SEJA BEM VINDO EM NOME DE JESUS.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Erros doutrinários da Congregação Cristã no Brasil



Pergunta-se: “Por que crentes de várias denominações tradicionais, às vezes com dezenas de anos ligados às suas Igrejas, ao assistir apenas um culto na CCB, abandonam de vez sua denominação e se unem à CCB, aceitando o rebatismo nas águas, alegando ainda tais crentes “agora possuir toda a verdade”.

O que se deu de tão excepcional, que os levou a agir assim tão drasticamente, depois de vários anos em suas igrejas? Qual o segredo que existe na CCB que leva pessoas que pareciam tão firmes mudarem assim repentinamente de igreja? Qual a força de atração da CCB? Uma coisa é certa: não foi a descoberta de alguma doutrina genuinamente bíblica que os levou a agir assim. Isto afirmamos porque é notório que os anciãos da CCB não conhecem a Bíblia. Proíbem mesmo seu estudo, sob a evasiva de que “a letra mata” (2Co.3:6). Então o que houve?

  1. O TIPO DE CULTO

Sim. O tipo de culto que se realiza nos templos da CCB é caracteristicamente diferente de todos os tipos de cultos realizados em outras denominações evangélicas. O culto que lá se realiza desenvolve-se da seguinte maneira:

O ancião lê a história de uma das curas milagrosas relatadas na Bíblia e procura aplicá-la às necessidades da congregação: “Tem irmão aqui hoje que acha que não tem mais esperança, não tem mais jeito. Chegou aqui abatido e triste, ‘tem ânimo porque vou fazer uma obra na tua casa’. Os vizinhos podem achar isso impossível, os parentes podem estar rindo de você, o médico pode já ter desenganado, mas quando Deus promete, ele cumpre. Fique em comunhão que o irmão vai ver a poderosa mão de Deus”.

Outro exemplo: “Aqui tem uma irmã que discutiu com seu esposo por causa da arrumação da sua casa, preocupada com cortinas, vasos de flores da sua nova moradia. ‘O Senhor diz que não faça isso’. Não deve permitir que as coisas materiais venham perturbar a harmonia do lar”.

Outro exemplo: “Você irmão, que tem trabalhado nesse ramo de negócio e que não está indo bem, não se desespere. O Senhor vai dar um jeito. Vai arranjar um outro tipo de negócio mais rendoso”.

E assim, sucessivamente, o membro da CCB sai do templo com a convicção que “O Senhor falou comigo esta noite”. De modo que, quando se dirige ao templo na CCB o crente não vai escutar uma pregação ou ensino baseado na Bíblia, porque a Bíblia é apenas usada como pretexto para uma série de adivinhações. O certo seria ir buscar orientação da Bíblia, conforme Jo.17:17, Sl.119:105 e 130.

E como se prepara o ambiente para essas “revelações”, como se fossem dadas pelo Espírito Santo? Ao entrarem no templo, os crentes comunicam seus pedidos de oração ao porteiro, que anota o número de pedidos de tipos diversos num cartão próprio, posteriormente entregue ao ancião que dirige o culto. Os pedidos são classificados em poucas categorias que correspondem a temas básicos da vida do crente e refletem os dilemas da classe pobre do brasileiro. As categorias são as seguintes: tribulações e suas causas, enfermidades, viagens e testemunhos. Ainda existe a categoria de acidentes. As viagens são de grande importância na CCB e são objeto de constante interesse por parte dos membros. Antes de empreender uma viagem, o membro pede direção divina de que determinada viagem deve ser feita, e pode ser realizada com segurança. Essa confirmação vem através de algum ponto da pregação “tem irmão aqui que pretende empreender uma viagem à sua família em outro Estado. O Senhor diz ao seu servo que não faça essa viagem já, espere mais um tempo”.

Depois de recebidos pelos porteiros, os pedidos de oração são entregues ao ancião, que apresenta as várias categorias dos pedidos à congregação a fim de serem lembrados na oração. No cartão que o porteiro entrega ao ancião consta o número de pedidos de cada tipo, mas este dado não é relatado à congregação.

Resultado: O fundamental para o sucesso da reunião é o papel do ancião que funciona como adivinho ou oráculo. E assim, o membro vai à casa de oração procurando iluminação sobre determinada decisão, e na hora da palavra o pregador, embora não conhecendo individualmente cada caso de dúvida do crente, dá uma palavra que ele julga ser a resposta à sua ansiedade e o crente retira-se com a convicção que expressa, ao demais, ‘o Senhor falou comigo nesta noite’.

Nada pode ser planejado. Tudo deve funcionar improvisadamente. A tal ponto que, os membros da CCB costumam se dirigir a crentes de outras igrejas, dizendo: “na CCB a nossa comida espiritual é quentinha. Sai na hora. Enquanto sua comida é amanhecida”.

