Creio que a melhor forma de contestar as atuais doutrinas da Igreja Católica Apostólica Romana sobre a figura de Maria, esposa de José e que foi mãe de Jesus, é apresentar as opiniões de ilustres figuras da história e tradição Católicas sobre o tema “Maria”. Os argumentos são deles mesmos (autoridades católicas) contra eles mesmos (catolicismo).
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Posso lhe provar que renomadas autoridades da Igreja Católica, como, por exemplo, diversos “Santos”, muitos Papas, vários Bispos, inúmeros teólogos e até não poucos Doutores da Igreja, também criam como nós, os evangélicos, cremos. Senão, vejamos:
São Tomás de Aquino
a) Santo Tomás de Aquino: “A bem-aventurada Virgem foi santificada antes de receber vida? (…) se a bem-aventurada Virgem houvesse sido santificada de qualquer modo antes de receber a vida, nunca teria incorrido na mancha do pecado original; e, portanto, não teria necessidade da redenção e da salvação que é por Cristo, de quem se diz: Ele salvará o seu povo dos seus pecados. (…) logo a santificação da bem-aventurada Virgem foi depois de receber vida”.[1] Esta informação, fornecida pelo Centro de Pesquisas Religiosas, foi confirmada pelo Padre Dom Francisco Prada: [...] “a longa discussão dos teólogos que, como a inteligência privilegiada de Santo Tomás de Aquino, não eximiam a Virgem Santíssima de estar mergulhada nessa problemática”.[2] A problemática a que se refere o Padre Prada, é a questão do pecado original;
b) Santo Anselmo: “Mesmo sendo imaculada a conceição de Cristo, não obstante, a mesma virgem, da qual ele nasceu, foi
concebida na iniqüidade e nasceu com o pecado original, porque ela pecou em Adão, assim como por ele todos pecaram”;
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c) Santo Agostinho: “O corpo de Maria foi formado por geração ordinária. Maria morreu por causa do pecado de Adão, pois que ela era também filha”;[4]
d) Papa Gregório, o Grande: “Pode compreender-se nessa passagem [ele se refere ao Livro de Jó, cap. 14, v. 4] que o santo Jó, chegando com o seu pensamento até a encarnação do Redentor, viu que só Ele no mundo não foi concebido de sangue impuro, nascendo de uma virgem, para não ter uma concepção impura [...] Só Jesus foi verdadeiramente puro na sua carne”;[5]
Papa Inocêncio III
e) Papa Inocêncio III: “Eva foi gerada sem pecado, mas gerou em pecado. Maria foi gerada em pecado”;[6]
f) Papa Leão I: Este Papa foi Bispo de Roma entre os anos 440-461. A Bíblia Apologética assevera que são dele estas palavras:“O Senhor tomou da mãe a natureza, não a culpa”.[7] Comentando esta pronunciação papal, disseram os comentaristas da citada Bíblia Apologética: [...] “não cria” [Papa Leão] “na Imaculada Concepção de Maria, já que ele acertadamente diz que o Filho não herdou a culpa da mãe”;[8]
g) Quatro Bispos: Quando em 1849, o Papa Pio IX publicou uma encíclica e a enviou a seiscentos bispos, pedindo-lhes sua opinião sobre sua intenção de solenizar a crença intitulada Imaculada Conceição de Maria, segundo a qual Maria teria sido gerada sem o pecado original, transformando essa crença em um irremovível artigo de fé (isto é, em dogma), quatro Bispos se manifestaram contra.[9] Entretanto, apesar dessas vozes contrárias, e inúmeras outras não alistadas aqui, o Papa “Pio IX [...], no dia 8 de dezembro de 1854, [definiu] o dogma da imaculada concepção”.[10]
Papa Leão I
Talvez você persista em afirmar que “dizer que Maria também tinha pecado, é uma blasfêmia”. Mas o fato de haver até santos católicos, como Santo Agostinho, Santo Tomás e outros, que criam como nós, prova que das duas uma:
Ou você está errado, ou a canonização de Tomás de Aquino, Agostinho, Anselmo, vários Papas… foi um equívoco da Igreja Católica.
