a celebração oficial do
carnaval aos três dias que precedem a quarta-feira de cinzas (em nossos tempos,
alguns párocos bem intencionados promovem, dentro das normas cristãs, folguedos
públicos nesse tríduo a fim de evitar que sejam os fiéis seduzidos por
divertimentos pouco dignos). Como se vê, a igreja não instituiu o carnaval;
teve, porém, de o reconhecer como fenômeno vigente no mundo em que ela se
implantou. Sendo em si suscetível de interpretação cristã, ela o procurou
subordinar aos princípios do Evangelho; era inevitável, porém, que os povos não
sempre observassem o limite entre o que o carnaval pode ter de cristão e o que
tem de pagão. Esta claro que são contrários às intenções da igreja os desmandos
assim verificados. Em reparação dos mesmos foram instituídas adoração das
quarenta horas e as práticas de retiros espirituais nos dias anteriores à
quarta-feira de cinzas.3
José Carlos Sebe escreveu: Apenas no século XV,
provavelmente movido pelo sucesso popular da festa, o Papa Paulo II a
incorporou no calendário cristão. Aliás, Paulo II foi mais longe, chegando a
patrocinar toda uma rica celebração antes do advento da Quaresma. Não apenas o
carnaval popular foi organizado pelos papas. Paulo IV promoveu uma terça-feira
gorda, um lauto jantar onde compareceu o sacro colégio romano, e o festim
regado a vinho pôde ser considerado uma das primitivas celebrações em salão
fechado.4
A tentativa da Igreja Católica Romana na cristianização
do carnaval e sua atual justificativa é totalmente inconseqüente, infeliz e
irresponsável. Não existe uma referência bíblica sequer favorável ao seu
argumento. Pelo contrário. Existe todo um contexto bíblico explicitamente
contrário à essa manifestação popular. Todos os especialistas cristãos sabem
muito bem quando devem aplicar a transculturação cristã em determinada
manifestação cultural (como exemplo, o Natal, período em que ocorre a mudança
do objeto de culto e a extirpação total da velha ordem, transformação das
simbologias e referências). Sabem também
quando à determinada comemoração popular é impossível aplicar quaisquer
processos de cristianização.
O carnaval é
um exemplo real da sobrevivência do paganismo, com todos os seus elementos presentes.
É a explicita manifestação das obras da carne: adultério, prostituição,
impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações,
iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes. O apóstolo Paulo declara inequivocamente que
os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gl 5.19-21).
Posição da igreja evangélica no período do
carnaval
Como pudemos observar, o carnaval tem sua origem em
rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se, por isso, de uma
manifestação popular eivada de obras da carne, condenadas claramente pelas
Sagradas Escrituras. Seja no Egito, Grécia ou Roma antiga, onde se cultua,
respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou hoje em São Paulo,
Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos bebedeiras
desenfreadas, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual e falta
de compromisso com as autoridades civis e religiosas. Entretanto, não podemos
também deixar de abordar os chamados benefícios do carnaval ao país,
tais como geração de empregos, entrada de recursos financeiros do exterior
através do turismo, aumento das vendas no comércio, entre outros.
Traçando o
perfil do século XXI, não é possível isentar a igreja evangélica deste momento
histórico. Então, qual deve ser a posição do cristão diante do carnaval?
Devemos sair de cena para um retiro espiritual, conforme o costume de muitas
igrejas, a fim de não sermos participantes com eles (Ef.5.7)? Devemos,
por outro lado, ficar aqui e aproveitarmos a oportunidade para a evangelização?
Ou isso não vale a pena porque, especialmente neste período, o deus deste
século lhes cegou o entendimento (2 Co.4.4) ?
Creio que a resposta cabe a cada um. Mas, por outro
lado, a personalidade da igreja nasce de princípios estreitamente ligados ao
seu propósito: fazer conhecido ao mundo um Deus que, dentre muitos atributos, é
Santo.
Há quem justifique como estratégia evangelística a
participação efetiva na festa do carnaval, desfilando com carros alegóricos e
blocos evangélicos, o que não deixa de ser uma tremenda associação com a
profanação. Pergunta-se, então: será que deveríamos freqüentar boates gays,
sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a ação do diabo
e investir contra elas? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de
evangelismo?
No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das
festas que o originaram, continuamos vendo imoralidade, música lasciva,
promiscuidade sexual e bebedeiras.
José Carlos Sebe, no livro Carnaval de Carnavais,
página 16, descreve, segundo George Dúmezil (estudioso das tradições
mitológicas): O carnaval deve ser considerado sagrado, porque é a negação da
rotina diária. Ou seja, é uma oportunidade única para extravasar os
desejos da carne, e dentro deste contexto festivo, isto é sagrado, em nada
pervertido. Na página 17, o mesmo autor descreve: Beber era um recurso
lógico para a liberação pessoal e coletiva. A alteração da rotina diária exigia
que além da variação alimentar, também o disfarce acompanhasse as
transformações.