Tal situação é decorrente da falsa interpretação de Mt.10:19-20: “não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será concedido o que haveis de falar; visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós”. Como disse um pregador: “possuir o Espírito Santo e não ter conhecimento bíblico, conduz ao fanatismo”. E é isso que acontece na CCB. A falta de conhecimento bíblico leva os crentes a buscar outras fontes de inspiração, como a adivinhação, condenada pela própria Bíblia em Dt.18:9-12, Jr.14:14, Ez.13:1-10. O Espírito Santo que inspirou a Bíblia (2Pe.1:20-21) também nos faria lembrar das palavras de Jesus (Jo.14:26, 15:26 e 16:26). Não seria horoscopia evangélica? Da mesma forma que as pessoas buscam direção através de horóscopos, os crentes da CCB buscam direção em ‘mensagens proféticas’ espúrias, dadas por homens que de antemão tomam conhecimento da situação do auditório para ‘profetizar’. “Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei. Visão falsa, adivinhação, vaidade e engano do seu íntimo é o que eles vos profetizam” (Jr.14:14). Tal convicção de que ‘o Senhor falou’ ou ‘o Senhor não falou’ é tão impressionante entre os crentes da CCB que obedecem com mais prontidão a palavra ‘profética’ do que a Bíblia (Jo.5:39-40; 2Tm.3:16-17).

  1. DADOS HISTÓRICOS

Em março de 1910 vem ao Brasil Luiz Francescon, nascido em 20 de março de 1866 em Cavasso Nueno – Província de Udine – Itália, dando início ao trabalho na cidade de Santo Antonio de Platina, Estado do Paraná. Em fins de junho do mesmo ano vem a São Paulo e, poucos dias depois, batiza 20 pessoas provenientes de igrejas como Presbiteriana, Batista, Metodista e um católico apena. Com isso se vê a tendência proselitista da igreja recém formada. Uma das práticas mais comuns dos crentes da CCB é visitar os novos crentes de outras igrejas. Qual o assunto logo de início nessa visita? O combate à forma de contribuição, o sistema do dízimo, inoculando na mente do crente recém convertido que terá de desembolsar 10% de seus ganhos para a igreja da qual se tornará futuramente membro e que na CCB não há tal exigência. Afirma mais, que tal contribuição irá para os bolsos do pastor, que não trabalha e vive como um parasita às custas da igreja.

  1. PECULIARIDADES PRÓPRIAS DA CCB
  2. Não tem mecanismos formais para comunicação, exceto uma circular bimensal que anuncia as datas e locais dos próximos batismos, não distribuem folhetos, revistas, jornais.
  3. Tem um único manual de procedimentos intitulado “Reuniões e Ensinamentos”, datado de 25, 26, 27 de março de 1948 e “Pontos de Doutrina e da Fé que uma Vez Foi Dada aos Santos” (VII edição).
  4. Nega possuir hierarquia.
  5. Não possui registros de membros.
  6. Não faz coleta pública nas reuniões.
  7. O membro da CCB vai ao templo em média três vezes por semana.
  8. A Ceia do Senhor é celebrada anualmente com um só pão, partido com a mão, e também um só cálice.
  9. Orações só de joelhos.
  10. Proibição taxativa de assistir cultos de outras igrejas.
  11. Batismo em nome de uma quaternidade e como sacramento.
  12. Ósculo ‘santo’ só é dado na despedida do culto ou em caso de viagem, sempre entre irmãos e imãs entre si.
  13. Cerimônias de casamento não se realizam no templo. O crente da CCB deve também abster-se de participar de festas de casamentos de pessoas não pertencentes à CCB, sob a alegação de participar de coisas sacrificadas aos ídolos.
  14. Cerimônias fúnebres são proibidas nos templos.
  15. Proibidos os cultos de vigília de fim de ano.
  16. Pedidos de oração por estranhos só são atendidos se o Espírito Santo determinar.
  17. Uso imoderado de bebidas alcoólicas.
  18. Negação do cargo de pastor e respectivo salário.
  19. Negação do dízimo como contribuição cristã.
  20. Proibidos trabalhos de evangelização nas ruas, praças etc.
  21. Blasfêmia contra o Espírito Santo é a prática do adultério.
  22. Proibição de os próprios crentes fotografarem durante os cultos. Só permitido por estranhos.
  1. DÍZIMOS E OFERTAS

Segundo o ensino do “Manual de Procedimentos ou Pontos de Doutrina e da Fé…”, pags. 17 e 18, a lei dada por Deus a Moisés está dividida em três partes ou três leis: civil, moral e cerimonial. “A lei cerimonial com suas ordenanças foi cumprida…” como consequência o dízimo, como parte dessa lei cerimonial, foi abolido. Não mais pertence às exigências que devem ser atendidas pelos cristãos.