Lembre-se que o Padre Prada, supracitado, confessou, em seu livro Novenário, que realmente Santo Tomás de Aquino se opunha à tese de que Maria teria sido isentada da natureza pecaminosa, comum a todos os descendentes de Adão. Será que até Santo Tomás de Aquino também era blasfemador? Pensem nisso os sinceros! Repense, ó leitor!
A heresia chamada Imaculada Conceição de Maria, forçou o clero católico a criar o dogma da Assunção da Virgem Maria.
O raciocínio é o seguinte: Sendo Maria isenta até do pecado original, ela não tinha porque morrer e apodrecer num sepulcro, já que a morte é conseqüência do pecado. À base dessa falsa premissa, a Igreja Católica proclama que Maria morreu para nos salvar, já ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu. Para que se saiba que não estamos caluniando, veja estas transcrições:
A) Morreu para nos salvar:
a) “Maria não estava sujeita à lei do sofrimento e da morte … Embora ela soubesse essas coisas, as experimentou e as suportou por nossa salvação” (Enciclopédia Católica [em inglês], página 285, citado Por Hugh P. Jeter, em Será Mesmo Cristão o Catolicismo? Rio de Janeiro: Editora Betel, 2ª impressão / 2000. p. 77);
b) Os famosos apologistas norte-americanos, John Ankerberg e John Weldon, também fizeram constar das páginas 41 e 69 de seu livro Os Fatos Sobre o Catolicismo Romano, editado pela Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, que deveras a Catholic Encyclopedia ensina que Maria morreu para nos salvar;
B) Ressuscitou dentre os mortos:
a) “Ao terceiro dia após a morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor de sua tumba, eles a encontraram vazia. O corpo sagrado tinha sido levado para o paraíso celestial…” (Babilônia: a Religião dos Mistérios, de Ralph Woodrow, Associação Evangelística, pp. 26-27. Grifo nosso);
b) “…Jesus preservou o corpo de Maria da corrupção depois da morte. Pois ser-lhe-ia desonroso corromperem-se as carnes virginais de que ele se havia revestido. Para o Senhor seria um opróbrio, portanto, nascer de uma mãe, cujo corpo fosse entregue à podridão” (Glórias de Maria, já citado, página 242).
C) Foi assunta ao Céu:
“…preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste…” (Catecismo da Igreja Católica. Petrópolis: Editora Vozes. 1 ed. 1993. p. 273).
Notas:
1. CENTRO DE PESQUISAS RELIGIOSAS [CPR]. “O Dogma da Imaculada Conceição de Maria” [panfleto]. Teresópolis: 1996, p. 2;
2. PRADA, Francisco. Novenário. 3 ed. São Paulo: AM edições, 1996, p. 67. Grifo nosso;
3. CENTRO DE PESQUISAS RELIGIOSAS (CPR). Op. cit.;
4. CESAR, Erlie Lenz. A Virgem Maria no Contexto das Sagradas Escrituras. 2 ed. Rio de Janeiro: Patmos, 2004, p. 28;
5. JOINER, Eduardo. Manual Prático de Teologia. Rio de Janeiro: Central Gospel. 2004.p. 246;
6. CESAR, 2004:27-28, op. cit.;
7. ICP Editora. Bíblia Apologética. 2000, p. 1184, citando a obra Tomo de Leão;
8. Ibidem;
9. CESAR, 2004:28, op. cit.; e JOINER, 2004:247-248, op. cit.;
10. (JOINER, 2004:248, op. cit.
Grifo meu:
Leia a Bíblia e mude a sua vida, aceitando
Jesus como seu único Senhor e salvador, conforme está na Palavra de Deus.
Acorda povo católico.