Observe ainda o que diz Manuel Gutiérez Estéves: No
passado, faziam-se nos povoados, mas sobretudo nas cidades, diversos tipos de
reuniões em que todos os participantes aparentavam algo diferente daquilo que,
na realidade, eram. A pregação eclesiástica inseriu na mensagem estereotipada
do carnaval a combinação extremada da luxúria com a gula. Não falta, sem
dúvida, fundamento para isto.5
Como cristãos, não podemos concordar e muito menos
participar de tal comemoração, que vai contra os princípios claros da Palavra
de Deus: Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da
carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito (Rm
8.5-8). Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus (1 Co 6.20).
Evangelismo ou retiro espiritual?
A maioria das igrejas evangélicas, hoje, tem sua
própria opinião quanto ao tipo de atividade que deve ser realizada no período
do carnaval. Opinião esta que, em grande parte, apoia-se na teologia que cada
uma delas prega. Este fato é que normalmente justifica sua posição. A saber:
enquanto umas participam de retiros espirituais, outras, no entanto, preferem
ficar na cidade durante o carnaval com o objetivo de evangelizar os foliões.
Primeiramente,
gostaríamos de destacar que respeitamos as duas posições, pois cremos que os
cristãos fazem tudo por amor ao Senhor e com a intenção de ganhar almas para
Jesus e edificar o corpo de Cristo (Cl 3.17). Entendemos, também, o propósito
dos retiros espirituais: momentos de maior comunhão com o Senhor que tem feito
grandes coisas em nossas vidas. Muitos crentes têm sido edificados pela
pregação da Palavra e atuação do Espírito Santo nos acampamentos promovidos pelas
igrejas. Todavia, a visão de aproveitarmos o carnaval para testemunhar é pouco
difundida em nosso meio. Na Série Lausanne, encontra-se uma descrição sobre a
necessidade da igreja ser flexível. A consideração é feita da seguinte forma: o
processo de procura de novas estruturas nos levará, seguidamente, a um exame
mais íntimo do padrão bíblico e a descoberta de que um retorno ao modelo das
Escrituras e sua adaptação aos tempos atuais é básico à renovação e à missão6 .
Entendemos, com isso, que, em meio à pressão
provocada pela mundo, a igreja deve buscar estratégias adequadas para
posicionar-se à estas mudanças dentro da Palavra de Deus, e não dentro de
movimentos contrários a ela. A Bíblia é a fonte, e não os fatores externos.
Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem
opiniões diferentes a respeito da maneira adequada para a evangelização no
período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu uma oportunidade
para pregar, nem mesmo fugia das interrogações ou situações religiosas da época.
Não podemos deixar de olhar o que está escrito na Bíblia: Prega a palavra,
insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina (2 Tm 4.2). Aqui o apóstolo Paulo exorta a Timóteo
a pregar a Palavra em qualquer situação, seja boa ou má. A Palavra deve ser
anunciada. Partindo deste princípio, não devemos deixar de levar o evangelho,
não importando o momento.
Assim, devemos lançar mão da sabedoria que temos
recebido do Senhor e optar pela melhor atividade para a nossa igreja nesse
período tão sombrio que é o carnaval. A igreja jamais pode ser omissa quanto a
esse assunto. O cristão deve ser sábio ao tomar sua decisão, sabendo que: Em
que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das
potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
Entre os quais todos nós andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como
os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito
amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos
vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou
juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus
(Ef 2.2-6).
Curiosidades do carnaval
Turismo - Rio de Janeiro - Em 1999,
cerca de 250 mil turistas visitaram a cidade, 61% de fora do
país.
Nordeste - nos últimos anos, uma média
de 700 mil turistas desembarcaram em Recife.
Dinheiro - Em 1999, no Rio de Janeiro,
cada escola recebeu R$ 500 mil da Prefeitura. Escolas de samba como Imperatriz
Leopondinense e Beija-flor de Nilópolis chegaram a gastar R$ 1,5
Bilhão com o desfile. A Paraíso do Tuiuts (de onde?) desfilou com um
orçamento mais modesto: R$ 800 mil. Em 2000, as escolas de samba (seria
bom citar o local dessas escolas) desembolsaram uma quantia aproximada em nada
mais nada menos do que R$ 22,5 milhões, sendo que cada delas
levou R$ 500 mil, somando um total de R$ 7,5 milhões gastos pela
Prefeitura (Aqui se refere ao Rio de Janeiro, apenas?).