Refutação bíblica: Não há base bíblica para a divisão da lei em três partes. É apenas artificial tal divisão. A lei dada por Deus a Moisés é um todo, uma unidade (Gl.3:10-11). Essa lei findou na cruz (Cl.2:14-17). Entretanto, para as pessoas afeitas ao estudo da Bíblia, é fácil descobrir que o dízimo foi dado antes. O dízimo se prova dentro do Novo Testamento, ou melhor dizendo, dentro da nova aliança (Hb.8:6-13). Vejamos:

  1. a) O dízimo de Abraão é relatado em Gn.14:18-20 e repetido em Hb.7:4-6. É a primeira vez que aparece a palavra dízimo na Bíblia. A lei só foi dada 430 anos depois de Abraão (Gl.3:6-9). Não havia mandamento para o dízimo. O dízimo nasceu da espontaneidade de Abraão. Se nasceu da voluntariedade de Abraão, 430 anos antes da lei, certamente que o dízimo não é criação da lei. Um paralelo entre Abraão e o cristão, e Melquisedeque e Jesus, nos ajudam a entender melhor a questão do dízimo.

Abraão é chamado o pai da fé (Rm.4:16, Gl.3:7-9) logo, os cristãos de todo o mundo são filhos de Abraão.

Melquisedeque, por sua vez, é um tipo de Jesus Cristo (Hb.7:1-3). O sacerdócio de Cristo tem a ver com o sacerdócio de Melquisedeque (Hb.7:17-21) e é um sacerdócio eterno.

Logo, Abraão reconhece a superioridade de Melquisedeque e dá-lhe o dízimo de tudo (Gn.14:20). Melquisedeque não recusa. Aceita e dá sua bênção. Assim, o crente (filho de Abraão) recebe a bênção de Cristo (Melquisedeque). A lei já passou (Rm. 6:14, 10:4 e Ef.2:11-14).

  1. b) Uma segunda razão para o pagamento do dízimo está no parecer de Jesus em Mt.23:23. O Senhor Jesus ensina que o mais importante da lei – o juízo, a misericórdia e a fé – essas coisas devem ser praticadas, sem a omissão do dízimo da hortelã, endro e cominho. É certo que Jesus não era contra o dízimo, mas a favor dele. Alega-se que Jesus estava se dirigindo aos fariseus hipócritas e não aos discípulos. É verdade, mas perguntamos: qual o crente que pode dispensar a prática da justiça, da misericórdia e da fé? Pode existir cristão sem fé? (Hb.11:6, Rm.10:17, Ef.2:8-10).

Mas, se por um lado a CCB condena acremente o sistema de contribuição – o dízimo – e a coleta pública, estabelece vários tipos de contribuição que vão pesar mais do que o dízimo bíblico. Publicamente não se fazem coletas, de modo que a pessoa que lá adentra pela primeira vez tem a impressão de que na CCB não se fala em dinheiro. Funciona tudo como com as Testemunhas de Jeová, que fazem convites ao povo em geral e imprimem nos seus folhetos “não se faz coleta”. O certo é que já a fizeram de porta em porta, quando venderam suas revistas.

Assim, também na CCB há as seguintes ofertas:

  • OFERTA DA PIEDADE: é uma contribuição para os pobres da CCB.
  • OFERTA PARA COMPRA DE TERRENOS: aquisição de propriedades.
  • OFERTAS PARA FINS DE VIAGEM: destina-se ao custo das viagens dos anciãos.
  • OFERTA PARA CONSERVAÇÃO DE PRÉDIOS: trata-se de contribuição para reformas de prédios e afins.
  • OFERTA DE VOTOS: quando alguém testemunha o resultado de uma bênção recebida, dá a sua contribuição, como o católico quando faz promessa aos santos. Como se recolhem todas essas ofertas, se não são feitas publicamente? Tudo é colocado na mão do porteiro, logo na entrada da casa de oração, onde os envelopes indicam o destino que se deve dar ao dinheiro. É assim que, hipocritamente, fazem-se contribuições mais numerosas e mais pesadas do que o dízimo, mas de modo oculto para os de fora. O que é coleta? Coleta é o ato de coletar dízimos e ofertas (1Co.16:1-3). Deve ser feita de modo claro como se lê em Lc.21:1-3 e não às escondidas.
  1. BATISMO COMO SACRAMENTO E EM NOME DE UMA QUATERNIDADE

O Manual de Procedimentos (ou Pontos de Doutrina e Fé), já mencionado, pag.7, estabelece “este sacramento se exerce por imersão… em nome de Jesus Cristo… e de acordo ao Santo Mandamento: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Refutação bíblica: Em primeiro lugar, analisemos a declaração de que o batismo é um sacramento. Pergunta-se, o que significa a palavra sacramento? Entende-se sacramento como um sinal exterior que concede a graça de Deus à alma. Atribui-se-lhe um valor “ex opere operato” ou por natureza, como atos de magia infalível. A palavra ‘sacramento’ não é bíblica.