Acidentes - Só no ano de 1999 foram
registrados, pela Polícia Rodoviária Federal, 2468 acidentes nas
estradas do país, com 150 mortos e mais de 551 feridos.
As armas da festa
Confete - Procedente da Espanha,
veio para o Brasil em 1892;
Serpentina. De origem francesa, chega ao país
também em 1892;
Lança-perfume - Bisnaga de vidro ou
metal (hoje feita de plástico), que continha éter perfumado. De origem
francesa, chegou ao Brasil em 1903.
O rei momo no carnaval carioca
De origem greco-romana, Momo é a figura mais
tradicional do carnaval. Segundo consta a lenda, ele foi expulso do Olimpo,
habitação dos deuses, por causa de sua irreverência.
Nas festas de homenagem ao deus Saturno, na antiga
Roma, o mais belo soldado era escolhido para ser o rei Momo. No final das
comemorações, o eleito era sacrificado a Saturno em seu altar.
O rei Momo foi introduzido no carnaval carioca em
1933. Sua figura era representada por um boneco de papelão. Em 1949, no
entanto, o boneco de papelão foi substituído por personalidades importantes da
época. Em 1950, esta festa popular deixou de contar apenas com a representação
do rei Momo, surgindo, então, as rainhas e princesas do carnaval.
Atualmente, a escolha do rei Momo é feita por
eleição. O pretendente a esse cargo deve possuir as seguintes
características:
Ser brasileiro e residir na cidade do Rio de Janeiro;
Ter entre 18 a 50 anos;
Medir no mínimo 1,65m;
Pesar no mínimo 110 Kg.
O prêmio concedido ao vencedor no ano passado foi R$
7.550,00, além de ter o privilégio de desfilar como rei. Rei?!
Box 01
Pesquisa sobre a opinião da população sobre o
Carnaval
Realizada entre o 18 a 19
de dezembro de 2000
Foram entrevistadas 1273 pessoas em São Paulo, que
responderam as seguintes perguntas: Você é a favor ou contra o carnaval e
qual a sua religião?
191
Evangélicos:
A
Favor: 42
Contra:
131
Indecisos: 18
46
Espíritas:
A
Favor: 30
Contra:
7
Indecisos:
9
779
Católicos:
A
Favor: 532
Contra:
142
Indecisos:
105
257
Outros:
A
Favor: 128
Contra:
62
Indecisos:
67
Bibliografia:
Almanaque Abril. 24a Edição,1998, pp.38-39.
Enciclopédia Mirador.
Vol 2, pp.2082-2097.
Pergunte e Responderemos.
Vol 5, Maio 1958, pp.210-211.
Carnaval de Carnavais.
José Carlos Sebe, Editora Ática, 1986.
O Evangelho e o Homem
Secularizado. Série Lausanne, editora A.B.U.
Dicionário dos deuses e
demônios. Menfred Gurker. Editora Martins Fontes, 1993, p.31.
Dicionário Aurélio, Aurelio
Buarque de Holanda. Editora Nova Fronteira.
Revista Religião e Sociedade.
Manuel Gutiérrez Estévez, ISER/CER 1990.
Revista Ano Zero, n° 10.
Fev 1992, pp.12-21.
Revista Época, 15 de
Fevereiro de 1999, p. 43.
Revista Carta Viva,
Abril de 2000, nº 53, pp. 6-7.
Jornal Novas do Centro de
Juventude Cristã, fev. 1993, p.3.
Jornal O Globo, Ana
Paula Vieira, 03/fev/1991.
Jornal AIBOC Informa, nº
48, fev. 1999, p.4.
Jornal O Estado de São Paulo,
30 de Novembro de 2000.
Coloboradores: Antonio Figueró,
Elvis Brassaroto Aleixo, Moisés P. Carreiro, Simei Gonçalves Pires, Fernando
Augusto Bento, Danilo Raphael A. Moraes, Ronivon Vieira de Souza, Zilda Maria
Lara, Marcos Heraldo Paiva, Ricardo Alexandre E. Maiolini.
1 Pergunte e Responderemos.
nº 5. maio de 1958, p.211.
2 Enciclopédia Britânica.
11ª edição, vol.5, p.366.
3 Pergunte e Responderemos. maio
1958, p.212-213.
4Carnaval de Carnavais, José
Carlos Sebe. Editora Ática; 1a edição, 1986, p.25.
5 Revista Religião e
Sociedade. Manuel Gutiérrez Estévez, ISER/CER 1990, p.63.
6 O Evangelho e o Homem Secularizado. José Gabriel
Said. Série Lausanne, Editora Abu, 1983, p.13.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Graça e Paz de Cristo, será um prazer receber seu comentário. Jesus te abençoe.