A Bíblia só se refere a ordenanças de Jesus, aliás, duas, sendo uma delas o batismo e a segunda a Ceia do Senhor. São ordenanças simbólicas, sem qualquer poder sobrenatural de comunicar qualquer graça especial (At.2:41-42 e 8:37, Rm.6:3-4, 1Co.11:23-26. O batismo não muda a natureza do pecador. Quem regenera é o Espírito Santo, quando a pessoa se arrepende dos pecados e crê em Jesus (Tg.3:5-7, 1Pe.1:18-19). Ainda mais, o batismo não lava o pecado, mas sim o sangue de Cristo (1Jo.1:7), Ap.1:5 e 5:9-10). A salvação é pela fé (Mac. 16:15-16, Jo.3:16, At.16:30-31). Segundo lugar, a fórmula batismal “em nome de Jesus Cristo e de acordo com o santo mandamento, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, traz em seu bojo duas fórmulas: uma, “em nome de Jesus Cristo” e outra “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. A fórmula adotada pela CCB é uma fórmula quaternária, onde aparece “Jesus Cristo” e “o Filho”, que se trata da mesma pessoa, mas repetida duas vezes. Em At.2:38 não se está referindo à fórmula batismal, mas Pedro está citando que a ordem que ele dava para os novos crentes se batizarem tinha partido de Jesus, na hora da sua despedida em retorno ao Pai (At.1:7-9). Como podia Pedro, dez dias depois da ordem de Jesus em Mt.28:19, agir de modo tão diferente, alterando a fórmula batismal? Entende-se, pois, que a fórmula batismal é a de Mt.28:19, mas a autoridade para realizar-se o batismo, dentro dessa fórmula, partiu de Jesus (At.2:38).

Qual a razão por que a CCB não tem registro de membros?

Porque seria impossível tê-lo regularmente. Imagine-se uma pessoa convidada para participar de um culto de batismo, que entra pela primeira vez num templo da CCB, ignorando por completo o Evangelho, e ainda preso aos seus vícios e mazelas. Naquela noite, ‘se o Senhor mandar’, esta pessoa entra nas águas batismais, não sabendo o que está fazendo, e como não entendeu o passo que deu, nunca mais volta, como alguém que tivesse tomado um banho numa piscina.

E por que isso? Por causa da crença de que o batismo é um sacramento, o que significa que tem efeito salvífico, nos mesmos moldes da Igreja Católica, que afirma ‘o batismo faz o cristão’, levando crianças recém-nascidas à pia batismal, dado que se morrer sem o batismo irá para o limbo, morrendo como pagã. A CCB adota o mesmo ensino da Igreja Católica, de ser o batismo necessário para a salvação, interpretando Jo.3:3-5 “nascer da água” como sendo o batismo nas águas. A palavra ‘água’ de Jo.3:5 é simbolicamente comparada à Palavra de Deus (Ef. 5:26, Tg.1:18 1Pe.1:23). O ladrão da cruz salvou-se sem o batismo (Lc.23:43).

  1. O CARGO DE PASTOR E O SEU SUSTENTO

Os membros da CCB costumam desafiar os crentes de outras igrejas evangélicas, afirmando com empáfia: “na minha igreja não há pastor, o nosso único pastor é Jesus Cristo. Os pastores são usurpadores”.

Refutação bíblica: O que tem a Bíblia a dizer a respeito do cargo de pastor? O que tem a dizer sobre o assunto pastoral? Em primeiro lugar, não podemos deixar de reconhecer o Senhor Jesus como o SUMO PASTOR (1Pe.5:4). Ora, se há o Sumo Pastor, há também os sub-pastores, ou apenas pastores. E estes foram indicados pelo próprio Jesus, ao dirigir-se a Pedro ordenando-lhe “apascenta os meus cordeiros” e “apascenta as minhas ovelhas”. Usou Jesus uma vez a primeira sentença e duas vezes a segunda (Jo.21:15-17). Quem apascenta, porventura, não é o pastor? Aliás, Paulo afirma que o próprio Jesus ordenou tal ministério em Ef.4:11-12.

Não deixamos de reconhecer que há duas classes de pastores. Os pastores honestos (Jr.3:15) e os pastores mercenários (Ez.34:4-6). Mas, porque existe o pastor mercenário, desprezar-se-á o bom pastor, o pastor correto? Certamente que não. É preciso saber distinguir entre um e outro. Hb.13:7-17 recomenda obediência aos pastores honestos, porque estes velam pelas almas daqueles a quem apascentam e hão de dar conta delas ao Sumo Pastor.

Por outro lado, a Bíblia ensina que o obreiro é digno do seu salário (1Tm.5:18, 1Co.9:4-14). Paulo ainda recomenda que o obreiro não se envolva com negócios estranhos ao seu ministério pastoral (2Tm.2:4). O mesmo decidiu a novel Igreja de Jerusalém (At.6:4). O mesmo pode ser dito do ministério público de Jesus (Mc.1:18, Jo.12:6 e 13:29). Paulo mesmo não recusou o seu sustento (2Co.11:8, Gl.6:6). Viver do Evangelho em 1Co.9:14 significa tirar o seu sustento do ministério que exerce como pastor.

  1. ORAÇÃO SOMENTE DE JOELHOS

Como atender ao conselho de Paulo em 1Ts.5:17 “orai sem cessar”? Se a oração deve ser necessariamente de joelhos, ter-se-ia que passar o dia de joelhos! Dizem os membros da CCb que somos fariseus porque oramos de pé.

Refutação bíblica: É verdade que o texto de Lc.18:11 declara que o fariseu, estando em pé, orava e sua oração não foi ouvida. Mas o v.13 declara que o publicano achava-se em pé também, e sua oração foi ouvida, v.14. Logo, não foi a posição do corpo que influiu na resposta à oração, mas a situação do coração (Is.1:15-16, 59:1-2).

A Bíblia aponta várias posições para oração:

  1. a) Oração com olhos abertos e em pé (Gn.18:22, Jo.11:41-42);
  2. b) Oração estando sentados (At.2:1-4);
  3. c) Oração de cócoras (1Rs.18:42);
  4. d) Oração no ventre do peixe (Jn.2:1-3);
  5. e) Oração deitado na cama (Is.38:2-3).

Assim, não há posição exata para a oração. Podemos orar sempre e em todo lugar (Ef.6:18, 1Ts.5:17, 1Tm.2:8).

  1. O USO DO BEIJO COMO ÓSCULO SANTO

O Manual de Procedimentos (ou Pontos de Doutrina e Fé…) pag.7, estabelece “o ósculo santo deve ser dado de coração, na despedida do serviço ou em caso de viagem, todavia sempre entre irmãos ou entre irmãs de per si”.

Refutação Bíblica: Com tal saudação, pensam os membros da CCB possuir mais amor do que outras igrejas que se cumprimentam com uma saudação diferente, “a paz do Senhor”, “graça e paz”, ou simplesmente “boa noite” ou “bom dia” etc. Afirmam, porém, que o ósculo (o beijo) deve se dado entre irmãos e irmãs de persi, o que significa que homem beija homem e mulher beija mulher. E, se perguntarmos, por que essa distinção? A resposta é óbvia, por causa da malícia. Logo, admitimos que ósculo ou beijo pode ser, mas não ósculo ou beijo santo. Se fosse realmente santo, não poderia haver distinção de sexo. Paulo declara em Gl.3:27-28 “porque todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu, nem grego; não há servo, nem livre; não há macho nem fêmea…” Se somos um em Cristo e se não há diferença de sexo – “nem macho nem fêmea” – então o ósculo ou beijo para ser santo deveria ser liberado entre irmãos de ambos os sexos, indistintamente. Mas, o que ocorre? Os homens beijam os homens e as mulheres beijam as mulheres. Ademais, embora o beijo seja o símbolo do amor, pode servir para encobrir a maldade do coração. O exemplo temos em 2Sm.20:9-10 e Lc.22:47. Por isso, o escritor em Hb.13:1 admoesta: “permaneça o amor fraternal”. Pode existir o amor fraternal? A resposta sempre será sim. Entre possuir o ósculo sem o amor fraternal, e o amor fraternal sem o ósculo, é preferível ficar com o amor fraternal sem o ósculo. De modo que, na CCB, existe sim o ósculo, mas não o ósculo santo como lá se apregoa.

  1. PREGAÇÃO DO EVANGELHO NAS RUAS

Os membros da CCB não admitem o método bíblico do evangelismo ao ar livre, isto é, em ruas e praças ou outros logradouros públicos. Frequentemente citam Mt.6:6, afirmando que vamos a tais locais a fim de sermos vistos pelos homens, agindo como fariseus para serem vistos pelos homens (Mt.6:5).

Refutação bíblica: Não vamos aos logradouros públicos para sermos vistos pelos homens, mas para pregar o evangelho de Jesus Cristo a toda criatura (Mc.16:15-16). O ensino de Jesus relativo à pregação é bem claro:

  1. a) Mandou sair pelas ruas e vielas, a fim de buscar os sedentos e famintos (Lc.14:21-23), tendo o mesmo Jesus pregado o sermão de Mt.5 a 7, conhecido como O Sermão do Monte, em tal local;
  2. b) Enfatizou Jesus o método de pregar pelas ruas (Mt.8:1, Mc. 1:15-20, Lc.13:26);
  3. c) Paulo pregava nas praças e lugares públicos (At.16:13 e 17:17) ;
  4. d) Várias pessoas se converteram por pregações fora dos templos (Mt.4:18-22 e 9:9, At.16:13-15 e 17:34).
  5. e) Salomão recomendou gritar nas praças (Pv.1:20-21).

Agora, o que é condenável por parte dos membros da CCB, é que enquanto declaram não ser correto dar pérolas aos cães, assim considerados os descrentes, depois que os descrentes se convertem pela pregação ao ar livre, os membros da CCB correm para suas casas, quando os conhecem, no propósito de levá-los para a Congregação. É fácil pescar em ‘áquário alheio’. Jesus condenou tal proselitismo (Mt.23:15).

  1. O USO DO VÉU PELAS MULHERES

Diz o Manual de Procedimentos (ou Pontos de Doutrina e Fé…) pag.16, “sempre que a mulher orar ou profetizar deve estar com a cabeça coberta”.

Refutação bíblica: Assim, as mulheres da CCB usam dois véus: o natural, que é o cabelo (1Co.11:15) e o véu artificial, um pedaço de pano posto na cabeça. O véu bíblico, porém, não cobria só a cabeça, mas quase todo o rosto feminino. Basta ler Gn.38:14-15. Quando Maria, irmã de Lázaro, ungiu a Jesus, isto é, seus pés e depois os enxugou, não o fez com o véu da cabeça, mas com seus cabelos (Jo.12:1-3). Pedro recomendou às irmãs que deviam cobrir, não a cabeça: “mas o homem encoberto no coração; no trajo incorruptível de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1Pe.3:3-4). E Paulo declara: “…o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, alguma delas se converte ao Senhor, o véu lhe é tirado” (2Co.3:15-16).

 O USO IMODERADO DE BEBIDA ALCOÓLICA

O que não se lê no  Manual de Procedimentos (ou Pontos de Doutrina e Fé…) é algo sobre o uso imoderado da bebida alcoólica de todo o tipo: vinho, cerveja, chope ou caninha. E os membros da CCB são tão desregrados nesse particular, que já se tornaram conhecidos no Paraná como membros da ‘congregação cristã do barril’. Isto pelos descrentes, escandalizados com as atitudes incoerentes dessa igreja (Mt.18:8). Pode parecer cômico, mas é uma realidade. Enquanto falam dos demais crentes como ‘estarem à beira do caminho da salvação’, e eles estarem ‘no caminho da salvação’; enquanto nos chamam pejorativamente como ‘primos’ e não irmãos, por não sermos da sua grei – que é o único caminho – pouco se importam com o vexame dos seus escândalos frequentes, mormente nas festinhas de casamento ou em outras reuniões sociais. Não querem profanar a sua casa de oração, mas profanam o templo de Deus, que é o seu corpo (1Co.6:19-20). O uso da bebida alcoólica em demasia leva à embriaguez e a embriaguez ao vício, e os viciados estão excluídos do reino de Deus (1Co.6:9-11). Com isso o nome de Cristo é blasfemado (Pv.20:1, 23:20-21, 23:29-35 e 31:4-5,  Is.5:11 e 28:7, Mt.18:7, Gl.5:21 e Ef.5:18).

Como dar ouvidos a uma organização religiosa que baseia seus ensinos em doutrinas de homens (Mt.15:7-9), tirando e diminuindo da Bíblia (Ap.22:18-19) e se desvia das verdades puras do evangelho (Gl.1:8-9).


Congregação Cristã do Brasil (CCB)


Movimento Contraditório ou Seita? 

Introdução:

A Congregação Cristã no Brasil (CCB) é vista por alguns como uma seita, por outros, como um movimento contraditório. Nosso objetivo nesta lição é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta denominação religiosa. Também mostraremos que suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados das Escrituras e mal interpretados.

É preciso salientar que quem vive a destilar acusações contra as demais igrejas evangélicas são os membros da CCB – Inclusive gostam de classificar os pastores protestantes de bodes.

O breve escopo mostrará que o mal da CCB é que eles não sabem que não sabem!

1. Fundador:

Luis Francescon , nascido em 29 de março de l866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália. Imigrou para os E.U.A. após servir ao exército, chegando à cidade de Chicago, Estado de Illinois em 1890. No mesmo ano começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891 teve compreensão do novo nascimento e aceitou a Cristo como seu Salvador. Em março de ano seguinte, junto ao grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da Igreja Valdense, fundaram a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, tendo sido eleito Filippo Grili como pastor e Francescon como diácono e, após alguns anos, ancião dessa Igreja.

a) Sua experiência com o novo batismo.

Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos de freqüência e organização da Igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia a Bíblia Sagrada, em Cl 2,12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. No momento da leitura ouviu duas vezes as seguintes palavras Tu não obedecestes a este meu mandamento. A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado pelo Igreja Presbiteriana Italiana.

b) Rompimento com a Igreja Presbiteriana. 

Com a viagem do Pastor Filippo Grilli para a Itália, coube a Francescon, como ancião, presidir à reunião no dia 6 de setembro de l903 ,(domingo), oportunidade em que, após 9 anos da revelação acerca do batismo, falou com a Igreja acerca deste assunto, o que fez, convidando a todos os membros da Igreja Presbiteriana para assistir ao seu batismo por imersão. O batismo foi realizado no dia 7 de setembro de l903, onde compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18, incluindo Francescon, foram batizados. Com a chegada do Pastor Filippo Grilli, da Itália, Francescon não pode fazer outra coisa que pedir seu desligamento daquela Igreja, e o grupo batizado, juntamente com ele, também se desligou, mesmo a revelia. Assim estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre reunindo-se na casa dos irmãos.

c) O Batismo com Espírito Santo: 

Em fins de l907, o grupo liderado por Francescon tomou contato com o nascente movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas na missão localizada na West North Avenue,943, que tinha como pastor William H. Durhan, oriundo do movimento Azuza, de Los Angeles. No dia 25 de agosto de l907, naquela missão, Luis Francescon afirma que recebeu o Batismo com Espírito Santo. Algum tempo depois o Pr Durham informou a ele que o Senhor o tinha chamado para levar sua mensagem à colônia Italiana, e o movimento foi se expandindo.

2. O Estabelecimento da Igreja no Brasil 

Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Francescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em 8 de março de l910, com destino a São Paulo. No segundo dia de estada no Brasil encontraram um italiano chamado Vicenzo Pievani, na Praça da Luz, onde pregaram o evangelho. Parece, todavia, que de início seu trabalho foi pouco promissor, até que em 18 de abril, G. Lombardi partiu para Buenos Aires, e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, chegando lá em 20 de abril de l910, e deixou estabelecido ali um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.

a) O trabalho em São Paulo. 

Ao retornar em 20 de junho para são Paulo, após um contato inicial com a Igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, bem como alguns batistas, metodistas e católicos romanos, surge à primeira “Congregação Cristã” organizada no país. Já, no mês de setembro, Francescon segue novamente para o Paraná, deixando ali a novel igreja sem maior respaldo. A partir daí, o trabalho da Congregação Cristã espalha-se por onde existem colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná, onde até hoje se concentram. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 7 de setembro de l964, na cidade de Oak Park, Illinois, USA.

b) O desenvolvimento da Igreja. 

Diante dos relatos acima, podemos ver que a história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foram se adequando a certos individualismos. Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos declarar que o comportamento da Congregação Cristã hoje é bem diferente de seu fundador; pois o mesmo mantinha comunhão com irmãos de denominações diferentes. Gunnar Vingrem narrou em seu diário o encontro com Francescon em um clima de muita comunhão e espiritualidade em 1920 em São Bernardo do Campo.

c) Causas do individualismo. 

Primeiramente, devemos ter em mente que a Congregação Cristã teve origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação, de onde veio seu fundador e boa parte de seus primeiros membros. Isso, somado ao fato de que algumas profecias davam conta de que lhe seriam enviados os que haveriam de se salvar, além do fato de o ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, mas, como ele mesmo escreveu, esteve em nosso País cerca de dez vezes, em períodos intercalados. Esses fatos Com certeza causaram grandes vácuos na interpretação e orientação da liderança nacional, levando a surgir uma interpretação extremista dos conceitos calvinistas.


3. Doutrinas Da Congregação Cristã no Brasil: 

Ao analisar o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a impressão de que seus líderes criaram um Evangelho segundo a CCB. A maioria de seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na sua própria Igreja:“A gloriosa Congregação”. Desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvação, ou da religião salvífica, e conseqüentemente, por tabela o monopólio da salvação, com todos os direitos reservados à CCB, uma espécie de “copyrigth”.

a) Sobre o estudo da Bíblia. 

A CCB ensina que o Espírito Santo dirige tudo, e não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras Sagradas. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras. É uma postura que desvirtua um dos propósitos de Deus, que é o exame de sua Palavra. “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. ( Sl 1.1); Veja ainda: 2 Tm 2.15; Sl 119.105; Pv 7.1-3; Dt 6.6-9; 1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13; Pv 9.9; Sl 119.9-16; Sl 19.7-8; Sl 1.1-2. Essas referências já são suficientes para provar que o pensamento da CCB é contrário a Palavra de Deus. Os membros da CCB não conhecem a Palavra de Deus e fazem questão de dizer que não sabem para dar a entender que tudo que falam provém do Espírito Santo. Uma atitude completamente contrária a de seu fundador.

b) Sobre o Batismo: 

A CCB não conhece a Batismo efetuado por ministros do Evangelho de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ( Mt 28.19). Na verdade não dá para concordar com a maneira ou forma pela qual ela ministra nas águas às pessoas sem preparo algum, todavia não desmerecemos tal batismo, mas reconhecemos que sua validade depende mais do batizado. A CCB diz não reconhecer o Batismo de outras denominações pelos seguintes argumentos: “o batismo de outras denominações cristãs está errado, porque utilizam a expressão “eu te batizo”. A CCB entende que ao dizer “eu te batizo” é a carne que opera e o homem se coloca na frente de Deus. “O Batismo só é válido se efetuado com esta fórmula: Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. “O Batismo da CCB purifica o homem do pecado”. Parece que a CCB, além de não conhecer a Bíblia, desconhece também, a língua portuguesa. Que diferença há em dizer: “Eu te batizo” ou “Te Batizo”. O sujeito não está oculto? Além do mais, se, pelo fato de utilizar a expressão “eu te batizo”, estivermos aborrecendo a Deus , então João Batista teria ofendido a Deus, pois ele dizia “eu vos batizo com água…” Será que a CCB acha que João Batista era carnal e se colocava na frente de Deus?

c) Sobre o uso do véu para as mulheres. 

Se a CCB tivesse adotado a prática de suas mulheres usarem o véu, mas não condenasse as que não usam, não teríamos nada a dizer. Convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como véu, chapéu, roupas etc, depende de cada cultura, pois “os costumes se alteram e as exigências também”: Essa questão do véu transformou-se em polêmica por parte de alguns, mas, porém, basta estudar a questão cultural dos orientais para se perceber que é apenas um costume local.

4. Outros erros doutrinários da CCB

De acordo com o exposto, a CCB não suportaria um exame sério das Escrituras, fato característico das seitas; porque sua interpretação foge às regras da hermenêutica sagradas. Tudo que acontece nessa Igreja está relacionado ao sentimento. É sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar por alguém. Essa teologia do sentimento afasta o homem de Deus e da Bíblia, como prova sua própria história.

a) A Saudação da CCB. 

A CCB nos acusa de saudar com a “paz do Senhor”. Citam para justificar esse conceito a seguinte expressão: devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a Paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um. Essa acusação da CCB se desfaz em pó com somente um versículo que Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 8.5,6, que diz: Porque, ainda que haja também alguns que se chamam deuses, quer no céu como na terra( como há muitos deuses e muitos senhores). Todavia para nós há um só Deus, Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele. A CCB não consegue entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz do nosso grande Senhor Jesus Cristo. (Conf. Jo 14.27).

b) O Ósculo Santo. 

A CCB insiste em adotar costumes orientais, muitos deles registrados na Bíblia, como é o caso do ósculo santo, pensando com isto estar em posição espiritual superior à dos outros. Esse é um costume que perdura até hoje no oriente. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo. Tem servido igualmente como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto. Ver Gn 29.11; 33.4. Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas conf. 1 Sm 10.1. O ósculo dado aos ungidos de Deus, por semelhante modo, parece ter-se revestido de significação religiosa, o que também se verifica entre outras culturas. Quando Paulo recomendou que se saudassem uns aos outros com ósculo santo, simplesmente estava falando de um costume existente. Caso fosse ao Brasil, certamente seria mencionado o aperto de mão ou o abraço. Essa é uma questão cultural, que também não é compreendida pela CCB.

c) O Dízimo: 

CCB da ao César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventam muitos argumentos e obstáculos. Ensinam os Anciãos da CCB que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe.

A Bíblia ensina que o dízimo é santo; a CCB ensina que é profano. A Bíblia ensina que o dizimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o dízimo é para ladrões. Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23.33); condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão ( Gn 14.20). O Autor da epístola aos Hebreus falou sobre a prática do dizimo na atual dispensação ( Hb 7.8-9).

É preciso salientar também que o dízimo, no período da Graça de Cristo, não é dado com o objetivo de salvação, mas é dado com amor, pois Deus ama aos que ofertam com alegria (II Cor. 9:7). Cada oferta é como se fosse uma semente de bênçãos que na hora certa todos colheremos (II Co. 9:10)


Conclusão: 

Procuramos destacar alguns pontos contraditórios da Congregação Cristã, ainda que sucintamente, mas cremos ser o suficiente para mostrar que essa denominação é exclusivista. Parece que o céu foi feito só para eles e que a salvação só existe em sua denominação e em questão de Bíblia só a interpretação deles é válida. Para eles somente sua liderança é Bíblica, somente sua maneira de orar é válida e a pregação do evangelho só é correta através de seus membros. Sem dúvidas, a Congregação Cristã No Brasil está completamente desviada de seus propósitos iniciais. Precisa urgentemente voltar ao primeiro amor conf. Ap 2. 4,5